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Proposta de Dissertação argumentativa

Novo horário eleitoral


Começa nesta terça-feira [21 de agosto] o mal denominado horário eleitoral gratuito.
Serão 45 dias nos quais os candidatos poderão usar as emissoras de rádio e televisão
para atrair o voto do maior número de eleitores.
Ao final do período, as TVs terão cedido aos partidos políticos pouco mais de 60
horas de sua programação. Pelo serviço, terão direito a uma compensação tributária
que, estima-se, custará cerca de R$ 600 milhões aos cofres públicos.
Ou seja, o horário eleitoral é gratuito só para os partidos. Para os demais cidadãos,
ele é dispendioso. Por essa razão e por seu caráter impositivo, sofre críticas
ponderáveis de vários quadrantes.
(...) A garantia desse desiderato democrático justifica alguma despesa do Estado. Isso
não significa, porém, que o atual padrão de gastos seja adequado. E, exatamente por
haver verbas públicas envolvidas, deve-se exigir aproveitamento mais criterioso dos
recursos.
(...) Outro mecanismo a implementar é um teto para o total de minutos de cada
partido e coligação na propaganda política. Atingido um limite, o ingresso de novas
siglas não agregaria tempo de exposição à aliança. Com isso, seriam desestimuladas
transações oportunistas.
Além de medidas voltadas aos partidos, convém adotar providências que
incrementem o horário eleitoral do ponto de vista do cidadão e espectador. Os
grandes blocos de propaganda deveriam ser abreviados. A produção de longos
programas encarece as campanhas, e eles são menos eficientes do que inserções
curtas.
Ao lado disso, uma parte da propaganda gratuita deveria ser reservada para debates
temáticos entre os postulantes, a fim de aumentar ocasiões de confronto de ideias.
[Folha de S. Paulo, 19/08/12]
Espaço gratuito no rádio e na TV é peculiaridade do Brasil
Destinar horários na TV para a propaganda eleitoral sem que os políticos tenham
que pagar pelo espaço na grade de programação é uma peculiaridade da legislação
brasileira em comparação com outras importantes democracias do mundo.
Nos Estados Unidos, onde o presidente Barack Obama briga neste instante para
garantir a reeleição contra o republicano Mitt Romney, os candidatos devem gastar o
dinheiro arrecadado pelas campanhas para comprar espaço publicitário nas
emissoras, como faria qualquer outro anunciante. No Brasil, os candidatos estão
proibidos por lei de comprar espaços publicitários na TV ou na internet, podendo
pagar por anúncios apenas em jornais e revistas.
Já a Espanha e o México, por exemplo, adotam um modelo misto, com propaganda
gratuita nos canais públicos de TV e permissão para que os candidatos comprem
espaços na rede comercial de TV, de acordo com a cientista política Vera Chaia,
pesquisadora do Neamp (Núcleo de Estudos em Arte, Mídia e Politica) da PUC-SP
(Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
O objetivo da lei brasileira é garantir espaço na TV a todas as coligações de forma
democrática, sem beneficiar os que dispõem de mais dinheiro.
“Acho correto que seja obrigatório [por lei]. Primeiro porque a TV é uma concessão
pública. Segundo porque este é o único momento em que o povo tem a oportunidade
de conhecer os candidatos e as propostas. O horário eleitoral é a grande vitrine”
analisa Vera Chaia, citando novamente a conhecida predominância da televisão
como meio de informação do brasileiro, em detrimento dos jornais e da internet.
A importância do horário gratuito ganha relevo no sistema eleitoral brasileiro, pois
ele está combinado a outra peculiaridade nacional: o voto obrigatório. Num país em
que todos estão obrigados a ir às urnas, a distribuição do tempo de TV por critérios
que não a capacidade financeira das campanhas torna o processo eleitoral mais
democrático, segundo Vera.

Observações

Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;

Deve ter uma estrutura dissertativo-argumentativa, ou seja, não use primeira pessoa.

Não deixe de dar um titulo à sua redação.

Tendo como base as ideias apresentadas nos textos acima, escreva uma
dissertação sobre o tema: A obrigatoriedade do horário político na mídia
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