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D. DINIS Eu Dom Dinis, rei de Portugal e dos Algarves e vossa rainha e minha
mulher D. Isabel, pela graça de Deus, a todos os que estão aqui
presentes saúdo. Ilustres senhores, saibam que vos prezo muitíssimo e
que é alta e digna a vossa presença em minhas terras. Terras estas
marcadas por um povo trabalhador, devoto a deus e cumpridor das leis
que eu tão ponderadamente delibero. Espero também que tenha sido
do vosso agrado a pequena jornada de charrete e que tenham sido bem
ascultados pelo meu fiel pajem.
Bom agora dirijo as minha palavras as todos os meus súbditos: povo do
meu reino que seja dada, por minha ordem, a estes homens todos os
requisitos essenciais à hospitalidade. Ordeno que sejam tão bem
tratados como se em suas casas estivessem. Lembrai-vos que qualquer
ofensa, moral ou física, será severamente punida como se de uma
ofensa à minha própria pessoa se tratasse.
Meus bons homens, peço encarecidas desculpas mas tenho em minhas
mãos um reino para governar. Retiro-me para ir tratar dos meus
afazeres.
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D. ISABEL Suplicante Peço-vos pela graça de Nosso Senhor, que me deixais
permanecer um pouco mais pela cidade. É de minha vontade colher
umas rosas para alegrar os nossos aposentos.
D. DINIS Bem sabeis que sois minha rainha e que qualquer um neste reino teria
todo o gosto de as colher para vós.
D. ISABEL Quero ser eu a colhe-las, sabeis tão bem quanto eu que há coisas que
ninguém poderá fazer por nós.
Rei sai
PAJEM Sim minha senhora, mas é meu dever alerta-la de que corremos um
grande risco ao enganar el-rei.
D. ISABEL Sei bem que é um difícil pedido este, mas é meu dever ajudar os mais
pobres que pelas ruas pairam, esfomeados e encarecidos por pão.
Aguardai aqui pera que me consigas avisar assim que vires regressar el-
rei. Penso que não tardará a voltar.
Rainha distribui o pão. “Sede abençoados por deus nosso senhor que
através das minhas humildes mãos o pão vos entrega.”
FIM
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