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Aula 02

1000 Questões Comentadas de Direito Penal - Banca CESPE

Renan Araujo, Time Renan Araujo

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DIREITO PENAL Ð 1000 QUESTÍES COMENTADAS DO CESPE
Curso de quest›es comentadas
Aula 02 Ð Prof. Renan Araujo

AULA 02
TEORIA GERAL DO DELITO (PARTE II) Ð
CULPABILIDADE. ERRO .
SUMçRIO
1 EXERCêCIOS DA AULA ........................................................................................... 2
2 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 18
3 GABARITO .......................................................................................................... 52

Salve, galera!
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Na aula de hoje vamos comentar diversas quest›es sobre a Teoria


Geral do Delito: culpabilidade e seus elementos (imputabilidade penal, etc.),
alŽm do fen™meno do ERRO no Direito Penal.

Bons estudos!

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1! EXERCêCIOS DA AULA

01.! (CESPE Ð 2018 Ð STJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð çREA


ADMINISTRATIVA)
Pessoas doentes mentais, que tenham dezoito ou mais anos de idade, mesmo
que sejam inteiramente incapazes de entender o car‡ter il’cito da conduta
criminosa ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, s‹o
penalmente imput‡veis.

02.! (CESPE Ð 2018 Ð STJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð çREA


ADMINISTRATIVA)
A embriaguez completa provocada por caso fortuito Ž causa de inimputabilidade
do agente.

03.! (CESPE Ð 2018 Ð ABIN Ð OFICIAL DE INTELIGæNCIA Ð çREA 01)


Ë luz do C—digo Penal, julgue o item que se segue.
Comprovado que o acusado possui desenvolvimento mental incompleto e que n‹o
era inteiramente capaz de entender o car‡ter il’cito de sua conduta, Ž cab’vel a
condena•‹o com redu•‹o de pena.

04.! (CESPE Ð 2018 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
No que tange aos institutos penais das excludentes de ilicitude e de culpabilidade
e da imputabilidade penal, julgue o pr—ximo item.
A embriaguez acidental, proveniente de for•a maior ou caso fortuito, exclui a
culpabilidade, ainda que o sujeito ativo possu’sse, ao tempo da a•‹o, parcial
capacidade de entender o car‡ter il’cito do fato que praticou.

05.! (CESPE Ð 2018 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
No que tange aos institutos penais das excludentes de ilicitude e de culpabilidade
e da imputabilidade penal, julgue o pr—ximo item.
Preenchidos os requisitos legais, a coa•‹o irresist’vel e a obedi•ncia hier‡rquica
s‹o causas excludentes de culpabilidade daquele que recebeu ordem para
cometer o fato, mantendo-se pun’vel o autor da coa•‹o ou da ordem.

06.! (CESPE Ð 2018 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)

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Acerca dos institutos do erro de tipo, do erro de proibi•‹o e do concurso de
pessoas, julgue o item subsequente.
A descriminante putativa por erro de proibi•‹o, na hip—tese de suposi•‹o err™nea
acerca de causa excludente de ilicitude, Ž considerada erro de proibi•‹o indireto
e gera as mesmas consequ•ncias do erro de proibi•‹o direto.

07.! (CESPE Ð 2018 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
Acerca dos institutos do erro de tipo, do erro de proibi•‹o e do concurso de
pessoas, julgue o item subsequente.
O erro de proibi•‹o evit‡vel exclui a culpabilidade.

08.! (CESPE Ð 2018 Ð PC-MA Ð ESCRIVÌO)


A imputabilidade Ž definida como
a) a capacidade mental, inerente ao ser humano, de, ao tempo da a•‹o ou da
omiss‹o, entender o car‡ter il’cito do fato e de determinar-se de acordo com esse
entendimento.
b) a contrariedade entre o fato t’pico praticado por alguŽm e o ordenamento
jur’dico, capaz de lesionar ou expor a perigo de les‹o bens jur’dicos penalmente
protegidos.
c) a reprovabilidade ou o ju’zo de censura que incide sobre a forma•‹o e a
exterioriza•‹o da vontade do respons‡vel pela conduta criminosa.
d) a obedi•ncia ˆs formas e aos procedimentos exigidos na cria•‹o da lei penal
e, principalmente, na elabora•‹o de seu conteœdo normativo.
e) a necessidade de que a conduta reprov‡vel se encaixe no modelo descrito na
lei penal vigente no momento da a•‹o ou da omiss‹o.

09.! (CESPE Ð 2018 Ð PC-MA Ð INVESTIGADOR)


A pr‡tica de crime em decorr•ncia de coa•‹o moral irresist’vel configura
a) inexigibilidade de conduta diversa.
b) excludente de antijuridicidade.
c) inimputabilidade penal.
d) circunst‰ncia atenuante de pena.
e) atipicidade da conduta.

10.! (CESPE Ð 2018 Ð PC-MA Ð MƒDICO LEGISTA)


Luiz cometeu um crime e, em sua defesa, alegou embriaguez. Ap—s as
investiga•›es e per’cias cab’veis, foi reconhecida a hip—tese de exclus‹o da
imputabilidade.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, a exclus‹o da imputabilidade deveu-se ao fato de se
tratar de uma embriaguez

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a) acidental ou fortuita incompleta.
b) preordenada.
c) n‹o acidental culposa.
d) n‹o acidental volunt‡ria.
e) acidental ou fortuita completa.

11.! (CESPE Ð 2017 Ð PM-AL Ð SOLDADO)


A respeito da aplica•‹o da lei penal, do crime e da imputabilidade penal, julgue
o item a seguir.
Situa•‹o hipotŽtica: Um indiv’duo que, ao tempo que praticou a•‹o ou omiss‹o,
era inteiramente capaz de entender o car‡ter il’cito do fato. Posteriormente veio
a ser afetado por doen•a mental. Assertiva: Nesse caso, esse indiv’duo Ž isento
de pena.

12.! (CESPE Ð 2017 Ð TRF1 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð çREA


ADMINISTRATIVA)
JosŽ, com vinte anos de idade, e seu primo, Pedro, de quinze anos de idade,
sa’ram para conversar em um bar. JosŽ, que estava ingerindo bebida alco—lica,
ficou muito b•bado rapidamente em raz‹o do efeito colateral provocado por
medicamento de que fazia uso. Pedro, percebendo o estado de embriaguez do
primo, fez que este praticasse um ato que sabia ser tipificado como delituoso.
A respeito dessa situa•‹o hipotŽtica e considerando o concurso de pessoas e a
imputabilidade penal, julgue o item que se segue.
JosŽ n‹o poder‡ ser punido pelo crime que cometeu porque se encontrava em
estado em embriaguez decorrente de caso fortuito, hip—tese de isen•‹o de pena.

13.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð POLêCIA CIENTêFICA Ð DIVERSOS


CARGOS)
Constitui causa que exclui a imputabilidade a
A) embriaguez preordenada completa proveniente da ingest‹o de ‡lcool.
B) embriaguez acidental completa proveniente da ingest‹o de ‡lcool.
C) embriaguez culposa completa proveniente da ingest‹o de ‡lcool.
D) emo•‹o.
E) paix‹o.

14.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade s‹o causas excludentes
de ilicitude.

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O erro de proibi•‹o Ž causa excludente de ilicitude.

16.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


H‡ excludente de ilicitude em casos de estado de necessidade, leg’tima defesa,
em estrito cumprimento do dever legal ou no exerc’cio regular do direito.

17.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade s‹o causas excludentes
de tipicidade.

18.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


A embriaguez, quando culposa, Ž causa excludente de imputabilidade.

19.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


A emo•‹o e a paix‹o s‹o causas excludentes de imputabilidade, como pode
ocorrer nos chamados crimes passionais.

20.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


A embriaguez n‹o exclui a imputabilidade, mesmo quando o agente se embriaga
completamente em raz‹o de caso fortuito ou for•a maior.

21.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


S‹o inimput‡veis os menores de dezoito anos de idade, ficando eles, no entanto,
sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e(ou) outras medidas
previstas no ECA.

22.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


S‹o inimput‡veis os menores de vinte e um anos de idade, ficando eles, no
entanto, sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e(ou) outras
medidas previstas no ECA.

23.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Situa•‹o hipotŽtica: Jo‹o, namorado de Maria e por ela apaixonado, n‹o aceitou
a proposta dela de romper o compromisso afetivo porque ela iria estudar fora do
pa’s, e resolveu mant•-la em c‡rcere privado. Assertiva: Nessa situa•‹o, a
atitude de Jo‹o enseja o reconhecimento da inimputabilidade, j‡ que o seu estado
ps’quico foi abalado pela paix‹o.

24.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)

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Na situa•‹o em que o agente, com o fim prec’puo de cometer um roubo,
embriaga-se para ter coragem suficiente para a execu•‹o do ato, n‹o se aplica a
teoria da actio libera in causa ou da a•‹o livre na causa.

25.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Situa•‹o hipotŽtica: Elizeu ingeriu, sem saber, bebida alco—lica, pensando tratar-
se de medicamento que costumava guardar em uma garrafa, e perdeu totalmente
sua capacidade de entendimento e de autodetermina•‹o. Em seguida, entrou em
uma farm‡cia e praticou um furto. Assertiva: Nesse caso, Elizeu ser‡ isento de
pena, por estar configurada a sua inimputabilidade.

26.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Situa•‹o hipotŽtica: Paulo foi obrigado a ingerir ‡lcool por coa•‹o f’sica e moral
irresist’vel, o que afetou parcialmente o controle sobre suas a•›es e o levou a
esfaquear um antigo desafeto. Assertiva: Nesse caso, a retirada parcial da
capacidade de entendimento e de autodetermina•‹o de Paulo n‹o enseja a
redu•‹o da sua pena no caso de eventual condena•‹o.

27.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Situa•‹o hipotŽtica: Em uma festa de anivers‡rio, Elias, no intuito de perder a
inibi•‹o e conquistar Maria, se embriagou e, devido ao seu estado, provocado
pela imprud•ncia na ingest‹o da bebida, agrediu fisicamente o aniversariante.
Assertiva: Nessa situa•‹o, Elias n‹o ser‡ punido pelo crime de les›es corporais
por aus•ncia total de sua capacidade de entendimento e de autodetermina•‹o.

28.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Situa•‹o hipotŽtica: Jo‹o, em estado de embriaguez volunt‡ria, motivado por
ciœme de sua ex-mulher, matou Paulo. Assertiva: Nessa situa•‹o, o fato de Jo‹o
estar embriagado afasta o reconhecimento da motiva•‹o fœtil, haja vista que a
embriaguez reduziu a capacidade de entender o car‡ter il’cito de sua conduta.

29.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-GO Ð AGENTE Ð ADAPTADA)


S‹o excludentes de culpabilidade: inimputabilidade, coa•‹o f’sica irresist’vel e
obedi•ncia hier‡rquica de ordem n‹o manifestamente ilegal.

30.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-GO Ð AGENTE Ð ADAPTADA)


Se ordem n‹o manifestamente ilegal for cumprida por subordinado e resultar em
crime, apenas o superior responder‡ como autor mediato, ficando o subordinado
isento por inexigibilidade de conduta diversa.

31.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-GO Ð AGENTE Ð ADAPTADA)


Emo•‹o e paix‹o s‹o causas excludentes de culpabilidade.

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32.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-PE Ð POLêCIA CIENTêFICA Ð DIVERSOS


CARGOS Ð ADAPTADA)
ƒ isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de culpa
ou de caso fortuito, ao tempo da a•‹o ou da omiss‹o, era parcialmente incapaz
de entender o car‡ter il’cito desse fato ou de determinar-se conforme esse
entendimento.

33.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Os elementos imputabilidade, potencial consci•ncia da ilicitude, inexigibilidade de
conduta diversa e punibilidade s‹o requisitos da culpabilidade penal.

34.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


A coa•‹o f’sica e a coa•‹o moral irresist’vel excluem a conduta do agente, pois
eliminam totalmente a vontade pelo emprego da for•a, de modo que o fato passa
a ser at’pico.

35.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


ƒ considerado erro evit‡vel, capaz de reduzir a pena, aquele em que o agente
atue ou se omita sem a consci•ncia da ilicitude do fato, quando lhe era poss’vel,
nas circunst‰ncias, ter ou atingir essa consci•ncia.

36.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Ser‡ isento de pena o agente que, por embriaguez habitual, n‹o for capaz de
entender o car‡ter il’cito do fato.

37.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Para definir a maioridade penal, a legisla•‹o brasileira seguiu o sistema
biopsicol—gico, ignorando o desenvolvimento mental do menor de dezoito anos
de idade.

38.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


A embriaguez n‹o acidental e culposa exclui a imputabilidade no caso de ser
completa.

39.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Os menores de dezoito anos de idade, por presun•‹o legal, s‹o considerados
inimput‡veis somente nos casos de possu’rem plena capacidade de entender a
ilicitude do fato.

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40.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)
Se a embriaguez acidental for completa, acarretar‡ a irresponsabilidade penal.

41.! (CESPE Ð 2015 Ð TJDFT Ð ANALISTA Ð PSIQUIATRIA)


Para a avalia•‹o da imputabilidade penal, o C—digo Penal brasileiro adota o
critŽrio biopsicol—gico. No que se refere ˆ imputabilidade penal, julgue o item a
seguir.
A avalia•‹o da imputabilidade Ž sempre retroativa.

42.! (CESPE Ð 2015 Ð TJDFT Ð ANALISTA Ð PSIQUIATRIA)


Para a avalia•‹o da imputabilidade penal, o C—digo Penal brasileiro adota o
critŽrio biopsicol—gico. No que se refere ˆ imputabilidade penal, julgue o item a
seguir.
De acordo com o C—digo Penal brasileiro, a paix‹o pode levar a uma priva•‹o de
sentidos, o que resulta no abolimento da faculdade de apreciar a criminalidade
do fato e de determinar-se de acordo com essa aprecia•‹o.

43.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADPTADA)


Caso um indiv’duo tenha-se embriagado, preordenadamente, a fim de praticar
crime e, ap—s a pr‡tica do delito, tenha sido constatado que ele estava ainda
completamente embriagado, ficar‡ exclu’da a imputabilidade penal desse
indiv’duo.

44.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O erro de proibi•‹o pode incidir sobre a exist•ncia e a validade da lei penal, mas
n‹o sobre sua interpreta•‹o

45.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Segundo a doutrina majorit‡ria, para o reconhecimento da obedi•ncia
hier‡rquica, causa excludente da culpabilidade, n‹o Ž exigida comprova•‹o da
rela•‹o de direito pœblico entre coator e coato.

46.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Se A desejando matar B, atinge mortalmente C, A dever‡ responder, de acordo
com a teoria da concretiza•‹o, por tentativa de homic’dio contra B e por homic’dio
imprudente contra C.

47.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue os seguintes itens, referentes ˆ tipicidade, ˆ antijuridicidade e ˆ
culpabilidade.

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Ser‡ isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito, culpa ou for•a maior, era, ao tempo da a•‹o ou da omiss‹o, inteiramente
incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de acordo com
esse entendimento.

48.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue os seguintes itens, referentes ˆ tipicidade, ˆ antijuridicidade e ˆ
culpabilidade.
Em conson‰ncia com a Constitui•‹o Federal de 1988 (CF), s‹o penalmente
inimput‡veis os indiv’duos que tenham menos de dezoito anos de idade, exceto
quanto aos crimes previstos na legisla•‹o especial, podendo esta prever a
redu•‹o da maioridade penal.

49.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


A inimputabilidade penal, se for devidamente comprovada, resultar‡ sempre em
redu•‹o da pena, de um a dois ter•os, independentemente do crime praticado.

50.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


A emo•‹o, a paix‹o e a embriaguez culposa podem, em circunst‰ncias especiais,
excluir a imputabilidade penal.

51.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


O dolo, conforme a teoria normativa pura, Ž elemento da culpabilidade e contŽm
a potencial consci•ncia da ilicitude.

52.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Conforme a teoria limitada da culpabilidade, o erro de proibi•‹o indireto, quando
inescus‡vel, Ž causa de diminui•‹o da pena.

53.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Tendo sido adotada a teoria da actio libera in causa pelo C—digo Penal, Ž permitida
a exclus‹o da imputabilidade do agente se a embriaguez n‹o acidental for
completa e culposa.

54.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


A responsabilidade penal independe da imputabilidade do agente.

55.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


A inimputabilidade por doen•a mental que retira do agente toda a capacidade de
entendimento do car‡ter il’cito do fato Ž causa de diminui•‹o da pena.

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56.! (CESPE Ð 2013 Ð AGU Ð PROCURADOR FEDERAL)


Julgue os itens seguintes, acerca da prescri•‹o, da reabilita•‹o e da
imputabilidade.
O CP prev• uma redu•‹o de pena para aquele que, em virtude de perturba•‹o de
saœde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado, n‹o seja
inteiramente capaz de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento, circunst‰ncia que enseja uma menor
reprovabilidade da conduta do agente comprovadamente naquelas condi•›es.
Tem-se, nesse caso, a denominada semi-imputabilidade, tambŽm nominada
pelos doutrinadores como responsabilidade penal diminu’da.

57.! (CESPE Ð 2013 Ð AGU Ð PROCURADOR FEDERAL)


Acerca de aspectos diversos do direito penal direito processual penal, julgue os
itens a seguir.
Para ser aceita como excludente de culpabilidade, a coa•‹o f’sica ou moral tem
de ser irresist’vel, inevit‡vel e insuper‡vel.

58.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð AGENTE)


Em rela•‹o ao direito penal, julgue os pr—ximos itens.
A embriaguez completa pode dar causa ˆ exclus‹o da imputabilidade penal, mas
n‹o descaracteriza a ilicitude do fato.

59.! (CESPE Ð 2013 Ð SEGESP-AL Ð PAPILOSCOPISTA)


Se uma pessoa, de forma volunt‡ria, embriagar-se completamente com o
objetivo de matar seu desafeto e, no instante do ato, estiver incapaz de entender
o car‡ter il’cito do fato, estar‡, por essa raz‹o, isenta de pena.

60.! (CESPE Ð 2013 Ð SEGESP-AL Ð PAPILOSCOPISTA)


Se uma pessoa cometer determinado fato definido como crime e alegar que o fez
em estrita obedi•ncia hier‡rquica ˆ ordem n‹o manifestamente ilegal, a sua
culpabilidade ser‡ exclu’da diante da inexigibilidade de outra conduta.

61.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA)


Todo erro penalmente relevante relacionado a uma causa de exclus‹o da ilicitude
Ž erro de proibi•‹o indireto.

62.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA)


O erro de tipo evit‡vel isenta de pena o agente.

63.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA)

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N‹o se admite leg’tima defesa contra leg’tima defesa putativa.

64.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA)


A coa•‹o f’sica absoluta Ž causa de exclus‹o da culpabilidade.

65.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)


S‹o causas excludentes de culpabilidade, a obedi•ncia hier‡rquica e a coa•‹o
moral irresist’vel.

66.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)


O erro inevit‡vel sobre a ilicitude do fato Ž causa excludente de antijuridicidade.

67.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)


S‹o causas excludentes de ilicitude a leg’tima defesa, o estado de necessidade e
a inimputabilidade por doen•a mental.

68.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)


A embriaguez fortuita completa n‹o exclui a culpabilidade do agente.

69.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)


A conduta motivada pela emo•‹o ou pela paix‹o interfere na imputabilidade
penal.

70.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O fato praticado mediante coa•‹o moral irresist’vel Ž t’pico e antijur’dico,
excluindo-se, entretanto, a culpabilidade do coagido, em virtude da aus•ncia de
conduta diversa, um dos elementos da culpabilidade.

71.! (CESPE Ð 2013 Ð TRT 8 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


O erro quanto ˆ pessoa contra a qual o crime Ž praticado pode isentar a pena,
considerando-se, nesse caso, as qualidades da v’tima real, e n‹o as da pessoa
contra a qual o agente queria praticar o crime.

72.! (CESPE Ð 2013 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


O erro relativo ˆ ilicitude do fato penalmente relevante, se inevit‡vel, isentar‡ de
culpa o agente; se evit‡vel, poder‡ diminuir a pena de um sexto atŽ dois ter•os.

73.! (CESPE Ð 2013 Ð PRF Ð POLICIAL RODOVIçRIO FEDERAL)


Considere que um indiv’duo penalmente capaz, em total estado de embriaguez,

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decorrente de caso fortuito, atropele um pedestre, causando-lhe a morte. Nessa
situa•‹o, a embriaguez n‹o exclu’a imputabilidade penal do agente.

74.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/CE Ð AJAJ)


Crime imposs’vel e delito putativo s‹o considerados pela doutrina como
express›es sin™nimas.

75.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/CE Ð AJAJ)


De acordo com o entendimento do STJ, aquele que pratica um crime no mesmo
dia em que tenha completado dezoito anos Ž considerado inimput‡vel.

76.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/CE Ð AJAJ)


A coa•‹o f’sica irresist’vel Ž capaz de excluir a culpabilidade pelo cometimento de
um crime.

77.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/SE Ð TƒCNICO)


A respeito do princ’pio da legalidade, da rela•‹o de causalidade, dos crimes
consumados e tentados e da imputabilidade penal, julgue os itens seguintes.
ƒ isento de pena o agente que, por embriaguez volunt‡ria completa, era, ao
tempo da a•‹o ou da omiss‹o, inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito
do fato.

78.! (CESPE - 2015 - TJDFT Ð TƒCNICO)


Acerca da imputabilidade penal, julgue os itens a seguir.
A embriaguez completa, culposa por imprud•ncia ou neglig•ncia Ñ aquela que
resulta na perda da capacidade do agente de entender o car‡ter il’cito de sua
conduta Ñ, no momento da pr‡tica delituosa, n‹o afasta a culpabilidade.

79.! (CESPE - 2015 - TJDFT Ð TƒCNICO)


Acerca da imputabilidade penal, julgue os itens a seguir.
A doen•a mental e o desenvolvimento mental incompleto ou retardado, por si s—,
afastam por completo a responsabilidade penal do agente.

80.! (CESPE Ð 2015 Ð AGU Ð ADVOGADO DA UNIÌO)


Acerca da aplica•‹o da lei penal, do conceito anal’tico de crime, da exclus‹o de
ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se segue.
O CP adota o sistema vicariante, que impede a aplica•‹o cumulada de pena e
medida de seguran•a a agente semi-imput‡vel e exige do juiz a decis‹o, no
momento de prolatar sua senten•a, entre a aplica•‹o de uma pena com redu•‹o

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de um a dois ter•os ou a aplica•‹o de medida de seguran•a, de acordo com o
que for mais adequado ao caso concreto.

81.! (CESPE Ð 2015 Ð TCE-RN Ð ASSESSOR TƒCNICO)


Com rela•‹o ˆ teoria do crime e culpabilidade penal, julgue o seguinte item.
Situa•‹o hipotŽtica: Carlos, indiv’duo perfeitamente saud‡vel, se embriagou
voluntariamente em virtude da celebra•‹o de seu anivers‡rio e, sob essa
condi•‹o, causou les‹o grave a Daniel, seu primo. Assertiva: Nessa situa•‹o, se
for condenado, Carlos poder‡ ter a pena atenuada ou substitu’da por tratamento
ambulatorial.

82.! (CESPE Ð 2015 Ð TJDFT Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
Em rela•‹o ˆ aplica•‹o da lei penal e aos institutos do arrependimento eficaz e
do erro de execu•‹o, julgue o item seguinte.
Segundo o C—digo Penal, no caso de erro de execu•‹o, devem-se considerar, para
fins de aplica•‹o da pena, tanto as condi•›es ou qualidades da pessoa contra a
qual se deseja praticar o delito quanto as condi•›es ou qualidades da pessoa
contra a qual efetivamente se praticou o crime.

83.! (CESPE Ð 2014 Ð PGE-BA Ð PROCURADOR DO ESTADO)


Em direito penal, conforme a teoria limitada da culpabilidade, as discriminantes
putativas consistem em erro de tipo, ao passo que, de acordo com a teoria
extremada da culpabilidade, elas consistem em erro de proibi•‹o.

84.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ-SE Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


ƒ causa de exclus‹o da culpabilidade o fato de a conduta ser praticada por meio
de coa•‹o f’sica irresist’vel.

85.! (CESPE Ð 2015 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


ClŽber, com trinta e quatro anos de idade, pretendia matar, durante uma festa,
seu desafeto, SŽrgio, atual namorado de sua ex-noiva. Sem coragem para
realizar a conduta delituosa, ClŽber bebeu grandes doses de vodca e,
embriagado, desferiu v‡rias facadas contra SŽrgio, que faleceu em decorr•ncia
dos ferimentos provocados pelas facadas.
Nessa situa•‹o, configura-se embriaguez volunt‡ria dolosa, o que permite ao juiz
reduzir a pena imputada a ClŽber, uma vez que ele n‹o tinha plena capacidade
de entender o car‡ter il’cito de seus atos no momento em que esfaqueou SŽrgio.

86.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-GO Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)

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Julgue o item seguinte, a respeito de concurso de pessoas, tipicidade, ilicitude,
culpabilidade e fixa•‹o da pena.
Aquele que for fisicamente coagido, de forma irresist’vel, a praticar uma infra•‹o
penal cometer‡ fato t’pico e il’cito, porŽm n‹o culp‡vel.

87.! (CESPE - 2015 - TJDFT - OFICIAL DE JUSTI‚A)


A respeito do direito penal, julgue os itens a seguir.
O erro de proibi•‹o pode ser direto Ñ o autor erra sobre a exist•ncia ou os limites
da proposi•‹o permissiva Ñ, indireto Ñ o erro do agente recai sobre o conteœdo
proibitivo de uma norma penal Ñ e mandamental Ñ quando incide sobre o
mandamento referente aos crimes omissivos, pr—prios ou impr—prios.

88.! (CESPE Ð 2010 Ð DETRAN/ES Ð ADVOGADO)


Tratando-se de culpabilidade, a teoria estrita ou extremada e a teoria limitada
s‹o deriva•›es da teoria normativa pura e divergem apenas a respeito do
tratamento das descriminantes putativas.

89.! (CESPE Ð 2011 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
As causas legais de exclus‹o da culpabilidade por inexigibilidade de conduta
diversa incluem a estrita obedi•ncia a ordem n‹o manifestamente ilegal de
superior hier‡rquico. Caso o agente cumpra ordem ilegal ou extrapole os limites
que lhe foram determinados, a conduta Ž culp‡vel.

90.! (CESPE Ð 2009 Ð DPE/AL Ð DEFENSOR PòBLICO)


Para a teoria limitada da culpabilidade, adotada pelo CP brasileiro, toda espŽcie
de descriminante putativa, seja sobre os limites autorizadores da norma, seja
incidente sobre situa•‹o f‡tica pressuposto de uma causa de justifica•‹o, Ž
sempre considerada erro de proibi•‹o.

91.! (CESPE Ð 2011 Ð TER/ES Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


ADMINISTRATIVA)
Abel, em completo estado de embriaguez proveniente de caso fortuito, cometeu
delito de roubo, tendo sido comprovado que, ao tempo do crime, ele era
inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato. Nessa situa•‹o, embora
tenha praticado fato penalmente t’pico e il’cito, Abel ficar‡ isento de pena.

92.! (CESPE Ð 2008 Ð STJ Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA JUDICIçRIA)


Na obedi•ncia hier‡rquica, para que se configure a causa de exclus‹o de
culpabilidade, Ž necess‡rio que exista depend•ncia funcional do executor da
ordem dentro do servi•o pœblico, de forma que n‹o h‡ que se falar, para fins de
exclus‹o da culpabilidade, em rela•‹o hier‡rquica entre particulares.

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93.! (CESPE Ð 2010 Ð ABIN Ð OFICIAL TƒCNICO DE INTELIGæNCIA)


Julgue o item a seguir, referente a institutos de direito penal.
O erro de proibi•‹o escus‡vel exclui o dolo e a culpa; o inescus‡vel exclui o dolo,
permanecendo, contudo, a modalidade culposa.

94.! (CESPE Ð 2011 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


Acerca da tipicidade, da culpabilidade e da punibilidade, julgue o item a seguir.
O menor de dezoito anos de idade Ž isento de pena por inimputabilidade, mas Ž
capaz de agir com dolo, ou seja, Ž capaz de praticar uma a•‹o t’pica.

95.! (CESPE Ð 2011 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


Acerca da tipicidade, da culpabilidade e da punibilidade, julgue o item a seguir.
As escusas absolut—rias tambŽm s‹o consideradas causas de exclus‹o da
culpabilidade.

96.! (CESPE Ð 2011 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


Acerca da tipicidade, da culpabilidade e da punibilidade, julgue o item a seguir.
S‹o causas de exclus‹o da culpabilidade, expressamente previstas no C—digo
Penal brasileiro, a coa•‹o moral irresist’vel e a ordem n‹o manifestamente ilegal
de superior hier‡rquico.

97.! (CESPE Ð 2011 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


A respeito dos crimes contra a fŽ pœblica, dos crimes previstos na Lei de
Licita•›es, bem como dos princ’pios e conceitos gerais de direito penal, julgue o
item a seguir.
No quadro geral das teorias do delito, a consci•ncia da ilicitude ora pertence ˆ
estrutura do dolo, ora, ˆ estrutura da culpabilidade; no entanto, sua eventual
aus•ncia, desde que inevit‡vel, conduz ˆ isen•‹o de pena.

98.! (CESPE Ð 2011 Ð TRE/ES Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


No pr—ximo item, Ž apresentada uma situa•‹o hipotŽtica seguida de uma
assertiva a ser julgada no que se refere aos institutos de direito penal.
Abel, em completo estado de embriaguez proveniente de caso fortuito, cometeu
delito de roubo, tendo sido comprovado que, ao tempo do crime, ele era
inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato. Nessa situa•‹o, embora
tenha praticado fato penalmente t’pico e il’cito, Abel ficar‡ isento de pena.

99.! (CESPE - 2012 Ð PC/AL Ð DELEGADO)


A imputabilidade, a exigibilidade de conduta diversa e a potencial consci•ncia da
ilicitude s‹o elementos da culpabilidade.

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100.! (CESPE - 2012 Ð TJ/AL Ð AJAJ)


A coa•‹o moral irresist’vel e a obedi•ncia ˆ ordem n‹o manifestamente ilegal de
superior hier‡rquico s‹o causas de exclus‹o da
a) imputabilidade.
b) tipicidade subjetiva.
c) ilicitude.
d) culpabilidade.
e) tipicidade objetiva.

101.! (CESPE - 2012 Ð TC/DFÐ AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO)


A respeito dos crimes contra a fŽ pœblica, dos crimes previstos na Lei de
Licita•›es, bem como dos princ’pios e conceitos gerais de direito penal, julgue o
item a seguir.
No quadro geral das teorias do delito, a consci•ncia da ilicitude ora pertence ˆ
estrutura do dolo, ora, ˆ estrutura da culpabilidade; no entanto, sua eventual
aus•ncia, desde que inevit‡vel, conduz ˆ isen•‹o de pena.

102.! (CESPE - 2013 - MPU - ANALISTA - DIREITO)


Acerca dos institutos do direito penal brasileiro, julgue os pr—ximos itens.
Por caracterizar inexigibilidade de conduta diversa, a coa•‹o moral ou f’sica exclui
a culpabilidade do crime.

103.! (CESPE - 2013 - POLêCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLêCIA)


De acordo com a teoria extremada da culpabilidade, o erro sobre os pressupostos
f‡ticos das causas descriminantes consiste em erro de tipo permissivo.

104.! (CESPE - 2013 - PC-BA - DELEGADO DE POLêCIA)


Tanto a conduta do agente que age imprudentemente, por desconhecimento
invenc’vel de algum elemento do tipo quanto a conduta do agente que age
acreditando estar autorizado a faz•-lo ensejam como consequ•ncia a exclus‹o do
dolo e, por conseguinte, a do pr—prio crime.

105.! (CESPE - 2013 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIçRIO - OFICIAL DE


JUSTI‚A AVALIADOR)
De acordo com o C—digo Penal, a incid•ncia da exclus‹o de culpabilidade na
coa•‹o irresist’vel ocorre apenas nos casos de coa•‹o f’sica ou vis absoluta, uma
vez que, na coa•‹o moral, h‡ apenas redu•‹o do poder de escolha da v’tima entre
praticar ou omitir a conduta ou sofrer as consequ•ncias da coa•‹o.

106.! (CESPE - 2013 - TC-DF - PROCURADOR)

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A coa•‹o moral irresist’vel Ž uma hip—tese de autoria mediata, em que o autor
da coa•‹o detŽm o dom’nio do fato e comete o fato pun’vel por meio de outra
pessoa.

107.! (CESPE - 2013 - STF - AJAJ)


Considerando o disposto no C—digo Penal brasileiro, quanto ˆ matŽria do erro, Ž
correto afirmar que, em regra, o erro de proibi•‹o recai sobre a consci•ncia da
ilicitude do fato, ao passo que o erro de tipo incide sobre os elementos
constitutivos do tipo legal do crime.

108.! (CESPE Ð 2009 Ð PC/RN Ð AGENTE DE POLêCIA)


Exclui-se a culpabilidade do agente
A) que falece ap—s a ocorr•ncia do fato.
B) inteiramente incapaz ao tempo do fato.
C) que age em estrito cumprimento do dever legal.
D) portador de perturba•‹o mental ap—s o fato.
E) maior de 70 anos de idade na data da senten•a.

109.! (CESPE Ð 2004 Ð AGENTE DA POLêCIA FEDERAL)


A coa•‹o f’sica e a coa•‹o moral irresist’veis afastam a pr—pria a•‹o, n‹o
respondendo o agente pelo crime. Em tais casos, responder‡ pelo crime o coator.

110.! (CESPE Ð 2013 Ð POLêCIA FEDERAL Ð ESCRIVÌO)


No que concerne a infra•‹o penal, fato t’pico e seus elementos, formas
consumadas e tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude e imputabilidade penal,
julgue os itens que se seguem.
Considere que Jo‹o, maior de dezoito anos de idade, tenha praticado crime de
natureza grave, sendo, por consequ•ncia, processado e, ao final, condenado.
Considere, ainda, que, no curso da a•‹o penal, tenha sido constatado
pericialmente que Jo‹o, ao tempo do crime, tinha reduzida a capacidade de
compreens‹o ou vontade, comprovando-se a sua semi-imputabilidade. Nessa
situa•‹o, caber‡ a imposi•‹o cumulativa de pena, reduzida de um ter•o a dois
ter•os e de medida de seguran•a.

111.! (CESPE - 2013 - POLêCIA FEDERAL - ESCRIVÌO DA POLêCIA


FEDERAL)
No que concerne a infra•‹o penal, fato t’pico e seus elementos, formas
consumadas e tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude e imputabilidade penal,
julgue o item que se segue.
Considere que Bartolomeu, penalmente capaz e mentalmente s‹o, tenha
praticado ato t’pico e antijur’dico, em estado de absoluta inconsci•ncia, em raz‹o

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de estar voluntariamente sob a influ•ncia de ‡lcool. Nessa situa•‹o, Bartolomeu
ser‡ apenado normalmente, por for•a da teoria da actio libera in causa.

112.! (CESPE Ð 2013 Ð POLêCIA FEDERAL Ð DELEGADO)


Tratando-se de culpabilidade pelo fato individual, o ju’zo de culpabilidade se
amplia ˆ total personalidade do autor e a seu desenvolvimento.

2! EXERCêCIOS COMENTADOS

01.! (CESPE Ð 2018 Ð STJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð çREA


ADMINISTRATIVA)
Pessoas doentes mentais, que tenham dezoito ou mais anos de idade,
mesmo que sejam inteiramente incapazes de entender o car‡ter il’cito
da conduta criminosa ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento, s‹o penalmente imput‡veis.
COMENTçRIOS: Item errado, pois neste caso o agente ser‡ considerado
inimput‡vel em raz‹o da doen•a mental, na forma do art. 26 do CP, pois em
raz‹o da doen•a n‹o possu’a discernimento algum no momento do fato.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

02.! (CESPE Ð 2018 Ð STJ Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð çREA


ADMINISTRATIVA)
A embriaguez completa provocada por caso fortuito Ž causa de
inimputabilidade do agente.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a embriaguez completa acidental Ž causa de
inimputabilidade penal, na forma do art. 28, ¤1¼ do CP. A embriaguez decorrente
de caso fortuito Ž uma das espŽcies de embriaguez acidental (a outra Ž a
embriaguez decorrente de for•a maior).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

03.! (CESPE Ð 2018 Ð ABIN Ð OFICIAL DE INTELIGæNCIA Ð çREA 01)


Ë luz do C—digo Penal, julgue o item que se segue.
Comprovado que o acusado possui desenvolvimento mental incompleto
e que n‹o era inteiramente capaz de entender o car‡ter il’cito de sua
conduta, Ž cab’vel a condena•‹o com redu•‹o de pena.
COMENTçRIOS: Item correto, pois neste caso o agente n‹o ser‡ considerado
inimput‡vel. O agente ser‡ considerado semi-imput‡vel, de forma que ser‡
condenado, mas o Juiz poder‡ reduzir a pena, de um a dois ter•os, na forma do
art. 26, ¤ œnico do CP. A quest‹o trata do agente que NÌO ERA INTEIRAMENTE
CAPAZ (ou seja, era parcialmente capaz). H‡ uma diferen•a enorme entre ser

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inteiramente incapaz (zero discernimento = inimput‡vel) e n‹o ser inteiramente
capaz (parcial discernimento = semi-imput‡vel).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

04.! (CESPE Ð 2018 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
No que tange aos institutos penais das excludentes de ilicitude e de
culpabilidade e da imputabilidade penal, julgue o pr—ximo item.
A embriaguez acidental, proveniente de for•a maior ou caso fortuito,
exclui a culpabilidade, ainda que o sujeito ativo possu’sse, ao tempo da
a•‹o, parcial capacidade de entender o car‡ter il’cito do fato que
praticou.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez acidental atŽ pode excluir a
imputabilidade penal, desde que o agente, em raz‹o de tal embriaguez, seja
inteiramente incapaz de, no momento do fato, entender o car‡ter il’cito da
conduta ou de determinar-se de acordo com este entendimento, na forma do art.
28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

05.! (CESPE Ð 2018 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
No que tange aos institutos penais das excludentes de ilicitude e de
culpabilidade e da imputabilidade penal, julgue o pr—ximo item.
Preenchidos os requisitos legais, a coa•‹o irresist’vel e a obedi•ncia
hier‡rquica s‹o causas excludentes de culpabilidade daquele que
recebeu ordem para cometer o fato, mantendo-se pun’vel o autor da
coa•‹o ou da ordem.
COMENTçRIOS: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o contida no art. 22
do CP:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Vale ressaltar que a Banca deu margem para anula•‹o, j‡ que a coa•‹o MORAL
irresist’vel afasta a culpabilidade. A coa•‹o FêSICA irresist’vel afasta o fato t’pico
(aus•ncia de conduta pun’vel). Ao n‹o especificar a qual tipo de coa•‹o estava
se referindo, a quest‹o deu margem para anula•‹o.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

06.! (CESPE Ð 2018 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
Acerca dos institutos do erro de tipo, do erro de proibi•‹o e do concurso
de pessoas, julgue o item subsequente.

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A descriminante putativa por erro de proibi•‹o, na hip—tese de suposi•‹o
err™nea acerca de causa excludente de ilicitude, Ž considerada erro de
proibi•‹o indireto e gera as mesmas consequ•ncias do erro de proibi•‹o
direto.
COMENTçRIOS: Item correto, pois neste caso temos descriminante putativa em
raz‹o de equ’voco do agente quanto ˆ exist•ncia, limites ou interpreta•‹o acerca
da causa excludente de ilicitude. N‹o se trata, aqui, de um erro Òde fatoÓ, mas
de um erro acerca da norma. Temos, portanto, erro de proibi•‹o indireto (agente
sabe que o fato Ž t’pico, mas por erro normativo, acredita que sua conduta n‹o
Ž il’cita). O erro de proibi•‹o indireto recebe o mesmo tratamento dispensado ao
erro de proibi•‹o direto, ou seja, se inevit‡vel, exclui a culpabilidade; se evit‡vel,
reduz a pena de um sexto a um ter•o, na forma do art. 21 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

07.! (CESPE Ð 2018 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
Acerca dos institutos do erro de tipo, do erro de proibi•‹o e do concurso
de pessoas, julgue o item subsequente.
O erro de proibi•‹o evit‡vel exclui a culpabilidade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o erro de proibi•‹o s— exclui a culpabilidade
se for inevit‡vel; se evit‡vel, Ž apenas causa de redu•‹o de pena (reduz a pena
de um sexto a um ter•o), na forma do art. 21 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

08.! (CESPE Ð 2018 Ð PC-MA Ð ESCRIVÌO)


A imputabilidade Ž definida como
a) a capacidade mental, inerente ao ser humano, de, ao tempo da a•‹o
ou da omiss‹o, entender o car‡ter il’cito do fato e de determinar-se de
acordo com esse entendimento.
b) a contrariedade entre o fato t’pico praticado por alguŽm e o
ordenamento jur’dico, capaz de lesionar ou expor a perigo de les‹o bens
jur’dicos penalmente protegidos.
c) a reprovabilidade ou o ju’zo de censura que incide sobre a forma•‹o e
a exterioriza•‹o da vontade do respons‡vel pela conduta criminosa.
d) a obedi•ncia ˆs formas e aos procedimentos exigidos na cria•‹o da lei
penal e, principalmente, na elabora•‹o de seu conteœdo normativo.
e) a necessidade de que a conduta reprov‡vel se encaixe no modelo
descrito na lei penal vigente no momento da a•‹o ou da omiss‹o.
COMENTçRIOS: A imputabilidade pode ser definida como a capacidade mental
do agente para, no momento do fato, entender o car‡ter il’cito do fato e de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

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09.! (CESPE Ð 2018 Ð PC-MA Ð INVESTIGADOR)


A pr‡tica de crime em decorr•ncia de coa•‹o moral irresist’vel configura
a) inexigibilidade de conduta diversa.
b) excludente de antijuridicidade.
c) inimputabilidade penal.
d) circunst‰ncia atenuante de pena.
e) atipicidade da conduta.
COMENTçRIOS: A coa•‹o moral irresist’vel Ž uma situa•‹o que afasta a
culpabilidade do agente, ante a inexigibilidade de conduta diversa, ou seja, a
aus•ncia de exigibilidade de conduta diversa. O Direito, neste caso, entende que
n‹o se poderia exigir do agente uma postura diferente.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA A.

10.! (CESPE Ð 2018 Ð PC-MA Ð MƒDICO LEGISTA)


Luiz cometeu um crime e, em sua defesa, alegou embriaguez. Ap—s as
investiga•›es e per’cias cab’veis, foi reconhecida a hip—tese de exclus‹o
da imputabilidade.
Nessa situa•‹o hipotŽtica, a exclus‹o da imputabilidade deveu-se ao fato
de se tratar de uma embriaguez
a) acidental ou fortuita incompleta.
b) preordenada.
c) n‹o acidental culposa.
d) n‹o acidental volunt‡ria.
e) acidental ou fortuita completa.
COMENTçRIOS: A œnica hip—tese em que a embriaguez exclui a imputabilidade
penal, de acordo com o CP, ocorre no caso de embriaguez acidental completa, ou
seja, em raz‹o de tal embriaguez, o agente Ž inteiramente incapaz de, no
momento do fato, entender o car‡ter il’cito da conduta ou de determinar-se de
acordo com este entendimento, na forma do art. 28, ¤1¼ do CP.
A letra E est‡ correta, embora a embriaguez fortuita j‡ seja uma espŽcie de
embriaguez acidental (a outra Ž a embriaguez decorrente de for•a maior).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA E.

11.! (CESPE Ð 2017 Ð PM-AL Ð SOLDADO)


A respeito da aplica•‹o da lei penal, do crime e da imputabilidade penal,
julgue o item a seguir.
Situa•‹o hipotŽtica: Um indiv’duo que, ao tempo que praticou a•‹o ou
omiss‹o, era inteiramente capaz de entender o car‡ter il’cito do fato.
Posteriormente veio a ser afetado por doen•a mental. Assertiva: Nesse
caso, esse indiv’duo Ž isento de pena.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois a imputabilidade penal deve ser aferida
levando-se em conta o discernimento do agente no momento da conduta. Assim,
se no momento da conduta o agente era inteiramente CAPAZ de entender o
car‡ter il’cito do fato, deve ser considerado IMPUTçVEL.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

12.! (CESPE Ð 2017 Ð TRF1 Ð TƒCNICO JUDICIçRIO Ð çREA


ADMINISTRATIVA)
JosŽ, com vinte anos de idade, e seu primo, Pedro, de quinze anos de
idade, sa’ram para conversar em um bar. JosŽ, que estava ingerindo
bebida alco—lica, ficou muito b•bado rapidamente em raz‹o do efeito
colateral provocado por medicamento de que fazia uso. Pedro,
percebendo o estado de embriaguez do primo, fez que este praticasse
um ato que sabia ser tipificado como delituoso.
A respeito dessa situa•‹o hipotŽtica e considerando o concurso de
pessoas e a imputabilidade penal, julgue o item que se segue.
JosŽ n‹o poder‡ ser punido pelo crime que cometeu porque se
encontrava em estado em embriaguez decorrente de caso fortuito,
hip—tese de isen•‹o de pena.
COMENTçRIOS: Item errado, pois neste caso temos embriaguez culposa, j‡ que
o agente n‹o tomou as cautelas necess‡rias, tendo ingerido bebida alc—olica
mesmo sabendo que estava fazendo uso de determinado medicamento. O
agente, portanto, responder‡ pelo fato delituoso, n‹o h‡ inimputabilidade penal,
na forma do art. 28, II do CP.
A embriaguez, aqui, n‹o decorreu de mero acidente, em rela•‹o ao qual o
agente NÌO TEVE CULPA, pois o agente sabia que estava usando o medicamento
e sabia que estava ingerindo bebida alc—olica. Ainda que o agente n‹o soubesse,
exatamente, quais os efeitos dessa combina•‹o, deveria ter pesquisado, tomado
as cautelas necess‡rias para n‹o se embriagar.
ƒ inaceit‡vel, portanto, entender-se ter havido mero Òcaso fortuitoÓ, quando a
narrativa evidencia a ocorr•ncia de culpa por parte do agente.
A Banca, todavia, ANULOU a quest‹o (inicialmente considerou como correta, o
que Ž um absurdo. Depois, para n‹o dar Òo bra•o a torcerÓ, ao invŽs de inverter
o gabarito, anulou a quest‹o).
Portanto, a QUESTÌO FOI ANULADA.

13.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð POLêCIA CIENTêFICA Ð DIVERSOS


CARGOS)
Constitui causa que exclui a imputabilidade a
A) embriaguez preordenada completa proveniente da ingest‹o de ‡lcool.
B) embriaguez acidental completa proveniente da ingest‹o de ‡lcool.
C) embriaguez culposa completa proveniente da ingest‹o de ‡lcool.
D) emo•‹o.

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E) paix‹o.
COMENTçRIOS: A emo•‹o e a paix‹o n‹o excluem a imputabilidade penal, nos
termos do art. 28, I do CP. Da mesma forma, a embriaguez preordenada n‹o
exclui a imputabilidade, sendo, inclusive, uma agravante (art. 62, I, ÒLÓ do CP).
A embriaguez culposa tambŽm n‹o exclui a imputabilidade penal do agente (art.
28, II do CP).
Por fim, a embriaguez ACIDENTAL (decorrente de caso fortuito ou for•a maior)
completa (aquela que retira completamente do agente a capacidade de entender
o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento) Ž
causa de exclus‹o da imputabilidade penal, nos termos do art. 28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

14.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade s‹o causas
excludentes de ilicitude.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a inimputabilidade e a inexigibilidade de
conduta diversa s‹o causas de exclus‹o da culpabilidade.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

15.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


O erro de proibi•‹o Ž causa excludente de ilicitude.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o erro de proibi•‹o Ž causa de exclus‹o da
culpabilidade, j‡ que afasta a potencial consci•ncia da ilicitude.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

16.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


H‡ excludente de ilicitude em casos de estado de necessidade, leg’tima
defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no exerc’cio regular
do direito.
COMENTçRIOS: Item correto, pois neste caso teremos exclus‹o da ilicitude, por
for•a do que expressamente disp›e o art. 23 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

17.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade s‹o causas
excludentes de tipicidade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a inimputabilidade e a inexigibilidade de
conduta diversa s‹o causas de exclus‹o da culpabilidade.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

18.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)

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A embriaguez, quando culposa, Ž causa excludente de imputabilidade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez volunt‡ria (dolosa ou culposa)
n‹o exclui a imputabilidade penal, nos termos do art. 28, II do CP.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

19.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


A emo•‹o e a paix‹o s‹o causas excludentes de imputabilidade, como
pode ocorrer nos chamados crimes passionais.
COMENTçRIOS: Item errado, pois nem a emo•‹o nem a paix‹o s‹o causas de
exclus‹o da imputabilidade penal, nos termos do art. 28, I do CP.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

20.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


A embriaguez n‹o exclui a imputabilidade, mesmo quando o agente se
embriaga completamente em raz‹o de caso fortuito ou for•a maior.
COMENTçRIOS: Item errado, pois quando o agente est‡ completamente
embriagado, e esta embriaguez Ž decorrente de caso fortuito ou for•a maior, h‡
exclus‹o da imputabilidade penal, nos termos do art. 28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

21.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


S‹o inimput‡veis os menores de dezoito anos de idade, ficando eles, no
entanto, sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e(ou)
outras medidas previstas no ECA.
COMENTçRIOS: Item correto, pois esta Ž a exata previs‹o do art. 27 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

22.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð AGENTE DE POLêCIA - ADAPTADA)


S‹o inimput‡veis os menores de vinte e um anos de idade, ficando eles,
no entanto, sujeitos ao cumprimento de medidas socioeducativas e(ou)
outras medidas previstas no ECA.
COMENTçRIOS: Item errado, pois s‹o inimput‡veis os menores de 18 anos, e
n‹o os menores de 21 anos, nos termos do art. 27 do CP.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

23.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Situa•‹o hipotŽtica: Jo‹o, namorado de Maria e por ela apaixonado, n‹o
aceitou a proposta dela de romper o compromisso afetivo porque ela iria
estudar fora do pa’s, e resolveu mant•-la em c‡rcere privado. Assertiva:
Nessa situa•‹o, a atitude de Jo‹o enseja o reconhecimento da
inimputabilidade, j‡ que o seu estado ps’quico foi abalado pela paix‹o.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois a emo•‹o e a paix‹o n‹o s‹o capazes de
afastar a imputabilidade penal, nos termos do art. 28, I do CP.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

24.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Na situa•‹o em que o agente, com o fim prec’puo de cometer um roubo,
embriaga-se para ter coragem suficiente para a execu•‹o do ato, n‹o se
aplica a teoria da actio libera in causa ou da a•‹o livre na causa.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a teoria da actio libera in causa Ž aplic‡vel
ˆs hip—teses de imputabilidade mesmo quando o agente est‡ embriagado. Tal
teoria sustenta que o agente deve ser punido pelo crime, mesmo n‹o possuindo
discernimento no momento do fato, j‡ que possu’a discernimento antes, ou seja,
quando resolveu ingerir bebida alc—olica, sabendo que isso geraria sua situa•‹o
de embriaguez.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

25.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Situa•‹o hipotŽtica: Elizeu ingeriu, sem saber, bebida alco—lica,
pensando tratar-se de medicamento que costumava guardar em uma
garrafa, e perdeu totalmente sua capacidade de entendimento e de
autodetermina•‹o. Em seguida, entrou em uma farm‡cia e praticou um
furto. Assertiva: Nesse caso, Elizeu ser‡ isento de pena, por estar
configurada a sua inimputabilidade.
COMENTçRIOS: Item correto, pois neste caso temos uma hip—tese de
embriaguez completa proveniente de caso fortuito, ou seja, uma embriaguez
acidental que retirou completamente do agente a capacidade de discernimento.
Assim, o agente ser‡ considerado inimput‡vel, nos termos do art. 28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

26.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Situa•‹o hipotŽtica: Paulo foi obrigado a ingerir ‡lcool por coa•‹o f’sica
e moral irresist’vel, o que afetou parcialmente o controle sobre suas
a•›es e o levou a esfaquear um antigo desafeto. Assertiva: Nesse caso,
a retirada parcial da capacidade de entendimento e de autodetermina•‹o
de Paulo n‹o enseja a redu•‹o da sua pena no caso de eventual
condena•‹o.
COMENTçRIOS: Item errado, pois em se tratando de embriaguez acidental que
retira PARCIALMENTE o discernimento do agente, tal agente ser‡ considerado
imput‡vel, mas ter‡ sua pena diminu’da, nos termos do art. 28, ¤2¼ do CP.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

27.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)

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Situa•‹o hipotŽtica: Em uma festa de anivers‡rio, Elias, no intuito de
perder a inibi•‹o e conquistar Maria, se embriagou e, devido ao seu
estado, provocado pela imprud•ncia na ingest‹o da bebida, agrediu
fisicamente o aniversariante. Assertiva: Nessa situa•‹o, Elias n‹o ser‡
punido pelo crime de les›es corporais por aus•ncia total de sua
capacidade de entendimento e de autodetermina•‹o.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez volunt‡ria (dolosa ou culposa)
n‹o exclui a imputabilidade penal, nos termos do art. 28, II do CP.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

28.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Situa•‹o hipotŽtica: Jo‹o, em estado de embriaguez volunt‡ria,
motivado por ciœme de sua ex-mulher, matou Paulo. Assertiva: Nessa
situa•‹o, o fato de Jo‹o estar embriagado afasta o reconhecimento da
motiva•‹o fœtil, haja vista que a embriaguez reduziu a capacidade de
entender o car‡ter il’cito de sua conduta.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o estado de embriaguez volunt‡ria n‹o Ž
causa de inimputabilidade nem traz benef’cios ao agente.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

29.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-GO Ð AGENTE Ð ADAPTADA)


S‹o excludentes de culpabilidade: inimputabilidade, coa•‹o f’sica
irresist’vel e obedi•ncia hier‡rquica de ordem n‹o manifestamente
ilegal.
COMENTçRIOS: Item errado, pois apesar de a inimputabilidade e a obedi•ncia
hier‡rquica serem excludentes de culpabilidade, a coa•‹o FêSICA n‹o o Ž. A
coa•‹o f’sica irresist’vel exclui a CONDUTA, por aus•ncia completa de vontade do
agente coagido. Logo, acaba por excluir o fato t’pico. O que exclui a culpabilidade
Ž a coa•‹o MORAL irresist’vel, nos termos do art. 22 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

30.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-GO Ð AGENTE Ð ADAPTADA)


Se ordem n‹o manifestamente ilegal for cumprida por subordinado e
resultar em crime, apenas o superior responder‡ como autor mediato,
ficando o subordinado isento por inexigibilidade de conduta diversa.
COMENTçRIOS: Na autoria mediata o autor (mediato) se vale de uma pessoa
SEM CULPABILIDADE para a pr‡tica do delito. Quem executa o delito Ž a pessoa
sem culpabilidade, mas o verdadeiro autor do delito (autoria mediata) Ž aquele
que d‡ a ordem. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

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Assim, somente o autor da ordem Ž punido, afastando-se a culpabilidade daquele
que executa a ordem n‹o manifestamente ilegal.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

31.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-GO Ð AGENTE Ð ADAPTADA)


Emo•‹o e paix‹o s‹o causas excludentes de culpabilidade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a emo•‹o e a paix‹o n‹o excluem a
imputabilidade penal, nos termos do art. 28, I do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

32.! (CESPE Ð 2016 Ð PC-PE Ð POLêCIA CIENTêFICA Ð DIVERSOS


CARGOS Ð ADAPTADA)
ƒ isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de
culpa ou de caso fortuito, ao tempo da a•‹o ou da omiss‹o, era
parcialmente incapaz de entender o car‡ter il’cito desse fato ou de
determinar-se conforme esse entendimento.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez dolosa ou culposa n‹o exclui a
imputabilidade penal do agente (art. 28, II do CP). AlŽm disso, apenas a
embriaguez ACIDENTAL (decorrente de caso fortuito ou for•a maior) completa
(aquela que retira completamente do agente a capacidade de entender o car‡ter
il’cito do fato ou de determinar-se de acordo com este entendimento) Ž causa de
exclus‹o da imputabilidade penal, nos termos do art. 28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

33.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


Os elementos imputabilidade, potencial consci•ncia da ilicitude,
inexigibilidade de conduta diversa e punibilidade s‹o requisitos da
culpabilidade penal.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a culpabilidade Ž o Ju’zo de reprovabilidade
acerca do fato praticado pelo agente, e tem como elementos:
¥! IMPUTABILIDADE;
¥! POTENCIAL CONSCIæNCIA DA ILICITUDE;
¥! EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.
A punibilidade e a inexigibilidade de conduta diversa n‹o s‹o elementos da
culpabilidade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

34.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


A coa•‹o f’sica e a coa•‹o moral irresist’vel excluem a conduta do
agente, pois eliminam totalmente a vontade pelo emprego da for•a, de
modo que o fato passa a ser at’pico.

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COMENTçRIOS: A coa•‹o f’sica irresist’vel exclui a CONDUTA, por aus•ncia
completa de vontade do agente coagido. Logo, acaba por excluir o fato t’pico. O
que exclui a culpabilidade Ž a coa•‹o MORAL irresist’vel, nos termos do art. 22
do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

35.! (CESPE Ð 2016 - PC/PE Ð ESCRIVÌO DE POLêCIA - ADAPTADA)


ƒ considerado erro evit‡vel, capaz de reduzir a pena, aquele em que o
agente atue ou se omita sem a consci•ncia da ilicitude do fato, quando
lhe era poss’vel, nas circunst‰ncias, ter ou atingir essa consci•ncia.
COMENTçRIOS: Item correto. O erro de proibi•‹o, ou erro sobre a ilicitude do
fato, quando escus‡vel, isenta de pena (exclui a culpabilidade do agente, por
aus•ncia de potencial consci•ncia da ilicitude); quando inescus‡vel, reduz a pena
de um sexto a um ter•o, nos termos do art. 21 do CP. ƒ inescus‡vel o erro quando
o agente podia, nas circunst‰ncias, ter ou atingir essa consci•ncia.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

36.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Ser‡ isento de pena o agente que, por embriaguez habitual, n‹o for capaz
de entender o car‡ter il’cito do fato.
COMENTçRIOS: A embriaguez habitual n‹o Ž causa de inimputabilidade penal,
pois se trata de embriaguez dolosa ou culposa. Apenas nos excepcionais casos
de embriaguez PATOLîGICA Ž que poder‡ ser afastada a culpabilidade. Todavia,
neste œltimo caso, a culpabilidade ser‡ afastada pelo fato de a embriaguez
PATOLîGICA ser considerada doen•a mental.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

37.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Para definir a maioridade penal, a legisla•‹o brasileira seguiu o sistema
biopsicol—gico, ignorando o desenvolvimento mental do menor de
dezoito anos de idade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o critŽrio adotado para definir a
inimputabilidade em raz‹o de doen•a mental foi o critŽrio BIOLîGICO, pois basta
a presen•a do aspecto biol—gico (ter menos de 18 anos) para que o agente seja
considerado inimput‡vel, n‹o sendo necess‡ria qualquer an‡lise sobre o real
desenvolvimento mental do menor quando da pr‡tica do crime.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

38.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


A embriaguez n‹o acidental e culposa exclui a imputabilidade no caso de
ser completa.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez dolosa ou culposa n‹o exclui a
imputabilidade penal do agente (art. 28, II do CP).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

39.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Os menores de dezoito anos de idade, por presun•‹o legal, s‹o
considerados inimput‡veis somente nos casos de possu’rem plena
capacidade de entender a ilicitude do fato.
COMENTçRIOS: Item errado, pois os menores de 18 anos, por express‹o
disposi•‹o legal, s‹o considerados inimput‡veis, independentemente de qualquer
an‡lise sobre o real desenvolvimento mental do menor quando da pr‡tica do
crime, nos termos do art. 27 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

40.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-RS Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


Se a embriaguez acidental for completa, acarretar‡ a irresponsabilidade
penal.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a embriaguez ACIDENTAL (decorrente de
caso fortuito ou for•a maior) completa (aquela que retira completamente do
agente a capacidade de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de
acordo com este entendimento) Ž causa de exclus‹o da imputabilidade penal, nos
termos do art. 28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

41.! (CESPE Ð 2015 Ð TJDFT Ð ANALISTA Ð PSIQUIATRIA)


Para a avalia•‹o da imputabilidade penal, o C—digo Penal brasileiro adota
o critŽrio biopsicol—gico. No que se refere ˆ imputabilidade penal, julgue
o item a seguir.
A avalia•‹o da imputabilidade Ž sempre retroativa.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a an‡lise da imputabilidade penal do agente
Ž sempre feita de forma retroativa, ou seja, busca-se saber se no momento do
crime (ou seja, momento anterior ao atual) o agente tinha conhecimento do
car‡ter il’cito do fato e capacidade de se determinar de acordo com este
entendimento.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

42.! (CESPE Ð 2015 Ð TJDFT Ð ANALISTA Ð PSIQUIATRIA)


Para a avalia•‹o da imputabilidade penal, o C—digo Penal brasileiro adota
o critŽrio biopsicol—gico. No que se refere ˆ imputabilidade penal, julgue
o item a seguir.
De acordo com o C—digo Penal brasileiro, a paix‹o pode levar a uma
priva•‹o de sentidos, o que resulta no abolimento da faculdade de

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apreciar a criminalidade do fato e de determinar-se de acordo com essa
aprecia•‹o.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a emo•‹o e a paix‹o n‹o excluem a
imputabilidade penal, nos termos do art. 28, I do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

43.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð JUIZ Ð ADPTADA)


Caso um indiv’duo tenha-se embriagado, preordenadamente, a fim de
praticar crime e, ap—s a pr‡tica do delito, tenha sido constatado que ele
estava ainda completamente embriagado, ficar‡ exclu’da a
imputabilidade penal desse indiv’duo.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez preordenada n‹o exclui a
imputabilidade, sendo, inclusive, uma agravante (art. 62, I, ÒLÓ do CP).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

44.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O erro de proibi•‹o pode incidir sobre a exist•ncia e a validade da lei
penal, mas n‹o sobre sua interpreta•‹o
COMENTçRIOS: Item errado, pois o erro sobre a ilicitude do fato pode incidir
tanto sobre a exist•ncia e validade da lei penal quanto sobre a interpreta•‹o da
lei penal, j‡ que, neste œltimo caso, tambŽm haver‡ erro sobre a ilicitude do fato.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

45.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Segundo a doutrina majorit‡ria, para o reconhecimento da obedi•ncia
hier‡rquica, causa excludente da culpabilidade, n‹o Ž exigida
comprova•‹o da rela•‹o de direito pœblico entre coator e coato.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a Doutrina majorit‡ria afirma que, para que
seja caracterizada a excludente de culpabilidade em quest‹o, Ž necess‡rio que
haja uma rela•‹o de hierarquia funcional (servi•o pœblico) entre o autor do fato
e o mandante.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

46.! (CESPE Ð 2014 Ð TJDFT Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


Se A desejando matar B, atinge mortalmente C, A dever‡ responder, de
acordo com a teoria da concretiza•‹o, por tentativa de homic’dio contra
B e por homic’dio imprudente contra C.
COMENTçRIOS: Item correto. De fato, a teoria da concretiza•‹o (ou concre•‹o)
sustenta que o agente deve responder por aquilo que realmente ocorreu, ou seja,
um homic’dio tentado em rela•‹o a B e um homic’dio culposo em rela•‹o a C.
Todavia, Ž bom ressaltar que nosso CP adota a teoria da EQUIVALæNCIA, de
maneira que o agente responder‡ por apenas um homic’dio doloso consumado,

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levando-se em conta as caracter’sticas pessoais de B, nos termos do art. 73 do
CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

47.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue os seguintes itens, referentes ˆ tipicidade, ˆ antijuridicidade e ˆ
culpabilidade.
Ser‡ isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente
de caso fortuito, culpa ou for•a maior, era, ao tempo da a•‹o ou da
omiss‹o, inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez dolosa ou culposa n‹o exclui
a imputabilidade penal do agente (art. 28, II do CP), n‹o sendo relevante se o
agente tinha, ou n‹o, discernimento no momento da pr‡tica do crime.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

48.! (CESPE Ð 2014 Ð CåMARA DOS DEPUTADOS Ð ANALISTA)


Julgue os seguintes itens, referentes ˆ tipicidade, ˆ antijuridicidade e ˆ
culpabilidade.
Em conson‰ncia com a Constitui•‹o Federal de 1988 (CF), s‹o
penalmente inimput‡veis os indiv’duos que tenham menos de dezoito
anos de idade, exceto quanto aos crimes previstos na legisla•‹o especial,
podendo esta prever a redu•‹o da maioridade penal.
COMENTçRIOS: Item errado, pois os menores de 18 anos, por express‹o
disposi•‹o legal, s‹o considerados inimput‡veis, independentemente de qualquer
an‡lise sobre o real desenvolvimento mental do menor quando da pr‡tica do
crime, nos termos do art. 27 do CP (e art. 228 da CF/88).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

49.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


A inimputabilidade penal, se for devidamente comprovada, resultar‡
sempre em redu•‹o da pena, de um a dois ter•os, independentemente do
crime praticado.
COMENTçRIOS: A inimputabilidade penal, uma vez devidamente comprovada,
resulta na exclus‹o da culpabilidade do agente, ou seja, o agente n‹o receber‡
pena alguma.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

50.! (CESPE Ð 2014 Ð TCE-PB Ð PROCURADOR Ð ADAPTADA)


A emo•‹o, a paix‹o e a embriaguez culposa podem, em circunst‰ncias
especiais, excluir a imputabilidade penal.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois a emo•‹o e a paix‹o n‹o excluem a
imputabilidade penal, nos termos do art. 28, I do CP. AlŽm disso, a embriaguez
dolosa ou culposa n‹o exclui a imputabilidade penal do agente (art. 28, II do CP).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

51.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


O dolo, conforme a teoria normativa pura, Ž elemento da culpabilidade e
contŽm a potencial consci•ncia da ilicitude.
COMENTçRIOS: O dolo, para a teoria normativa pura, Ž um elemento
meramente natural, e est‡ inserido no fato t’pico (dentro da conduta). Para esta
teoria o aspecto ÒnormativoÓ do dolo seria a potencial consci•ncia da ilicitude,
esta sim integrante da culpabilidade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

52.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Conforme a teoria limitada da culpabilidade, o erro de proibi•‹o indireto,
quando inescus‡vel, Ž causa de diminui•‹o da pena.
COMENTçRIOS: Para a teoria extremada da culpabilidade (que NÌO Ž adotada
pelo nosso CP), uma das vertentes da teoria normativa pura, toda e qualquer
situa•‹o de ERRO em rela•‹o ˆs descriminantes putativas, seja sobre
circunst‰ncias f‡ticas, seja sobre circunst‰ncias normativas, Ž considerado
equivalente ao ERRO DE PROIBI‚ÌO.
Todavia, a teoria LIMITADA da culpabilidade (outra vertente da teoria normativa
pura) difere as descriminantes putativas em descriminantes por erro de fato (cuja
solu•‹o Ž semelhante ao erro de tipo) e por erro normativo (cuja solu•‹o Ž a
mesma aplic‡vel ao erro de proibi•‹o.
Assim, para a teoria limitada da culpabilidade o erro de proibi•‹o indireto
(descriminante putativa por erro normativo) recebe o mesmo tratamento do erro
de proibi•‹o direto, ou seja, se inescus‡vel (indesculp‡vel), Ž causa de
diminui•‹o de pena, mas n‹o afasta a culpabilidade, nos termos do art. 21 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

53.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


Tendo sido adotada a teoria da actio libera in causa pelo C—digo Penal, Ž
permitida a exclus‹o da imputabilidade do agente se a embriaguez n‹o
acidental for completa e culposa.
COMENTçRIOS: Item errado, pois, exatamente em raz‹o da ado•‹o da teoria
da actio libera in causa, a embriaguez dolosa ou culposa n‹o exclui a
imputabilidade penal do agente (art. 28, II do CP), sendo irrelevante saber se o
agente tinha, ou n‹o, discernimento no momento da pr‡tica do crime.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

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54.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)
A responsabilidade penal independe da imputabilidade do agente.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a culpabilidade Ž um dos elementos do
conceito anal’tico de crime, sendo indispens‡vel sua presen•a para que haja
crime. A culpabilidade, por sua vez, Ž o Ju’zo de reprovabilidade acerca do fato
praticado pelo agente, e tem a imputabilidade penal como um de seus elementos.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

55.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RN Ð JUIZ Ð ADAPTADA)


A inimputabilidade por doen•a mental que retira do agente toda a
capacidade de entendimento do car‡ter il’cito do fato Ž causa de
diminui•‹o da pena.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a inimputabilidade por doen•a mental Ž causa
de exclus‹o da culpabilidade, nos termos do art. 26 do CP, desde que o agente
seja, ao tempo da a•‹o ou da omiss‹o, inteiramente incapaz de entender o
car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. N‹o
se trata, portanto, de mera causa de diminui•‹o de pena.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

56.! (CESPE Ð 2013 Ð AGU Ð PROCURADOR FEDERAL)


Julgue os itens seguintes, acerca da prescri•‹o, da reabilita•‹o e da
imputabilidade.
O CP prev• uma redu•‹o de pena para aquele que, em virtude de
perturba•‹o de saœde mental ou por desenvolvimento mental incompleto
ou retardado, n‹o seja inteiramente capaz de entender o car‡ter il’cito
do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento,
circunst‰ncia que enseja uma menor reprovabilidade da conduta do
agente comprovadamente naquelas condi•›es. Tem-se, nesse caso, a
denominada semi-imputabilidade, tambŽm nominada pelos
doutrinadores como responsabilidade penal diminu’da.
COMENTçRIOS: Item correto, pois, nos termos do art. 26 do CP, ¤ œnico do CP,
o agente que seja, em virtude de doen•a mental ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado parcialmente incapaz de entender o car‡ter il’cito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, ser‡ considerado
semi-imput‡vel, ou seja, ser‡ imput‡vel, mas ter‡ sua pena diminu’da.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

57.! (CESPE Ð 2013 Ð AGU Ð PROCURADOR FEDERAL)


Acerca de aspectos diversos do direito penal direito processual penal,
julgue os itens a seguir.
Para ser aceita como excludente de culpabilidade, a coa•‹o f’sica ou
moral tem de ser irresist’vel, inevit‡vel e insuper‡vel.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois a coa•‹o f’sica irresist’vel exclui a CONDUTA,
por aus•ncia completa de vontade do agente coagido. Logo, acaba por excluir o
fato t’pico. O que exclui a culpabilidade Ž a coa•‹o MORAL irresist’vel, nos termos
do art. 22 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

58.! (CESPE Ð 2013 Ð PC-DF Ð AGENTE)


Em rela•‹o ao direito penal, julgue os pr—ximos itens.
A embriaguez completa pode dar causa ˆ exclus‹o da imputabilidade
penal, mas n‹o descaracteriza a ilicitude do fato.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a embriaguez completa PODE excluir a
culpabilidade, desde que se trate de embriaguez ACIDENTAL (decorrente de caso
fortuito ou for•a maior) completa (aquela que retira completamente do agente a
capacidade de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de acordo
com este entendimento), nos termos do art. 28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

59.! (CESPE Ð 2013 Ð SEGESP-AL Ð PAPILOSCOPISTA)


Se uma pessoa, de forma volunt‡ria, embriagar-se completamente com
o objetivo de matar seu desafeto e, no instante do ato, estiver incapaz
de entender o car‡ter il’cito do fato, estar‡, por essa raz‹o, isenta de
pena.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez preordenada n‹o exclui a
imputabilidade, sendo, inclusive, uma agravante (art. 62, I, ÒLÓ do CP).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

60.! (CESPE Ð 2013 Ð SEGESP-AL Ð PAPILOSCOPISTA)


Se uma pessoa cometer determinado fato definido como crime e alegar
que o fez em estrita obedi•ncia hier‡rquica ˆ ordem n‹o manifestamente
ilegal, a sua culpabilidade ser‡ exclu’da diante da inexigibilidade de
outra conduta.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a obedi•ncia hier‡rquica Ž causa de exclus‹o
da CULPABILIDADE, por INEXIGIBILIDADE de conduta diversa. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

A Doutrina majorit‡ria afirma que, para que seja caracterizada a excludente de


culpabilidade em quest‹o, Ž necess‡rio que haja uma rela•‹o de hierarquia
funcional (servi•o pœblico) entre o autor do fato e o mandante.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

61.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA)

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Todo erro penalmente relevante relacionado a uma causa de exclus‹o da
ilicitude Ž erro de proibi•‹o indireto.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a teoria LIMITADA da culpabilidade (adotada
pelo CP) difere as descriminantes putativas em descriminantes por erro de fato
(cuja solu•‹o Ž semelhante ao erro de tipo) e por erro normativo (cuja solu•‹o Ž
a mesma aplic‡vel ao erro de proibi•‹o.
Assim, para a teoria limitada da culpabilidade o erro de proibi•‹o indireto
(descriminante putativa por erro normativo) ocorre quando h‡ descriminante
putativa por erro normativo (erro sobre a exist•ncia ou limites da norma penal).
Quando o erro recai sobre circunst‰ncias f‡ticas, teremos o chamado Òerro de
tipo permissivoÓ.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

62.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA)


O erro de tipo evit‡vel isenta de pena o agente.
COMENTçRIOS: O erro de tipo Ž o erro acerca da exist•ncia de algum dos
elementos constitutivos do tipo penal. Se inevit‡vel, o erro de tipo exclui o dolo
e a culpa; se evit‡vel, exclui apenas o dolo, mas o agente pode ser punido a t’tulo
culposo, desde que haja previs‹o legal nesse sentido, nos termos do art. 20 do
CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

63.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA)


N‹o se admite leg’tima defesa contra leg’tima defesa putativa.
COMENTçRIOS: As descriminantes putativas (dentre as quais se encontra a
leg’tima defesa putativa), para a maioria da Doutrina, s‹o causa de exclus‹o da
culpabilidade. Assim, quem age em leg’tima defesa putativa est‡ amparado
apenas por uma causa de exclus‹o da culpabilidade, ou seja, sua agress‹o Ž
t’pica e antijur’dica, logo, trata-se de uma agress‹o injusta. Assim, Ž poss’vel que
o agredido se valha da leg’tima defesa REAL para afastar tal agress‹o injusta.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

64.! (CESPE Ð 2013 Ð TRF1 Ð JUIZ FEDERAL Ð ADAPTADA)


A coa•‹o f’sica absoluta Ž causa de exclus‹o da culpabilidade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a coa•‹o f’sica irresist’vel exclui a CONDUTA,
por aus•ncia completa de vontade do agente coagido. Logo, acaba por excluir o
fato t’pico. O que exclui a culpabilidade Ž a coa•‹o MORAL irresist’vel, nos termos
do art. 22 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

65.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)

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S‹o causas excludentes de culpabilidade, a obedi•ncia hier‡rquica e a
coa•‹o moral irresist’vel.
COMENTçRIOS: Item correto, pois tanto a coa•‹o MORAL irresist’vel quanto a
obedi•ncia hier‡rquica s‹o causas de exclus‹o da CULPABILIDADE, por
INEXIGIBILIDADE de conduta diversa. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

66.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)


O erro inevit‡vel sobre a ilicitude do fato Ž causa excludente de
antijuridicidade.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o erro de proibi•‹o, ou erro sobre a ilicitude
do fato, quando escus‡vel (inevit‡vel), isenta de pena (exclui a culpabilidade do
agente, por aus•ncia de potencial consci•ncia da ilicitude); quando inescus‡vel
(evit‡vel), reduz a pena de um sexto a um ter•o, nos termos do art. 21 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

67.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)


S‹o causas excludentes de ilicitude a leg’tima defesa, o estado de
necessidade e a inimputabilidade por doen•a mental.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a inimputabilidade por doen•a mental n‹o Ž
causa de exclus‹o da ilicitude, e sim causa de exclus‹o da culpabilidade, nos
termos do art. 26 do CP, desde que o agente seja, ao tempo da a•‹o ou da
omiss‹o, inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato ou de
determinar-se de acordo com esse entendimento.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

68.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)


A embriaguez fortuita completa n‹o exclui a culpabilidade do agente.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez ACIDENTAL (decorrente de
caso fortuito ou for•a maior) completa (aquela que retira completamente do
agente a capacidade de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de
acordo com este entendimento) Ž causa de exclus‹o da imputabilidade penal, nos
termos do art. 28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

69.! (CESPE Ð 2013 Ð SEFAZ-ES Ð AUDITOR-FISCAL - ADAPTADA)


A conduta motivada pela emo•‹o ou pela paix‹o interfere na
imputabilidade penal.

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COMENTçRIOS: Item errado, pois a emo•‹o e a paix‹o n‹o excluem a
imputabilidade penal, nos termos do art. 28, I do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

70.! (CESPE Ð 2013 Ð TJ-RR Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


O fato praticado mediante coa•‹o moral irresist’vel Ž t’pico e antijur’dico,
excluindo-se, entretanto, a culpabilidade do coagido, em virtude da
aus•ncia de conduta diversa, um dos elementos da culpabilidade.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a coa•‹o MORAL irresist’vel Ž causa de
exclus‹o da CULPABILIDADE (n‹o afetando o fato t’pico ou a ilicitude), por
INEXIGIBILIDADE de conduta diversa. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)
==df992==

Percebam que o art. 22 do CP n‹o faz distin•‹o entre coa•‹o MORAL e coa•‹o
FêSICA irresist’vel. Contudo, apenas a primeira exclui a culpabilidade. A coa•‹o
FêSICA irresist’vel Ž circunst‰ncia que exclui a pr—pria CONDUTA (por aus•ncia
de vontade), de forma que se afasta o fato t’pico (j‡ que a conduta Ž um dos
elementos deste).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

71.! (CESPE Ð 2013 Ð TRT 8 Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


O erro quanto ˆ pessoa contra a qual o crime Ž praticado pode isentar a
pena, considerando-se, nesse caso, as qualidades da v’tima real, e n‹o
as da pessoa contra a qual o agente queria praticar o crime.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o erro quanto ˆ pessoa contra a qual o crime
Ž praticado NÌO isenta o agente de a pena. Neste caso, consideram-se as
qualidades da v’tima pretendida, e n‹o as da pessoa que agente efetivamente
atingiu (teoria da equival•ncia), nos termos do art. 20, ¤3¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

72.! (CESPE Ð 2013 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


O erro relativo ˆ ilicitude do fato penalmente relevante, se inevit‡vel,
isentar‡ de culpa o agente; se evit‡vel, poder‡ diminuir a pena de um
sexto atŽ dois ter•os.
COMENTçRIOS: Item errado. Cuidado com a pegadinha! O erro de proibi•‹o,
ou erro sobre a ilicitude do fato, quando escus‡vel, isenta de pena (exclui a
culpabilidade do agente, por aus•ncia de potencial consci•ncia da ilicitude);
quando inescus‡vel, reduz a pena de um sexto a um ter•o, nos termos do art.
21 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

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73.! (CESPE Ð 2013 Ð PRF Ð POLICIAL RODOVIçRIO FEDERAL)


Considere que um indiv’duo penalmente capaz, em total estado de
embriaguez, decorrente de caso fortuito, atropele um pedestre,
causando-lhe a morte. Nessa situa•‹o, a embriaguez n‹o exclu’a
imputabilidade penal do agente.
COMENTçRIOS: Item errado, pois se a embriaguez era total e era decorrente
de caso fortuito (embriaguez acidental), o agente Ž considerando inimput‡vel,
nos termos do art. 28, ¤1¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

74.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/CE Ð AJAJ)


Crime imposs’vel e delito putativo s‹o considerados pela doutrina como
express›es sin™nimas.
COMENTçRIOS:
COMENTçRIOS: Item errado, pois no crime imposs’vel a consuma•‹o do delito
Ž imposs’vel porque o meio Ž absolutamente ineficaz ou o objeto Ž absolutamente
impr—prio. No delito putativo, a ocorr•ncia do crime, naquelas circunst‰ncias Ž,
em tese, poss’vel. Contudo, o crime n‹o ocorre, embora o agente acredite (por
incorrer em erro) que o tenha praticado.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

75.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/CE Ð AJAJ)


De acordo com o entendimento do STJ, aquele que pratica um crime no
mesmo dia em que tenha completado dezoito anos Ž considerado
inimput‡vel.
COMENTçRIOS: Item errado, pois, neste caso, o agente Ž considerado
IMPUTçVEL, pois j‡ Ž considerado como pessoa com 18 anos completos,
independentemente da hora do nascimento.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

76.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/CE Ð AJAJ)


A coa•‹o f’sica irresist’vel Ž capaz de excluir a culpabilidade pelo
cometimento de um crime.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a coa•‹o f’sica irresist’vel exclui a CONDUTA,
por aus•ncia completa de vontade do agente coagido. Logo, acaba por excluir o
fato t’pico. O que exclui a culpabilidade Ž a coa•‹o MORAL irresist’vel, nos termos
do art. 22 do CP.
Portanto, a AFIRMARTIVA ESTç ERRADA.

77.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ/SE Ð TƒCNICO)

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A respeito do princ’pio da legalidade, da rela•‹o de causalidade, dos
crimes consumados e tentados e da imputabilidade penal, julgue os itens
seguintes.
ƒ isento de pena o agente que, por embriaguez volunt‡ria completa, era,
ao tempo da a•‹o ou da omiss‹o, inteiramente incapaz de entender o
car‡ter il’cito do fato.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez VOLUNTçRIA n‹o isenta de
pena, n‹o sendo causa de exclus‹o da imputabilidade penal, nos termos do art.
28, II do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

78.! (CESPE - 2015 - TJDFT Ð TƒCNICO)


Acerca da imputabilidade penal, julgue os itens a seguir.
A embriaguez completa, culposa por imprud•ncia ou neglig•ncia Ñ
aquela que resulta na perda da capacidade do agente de entender o
car‡ter il’cito de sua conduta Ñ, no momento da pr‡tica delituosa, n‹o
afasta a culpabilidade.
COMENTçRIOS: Item correto, pois a embriaguez CULPOSA ou dolosa n‹o afasta
a imputabilidade penal, nos termos do art. 28, II do CP, ainda que se trate de
embriaguez completa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

79.! (CESPE - 2015 - TJDFT Ð TƒCNICO)


Acerca da imputabilidade penal, julgue os itens a seguir.
A doen•a mental e o desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
por si s—, afastam por completo a responsabilidade penal do agente.
COMENTçRIOS: Estas duas formas de inimputabilidade decorrem da aplica•‹o
do sistema biopsicol—gico, ou seja, n‹o basta o aspecto Òbiol—gicoÓ (a doen•a
mental ou o desenvolvimento mental incompleto ou retardado), sendo
necess‡rio, ainda, o aspecto psicol—gico, que Ž a an‡lise da capacidade que o
agente tinha, no momento do fato, de entender o car‡ter il’cito do fato ou de
comportar-se de acordo com este entendimento. Desta forma, n‹o basta que o
agente seja portador de uma destas condi•›es, sendo necess‡rio, ainda, que o
agente seja, Òao tempo da a•‹o ou da omiss‹o, inteiramente incapaz de entender
o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimentoÓ,
nos termos do art. 26 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

80.! (CESPE Ð 2015 Ð AGU Ð ADVOGADO DA UNIÌO)


Acerca da aplica•‹o da lei penal, do conceito anal’tico de crime, da
exclus‹o de ilicitude e da imputabilidade penal, julgue o item que se
segue.

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O CP adota o sistema vicariante, que impede a aplica•‹o cumulada de
pena e medida de seguran•a a agente semi-imput‡vel e exige do juiz a
decis‹o, no momento de prolatar sua senten•a, entre a aplica•‹o de uma
pena com redu•‹o de um a dois ter•os ou a aplica•‹o de medida de
seguran•a, de acordo com o que for mais adequado ao caso concreto.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o CP adota o sistema vicariante, que exige
do Juiz a aplica•‹o da pena ou sua SUBSTITUI‚ÌO pela medida de seguran•a,
quando se tratar de agente semi-imput‡vel, nos termos do art. 98 do CP. N‹o h‡
mais o antigo sistema do duplo bin‡rio, em rela•‹o ao qual o agente poderia ser
condenado a cumprir pena e, ap—s, ainda ter que cumprir medida de seguran•a.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

81.! (CESPE Ð 2015 Ð TCE-RN Ð ASSESSOR TƒCNICO)


Com rela•‹o ˆ teoria do crime e culpabilidade penal, julgue o seguinte
item.
Situa•‹o hipotŽtica: Carlos, indiv’duo perfeitamente saud‡vel, se
embriagou voluntariamente em virtude da celebra•‹o de seu anivers‡rio
e, sob essa condi•‹o, causou les‹o grave a Daniel, seu primo. Assertiva:
Nessa situa•‹o, se for condenado, Carlos poder‡ ter a pena atenuada ou
substitu’da por tratamento ambulatorial.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez volunt‡ria n‹o gera
inimputabilidade nem diminui•‹o de pena, o que s— ocorre nas hip—teses de
embriaguez acidental, nos termos do art. 28, II do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

82.! (CESPE Ð 2015 Ð TJDFT Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
Em rela•‹o ˆ aplica•‹o da lei penal e aos institutos do arrependimento
eficaz e do erro de execu•‹o, julgue o item seguinte.
Segundo o C—digo Penal, no caso de erro de execu•‹o, devem-se
considerar, para fins de aplica•‹o da pena, tanto as condi•›es ou
qualidades da pessoa contra a qual se deseja praticar o delito quanto as
condi•›es ou qualidades da pessoa contra a qual efetivamente se
praticou o crime.
COMENTçRIOS: Item errado, pois no erro sobre a execu•‹o devem ser
consideradas as condi•›es ou qualidades da v’tima VISADA, e n‹o da v’tima que
efetivamente sofreu a les‹o, nos termos do art. 73, c/c art. 20, ¤3¼ do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

83.! (CESPE Ð 2014 Ð PGE-BA Ð PROCURADOR DO ESTADO)


Em direito penal, conforme a teoria limitada da culpabilidade, as
discriminantes putativas consistem em erro de tipo, ao passo que, de

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acordo com a teoria extremada da culpabilidade, elas consistem em erro
de proibi•‹o.
COMENTçRIOS: Item errado. A teoria limitada da culpabilidade faz distin•‹o
entre descriminantes putativas decorrentes de erro sobre a realidade f‡tica (que
seriam erro de tipo) e as descriminantes putativas decorrentes de erro sobre o
direito (que seriam erro de proibi•‹o). A teoria extremada entende que as
descriminantes putativas ser‹o sempre erro de proibi•‹o.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

84.! (CESPE Ð 2014 Ð TJ-SE Ð TITULAR NOTARIAL Ð ADAPTADA)


ƒ causa de exclus‹o da culpabilidade o fato de a conduta ser praticada
por meio de coa•‹o f’sica irresist’vel.
COMENTçRIOS: Item errado. Trata-se de uma pegadinha cl‡ssica. A coa•‹o
MORAL irresist’vel Ž que exclui a culpabilidade, em decorr•ncia de inexigibilidade
de conduta diversa. A coa•‹o FêSICA irresist’vel (vis absoluta) exclui a VONTADE,
que Ž elemento da conduta. Assim, exclu’do o elemento ÒcondutaÓ, ausente o
fato t’pico. Logo, a coa•‹o f’sica irresist’vel atinge o pr—prio fato t’pico, e n‹o a
culpabilidade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

85.! (CESPE Ð 2015 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


ClŽber, com trinta e quatro anos de idade, pretendia matar, durante uma
festa, seu desafeto, SŽrgio, atual namorado de sua ex-noiva. Sem
coragem para realizar a conduta delituosa, ClŽber bebeu grandes doses
de vodca e, embriagado, desferiu v‡rias facadas contra SŽrgio, que
faleceu em decorr•ncia dos ferimentos provocados pelas facadas.
Nessa situa•‹o, configura-se embriaguez volunt‡ria dolosa, o que
permite ao juiz reduzir a pena imputada a ClŽber, uma vez que ele n‹o
tinha plena capacidade de entender o car‡ter il’cito de seus atos no
momento em que esfaqueou SŽrgio.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a embriaguez DOLOSA (aquela situa•‹o em
que o agente voluntariamente se embriaga com o intuito de posteriormente
cometer crimes) n‹o Ž causa de exclus‹o da imputabilidade nem de redu•‹o de
pena, nos termos do art. 28, II do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

86.! (CESPE Ð 2015 Ð TRE-GO Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
Julgue o item seguinte, a respeito de concurso de pessoas, tipicidade,
ilicitude, culpabilidade e fixa•‹o da pena.
Aquele que for fisicamente coagido, de forma irresist’vel, a praticar uma
infra•‹o penal cometer‡ fato t’pico e il’cito, porŽm n‹o culp‡vel.

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COMENTçRIOS: Item errado. Cuidado! A coa•‹o FêSICA irresist’vel (citada pela
quest‹o) n‹o Ž causa de exclus‹o da culpabilidade, e sim causa de exclus‹o do
FATO TêPICO, pois exclui a CONDUTA (elemento do fato t’pico), j‡ que n‹o existe
vontade.
Somente a coa•‹o MORAL irresist’vel exclui a culpabilidade.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

87.! (CESPE - 2015 - TJDFT - OFICIAL DE JUSTI‚A)


A respeito do direito penal, julgue os itens a seguir.
O erro de proibi•‹o pode ser direto Ñ o autor erra sobre a exist•ncia ou
os limites da proposi•‹o permissiva Ñ, indireto Ñ o erro do agente recai
sobre o conteœdo proibitivo de uma norma penal Ñ e mandamental Ñ
quando incide sobre o mandamento referente aos crimes omissivos,
pr—prios ou impr—prios.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a quest‹o inverte os conceitos de erro de
proibi•‹o direto e indireto. O erro de proibi•‹o direto ocorre quando o agente
incorre em erro sobre a exist•ncia ou limites de uma norma penal incriminadora.
O erro de proibi•‹o indireto, por sua vez, ocorre quando o agente incorre em erro
sobre a exist•ncia ou sobre os limites (normativos) de uma circunst‰ncia que
afastaria, em tese, a ilicitude de sua conduta.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

88.! (CESPE Ð 2010 Ð DETRAN/ES Ð ADVOGADO)


Tratando-se de culpabilidade, a teoria estrita ou extremada e a teoria
limitada s‹o deriva•›es da teoria normativa pura e divergem apenas a
respeito do tratamento das descriminantes putativas.
CORRETA: Como disse a voc•s antes, a teoria limitada, que Ž a adotada pelo
CP, difere da teoria normativa pura com rela•‹o ao tratamento dado ˆs
descriminantes putativas. As descriminantes putativas s‹o tratadas nos arts. 20,
¤ 1¡ e 21 do CP:¤ 1¼ - ƒ isento de pena quem, por erro plenamente justificado
pelas circunst‰ncias, sup›e situa•‹o de fato que, se existisse, tornaria a a•‹o
leg’tima. N‹o h‡ isen•‹o de pena quando o erro deriva de culpa e o fato Ž pun’vel
como crime culposo. (...) Art. 21 - O desconhecimento da lei Ž inescus‡vel. O
erro sobre a ilicitude do fato, se inevit‡vel, isenta de pena; se evit‡vel, poder‡
diminu’-la de um sexto a um ter•o.
Para a teoria normativa pura, as descriminantes putativas ser‹o
sempre erro de proibi•‹o. Ou seja, sempre que um agente supor que existe
uma situa•‹o f‡tica que legitima sua a•‹o, e esta n‹o existir, estar‡ errando com
rela•‹o ˆ licitude do fato, logo, comete erro de proibi•‹o, o que pode afastar a
culpabilidade.
J‡ a teoria limitada (adotada pelo CP), divide as descriminantes em de fato
e de direito. Na primeira hip—tese, o agente age supondo haver uma situa•‹o
f‡tica que legitime sua fun•‹o. No segundo caso, o agente visualiza corretamente
a situa•‹o f‡tica, mas acredita que a conduta, no entanto, n‹o Ž proibida.

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ASSIM, A AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

89.! (CESPE Ð 2011 Ð STM Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


JUDICIçRIA)
As causas legais de exclus‹o da culpabilidade por inexigibilidade de
conduta diversa incluem a estrita obedi•ncia a ordem n‹o
manifestamente ilegal de superior hier‡rquico. Caso o agente cumpra
ordem ilegal ou extrapole os limites que lhe foram determinados, a
conduta Ž culp‡vel.
CORRETA: De fato, o art. 22 do CP diz:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem. (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984).

Assim, se a ordem emanada n‹o Ž manifestamente ilegal, e o agente a cumpre,


n‹o comete crime, pois n‹o Ž culp‡vel. No entanto, se a ordem for
manifestamente ilegal, ou se o agente extrapolar os limites da ordem recebida,
responder‡ pelo crime. A quest‹o deveria, apenas, ter colocado o termo
ÒmanifestamenteÓ no enunciado, pois a sua aus•ncia pode gerar no concursando
a dœvida acerca de ser ou n‹o uma pegadinha. Entretanto, a banca considerou a
quest‹o como correta.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

90.! (CESPE Ð 2009 Ð DPE/AL Ð DEFENSOR PòBLICO)


Para a teoria limitada da culpabilidade, adotada pelo CP brasileiro, toda
espŽcie de descriminante putativa, seja sobre os limites autorizadores
da norma, seja incidente sobre situa•‹o f‡tica pressuposto de uma causa
de justifica•‹o, Ž sempre considerada erro de proibi•‹o.
ERRADA: A teoria limitada da culpabilidade, embora adota pelo nosso CP, ao
contr‡rio da teoria normativa pura, diferencia as hip—teses de descriminantes
putativas, dividindo-as em de fato e de direito.
Assim, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

91.! (CESPE Ð 2011 Ð TER/ES Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA


ADMINISTRATIVA)
Abel, em completo estado de embriaguez proveniente de caso fortuito,
cometeu delito de roubo, tendo sido comprovado que, ao tempo do crime,
ele era inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do fato. Nessa
situa•‹o, embora tenha praticado fato penalmente t’pico e il’cito, Abel
ficar‡ isento de pena.
CORRETA: A embriaguez completa, decorrente de caso fortuito ou for•a maior,
exclui a imputabilidade do agente, se ele era, ao tempo do fato, inteiramente
incapaz de entender o car‡ter il’cito de sua conduta, nos termos do art. 28, ¤ 1¡
do CP.

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Assim, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

92.! (CESPE Ð 2008 Ð STJ Ð ANALISTA JUDICIçRIO Ð çREA JUDICIçRIA)


Na obedi•ncia hier‡rquica, para que se configure a causa de exclus‹o de
culpabilidade, Ž necess‡rio que exista depend•ncia funcional do
executor da ordem dentro do servi•o pœblico, de forma que n‹o h‡ que
se falar, para fins de exclus‹o da culpabilidade, em rela•‹o hier‡rquica
entre particulares.
CORRETA: A Doutrina Ž pac’fica em afirmar que para que seja caracterizada a
excludente de culpabilidade em quest‹o, Ž necess‡rio que haja uma rela•‹o de
hierarquia funcional entre o autor do fato e o mandante.
Assim, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

93.! (CESPE Ð 2010 Ð ABIN Ð OFICIAL TƒCNICO DE INTELIGæNCIA)


Julgue o item a seguir, referente a institutos de direito penal.
O erro de proibi•‹o escus‡vel exclui o dolo e a culpa; o inescus‡vel exclui
o dolo, permanecendo, contudo, a modalidade culposa.
COMENTçRIO: A afirmativa est‡ errada, pois d‡ a defini•‹o das consequ•ncias
do erro de tipo, n‹o do erro de proibi•‹o. O erro de proibi•‹o, ou erro sobre a
ilicitude do fato, quando escus‡vel, isenta de pena (exclui a culpabilidade do
agente, por aus•ncia de potencial consci•ncia da ilicitude); Quando inescus‡vel,
reduz a pena de um sexto a um ter•o. Vejamos o art. 21 do CP:
Art. 21 - O desconhecimento da lei Ž inescus‡vel. O erro sobre a ilicitude do fato, se
inevit‡vel, isenta de pena; se evit‡vel, poder‡ diminu’-la de um sexto a um ter•o.
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

94.! (CESPE Ð 2011 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


Acerca da tipicidade, da culpabilidade e da punibilidade, julgue o item a
seguir.
O menor de dezoito anos de idade Ž isento de pena por inimputabilidade,
mas Ž capaz de agir com dolo, ou seja, Ž capaz de praticar uma a•‹o
t’pica.
COMENTçRIO: A culpabilidade Ž o Ju’zo de reprovabilidade acerca do fato
praticado pelo agente. Temos como elementos da culpabilidade:
¥! IMPUTABILIDADE;
¥! POTENCIAL CONSCIæNCIA DA ILICITUDE;
¥! EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.
A menoridade, de fato, exclui a imputabilidade e, por consequ•ncia, a
culpabilidade do agente. Vejamos:

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Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos s‹o penalmente inimput‡veis, ficando
sujeitos ˆs normas estabelecidas na legisla•‹o especial. (Reda•‹o dada pela Lei n¼
7.209, de 11.7.1984)

Assim, o menor de 18 anos pode cometer fato t’pico e il’cito, mas n‹o ser‡
culp‡vel, por ser inimput‡vel.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

95.! (CESPE Ð 2011 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


Acerca da tipicidade, da culpabilidade e da punibilidade, julgue o item a
seguir.
As escusas absolut—rias tambŽm s‹o consideradas causas de exclus‹o da
culpabilidade.
COMENTçRIO: As escusas absolut—rias s‹o circunst‰ncias de car‡ter pessoal,
referente a la•os familiares ou afetivos entre os envolvidos, que por raz›es de
pol’tica criminal, levaram o legislador a afastar a punibilidade do agente nesses
casos.
Elas n‹o se relacionam com a culpabilidade, pois o crime j‡ est‡ perfeito e
acabado (fato t’pico, il’cito e culp‡vel).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

96.! (CESPE Ð 2011 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


Acerca da tipicidade, da culpabilidade e da punibilidade, julgue o item a
seguir.
S‹o causas de exclus‹o da culpabilidade, expressamente previstas no
C—digo Penal brasileiro, a coa•‹o moral irresist’vel e a ordem n‹o
manifestamente ilegal de superior hier‡rquico.
COMENTçRIO: O art. 22 do CP prev• duas causas LEGAIS de exclus‹o da
culpabilidade, que s‹o a coa•‹o moral irresist’vel e a obedi•ncia hier‡rquica a
ordem n‹o manifestamente ilegal. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

97.! (CESPE Ð 2011 Ð TCU Ð AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO)


A respeito dos crimes contra a fŽ pœblica, dos crimes previstos na Lei de
Licita•›es, bem como dos princ’pios e conceitos gerais de direito penal,
julgue o item a seguir.
No quadro geral das teorias do delito, a consci•ncia da ilicitude ora
pertence ˆ estrutura do dolo, ora, ˆ estrutura da culpabilidade; no
entanto, sua eventual aus•ncia, desde que inevit‡vel, conduz ˆ isen•‹o
de pena.

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COMENTçRIO: A potencial consci•ncia da ilicitude, modernamente, integra a
culpabilidade, e est‡ relacionada ˆ possibilidade de conhecimento da ilicitude do
fato praticado, podendo levar ˆ isen•‹o de pena ou ˆ sua redu•‹o, a depender
das circunst‰ncias, nos termos do art. 21 do CP.
No entanto, a antiga teoria causalista, que via o dolo na culpabilidade, entendia
que a potencial consci•ncia da ilicitude estaria relacionada ao dolo em si, sendo
este um elemento normativo, e n‹o apenas natural (dolo de praticar um delito,
e n‹o apenas dolo de praticar a conduta, deixando a an‡lise o conhecimento da
ilicitude para outra etapa).
De toda forma, em ambos os casos, o resultado seria a isen•‹o de pena caso
inevit‡vel o erro sobre a ilicitude do fato. Vejamos o art. 21 do CP:
Art. 21 - O desconhecimento da lei Ž inescus‡vel. O erro sobre a ilicitude do fato, se
inevit‡vel, isenta de pena; se evit‡vel, poder‡ diminu’-la de um sexto a um ter•o.
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

98.! (CESPE Ð 2011 Ð TRE/ES Ð ANALISTA JUDICIçRIO)


No pr—ximo item, Ž apresentada uma situa•‹o hipotŽtica seguida de uma
assertiva a ser julgada no que se refere aos institutos de direito penal.
Abel, em completo estado de embriaguez proveniente de caso
fortuito, cometeu delito de roubo, tendo sido comprovado que, ao tempo
do crime, ele era inteiramente incapaz de entender o car‡ter il’cito do
fato. Nessa situa•‹o, embora tenha praticado fato penalmente t’pico e
il’cito, Abel ficar‡ isento de pena.
COMENTçRIO: A culpabilidade Ž o Ju’zo de reprovabilidade acerca do fato
praticado pelo agente. Temos como elemento da culpabilidade:
¥! IMPUTABILIDADE;
¥! POTENCIAL CONSCIæNCIA DA ILICITUDE;
¥! EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.
No caso em quest‹o, Abel se encontrava inteiramente incapaz de entender o
car‡ter il’cito do fato, em raz‹o de se encontrar completamente embriagado,
embriaguez essa proveniente de caso fortuito ou for•a maior. Nesse caso, Abel Ž
considerado INIMPUTçVEL. Vejamos o art. 28, ¤ 1¼ do CP:
Art. 28 - N‹o excluem a imputabilidade penal: (Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de
11.7.1984)
(...)
¤ 1¼ - ƒ isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso
fortuito ou for•a maior, era, ao tempo da a•‹o ou da omiss‹o, inteiramente incapaz
de entender o car‡ter il’cito do fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Assim, embora o fato praticado por Abel seja t’pico e il’cito, o agente n‹o Ž
culp‡vel, por n‹o possuir imputabilidade.
Portanto, a afirmativa est‡ CORRETA.

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99.! (CESPE - 2012 Ð PC/AL Ð DELEGADO)


A imputabilidade, a exigibilidade de conduta diversa e a potencial
consci•ncia da ilicitude s‹o elementos da culpabilidade.
COMENTçRIOS: O item est‡ correto. Segundo a teoria normativa pura, que Ž
teoria predominante no que tange ˆ culpabilidade, os tr•s elementos integrantes
desta que Ž a terceira etapa na constitui•‹o do delito s‹o a imputabilidade
(aferi•‹o prŽvia da possibilidade, ou n‹o, de submiss‹o do agente ˆ san•‹o penal,
mediante critŽrios biol—gicos, psicol—gicos ou biopsicol—gicos), a potencial
consci•ncia da ilicitude e a exigibilidade de conduta diversa (Se Ž INEXIGêVEL
conduta diversa, n‹o h‡ culpabilidade).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

100.! (CESPE - 2012 Ð TJ/AL Ð AJAJ)


A coa•‹o moral irresist’vel e a obedi•ncia ˆ ordem n‹o manifestamente
ilegal de superior hier‡rquico s‹o causas de exclus‹o da
a) imputabilidade.
b) tipicidade subjetiva.
c) ilicitude.
d) culpabilidade.
e) tipicidade objetiva.
COMENTçRIOS: Tanto a coa•‹o MORAL irresist’vel quanto a obedi•ncia
hier‡rquica s‹o causas de exclus‹o da CULPABILIDADE, por INEXIGIBILIDADE de
conduta diversa. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Percebam que o art. 22 do CP n‹o faz distin•‹o entre coa•‹o MORAL e coa•‹o
FêSICA irresist’vel. Contudo, apenas a primeira exclui a culpabilidade. A coa•‹o
FêSICA irresist’vel Ž circunst‰ncia que exclui a pr—pria CONDUTA (por aus•ncia
de vontade), de forma se que afasta o fato t’pico (j‡ que a conduta Ž um dos
elementos deste).
Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA D.

101.! (CESPE - 2012 Ð TC/DFÐ AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO)


A respeito dos crimes contra a fŽ pœblica, dos crimes previstos na Lei de
Licita•›es, bem como dos princ’pios e conceitos gerais de direito penal,
julgue o item a seguir.
No quadro geral das teorias do delito, a consci•ncia da ilicitude ora
pertence ˆ estrutura do dolo, ora, ˆ estrutura da culpabilidade; no
entanto, sua eventual aus•ncia, desde que inevit‡vel, conduz ˆ isen•‹o
de pena.

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COMENTçRIOS: A potencial consci•ncia da ilicitude, modernamente, integra a
culpabilidade, e est‡ relacionada ˆ possibilidade de conhecimento da ilicitude do
fato praticado, podendo levar ˆ isen•‹o de pena ou ˆ sua redu•‹o, a depender
das circunst‰ncias, nos termos do art. 21 do CP.
No entanto, a antiga teoria causalista, que via o dolo na culpabilidade, entendia
que a potencial consci•ncia da ilicitude estaria relacionada ao dolo em si, sendo
este um elemento normativo, e n‹o apenas natural (dolo de praticar um delito,
e n‹o apenas dolo de praticar a conduta, deixando a an‡lise o conhecimento da
ilicitude para outra etapa).
De toda forma, em ambos os casos, o resultado seria a isen•‹o de pena caso
inevit‡vel o erro sobre a ilicitude do fato. Vejamos o art. 21 do CP:
Art. 21 - O desconhecimento da lei Ž inescus‡vel. O erro sobre a ilicitude do fato, se
inevit‡vel, isenta de pena; se evit‡vel, poder‡ diminu’-la de um sexto a um ter•o.
(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

102.! (CESPE - 2013 - MPU - ANALISTA - DIREITO)


Acerca dos institutos do direito penal brasileiro, julgue os pr—ximos
itens.
Por caracterizar inexigibilidade de conduta diversa, a coa•‹o moral ou
f’sica exclui a culpabilidade do crime.
COMENTçRIOS: Somente a coa•‹o MORAL irresist’vel Ž causa de exclus‹o da
CULPABILIDADE, por INEXIGIBILIDADE de conduta diversa. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Percebam que o art. 22 do CP n‹o faz distin•‹o entre coa•‹o MORAL e coa•‹o
FêSICA irresist’vel. Contudo, apenas a primeira exclui a culpabilidade. A coa•‹o
FêSICA irresist’vel Ž circunst‰ncia que exclui a pr—pria CONDUTA (por aus•ncia
de vontade), de forma se que afasta o fato t’pico (j‡ que a conduta Ž um dos
elementos deste).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

103.! (CESPE - 2013 - POLêCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLêCIA)


De acordo com a teoria extremada da culpabilidade, o erro sobre os
pressupostos f‡ticos das causas descriminantes consiste em erro de tipo
permissivo.
COMENTçRIOS: O item est‡ errado. Para a teoria extremada da culpabilidade
(que NÌO Ž adotada pelo nosso CP), uma das vertentes da teoria normativa pura,
toda e qualquer situa•‹o de ERRO, seja sobre circunst‰ncias f‡ticas, seja sobre
circunst‰ncias normativas, Ž considerado ERRO DE PROIBI‚ÌO. Apenas a teoria
limitada da culpabilidade (outra vertente da teoria normativa pura) Ž que difere
erro de tipo e erro de proibi•‹o (o primeiro Ž erro sobre um fato e o segundo Ž
erro sobre a proibi•‹o da conduta).

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Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

104.! (CESPE - 2013 - PC-BA - DELEGADO DE POLêCIA)


Tanto a conduta do agente que age imprudentemente, por
desconhecimento invenc’vel de algum elemento do tipo quanto a conduta
do agente que age acreditando estar autorizado a faz•-lo ensejam como
consequ•ncia a exclus‹o do dolo e, por conseguinte, a do pr—prio crime.
COMENTçRIOS: O item est‡ errado. A conduta do agente, no primeiro caso
(Òque age imprudentemente, por desconhecimento invenc’vel de algum elemento
do tipoÓ) configura ERRO DE TIPO invenc’vel, e, de fato, exclui o dolo, nos termos
do art. 20 do CP.
Contudo, no segundo caso (Òa conduta do agente que age acreditando estar
autorizado a faz•-loÓ) est‡ configurado o ERRO DE PROIBI‚ÌO, que pode ser
invenc’vel (excluindo a culpabilidade) ou venc’vel (autorizando redu•‹o da pena).
Percebam que, em nenhuma hip—tese, o erro de proibi•‹o exclui o dolo, uma vez
que o dolo n‹o se situa na culpabilidade, mas no fato t’pico.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

105.! (CESPE - 2013 - TJ-DF - ANALISTA JUDICIçRIO - OFICIAL DE


JUSTI‚A AVALIADOR)
De acordo com o C—digo Penal, a incid•ncia da exclus‹o de culpabilidade
na coa•‹o irresist’vel ocorre apenas nos casos de coa•‹o f’sica ou vis
absoluta, uma vez que, na coa•‹o moral, h‡ apenas redu•‹o do poder de
escolha da v’tima entre praticar ou omitir a conduta ou sofrer as
consequ•ncias da coa•‹o.
COMENTçRIOS: Somente a coa•‹o MORAL irresist’vel Ž causa de exclus‹o da
CULPABILIDADE, por INEXIGIBILIDADE de conduta diversa. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Percebam que o art. 22 do CP n‹o faz distin•‹o entre coa•‹o MORAL e coa•‹o
FêSICA irresist’vel. Contudo, apenas a primeira exclui a culpabilidade. A coa•‹o
FêSICA irresist’vel Ž circunst‰ncia que exclui a pr—pria CONDUTA (por aus•ncia
de vontade), de forma que se afasta o fato t’pico (j‡ que a conduta Ž um dos
elementos deste).
Isso se d‡ porque na coa•‹o FêSICA irresist’vel n‹o h‡ vontade, logo, n‹o h‡
conduta, estando afastado o fato t’pico. Na coa•‹o MORAL irresist’vel Hç
VONTADE, mas esta vontade n‹o Ž livre, ou seja, Ž uma vontade viciada pela
coa•‹o exercida contra a pessoa.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

106.! (CESPE - 2013 - TC-DF - PROCURADOR)

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A coa•‹o moral irresist’vel Ž uma hip—tese de autoria mediata, em que o
autor da coa•‹o detŽm o dom’nio do fato e comete o fato pun’vel por
meio de outra pessoa.
COMENTçRIOS: O item est‡ correto. Na autoria mediata o autor (mediato) se
vale de uma pessoa SEM CULPABILIDADE para a pr‡tica do delito. Quem executa
o delito Ž a pessoa sem culpabilidade, mas o verdadeiro autor do delito (autoria
mediata) Ž aquele que exerce a coa•‹o MORAL irresist’vel. Vejamos:
Art. 22 - Se o fato Ž cometido sob coa•‹o irresist’vel ou em estrita obedi•ncia a ordem,
n‹o manifestamente ilegal, de superior hier‡rquico, s— Ž pun’vel o autor da coa•‹o ou
da ordem.(Reda•‹o dada pela Lei n¼ 7.209, de 11.7.1984)

Percebam que somente o autor da coa•‹o Ž punido. Isto porque NÌO h‡ coautoria
neste caso. Apenas quem exerce a coa•‹o Ž autor do fato, j‡ que o executor n‹o
possu’a vontade leg’tima de praticar o delito, foi mero instrumento nas m‹os de
quem exerceu a coa•‹o.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

107.! (CESPE - 2013 - STF - AJAJ)


Considerando o disposto no C—digo Penal brasileiro, quanto ˆ matŽria do
erro, Ž correto afirmar que, em regra, o erro de proibi•‹o recai sobre a
consci•ncia da ilicitude do fato, ao passo que o erro de tipo incide sobre
os elementos constitutivos do tipo legal do crime.
COMENTçRIOS: O item est‡ correto. O CP brasileiro diferencia erro de tipo e
erro de proibi•‹o. O erro de tipo Ž o erro acerca da exist•ncia de algum dos
elementos constitutivos do tipo penal. J‡ o erro de proibi•‹o Ž o antigo Òerro de
direitoÓ, que consiste na representa•‹o equivocada da realidade NORMATIVA, ou
seja, a representa•‹o equivocada acerca da proibi•‹o do fato.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

108.! (CESPE Ð 2009 Ð PC/RN Ð AGENTE DE POLêCIA)


Exclui-se a culpabilidade do agente
A) que falece ap—s a ocorr•ncia do fato.
B) inteiramente incapaz ao tempo do fato.
C) que age em estrito cumprimento do dever legal.
D) portador de perturba•‹o mental ap—s o fato.
E) maior de 70 anos de idade na data da senten•a.
COMENTçRIOS: O falecimento ap—s a ocorr•ncia do fato gera, apenas, a
extin•‹o da punibilidade, mas o crime considera-se praticado, nos termos do art.
107, I do CP. A superveni•ncia de doen•a mental tambŽm n‹o Ž causa de
exclus‹o da culpabilidade, que Ž aferida no momento da conduta. A circunst‰ncia
de ser o agente maior de 70 anos na data da senten•a Ž mera causa de diminui•‹o
de pena. Aquele que age em estrito cumprimento do dever legal n‹o chega,
sequer, a praticar fato il’cito, pois essa circunst‰ncia Ž uma causa de exclus‹o da
ilicitude. Por fim, se o agente era inteiramente incapaz de entender o car‡ter

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il’cito do fato ˆ Žpoca da conduta, ou ser‡ considerado inimput‡vel (se se
enquadrar nas hip—teses de inimputabilidade), ou n‹o ter‡ culpabilidade em raz‹o
da aus•ncia de potencial consci•ncia da ilicitude.
ASSIM, A ALTERNATIVA CORRETA ƒ A LETRA B.

109.! (CESPE Ð 2004 Ð AGENTE DA POLêCIA FEDERAL)


A coa•‹o f’sica e a coa•‹o moral irresist’veis afastam a pr—pria a•‹o, n‹o
respondendo o agente pelo crime. Em tais casos, responder‡ pelo crime
o coator.
ERRADA: Apenas a coa•‹o f’sica irresist’vel (vis absoluta) exclui a pr—pria
conduta, pois, nesse caso, o agente Ž mero objeto na m‹o de um terceiro, que Ž
quem, de fato, comete o crime. Na coa•‹o moral irresist’vel, h‡ conduta, embora
seja uma conduta viciada (pois o agente n‹o Ž inteiramente livre para realizar a
escolha de praticar ou n‹o o crime, pois se encontra sob coa•‹o).
Assim, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

110.! (CESPE Ð 2013 Ð POLêCIA FEDERAL Ð ESCRIVÌO)


No que concerne a infra•‹o penal, fato t’pico e seus elementos, formas
consumadas e tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude e
imputabilidade penal, julgue os itens que se seguem.
Considere que Jo‹o, maior de dezoito anos de idade, tenha praticado
crime de natureza grave, sendo, por consequ•ncia, processado e, ao
final, condenado. Considere, ainda, que, no curso da a•‹o penal, tenha
sido constatado pericialmente que Jo‹o, ao tempo do crime, tinha
reduzida a capacidade de compreens‹o ou vontade, comprovando-se a
sua semi-imputabilidade. Nessa situa•‹o, caber‡ a imposi•‹o cumulativa
de pena, reduzida de um ter•o a dois ter•os e de medida de seguran•a.
COMENTçRIOS: Item errado, pois o nosso CP adotou o sistema VICARIANTE,
ou seja, o semi-imput‡vel dever‡ receber uma pena, reduzida de um a dois ter•os
OU, se for o caso, o Juiz pode substituir a pena privativa de liberdade pela medida
de seguran•a (se isso for recomend‡vel), nos termos do art. 98 do CP. Ou seja,
o agente semi-imput‡vel vai cumprir pena OU medida de seguran•a, e n‹o ambas
(antigo sistema do Òduplo bin‡rioÓ, atualmente revogado).
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

111.! (CESPE - 2013 - POLêCIA FEDERAL - ESCRIVÌO DA POLêCIA


FEDERAL)
No que concerne a infra•‹o penal, fato t’pico e seus elementos, formas
consumadas e tentadas do crime, culpabilidade, ilicitude e
imputabilidade penal, julgue o item que se segue.
Considere que Bartolomeu, penalmente capaz e mentalmente s‹o, tenha
praticado ato t’pico e antijur’dico, em estado de absoluta inconsci•ncia,
em raz‹o de estar voluntariamente sob a influ•ncia de ‡lcool. Nessa

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situa•‹o, Bartolomeu ser‡ apenado normalmente, por for•a da teoria da
actio libera in causa.
COMENTçRIOS: Item correto, pois o CP brasileiro estabelece que a embriaguez
VOLUNTçRIA n‹o afasta a imputabilidade penal, j‡ que o agente deliberadamente
se colocou em situa•‹o de embriaguez (dolosa ou culposa), tendo adotado a
teoria da ALIC (actio libera in causa), que sustenta que o agente deve ser
considerado imput‡vel quando, mesmo estando incapaz de entender o car‡ter
il’cito do fato no momento do crime, deliberadamente se colocou nessa condi•‹o
de inconsci•ncia.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç CORRETA.

112.! (CESPE Ð 2013 Ð POLêCIA FEDERAL Ð DELEGADO)


Tratando-se de culpabilidade pelo fato individual, o ju’zo de
culpabilidade se amplia ˆ total personalidade do autor e a seu
desenvolvimento.
COMENTçRIOS: Item errado, pois a culpabilidade n‹o est‡ relacionada ˆ
personalidade do agente, mas ao fato concreto, ou seja, ˆ sua capacidade para
entender o car‡ter il’cito da conduta e comportar-se de acordo com o Direito. A
personalidade do agente ter‡ relev‰ncia para fins de aplica•‹o da pena, nos
termos do art. 59 do CP.
Portanto, a AFIRMATIVA ESTç ERRADA.

3! GABARITO

1.! ERRADA
2.! CORRETA
3.! CORRETA
4.! ERRADA
5.! CORRETA
6.! CORRETA
7.! ERRADA
8.! ALTERNATIVA A
9.! ALTERNATIVA A
10.! ALTERNATIVA E
11.! ERRADA
12.! ANULADA
13.! ALTERNATIVA B

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14.! ERRADA
15.! ERRADA
16.! CORRETA
17.! ERRADA
18.! ERRADA
19.! ERRADA
20.! ERRADA
21.! CORRETA
22.! ERRADA
23.! ERRADA
24.! ERRADA
25.! CORRETA
26.! ERRADA
27.! ERRADA
28.! ERRADA
29.! ERRADA
30.! CORRETA
31.! ERRADA
32.! ERRADA
33.! ERRADA
34.! ERRADA
35.! CORRETA
36.! ERRADA
37.! ERRADA
38.! ERRADA
39.! ERRADA
40.! CORRETA
41.! CORRETA
42.! ERRADA
43.! ERRADA
44.! ERRADA
45.! ERRADA
46.! CORRETA
47.! ERRADA
48.! ERRADA
49.! ERRADA
50.! ERRADA

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51.! ERRADA
52.! CORRETA
53.! ERRADA
54.! ERRADA
55.! ERRADA
56.! CORRETA
57.! ERRADA
58.! CORRETA
59.! ERRADA
60.! CORRETA
61.! ERRADA
62.! ERRADA
63.! ERRADA
64.! ERRADA
65.! CORRETA
66.! ERRADA
67.! ERRADA
68.! ERRADA
69.! ERRADA
70.! CORRETA
71.! ERRADA
72.! ERRADA
73.! ERRADA
74.! ERRADA
75.! ERRADA
76.! ERRADA
77.! ERRADA
78.! CORRETA
79.! ERRADA
80.! CORRETA
81.! ERRADA
82.! ERRADA
83.! ERRADA
84.! ERRADA
85.! ERRADA
86.! ERRADA
87.! ERRADA

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88.! CORRETA
89.! CORRETA
90.! ERRADA
91.! CORRETA
92.! CORRETA
93.! ERRADA
94.! CORRETA
95.! ERRADA
96.! CORRETA
97.! CORRETA
98.! CORRETA
99.! CORRETA
100.! ALTERNATIVA D
101.! CORRETA
102.! ERRADA
103.! ERRADA
104.! ERRADA
105.! ERRADA
106.! CORRETA
107.! CORRETA
108.! ALTERNATIVA B
109.! ERRADA
110.! ERRADA
111.! CORRETA
112.! ERRADA

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