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Artigo 8
Artigo 8
CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA TEMAS ESPECIAIS EM EDUCAÇÃO E SOCIEDADE
MEDIAÇÃO DE CONFLITOS NA ESCOLA
Alunas:
MARIA DAS GRAÇAS MENDES DE SOUSA
VÍVIAN FARIAS DA SILVA
Taguatinga-DF., agosto de 2006.
INTRODUÇÃO
- REFERENCIAL TEÓRICO
Ainda em relação ao tempo, faz-se necessário ressaltar que ele deve ser
estabelecido nas primeiras sessões para que os protagonistas do conflito tenham
consciência da duração das sessões e se comprometam a utilizá-lo da maneira mais
proveitosa, pois ao final desse período terão que tomar uma decisão em relação à
situação em que estão envolvidos.
Antes de implantar o processo de mediação nas escolas, é necessário que
seja realizado um diagnostico para compreender a dimensão da violência e as
formas que são utilizadas para preveni-la. Além disso, também é importante ter bem
delimitado os objetivos da proposta, para saber por onde começar e até que ponto
haverá êxito. Entretanto, mesmo com todo o planejamento da proposta, ela só pode
ser implantada na escola se for solicitada pelos protagonistas dos conflitos e
assumida como componente do projeto pedagógico da escola.
Para que o processo de mediação ocorra sem grandes oscilações,
algumas normas devem ser estabelecidas, como: confidencialidade, intimidade,
liberdade de expressão, imparcialidade e compromisso com o diálogo. Em relação a
essas normas, Ortega, (2002:151-152), caracteriza-as sendo:
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Na realização da visita e na construção do relatório, houve a colaboração de Érika Alves, matriculada na
disciplina Temas Especiais em Educação e Sociedade, da Faculdade de Pedagogia da Universidade Católica de
Brasília, no 2º semestre de 2006.
Apresentamos os dados coletados por meio do questionário aplicado ao
grupo de cinco alunos da quarta série do Ensino Fundamental. Na questão número
1, perguntou-se: “Você gosta da sua escola?” Todos os alunos responderam que
sim. Na questão número 2, perguntou-se: “O que você mais gosta na sua escola?”
Os alunos apresentaram respostas diversificadas como:
“Educação física”;
“O jardim da escola”;
“De tudo, não tenho preferência”;
“A biblioteca”;
“Das professoras, dos passeios realizados, do recreio, etc”.
Nota-se a satisfação dos alunos com o ambiente escolar, sinalizando para
boas relações sociais dentro da escola. O ambiente escolar deve ter características
próprias e atividade especifica revestida de diferentes dimensões que, na prática se
inter-relacionam. É, portanto, o lugar de construção efetiva de conhecimento e
valores, portanto, de cidadania. É preciso que a escola opte pelo trabalho centrado
no desenvolvimento humano, que visem à integração do aluno e sua ação, pois a
ação é um auxiliar indispensável na tentativa de atingir os ideais de paz, cidadania,
respeito mútuo e convívio social.
Na questão número 3, perguntou-se: “como são suas amizades na escola?”
Quatro alunos responderam que são boas e um aluno afirmou ser regular. Na
questão número 4, perguntou-se: “Como são os momentos de recreação na sua
escola?” Três alunos responderam que são bons e dois disseram que são regulares.
Assim, pode-se afirmar que é preciso que a escola busque mecanismos que
favoreçam relações satisfatórias no ambiente escolar, sem imposições, mas por
meio de discussões e práticas que levem o educando a refletir sobre suas ações e
as conseqüências que elas geram de forma positiva ou negativa e como elas
interferem nas relações sociais.
Na questão número 5, perguntou-se: “Você se sente seguro na sua escola?”
Todos os alunos responderam que sim. Na questão número 6, perguntou-se: “De
uma forma geral, como são as relações entre as pessoas na sua escola?” Todos os
participantes responderam que são boas.
Sobre a construção das relações na escola, é preciso que o educador veja o
educando como um ser inacabado e aberto ao desenvolvimento e à construção de
sua própria formação individual, e desta maneira, abrir caminhos para modificar e
melhorar as relações na escola. Referindo-se as relações construídas no ambiente
escolar, Laing (apud, Schlemmer 1983:59), afirma que “a ciência das pessoas é o
estudo do ser humano que tem inicio com o relacionamento com o outro como
pessoa”. Desta forma, as relações construídas na convivência escolar devem ser
permeadas pelo respeito e pela aceitação incondicional do outro.
Na questão número 7, perguntou-se: “Você percebe a presença do diálogo e
do respeito entre os alunos da sua escola?” Dois alunos responderam que sempre
percebem e três que às vezes percebem. Na questão número 8, perguntou-se: “Sua
escola oferece em sua prática cotidiana algum tipo de atividade que facilita o diálogo
entre os alunos?” Quatro alunos responderam que sempre oferece e um respondeu
que às vezes oferece. Nas questões números 7 e 8 observa-se que há um conflito
na percepção dos sujeitos sobre a presença do diálogo e do respeito mútuo entre os
alunos. Para trabalhar o respeito mútuo, a justiça, o diálogo e a solidariedade,
Schlemmer (1983:53) assinala que:
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
Apostila do curso básico de capacitação em mediação. Instituto Mediare: Rio
de Janeiro, 1988.
GRINSPUN, Mirian P. Sabrosa. Zippin (org). A prática dos Orientadores
Educacionais. São Paulo: Cortez, 2001.
GRINSPUN, Mirian P. Sabrosa. Zippin (org). A Orientação Educacional:
Conflito de Paradigmas e Alternativas para a escola. São Paulo: Cortez,
2002.
ORTEGA, Rosário et al. Estratégias educativas para prevenção das
violências; tradução de Joaquim Ozório – Brasília: UNESCO, UCB, 2002.
Projeto Escola de Mediadores, organizado pelos Institutos Viva Rio,
Mediare e NOOS. Disponível em:
<http://www.mj.gov.br/sedh/paznasescolas/Cartilha%20de
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SANTOS, José Vicente Tavares dos. A violência na escola: conflitualidade
social e ações civiliza tórias. Educ. Pesq., São Paulo, v. 27, n. 1, 2001.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?
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Acesso em: 18 Ago. 2006. doi: 10.1590/S1517-97022001000100008. As
19h00min h.
SCHLEMMER, Iria. Valores e Educação em Processo de Promoção
Humana. Porto Alegre: Edições Renascentes, 1983.