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Aula 06
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DIREITO PENAL Ð 1000 QUESTÍES COMENTADAS DO CESPE
Curso de quest›es comentadas
Aula 06 Ð Prof. Renan Araujo
AULA 06
CRIMES EM ESPƒCIE (PARTE II) Ð CRIMES CONTRA A Fƒ
PòBLICA, CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL, CRIMES
CONTRA A ORGANIZA‚ÌO DO TRABALHO, CRIMES CONTRA A
FAMêLIA, O SENTIMENTO RELIGIOSO E O RESPEITO AOS
MORTOS, CRIMES CONTRA A PAZ PòBLICA E CRIMES CONTRA A
INCOLUMIDADE PòBLICA.
SUMçRIO
1 EXERCêCIOS DA AULA ........................................................................................... 2
2 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 20
915858
3 GABARITO .......................................................................................................... 69
Salve, galera!
Bons estudos!
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1! EXERCêCIOS DA AULA
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d) falsidade de sinal pœblico.
e) falsifica•‹o material de documento pœblico.
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12.! (CESPE Ð 2018 Ð ABIN Ð AGENTE DE INTELIGæNCIA)
Acerca dos crimes contra a incolumidade pœblica, julgue o item que se segue.
A conduta de disseminar germes patol—gicos com o objetivo de infectar plantas e
animais n‹o configura o crime de epidemia.
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No crime de aliciamento para o fim de emigra•‹o, pune-se a conduta de recrutar
trabalhadores, mediante fraude, com o fim de lev‡-los para territ—rio estrangeiro,
como forma de se garantir a prote•‹o ˆ organiza•‹o do trabalho.
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d) Haver‡ concurso de crimes se o agente praticar mais de uma das condutas
previstas no art. 198 do CP.
e) O referido crime classifica-se como crime pr—prio.
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a) mediante utiliza•‹o de explosivos.
b) em situa•‹o de viol•ncia domŽstica ou familiar contra a mulher
c) em estaleiro, f‡brica ou oficina.
d) em canteiro de obras em ‡rea de grande densidade demogr‡fica e
populacional.
e) por motivo fœtil ou torpe.
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de conjun•‹o carnal e ato libidinoso diverso, no mesmo cen‡rio f‡tico. Nessa
situa•‹o, Armando responder‡ por dois delitos Ñ estupro e atentado violento ao
pudor Ñ em concurso material, devendo ser condenado a pena equivalente ˆ
soma das san•›es previstas para cada um desses crimes.
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Jo‹o, penalmente respons‡vel, mediante amea•a de arma de fogo, constrangeu
JosŽ, de dezoito anos de idade, a se despir em sua frente, de modo a satisfazer
a sua lasc’via. Uma vez satisfeito, Jo‹o liberou JosŽ e evadiu-se do local.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, a conduta de Jo‹o caracteriza o tipo penal do estupro
em sua forma consumada.
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66.! (CESPE - 2016 - TCE-PR Ð AUDITOR Ð ADAPTADA)
O agente que falsificar e posteriormente usar documento pœblico cometer‡ os
crimes de falsifica•‹o de documento pœblico e uso de documento falso em
concurso material, nos termos do CP.
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A) uso de documento falso.
B) falsifica•‹o de documento particular.
C) falsa identidade.
D) falsidade ideol—gica.
E) falsifica•‹o de documento pœblico.
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ƒ crime pr—prio, que somente pode ter como sujeito ativo o servidor pœblico,
falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certid‹o, ou alterar o teor de certid‹o
ou atestado, para produzir prova de fato que habilite alguŽm a obter cargo
pœblico.
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84.! (CESPE Ð 2012 Ð TJ/BA Ð JUIZ ESTADUAL Ð ADAPTADA)
Suponha que Maria, de dezenove anos de idade, receba, de boa-fŽ, de um
desconhecido passe falso de transporte de empresa administrada pelo governo e
o utilize imediatamente ap—s ser alertada, por seu irm‹o, da falsidade do bilhete.
Nessa situa•‹o, a conduta de Maria caracteriza-se como at’pica.
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O agente que falsificar e, em seguida, usar o documento falsificado responder‡
apenas pelo crime de falsifica•‹o.
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O crime de falsidade material de atestado ou certid‹o prev• pena de deten•‹o
ao agente que o pratica. No entanto, se o crime for praticado com o fim de lucro,
aplica-se, alŽm da pena privativa de liberdade, a pena de multa.
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esconder antecedentes penais, esse indiv’duo praticar‡ o delito de falsa
identidade, segundo o STJ.
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O crime de uso de documento falso Ž formal, consumando-se com a simples
utiliza•‹o do documento reputado falso, n‹o se exigindo a comprova•‹o de
efetiva les‹o ˆ fŽ pœblica, o que afasta a possibilidade de aplica•‹o do princ’pio
da insignific‰ncia, em raz‹o do bem jur’dico tutelado.
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Particular que apresentar em seu trabalho atestado mŽdico falso, com assinatura
e carimbo de mŽdico inexistente, responder‡ pelo crime de falsidade ideol—gica,
na modalidade do uso.
2! EXERCêCIOS COMENTADOS
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podendo o agente responder pelo crime de estelionato, caso obtenha vantagem
indevida em preju’zo de alguŽm (sœmula 73 do STJ).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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a) falsifica•‹o material de documento particular.
b) falsidade ideol—gica.
c) falsidade de atestado mŽdico.
d) falsidade de sinal pœblico.
e) falsifica•‹o material de documento pœblico.
COMENTçRIOS: Neste caso, Lœcio praticou o crime de falsifica•‹o de documento
pœblico, previsto no art. 297 do CP, pois criou um documento pœblico inexistente.
Note-se que o mŽdico em quest‹o nunca elaborou aquele documento, com
aquelas informa•›es, de forma que temos falsidade material. Haveria falsidade
ideol—gica se o documento fosse verdadeiro, tivesse sido preenchido e assinado
pelo mŽdico (ou alguŽm a seu mando), mas com informa•›es inver’dicas. Neste
caso, o documento representaria a externaliza•‹o de vontade do mŽdico (ainda
que com informa•›es inver’dicas). N‹o Ž o caso.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.
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eventual experi•ncia sexual anterior ou exist•ncia de relacionamento amoroso
com o agente:
Sœmula 593 do STJ
O crime de estupro de vulner‡vel se configura com a conjun•‹o carnal ou pr‡tica de
ato libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual consentimento da
v’tima para a pr‡tica do ato, sua experi•ncia sexual anterior ou exist•ncia de
relacionamento amoroso com o agente.
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¤ 2o Aplicam-se as penas em dobro se o crime Ž cometido por ocasi‹o de calamidade
pœblica. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vig•ncia
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Acerca dos crimes contra a incolumidade pœblica, julgue o item que se
segue.
Situa•‹o hipotŽtica: Ap—s anos de trabalho como auxiliar de enfermagem,
Marcos abriu um consult—rio mŽdico e passou a realizar consulta, a
ministrar medicamentos aos seus pacientes e a realizar pequenas
interven•›es cirœrgicas. Assertiva: Nessa situa•‹o, Marcos pratica o
crime de exerc’cio ilegal da profiss‹o.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o agente, neste caso, praticou o delito de
Òexerc’cio ilegal da medicina, arte dent‡ria ou farmac•uticaÓ, mais precisamente
o crime de exerc’cio ilegal da arte dent‡ria, na forma do art. 282 do CP:
Exerc’cio ilegal da medicina, arte dent‡ria ou farmac•utica
Art. 282 - Exercer, ainda que a t’tulo gratuito, a profiss‹o de mŽdico, dentista ou
farmac•utico, sem autoriza•‹o legal ou excedendo-lhe os limites:
Pena - deten•‹o, de seis meses a dois anos.
Par‡grafo œnico - Se o crime Ž praticado com o fim de lucro, aplica-se tambŽm multa.
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Julgue o item seguinte, a respeito dos crimes contra a paz pœblica.
Os tipos penais definidos como incita•‹o ao crime e apologia de crime
s‹o espŽcies de crimes contra a paz pœblica.
COMENTçRIOS: Item correto, pois tais delitos est‹o inseridos no T’tulo IX da
Parte Especial do CP, que trata dos crimes contra a paz pœblica, mais
precisamente, encontram-se tipificados nos arts. 286 e 287 do CPP:
Incita•‹o ao crime
Art. 286 - Incitar, publicamente, a pr‡tica de crime:
Pena - deten•‹o, de tr•s a seis meses, ou multa.
Apologia de crime ou criminoso
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - deten•‹o, de tr•s a seis meses, ou multa.
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¤ 2o Na mesma pena do ¤ 1o incorre quem, com o intuito de lucro direto ou indireto,
distribui, vende, exp›e ˆ venda, aluga, introduz no Pa’s, adquire, oculta, tem em
dep—sito, original ou c—pia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com viola•‹o
do direito de autor, do direito de artista intŽrprete ou executante ou do direito do
produtor de fonograma, ou, ainda, aluga original ou c—pia de obra intelectual ou
fonograma, sem a expressa autoriza•‹o dos titulares dos direitos ou de quem os
represente. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 10.695, de 1¼.7.2003)
O STJ j‡ consolidou entendimento no sentido de que n‹o h‡ que se falar em
aplica•‹o, aqui, do princ’pio da adequa•‹o social, tendo sumulado a quest‹o
(sœmula 502 do STJ).
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.
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(...) II - impede alguŽm de se desligar de servi•os de qualquer natureza, mediante
coa•‹o ou por meio da reten•‹o de seus documentos pessoais ou contratuais. (Inclu’do
pela Lei n¼ 9.777, de 1998)
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.
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a) A compet•ncia para o processamento de a•‹o que envolva a pr‡tica
desse crime Ž da justi•a federal, independentemente de se tratar de
interesse individual do trabalhador ou coletivo.
b) A conduta de constranger alguŽm, mediante viol•ncia ou grave
amea•a, a adquirir de outrem matŽria-prima ou produto industrial
agr’cola configura o crime previsto no referido artigo.
c) Cometer‡ o referido crime aquele que constranger alguŽm, mediante
viol•ncia ou grave amea•a, a n‹o celebrar contrato de trabalho.
d) Haver‡ concurso de crimes se o agente praticar mais de uma das
condutas previstas no art. 198 do CP.
e) O referido crime classifica-se como crime pr—prio.
COMENTçRIOS:
a) ERRADA: Item errado, pois a compet•ncia ser‡, a princ’pio, da Justi•a
estadual, salvo se ficar comprovado que houve: (i) viola•‹o a direito dos
trabalhadores, considerados coletivamente; ou (ii) viola•‹o ˆ organiza•‹o geral
do trabalho.
b) ERRADA: Item errado, pois tal conduta n‹o se amolda ao tipo penal do art.
198 do CP, que criminaliza a conduta de quem obriga alguŽm a NÌO FORNECER
a outra pessoa ou NÌO ADQUIRIR de outra pessoa matŽria-prima ou produto
industrial ou agr’cola.
c) ERRADA: Item errado, pois a conduta criminalizada (dentre outras) Ž a de
constranger alguŽm a CELEBRAR contrato de trabalho, nos termos do art. 198 do
CP.
d) CORRETA: Item correto, pois temos aqui o que se chama de tipo misto
cumulativo, ou seja, a pr‡tica de mais de uma das condutas descritas no nœcleo
do tipo configura mais de um crime, e n‹o crime œnico.
e) ERRADA: Trata-se de crime comum, pois pode ser praticado por qualquer
pessoa.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.
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Pratica crime previsto no CP aquele que contrai casamento conhecendo
a exist•ncia de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta ou
relativa.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o crime do art. 237 do CP s— se aplica se o
agente contrai casamento sabendo da exist•ncia de impedimento que cause
nulidade ABSOLUTA, nos termos do art. 237 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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N‹o se exige, ainda, comprova•‹o de que tenha havido efetivo preju’zo, eis que
se trata de crime formal. AlŽm disso, incab’vel sustentar a ocorr•ncia de erro de
proibi•‹o, eis que se trata de conduta amplamente divulgada como il’cita.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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e) em estaleiro, f‡brica ou oficina;
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA C.
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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¤ 2¼ - Se culposo o inc•ndio, Ž pena de deten•‹o, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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42.! (CESPE Ð 2012 Ð TJ/PI Ð JUIZ Ð ADAPTADA)
Caso o delito de viola•‹o sexual mediante fraude seja cometido com o
fim de obten•‹o de vantagem econ™mica, o infrator sujeitar-se-‡
tambŽm ˆ pena de multa.
COMENTçRIOS: Item correto, pois essa Ž a previs‹o do art. 215, ¤ œnico do CP:
Viola•‹o sexual mediante fraude (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Art. 215. Ter conjun•‹o carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguŽm, mediante
fraude ou outro meio que impe•a ou dificulte a livre manifesta•‹o de vontade da
v’tima: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Pena - reclus‹o, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.015, de
2009)
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de 14 anos, n‹o se aplica causa de aumento de pena, mas circunst‰ncia
QUALIFICADORA. Vejamos:
Art. 213. Constranger alguŽm, mediante viol•ncia ou grave amea•a, a ter conjun•‹o
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Reda•‹o
dada pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Pena - reclus‹o, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.015, de
2009)
¤ 1¼ Se da conduta resulta les‹o corporal de natureza grave ou se a v’tima Ž menor
de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: (Inclu’do pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Pena - reclus‹o, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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COMENTçRIOS: Item errado, pois, nos termos do art. 226, II do CP, a causa
especial de aumento de pena ser‡ aplicada caso o infrator possua qualquer t’tulo
de autoridade sobre a v’tima, n‹o necessariamente grau de parentesco. Vejamos:
Art. 226. A pena Ž aumentada:(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 11.106, de 2005)
(...)
II - de metade, se o agente Ž ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irm‹o, c™njuge,
companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da v’tima ou por qualquer
outro t’tulo tem autoridade sobre ela; (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 11.106, de 2005)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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O EX-GOVERNADOR. FALTA DE PROVAS. CRIME DE QUADRILHA. INOCORRæNCIA.
DENòNCIA REJEITADA.
(...)
6. Realmente, a Corte Especial no julgamento da Denun na APn .549/SP, DJe
18/11/2009, corroborando entendimento do STF, decidiu que: (...) IX - A
conduta t’pica prevista no art. 288 do C—digo Penal consiste em associarem-
se, unirem-se, agruparem-se, mais de tr•s pessoas (mesmo que na
associa•‹o existam inimput‡veis, mesmo que nem todos os seus
componentes sejam identificados ou ainda, que algum deles n‹o seja pun’vel
em raz‹o de alguma causa pessoal de isen•‹o de pena), em quadrilha ou
bando, para o fim de cometer crimes (Luiz RŽgis Prado in ÒCurso de Direito
Penal Brasileiro Ð Volume 3Ó, Ed. Revista dos Tribunais, 4» edi•‹o, 2006, p‡gina,
606). (...)
(APn .514/PR, Rel. Ministro LUIZ FUX, CORTE ESPECIAL, julgado em 16/06/2010, DJe
02/09/2010)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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Considere que Silas, maior, capaz, motorista de caminh‹o, tenha
praticado conjun•‹o carnal com Lœcia, de dezessete anos de idade, ap—s
t•-la conhecido em uma boate ˆs margens da rodovia, conhecido ponto
de prostitui•‹o. Nessa situa•‹o hipotŽtica, o erro em rela•‹o ˆ
menoridade da v’tima elide o dolo e afasta a tipicidade, e, caso Silas
tenha atuado na dœvida, resta caracterizado o delito de explora•‹o
sexual de vulner‡vel.
COMENTçRIOS: O item est‡ correto. A conduta de Silas, neste caso, em tese,
se amoldaria ao tipo penal do art. 218-B, ¤2¼, I do CP:
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair ˆ prostitui•‹o ou outra forma de explora•‹o
sexual alguŽm menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou defici•ncia
mental, n‹o tem o necess‡rio discernimento para a pr‡tica do ato, facilit‡-la, impedir
ou dificultar que a abandone: (Inclu’do pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Pena - reclus‹o, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
¤ 1o Se o crime Ž praticado com o fim de obter vantagem econ™mica, aplica-se
tambŽm multa. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
¤ 2o Incorre nas mesmas penas: (Inclu’do pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
I - quem pratica conjun•‹o carnal ou outro ato libidinoso com alguŽm menor de 18
(dezoito) e maior de 14 (catorze) anos na situa•‹o descrita no caput deste
artigo; (Inclu’do pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Silas, contudo, agiu em ERRO DE TIPO (erro sobre elemento constitutivo do tipo
penal, no caso, a menoridade da v’tima), o que afasta o dolo. Vejamos:
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas
permite a puni•‹o por crime culposo, se previsto em lei. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
7.209, de 11.7.1984)
Caso Silas tenha agido na dœvida, considera-se que assumiu o risco da conduta,
n‹o se importando com eventual resultado, de forma que responde pela conduta
citada (art. 218-B, ¤2¼, I do CP) na modalidade dolosa, por dolo eventual.
H‡ quem defenda, na Doutrina, que somente seria poss’vel a puni•‹o de Silas,
por este crime, se v’tima estivesse sendo v’tima de alguma forma de explora•‹o
sexual, pois a caput criminaliza a conduta daquele que SUBMETE, INDUZ ou
ATRAI ˆ prostitui•‹o a pessoa nestas condi•›es, e o ¤2¼ exige que a v’tima se
encontre nesta condi•‹o.
Contudo, Ž poss’vel entender, tambŽm, que o ¤2¼, quando diz Ò(...)na situa•‹o
descrita no caput deste artigo;Ó, esteja se referindo ˆ v’tima em situa•‹o de
prostitui•‹o, ainda que n‹o tenha sido submetida, atra’da ou induzida por
ninguŽm.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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COMENTçRIOS: O item est‡ errado. Vejamos o tipo penal citado:
Art. 213. Constranger alguŽm, mediante viol•ncia ou grave amea•a, a ter conjun•‹o
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Reda•‹o
dada pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Pena - reclus‹o, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.015, de
2009)
O tipo penal, portanto, pode ser praticado por mais de uma forma, o que denota
a exist•ncia de um TIPO PENAL MISTO ALTERNATIVO.
Em casos tais, Ž poss’vel a configura•‹o de continuidade delitiva (se praticado
em situa•›es de tempo, local e modo de execu•‹o semelhantes, num lapso n‹o
superior a 30 dias, conforme entendimento do STJ), bem como a configura•‹o
de crime œnico, desde que praticado no mesmo contexto f‡tico (na
mesma situa•‹o delituosa). Vejamos o entendimento do STJ:
(...)Deve o Tribunal a quo redimensionar a pena aplicada, tendo em vista que a atual
jurisprud•ncia desta Corte Superior sedimentou-se no sentido de que, "como
a Lei 12.015/2009 unificou os crimes de estupro e atentado violento ao pudor
em um mesmo tipo penal, deve ser reconhecida a exist•ncia de crime œnico
de estupro, caso as condutas tenham sido praticadas contra a mesma v’tima
e no mesmo contexto f‡tico." (AgRg AREsp 233.559/BA, Rel. Ministra ASSUSETE
MAGALHÌES, 6T, DJe 10.2.2014).
11 - Recurso especial a que se nega provimento. Habeas corpus concedido de of’cio,
t‹o somente para que o Tribunal de origem proceda a nova dosimetria da pena
aplicada em rela•‹o aos delitos de estupro e de atentado violento ao pudor, conforme
disp›e a Lei n. 12.015/2009, devendo a pluralidade de condutas ser valorada na
an‡lise da culpabilidade do sentenciado, quando da fixa•‹o da pena-base, dado o
reconhecimento de crime œnico entre as condutas.
(REsp 1066724/DF, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado
em 24/04/2014, DJe 05/05/2014)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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Considere a seguinte situa•‹o hipotŽtica.
M‡rcio, penalmente respons‡vel, durante a pr‡tica de ato sexual
mediante viol•ncia e grave amea•a, atingiu a v’tima de modo fatal,
provocando-lhe a morte.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, M‡rcio responder‡ por estupro qualificado
pelo resultado morte, afastando-se o concurso dos crimes de estupro e
homic’dio.
COMENTçRIOS: A quest‹o Ž mal formulada, e n‹o diz se M‡rcio tinha a inten•‹o
de matar a v’tima ou se a morte se deu a t’tulo culposo, presumindo-se isso em
raz‹o da forma como foi redigida a quest‹o. Partindo-se da premissa de que o
resultado adveio a t’tulo de culpa, M‡rcio responder‡, de fato, pelo delito de
estupro com resultado morte. Vejamos:
Art. 213. Constranger alguŽm, mediante viol•ncia ou grave amea•a, a ter conjun•‹o
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Reda•‹o
dada pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Pena - reclus‹o, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.015, de
2009)
(...)
¤ 2o Se da conduta resulta morte: (Inclu’do pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Pena - reclus‹o, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Inclu’do pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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A reda•‹o da nova lei que tipifica os crimes contra a dignidade sexual
superou as controvŽrsias em rela•‹o ˆ considera•‹o do estupro como
crime hediondo, deixando claro o seu car‡ter de hediondez tanto na
forma simples quanto nas formas qualificadas pelo resultado.
COMENTçRIOS: O item est‡ correto. Vejamos a reda•‹o do art. 1¼, V da Lei dos
Crimes Hediondos:
Art. 1o S‹o considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - C—digo Penal, consumados ou tentados:
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 8.930, de 1994) (Vide Lei n¼ 7.210, de 1984)
(...)
V - estupro (art. 213, caput e ¤¤ 1o e 2o); (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.015, de
2009)
Assim, percebemos que tanto a forma simples quanto as formas qualificadas s‹o
consideradas como crime hediondo.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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Art. 213. Constranger alguŽm, mediante viol•ncia ou grave amea•a, a ter conjun•‹o
carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Reda•‹o
dada pela Lei n¼ 12.015, de 2009)
Pena - reclus‹o, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.015, de
2009)
H‡ muita diverg•ncia na Doutrina e na Jurisprud•ncia, uns com o entendimento
de que NÌO ƒ NECESSçRIO o efetivo contato f’sico entre a v’tima e o infrator,
bastando que a v’tima seja submetida a uma situa•‹o libidinosa para satisfazer
a lasc’via do infrator (ficar nua, por exemplo, masturbar-se, etc.), e outros
entendendo que esse contato Ž INDISPENSçVEL.
Assim, acredito que a quest‹o deveria ter sido anulada, em raz‹o da grande
celeuma existente em rela•‹o ao tema.
Contudo, a AFIRMATIVA FOI CONSIDERADA CORRETA.
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Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma a•‹o ou omiss‹o, pratica dois ou
mais crimes da mesma espŽcie e, pelas condi•›es de tempo, lugar, maneira de
execu•‹o e outras semelhantes, devem os subseqŸentes ser havidos como
continua•‹o do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um s— dos crimes, se id•nticas, ou a
mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois ter•os.
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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COMENTçRIOS: De fato, o agente responder‡ apenas pelo crime-fim, ou seja,
o crime tribut‡rio, j‡ que a falsidade foi praticada como mero crime-meio para
a pr‡tica do delito tribut‡rio.
Contudo, o princ’pio aplic‡vel Ž o da CONSUN‚ÌO (absor•‹o do crime-meio pelo
crime-fim).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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Situa•‹o hipotŽtica: Com o intuito de viajar para o exterior, Pedro, que
n‹o possui passaporte, usou como seu o documento de Paulo, seu irm‹o
Ñ com quem se parece muito Ñ, tendo-o apresentado, sem adultera•›es,
para os agentes da companhia aŽrea e da Pol’cia Federal no aeroporto.
Pedro e Paulo t•m mais de dezoito anos de idade. Assertiva: Nessa
situa•‹o, de acordo com o C—digo Penal, Pedro cometeu o crime de
falsidade ideol—gica.
COMENTçRIOS: Item errado, pois Pedro praticou o delito previsto no art. 308
do CP:
Art. 308 - Usar, como pr—prio, passaporte, t’tulo de eleitor, caderneta de reservista
ou qualquer documento de identidade alheia ou ceder a outrem, para que dele se
utilize, documento dessa natureza, pr—prio ou de terceiro:
Pena - deten•‹o, de quatro meses a dois anos, e multa, se o fato n‹o constitui
elemento de crime mais grave.
Trata-se, segundo a doutrina, de uma modalidade espec’fica do delito de falsa
identidade, tambŽm chamado de crime de Òuso de documento de identidade
alheioÓ.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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Art. 299 - Omitir, em documento pœblico ou particular, declara•‹o que dele devia
constar, ou nele inserir ou fazer inserir declara•‹o falsa ou diversa da que devia ser
escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obriga•‹o ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante:
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa, se o documento Ž pœblico, e reclus‹o
de um a tr•s anos, e multa, se o documento Ž particular.
Par‡grafo œnico - Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e comete o crime prevalecendo-
se do cargo, ou se a falsifica•‹o ou altera•‹o Ž de assentamento de registro civil,
aumenta-se a pena de sexta parte.
Portanto, a afirmativa est‡ CORRETA.
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NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO FçTICO-PROBATîRIO.
INCOMPATIBILIDADE COM A VIA ELEITA. ORDEM DENEGADA.
1. Segundo iterativa jurisprud•ncia desta Corte e do Supremo Tribunal Federal, o
princ’pio da insignific‰ncia n‹o Ž aplic‡vel ao delito de moeda falsa,
independentemente, da quantidade de notas ou do valor por elas ostentado.
(...)
(HC 149.552/RS, Rel. Ministro MARCO AURƒLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado
em 07/08/2012, DJe 22/08/2012)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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Art. 301 (...)
Falsidade material de atestado ou certid‹o
¤ 1¼ - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou certid‹o, ou alterar o teor de
certid‹o ou de atestado verdadeiro, para prova de fato ou circunst‰ncia que habilite
alguŽm a obter cargo pœblico, isen•‹o de ™nus ou de servi•o de car‡ter pœblico, ou
qualquer outra vantagem:
Pena - deten•‹o, de tr•s meses a dois anos.
Este delito NÌO ƒ PRîPRIO, podendo ser praticado por qualquer pessoa,
diferente do crime do caput (n‹o transcrito), que Ž o de "atestar ou certificar
falsamente...", este sim um delito pr—prio.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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COMENTçRIO: Embora o delito de falsifica•‹o de documento pœblico seja um
crime comum, ou seja, n‹o exige nenhuma qualidade especial do agente, se o
delito for praticado por funcion‡rio pœblico no exerc’cio da fun•‹o, prevalecendo-
se de alguma vantagem proporcionada pelo cargo, a pena Ž aumentada em um
sexto, nos termos do art. 297, ¤1¼ do CP:
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento pœblico, ou alterar documento
pœblico verdadeiro:
Pena - reclus‹o, de dois a seis anos, e multa.
¤ 1¼ - Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
aumenta-se a pena de sexta parte.
Assim, n‹o se trata de indiferente penal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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COMENTçRIOS: Item errado, pois, nesse caso, resta caracterizado o delito de
supress‹o de documento, previsto no art. 305 do CP:
Supress‹o de documento
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benef’cio pr—prio ou de outrem, ou em
preju’zo alheio, documento pœblico ou particular verdadeiro, de que n‹o podia dispor:
Pena - reclus‹o, de dois a seis anos, e multa, se o documento Ž pœblico, e reclus‹o,
de um a cinco anos, e multa, se o documento Ž particular.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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restitui ˆ circula•‹o, depois de conhecer a falsidade, Ž punido com deten•‹o, de seis
meses a dois anos, e multa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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nome Òuso de documento alheioÓ seja utilizada para designar a conduta do art.
308. Quest‹o poderia, tranquilamente, ter sido anulada.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.
N‹o h‡ que se falar em falsifica•‹o de documento pœblico, pois Maria n‹o criou
documento pœblico falso nem adulterou a forma de documento pœblico, tendo
apenas alterado o seu conteœdo.
TambŽm n‹o h‡ que se falar em estelionato, eis que Maria n‹o tentou obter
vantagem il’cita em face da loja na qual apresentou o documento, mas apenas
um crŽdito para realizar a compra, sem que a quest‹o afirmasse que Maria
pretendia n‹o pagar pela compra posteriormente.
AlŽm disso, o STJ e o STF entendem que quando o agente pratica a falsidade e
logo ap—s utiliza o documento falso, este œltimo crime Ž considerando mero
ÒexaurimentoÓ do primeiro, sendo um p—s fato impun’vel.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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88.! (CESPE - 2012 Ð TER/RJ - ANALISTA JUDICIçRIO - çREA
JUDICIçRIA)
A conduta consistente na emiss‹o de t’tulo ao portador sem permiss‹o
legal constitui crime contra a fŽ pœblica.
COMENTçRIOS: De fato, esta conduta configura crime contra a fŽ pœblica,
previsto no art. 292 do CP:
Emiss‹o de t’tulo ao portador sem permiss‹o legal
Art. 292 - Emitir, sem permiss‹o legal, nota, bilhete, ficha, vale ou t’tulo que contenha
promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indica•‹o do nome da
pessoa a quem deva ser pago:
Pena - deten•‹o, de um a seis meses, ou multa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial Ž t’pica, ainda que
em situa•‹o de alegada autodefesa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento pœblico, ou alterar documento
pœblico verdadeiro:
Pena - reclus‹o, de dois a seis anos, e multa.
¤ 1¼ - Se o agente Ž funcion‡rio pœblico, e comete o crime prevalecendo-se do cargo,
aumenta-se a pena de sexta parte.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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¤ 2¼ - Se o crime Ž praticado com o fim de lucro, aplica-se, alŽm da pena privativa de
liberdade, a de multa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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Vejamos:
STF, HC 96153 MG, Min. Rel. CçRMEN LòCIA, Julgamento em
26/05/2009:
3. A jurisprud•ncia predominante do Supremo Tribunal Federal
Ž no sentido de reverenciar - em crimes de moeda falsa - a fŽ
pœblica, que Ž um bem intang’vel, que corresponde, exatamente,
ˆ confian•a que a popula•‹o deposita em sua moeda.
Precedentes.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
COMENTçRIOS: Tanto o STF quanto o STJ entendem que, neste caso, a conduta
Ž at’pica, pois o documento no qual se afirma ser pobre, por si s—, n‹o possui
valor probante, representando apenas um pedido, sujeito ˆ posterior verifica•‹o,
de forma que este documento n‹o se amolda ao objeto do tipo penal do art. 299
do CP. Vejamos:
PENAL Ð HABEAS CORPUS Ð FALSIDADE IDEOLîGICA Ð INQUƒRITO POLICIAL Ð
TRANCAMENTO Ð POSSIBILIDADE APENAS QUANDO DEMONSTRADA A MANIFESTA
ATIPICIDADE DA CONDUTA Ð DECLARA‚ÌO DE POBREZA Ð FALSIDADE AVENTADA
PELO MAGISTRADO Ð NÌO ADEQUA‚ÌO DA CONDUTA AO DELITO PREVISTO NO
ARTIGO 299 DO CîDIGO PENAL Ð DOCUMENTO QUE, POR SI Sî, NÌO POSSUI FOR‚A
PROBANTE Ð NECESSIDADE DE ULTERIOR AVERIGUA‚ÌO PELO JUêZO, DE OFêCIO OU
A REQUERIMENTO Ð ATIPICIDADE Ð NECESSIDADE DE TRANCAMENTO Ð ORDEM
CONCEDIDA.
1. O trancamento de inquŽrito policial somente Ž vi‡vel ante a cabal e inequ’voca
demonstra•‹o da atipicidade da conduta atribu’da ao investigado.
2. Consoante recente orienta•‹o jurisprudencial do egrŽgio Supremo Tribunal
Federal, seguida por esta Corte, eventual declara•‹o de pobreza firmada com
o fito de obter o benef’cio da gratuidade de justi•a n‹o se adequa ao tipo
penal previsto no artigo 299 do C—digo Penal, pois n‹o possui, por si s—, for•a
probante, j‡ que sujeita ˆ posterior averigua•‹o pelo Magistrado, de of’cio ou
a requerimento.
3. Ordem concedida.
(HC 110.422/DF, Rel. Ministra JANE SILVA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO
TJ/MG), SEXTA TURMA, julgado em 18/12/2008, DJe 09/02/2009)
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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nome, a fim de esconder antecedentes penais, esse indiv’duo praticar‡
o delito de falsa identidade, segundo o STJ.
COMENTçRIOS: Quando da aplica•‹o da prova a quest‹o estava ERRADA
(inclusive a Banca deu o gabarito como errado), pois o STJ, de fato, adotava
entendimento no sentido de que n‹o se caracterizava o delito, em raz‹o do
direito ˆ autodefesa. Contudo, mais recentemente, o STJ, seguindo
posicionamento firmado pelo STF, mudou se entendimento, passando a
entender que o direito ˆ autodefesa n‹o pode servir de manto para proteger a
conduta de uso de documento falso. Vejamos decis‹o do STF:
** O uso de documento falso n‹o pode ser invocado para justificar o princ’pio da
autodefesa. O posicionamento foi firmado pela 2» Turma do STF no julgamento do HC
103.314-MS, em 24 de maio de 2011, relatado pela Ministra Ellen Gracie."
Inclusive, atualmente, a discuss‹o est‡ pacificada, em raz‹o da edi•‹o do
verbete de sœmula n¼ 522 do STJ:
Sœmula 522
A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial Ž t’pica, ainda que
em situa•‹o de alegada autodefesa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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Falsifica•‹o de documento particular (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.737, de
2012) Vig•ncia
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento
particular verdadeiro:
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa.
Falsifica•‹o de cart‹o (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vig•ncia
Par‡grafo œnico. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular
o cart‹o de crŽdito ou dŽbito. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vig•ncia
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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O simples fato de ter havido solicita•‹o do agente policial n‹o caracteriza a
Òaus•ncia de vontadeÓ do agente. H‡ decis›es judiciais entendendo, ainda, que
o mero porte da CNH falsa j‡ caracteriza o delito.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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O crime de uso de documento falso Ž formal, consumando-se com a
simples utiliza•‹o do documento reputado falso, n‹o se exigindo a
comprova•‹o de efetiva les‹o ˆ fŽ pœblica, o que afasta a possibilidade
de aplica•‹o do princ’pio da insignific‰ncia, em raz‹o do bem jur’dico
tutelado.
COMENTçRIOS: O item est‡ correto. A Doutrina entende que o delito do art.
304 Ž formal, pois se consuma no momento da utiliza•‹o do documento, ou seja,
no momento da pr‡tica da conduta, sendo dispens‡vel eventual resultado
natural’stico. Vejamos o art. 304:
Uso de documento falso
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papŽis falsificados ou alterados, a que se referem
os arts. 297 a 302:
Pena - a cominada ˆ falsifica•‹o ou ˆ altera•‹o.
Com rela•‹o ao princ’pio da insignific‰ncia, de fato, este Ž o entendimento
jurisprudencial predominante (impossibilidade de aplica•‹o nos crimes contra a
fŽ pœblica), embora haja decis›es isoladas entendendo pela aplica•‹o do
princ’pio.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.
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Aquele que emitir, sem permiss‹o legal, t’tulo que contenha promessa
de pagamento em dinheiro ao portador praticar‡ crime contra a ordem
econ™mica, as rela•›es de consumo e a economia popular.
COMENTçRIOS: Item errado, pois tal conduta configura crime contra a fŽ
pœblica, mais especificamente o delito do art. 292 do CP (emiss‹o de t’tulo ao
portador sem permiss‹o legal):
Emiss‹o de t’tulo ao portador sem permiss‹o legal
Art. 292 - Emitir, sem permiss‹o legal, nota, bilhete, ficha, vale ou t’tulo que contenha
promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indica•‹o do nome da
pessoa a quem deva ser pago:
Pena - deten•‹o, de um a seis meses, ou multa.
Par‡grafo œnico - Quem recebe ou utiliza como dinheiro qualquer dos documentos
referidos neste artigo incorre na pena de deten•‹o, de quinze dias a tr•s meses, ou
multa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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COMENTçRIOS: Item errado, pois a falsifica•‹o de cart‹o de crŽdito configura
o delito de falsifica•‹o de documento particular, eis que o cart‹o de crŽdito foi
equiparado a documento particular para estes fins. Vejamos:
Falsifica•‹o de documento particular (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 12.737, de
2012) Vig•ncia
Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento
particular verdadeiro:
Pena - reclus‹o, de um a cinco anos, e multa.
Falsifica•‹o de cart‹o (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vig•ncia
Par‡grafo œnico. Para fins do disposto no caput, equipara-se a documento particular
o cart‹o de crŽdito ou dŽbito. (Inclu’do pela Lei n¼ 12.737, de 2012) Vig•ncia
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
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particular, previsto no art. 298 do CP, sendo o uso considerado um p—s-fato
impun’vel.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.
3! GABARITO
1.! CORRETA
2.! ERRADA
3.! CORRETA
4.! CORRETA
5.! ERRADA
6.! ALTERNATIVA E
7.! ALTERNATIVA B
8.! CORRETA
9.! ERRADA
10.! ERRADA
11.! ERRADA
12.! ERRADA
13.! ERRADA
14.! ERRADA
15.! CORRETA
16.! CORRETA
17.! ERRADA
18.! ERRADA
...
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19.! CORRETA
20.! CORRETA
21.! ERRADA
22.! ERRADA
23.! ERRADA
24.! ERRADA
25.! ALTERNATIVA D
26.! ERRADA
27.! ERRADA
28.! ALTERNATIVA C
29.! ERRADA
30.! ERRADA
31.! ALTERNATIVA C
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DIREITO PENAL Ð 1000 QUESTÍES COMENTADAS DO CESPE
Curso de quest›es comentadas
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Aula 06 Ð Prof. Renan Araujo
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DIREITO PENAL Ð 1000 QUESTÍES COMENTADAS DO CESPE
Curso de quest›es comentadas
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Aula 06 Ð Prof. Renan Araujo
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