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e na viagem astral
Alexei Bueno
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INTRODUÇÃO
Seja um livre pensador e forme sua própria filosofia de vida
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Considero importante colocar logo de início alguns dos sinônimos mais
conhecidos para o termo “viagem astral”. São palavras diferentes utilizadas para
descrever o mesmo fenômeno, conforme a religião, doutrina ou linha de
pensamento: projeção astral, projeção da consciência, projeção extrafísica,
experiências fora do corpo (ou a sua abreviatura EFC), projeção psíquica, viagem
espiritual, desdobramento, emancipação da alma, arrebatamento, experiências
extracorpóreas... A psiquiatria e neurologia utiliza do termo “sonho lúcido” que a
meu ver confunde muitas pessoas, pelo fato de que o sonho descaracteriza o
fenômeno aqui abordado, mesmo que seja “lúcido”.
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CAPÍTULO 1
Nenhuma inteligência divina nos “pune” ou “recompensa” por nossos atos
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por nossa cultura cinematográfica onde a espiritualidade é vista em sua grande parte sob
uma ótica digamos “terrorista” ou “sobrenatural”.
O primeiro livro relacionado com o esoterismo e viagem astral que li tinha como
título “Como desenvolver poderes psíquicos e paranormais” ou algo neste sentido – da série
Realismo Fantástico, livro este que peguei emprestado com um primo. Uma curiosidade é
que na época eu estava na primeira série do ensino fundamental, numa época em que
liamos livros de historinhas tais como Pinóquio ou Chapeuzinho Vermelho, mas eu senti uma
atração por aqueles temas, porém com limitada capacidade de compreensão. No capítulo
sobre viagem astral lembro que não compreendi que o fenômeno era referente aos corpos
extrafísicos, entendi erroneamente que seria uma viagem de voo com corpo físico, tal como
um super-homem.
Quando bem criança frequentava juntamente com meus pais um centro espírita de
onde tenho boas lembranças da “escolinha” onde tínhamos aulas abordando questões
relacionada a oração, pinturas, desenhos etc. Pouco tempo depois, aos doze anos frequentei
uma doutrina denominada Racionalismo Cristão, na qual minha mãe participa até os dias
atuais atuando como médium, e por lá com minha sensibilidade percebia como sendo um
lugar espiritualmente agradável no qual sempre me sentia melhor ao término dos trabalhos
do que quando entrei, como se tivesse tomado um banho de limpeza espiritual ou
energético. Era um sentimento bem curioso no qual tentava sem êxito encontrar alguma
explicação racional.
Após algum tempo verifiquei na prática que toda doutrina é falha, principalmente
pelo fato delas serem constituídas e geridas por pessoas. Pessoas que como eu e você são
portadoras de seus egos e suas falhas comportamentais.
Certa vez, ainda por aquela época, em uma sessão pública frente a
aproximadamente 40 pessoas presenciamos um conflito entre administradores desta
doutrina espiritualista. Entenda a palavra “conflito” como agressão física mesmo... Isto me
faz refletir uma frase dita recentemente pelo meu amigo Guilherme Fauque: “onde se tem
muita emoção se perde a razão”. Talvez qualquer instituição onde exista uma hierarquia de
“comando” exista a problemática do ego.
Nesta época li o livro “Racionalismo Cristão”, muito elucidativo, numa linguagem
didática, com capítulos abordando questões práticas da espiritualidade e aos valores morais,
valores estes que podemos considerar universais a qualquer ser humano, independente das
crenças religiosas. Outro livro de leitura desta doutrina que considerei mui interessante
desta época foi “A vida fora da matéria”, que é um livro totalmente ilustrado. Esta foi uma
ideia muito boa para exemplificar as questões extrafísicas! Conta com 68 gravuras que
demonstram o que as pessoas clarividentes relatam, segundo suas percepções extrafísicas
ou metafísica. Lá temos ilustrações da aura das plantas, animais, pessoas, assédios
extrafísicos, formas-pensamentos e há até mesmo relacionadas com viagem astral. Inclusive
este livro lembra muito o “Viagem Espiritual” de Wagner Borges, que também é ilustrado.
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Também me remete ao “Formas-pensamentos” de Annie Besant e C.W. Leadbeater. Estes
dois são para mim os melhores livros do Racionalismo Cristão, filosofia esta que no meu
entendimento tem como proposta colocar uma abordagem racional sob as temáticas
espiritualistas.
Na prática esta doutrina lembra uma sessão espírita apesar de se esforça para se
diferenciar do Espiritismo, inclusive entortando o nariz quando se fala em Chico Xavier ou
mesmo Allan Kardec. Com relação a outras linhas espiritualistas escuta-se muito os
neologismos “alto espiritismo” e “baixo espiritismo”.
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CAPÍTULO 2
Desde o inseto até o homem, todos os seres são veículos de uma única Consciência, a divina
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CAPÍTULO 3
“Conhece-e a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses” Tales de Mileto
Então, em uma bela noite estávamos eu e alguns amigos frente a faculdade, pois era
o intervalo, quando avistamos um pessoal entregando panfletos sobre uma tal de “Gnosis”.
Mas o mais interessante era que se tratava de uma divulgação de uma palestra que
aconteceria em nossa cidade sobre temas justamente relacionado as minhas leituras.
Constava como título algo como “centro de forças, significados dos sonhos, vida após a
morte...” - por centros de força logo associei como sendo os chakras.
Claro que naquele final de semana fui a palestra, que foi muito interessante e logo
reparei que o palestrante e todos da equipe da Gnosis eram de minha faixa-etária (18, 19 ou
20 anos) e somando com o fato de que teriam palestras todos os finais de semana em minha
própria cidade foi uma combinação perfeita para interagir com outros que teriam os
mesmos interesses... Assisti todas as palestras, durante vários meses e aprendi bastante,
principalmente com relação a temas relacionados com o despertar da consciência, no
sentido trabalharmos nossa mente de modo a focar no momento presente – normalmente
ou nossa mente está no passado, remoendo algumas porcarias ou no futuro criando
expectativas e gerando ansiedades. Havia também o incentivo a eliminação dos “egos” –
que neste caso estaria relacionado com nossos defeitos, neuroses etc. Foi um período de
autoconhecimento bem legal.
Após um período fomos convidados a participar das reuniões internas, onde haveria
uma iniciação e rituais tal como uma Maçonaria. Claro que isto atiçou ainda mais minha
curiosidade, queria aprender e vivenciar tudo o que fosse possível, mas a partir deste ponto
com o passar do tempo as coisas foram ficando cada vez mais esquisitas... Após adentrar o
“círculo interno” o enfoque da coisa ficou praticamente apenas relacionado à “magia
sexual”.
Para resumir o assunto, do ponto de vista de dentro desta doutrina cada vez
observei comportamentos extremistas, beirando o fanatismo, além de ideias bem
estranhas, que contavam com proibições e interferências na vida particular do participante.
Penso que hoje certamente esta linha espiritualista ou mística/filosófica tenha uma
roupagem melhorada. Mas nesta época, a vinte anos atrás, quando “cai na real” me vi em
uma seita com algumas características semelhantes a alguns evangélicos, o que claramente
não era lugar para mim. Inclusive fui recriminado ao levar um livro sobre viagem astral para
um colega, já que eram proibidos a entrada de qualquer livro que não fosse os escritos pelo
líder. Este fato foi a gota d’água para mim. Relatei o que pensava ao coordenador do local.
Já afastado escutei um comentário de um colega (ou “ex-irmão”) aquela característica balela
– na realidade isto é algo típico das técnicas de controle utilizado por diversas seitas – que,
sendo claro e resumido, eu iria ser espiritualmente prejudicado. Naturalmente que neste
caso recomendo agir da mesma fora que fiz: ignore, não reaja, não argumente. Na realidade
senti uma sensação de paz, aquela sensação de não estar presos a “coleiras”.
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Paralelamente aos meus estudos espiritualistas desde antes de me aprofundar nos
estudos das experiências fora do corpo sempre gostei de Ufologia e neste caso recomendo
o material do grupo da “Revista UFO”, atualmente eles tem um site/loja virtual contendo
livros, DVDs, cursos etc. Mas interagir com Ufologia é um como um garimpo, exige muito
mais senso crítico e análise do que da própria espiritualidade, já que muita gente viaja muito
“na maionese”. Também há muita fraude nesta área e naturalmente ou consequentemente
conceitos errôneos pré-concebidos para com aqueles que se abrem a estas possibilidades.
Particularmente nunca fui muito fã da chamada “ufologia mística”, a pesar de ter tido
contato com livros de estudos sérios, tais como os publicados pelo General Uchôa, fruto de
vivências diretas com o fenômeno.
Outra área muito interessante, que mais recentemente tenho tido interesse é a da
física teórica, mas meu contato com o tema não tem sido por meio de livros complicados e
excessivamente técnicos de modo que para quem – assim como eu – não tenha formação
científica recomendo livros de dois grandes divulgadores para o público leigo: Stephen
Hawking e Michio Kaku. Estes são exemplos de cientistas empenhados na divulgação
científica para leigos. Kaku escreveu um ótimo livro chamado “Hiperespaço – uma odisseia
científica através de universos paralelos, empenamentos do tempo e a décima dimensão”
cujas teorias e hipóteses vem de encontro inclusive com diversos fenômenos espíritas,
principalmente os relacionados com efeitos físicos e materializações. Michio Kaku tem o raro
talento de transformar as fronteiras da Física numa espécie de parque de diversões onde o
leitor realmente se diverte enquanto lê sobre temas que seriam complexo quando colocados
de outra maneira, temas tais como mecânica quântica, cosmologia e teoria de cordas, ainda
colocando as implicações filosóficas que nos faz refletir sobre o criador e do significado da
vida. Com relação à cosmologia recomendo o “Mundos paralelos – uma jornada através da
criação das dimensões superior”.
Também tenho curiosidade sobre Astronomia. Lembro o quanto foi inspirador
através de um pequeno telescópio poder observar Saturno, Jupter e a nebulosa de Órion em
uma qualidade de imagem inéditas para mim. Com relação a leituras de Astronomia
considero Neil de Grasse Tyson e Carl Sagan grandes cientista divulgadores da astronomia
e astrofísica para leigos. Já aqui no Brasil admiro Marcelo Gleiser e João Steiner, este último
desencarnou recentemente em 10 de setembro deste ano.
Muitos dos cientistas do passado eram grandes místicos, a exemplo da química que
surgiu a partir dos antigos alquimistas e do conhecimento matemático de Pitágora, apenas
para citar dois exemplos... Diferentemente de linhas filosóficas ou espiritualistas a ciência é
uma categoria de conhecimento baseada em evidências, de modo que em comparação com
a espiritualidade, na qual a pessoa pode até se dizer “pertencente” a determinada linha e
recusar as demais, no conhecimento científico independentemente de seu modo de pensar,
de seu conhecimento de mundo ou de sua religião/linha filosóficos os dados serão os
mesmos, ou seja, as evidências serão as mesmas e portanto o conhecimento também será
compartilhado para todos da mesma maneira.
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Penso que não é pelo fato de sermos espiritualistas que devemos recusar o
conhecimento científico ou vice versa, existimos todos no mesmo universo e feliz daquele
que consegue trafegar entre estas áreas, conciliando e ponderando entre elas. Os extremos
são prejudiciais e todo cientista verdadeiro tem de manter sua mente aberta a novas
possibilidades ou hipóteses e este é o caso ao meu ver do físico teórico PhD Michio Kaku.
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CAPÍTULO 4
A filosofia cogita, a ciência investiga
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Por ser uma ordem iniciática tradicional o conhecimento é dividido em graus, assim
como poderíamos talvez fazer uma comparação pelo que ocorre no ensino acadêmico. Isto
tem certas vantagens pedagógicas, já que o conhecimento é dosado e aprofundado
paulatinamente. Por outro lado, penso também que devemos ponderar sobre esta questão
de modo que os graus não sejam fruto de sentimentos egóicos.
Atualmente estou no 4º grau e aguardando o momento futuro cujo grau estará
relacionado especificamente com a viagem astral – ou como é denominada por eles, a
projeção psíquica. Esta etapa fica em um grau futuro pois até chegar lá o estudante já estará
capacitado com determinada bagagem de conhecimento considerada por eles como pré-
requisito.
As origens da Rosacruz nos leva às escolas de mistérios do antigo Egito, abordando
os mais diversos assuntos, divididos em 12 graus, indo inclusive além das questões filosóficas
e intelectuais, praticamente sendo um modo do viver ético, tratando assuntos como
matéria, energia, natura do tempo/espaço, consciência humana/cósmica, técnicas de
meditação, cura, intuição, abordados também aquelas habilidades conhecidas dos
fenômenos parapsicológicos e espiritualistas em geral. Através do site é possível adquirir o
livreto “O Domínio da Vida” pela URL https://www.amorc.org.br/formulario-dominio-da-
vida/ que detalha melhor ao leigo todas estas questões.
Interessante saber que houve diversos cientistas, filósofo e escritores que são
bastante conhecidos da humanidade que também transitaram pela Rosacruz, tais como
René Descartes, Francis Bacon e especialmente um cientista que admiro muito pela sua
história de vida que foi Michael Faraday, considerado o pai da Física. Certamente que a vida
destes cientistas e de muitas outras pessoas foram enriquecidas pela inspiração da instrução
Rosacruz.
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CAPÍTULO 5 – O QUE É A VIAGEM ASTRAL
“Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma
experiência humana.” (Wayne W. Dyner)
A crença de que todos possuímos alguma espécie de alma não-física faz parte da
grande maioria das religiões do mundo.
A viagem astral – ou como é conhecida em um termo mais modernizado, as
“experiências fora do corpo” – é um estado alterado de consciência que pode ocorrer por
exemplo durante o sono, em uma prática de relaxamento, durante uma meditação profunda
ou mesmo ao sofrer uma experiência de quase morte, durante o qual se pode,
momentaneamente, afastar-se do corpo físico, manifestando-se com lucidez a partir de um
veículo de manifestação – ou seja, um corpo – que não é material e retornar ao corpo físico
trazendo as lembranças das experiências vivenciadas.
Alguns dos leitores talvez nunca tenham tido uma experiência fora do corpo. Quer
nos apercebamos disso ou não, entretanto, todos nós já estivemos fora dos nossos corpos
em numerosas ocasiões durante o sono e a viagem astral é uma capacidade que todo ser
humano tem de projetar a sua consciência para fora do corpo físico.
As explorações extracorporais podem expandir tremendamente o nosso
entendimento acerca da vida e do universo. É importante notar que não estamos falando
de alguma vaga alucinação. Estamos falando a respeito da realização de um estado de total
clareza e viva sensibilidade enquanto fora do próprio corpo. Quando nos encontramos
plenamente conscientes fora do nosso corpo a sensação é tão real quanto a nossa
experiência física normal. Se tivemos essa experiência por várias vezes, fica difícil rejeitá-la
como um mero acaso ou produto fantasioso da nossa imaginação, e é muito possível que
comecemos alterando o modo de encarar o universo. Essas experiências são com frequência
tão extraordinárias e poderosas que podem afetar alguns dos nossos mais fundamentais
sistemas de crenças.
Contudo observo nas redes sociais, muitas pessoas escrevendo algo do tipo “...então
meu espírito saiu do corpo...” e sempre reflito em como nossa cultura materialista está tão
interiorizada em nossos pensamento que nos identificamos com o corpo físico a ponto de
mesmo vivenciando uma experiência extrafísica conceitua-la erroneamente, já que na
realidade somos nós (não importa se chamamos de espírito, alma, consciência...) que sai
temporariamente do corpo, retornando com a lembrança de nossas andanças extrafísicas.
Isto me lembra a célebre frase: “não somos seres humanos vivendo uma experiência
espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana”.
Tais experiências são conhecidas há milênios e por inúmeras culturas, recebendo
naturalmente diversas nomenclaturas, conforme esclarecido no início deste livro. Este tema
é um dos mais antigos patrimônios da humanidade e não só vem acontecendo desde a noite
dos tempos, nas mais diversas culturas, como vem sendo analisadas, experimentadas
criteriosamente e mesmo instrumentalizadas. Os egípcios, há cerca de 5 mil anos, falavam
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sobre o Kha, palavra que significa “o duplo”. Diziam que, durante o sono fisiológico ou após
a morte, o duplo se desprenderia do corpo e partiria para a chamada Terra dos Mortos.
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BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
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