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9h00 – 9h30 – O pajem deverá neste espaço de tempo saudar os

convidados e auxiliá-los na subida para a carroça. Público já


preparado na carroça:

PAGEM Senhores, sede bem-vindos ao nosso muy nobre reino de Portugal. É


para mim, pajem del-rei, nosso senhor, D. Dinis, uma grande honra
receber tão ilustres e influentes homens da nossa sociedade. É minha
função aqui, garantir que vos sentis bem recebidos e para isso, a mando
del-rei agraciar-vos-ei com um belo passeio a cavalo que nos levará à
sua presença. (pajem ajuda a subir os convidados para a carroça)

Os convidados partem na carroça até ao largo D. Dinis. No largo D.


Dinis o pajem deverá ajudar os convidados e descer a da carroça.
Quando todos já estiverem no chão encaminha-os para os reis
dizendo:

PAGEM Acompanhai-me levar-vos-ei agora à presença del-rei D. Dinis e de sua


majestade a rainha D. Isabel.

Aqui os reis deverão cumprimentar os convidados que se aproximam.


Quando todos já estiverem juntos, o pajem deverá localizar-se junto
dos reis. D. Dinis avança e inicia o seu discurso:

D. DINIS Eu Dom Dinis, rei de Portugal e dos Algarves e vossa rainha e minha
mulher D. Isabel, pela graça de Deus, a todos os que estão aqui
presentes saúdo. Ilustres senhores, saibam que vos prezo muitíssimo e
que é alta e digna a vossa presença em minhas terras. Terras estas
marcadas por um povo trabalhador, devoto a deus e cumpridor das leis
que eu tão ponderadamente delibero. Espero também que tenha sido
do vosso agrado a pequena jornada de charrete e que tenham sido bem
ascultados pelo meu fiel pajem.
Bom agora dirijo as minha palavras as todos os meus súbditos: povo do
meu reino que seja dada, por minha ordem, a estes homens todos os
requisitos essenciais à hospitalidade. Ordeno que sejam tão bem
tratados como se em suas casas estivessem. Lembrai-vos que qualquer
ofensa, moral ou física, será severamente punida como se de uma
ofensa à minha própria pessoa se tratasse.
Meus bons homens, peço encarecidas desculpas mas tenho em minhas
mãos um reino para governar. Retiro-me para ir tratar dos meus
afazeres.

D. ISABEL Interrompendo Nobre senhor.

D. DINIS O que me quereis minha rainha.

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D. ISABEL Suplicante Peço-vos pela graça de Nosso Senhor, que me deixais
permanecer um pouco mais pela cidade. É de minha vontade colher
umas rosas para alegrar os nossos aposentos.

D. DINIS Bem sabeis que sois minha rainha e que qualquer um neste reino teria
todo o gosto de as colher para vós.

D. ISABEL Quero ser eu a colhe-las, sabeis tão bem quanto eu que há coisas que
ninguém poderá fazer por nós.

D. DINIS Brás da Mata, acompanhai minha rainha nos seus afazeres.

PAJEM Com certeza, meu senhor.

Rei sai

D. ISABEL Trouxestes aquilo que vos pedi?

PAJEM Sim minha senhora, mas é meu dever alerta-la de que corremos um
grande risco ao enganar el-rei.

D. ISABEL Sei bem que é um difícil pedido este, mas é meu dever ajudar os mais
pobres que pelas ruas pairam, esfomeados e encarecidos por pão.
Aguardai aqui pera que me consigas avisar assim que vires regressar el-
rei. Penso que não tardará a voltar.

Pajem fica à espreita. Deverá sempre demonstrar que está assustado


e desconfortável com a situação. Liberdade para mandar buchas.

Rainha distribui o pão. “Sede abençoados por deus nosso senhor que
através das minhas humildes mãos o pão vos entrega.”

Rei regressa. Ao avistar o rei o pajem aflito tenta avisar a rainha:

PAJEM Regressa el-rei Dom Dinis.

D. DINIS O que fazeis aqui entre os pobres.

D. ISABEL Meu senhor…

D. DINIS Interrompendo O que trazeis escondido no vosso regaço.

D. ISABEL São rosas, meu senhor (abrindo o regaço e revelando as rosas.)

Os três atores juntam-se e agradecem ao público.

FIM

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