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Ele pede aos que o seguem essa vontade firme em qualquer situação.
Deixar-se levar pelos respeitos humanos é próprio de pessoas com uma
formação superficial, sem critérios claros, sem convicções profundas, ou de
caráter débil. Os respeitos humanos surgem quando se dá mais valor à opinião
das outras pessoas do que ao juízo de Deus, sem ter em conta as palavras de
Jesus: Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o
Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com
os santos anjos6.
É verdade que todos tendemos a evitar atitudes que nos possam acarretar
certo desprezo ou troça dos amigos, companheiros de trabalho, colegas..., ou
simplesmente a incomodidade de ir contra a corrente. Mas também é bem
verdade que o amor a Cristo – a quem tanto devemos! – nos ajuda a superar
essa tendência, para recuperarmos a “liberdade dos filhos de Deus” que nos
leva a comportar-nos com desenvoltura e simplicidade, como bons cristãos,
nos ambientes mais adversos.
Não esqueçamos que, para muitas pessoas, será uma loucura mantermos
firmes os vínculos da fidelidade conjugal, não participarmos de negócios pouco
honestos, sermos generosos no número de filhos, apesar das preocupações
económicas que daí possam advir, praticarmos o jejum, a abstinência, a
mortificação corporal (que tanto ajuda a alma a entender-se com Deus!)... São
Paulo afirma que nunca se envergonhou do Evangelho11, e o mesmo
aconselhava a Timóteo: Porque Deus não nos deu um espírito de timidez, mas
de fortaleza, de caridade e de temperança. Portanto, não te envergonhes do
testemunho de Nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas participa
comigo dos trabalhos do Evangelho, segundo a virtude de Deus12.
Que enorme bem faremos aos outros se a nossa vida for coerente com os
nossos princípios cristãos! Que alegria terá o Senhor quando nos vir como
verdadeiros discípulos seus, que não se escondem nem se envergonham de
sê-lo!
(1) Lc 14, 1-6; (2) São Cirilo de Alexandria, em Catena Aurea, vol. VI, pág. 160; (3) I.
Domínguez, El tercer Evangelio, Rialp, Madrid, 1989, pág. 205; (4) São Josemaría
Escrivá, Sulco, n. 36; (5) Karl Adam, Jesus Cristo, Quadrante, São Paulo, 1986, pág. 13; (6) Mc
8, 38; (7) São João Crisóstomo, Homilias sobre São Mateus, 15, 9; (8) Santa Teresa, Caminho
de perfeição, 7, 8; (9) São Josemaría Escrivá, Caminho, n. 841; (10) 1 Cor 1, 18-19; (11) cfr.
Rom 1, 16; (12) 2 Tim 1, 7-8.