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Lucas de Andrade – Turma 86 - EPM

Aula 05 – Regulação do Metabolismo: “Papel Hormonal”


Anabolismo e catabolismo são coordenados com precisão pelos seguintes mecanismos:
• Ativação e inibição alostérica: reações limitantes da velocidade;
• Modificação covalente de enzimas: adição ou remoção de grupos fosfatos;
• Níveis enzimáticos controlados por substratos: quantidade e atividade controlada;
• Compartimentação: destino das moléculas depende de estarem no citosol ou na
mitocôndria;
• Especialização metabólica dos órgãos;

Efeito alostérico
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Efeito alostérico e hormonal

Modificação covalente: glicogênio fosforilase e glicogênio sintase


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Compartimentação
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Destino de moléculas energéticas intermediárias e momento metabólico

• Piruvato  Junção de vias metabólicas;


• Transaminação: ligação entre metabolismo de aminoácidos e glicídeos;
• Descarboxilação oxidativa: entrega átomos de carbono de glicídeos e aminoácidos
para oxidação ou síntese de corpos cetônicos;
• Acetil-CoA: várias fontes, porém de destino restrito;

Perfil metabólico tecidual

• Fígado provê substrato energético para cérebro, músculo e outros:


metabolismo da glicose, metabolismo lipídico e metabolismo de aminoácidos;
• Músculo: fontes energéticas: glicose, ácidos graxos e corpos cetônicos;
o Depósito de glicogênio  glicose-6-P (não possui glicose-6-fosfatase);
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Regulação hormonal

• Glicólise:
o Insulina: +
o Glucagon: -
• Gliconeogênese:
o Glucagon: +
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(Essa parte do resumo copiei de um arquivo no drive).


A regulação do cortisol (ou corticosteroides, produzidos no córtex da adrenal)
consiste em um efeito anti-insulínico. O aumento de nível de stress, sem sono, leva com
que o cortisol aumente, e isso interfira com a dosagem de glicemia com alterações discretas.
Se trata de um sinal metabólico da atuação do cortisol, inibindo vias comuns da glicólise e
glicogênese.

Além disso, a adrenalina também é importante para a regulação do metabolismo. É


um hormônio mediado ou secretado por um gânglio ou pela suprarrenal, e interfere para o
estímulo da lipólise (beta-oxidação). A adrenalina é secretada tonicamente para a lipólise
por meio do exercício.

O paciente com diabetes é o paciente metabólico mais complexo, e tem tudo isso
bagunçado pois as vias metabólicas de glicogênese estão bagunçadas. Se trata de uma
síndrome hiperglicêmica. Esse paciente tem, por característica, uma hiperglicemia, se
tratando do traço bioquímico mais importante. Ele pode diferir em dois tipos diferentes de
diabetes: enquanto na célula normal, a ligação de insulina à célula permite a entrada de
glicose por meio da abertura de transportadores de glicose (GLUT-4), no indivíduo com
diabetes tipo 1, ocorre falta de insulina, de forma que a glicose não entra na célula e é
acumulada no sangue. Ocorre hiperglicemia com hipoinsulinemia (insulina baixa, em falta
ou ausente). Por sua vez, no indivíduo do tipo 2, o receptor não enxerga a insulina, embora
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ela exista, de forma que o problema não é pancreático. Se trata de uma hiperglicemia com
uma hiperinsulinemia.

Ambas as células de pacientes diabéticos estão em jejum celular, de forma que


glicose não entra na célula nos dois casos. Assim, apesar de existir glicemia alta, o paciente
está em jejum. O diabético está realizando glicogenólise o tempo todo, já que se percebe
em jejum. Assim, passa a ocorrer lipólise em excesso, formando excesso de acetil-CoA e
esse excesso acaba por formar excesso de corpos cetônicos.
Na diabetes do tipo 2, não ocorre administração de insulina. O pâncreas desse tipo
de diabéticos entra em exaustão após excesso de tempo produzindo insulina em excesso,
ocorrendo falência secundária do pâncreas. Assim, é necessário fornecer metiformina (para
aprimorar os receptores) e insulina para restabelecer a glicemia do paciente. Por vias
alternativas, a insulina permite que o paciente acumule gordura, ficando obeso.
Assim, a diabetes gera um jejum hepatocítico: a resistência à insulina gera produção
hepática de glicose aumentada e captação de glicose diminuída, gerando uma
hiperglicemia.

Quando comemos, temos uma resposta de insulina e de saciedade, ou seja, também


produzimos leptina, que sinaliza neuronalmente que é necessário diminuir a fome. Isso tudo
converge para que façamos lipogênese, ou seja, para sintetizar e armazenar gordura. A
lipase hormônio sensível faz o caminho inverso, trabalhando na lipólise.
O macrófago do tecido adiposo se transforma numa célula gordurosa, quando
comemos excessivamente. Com isso, temos exposição de citocinas pró-inflamatórias.
A obesidade é uma condição patológica que uma célula adiposa se inflama e começa a
sinalizar a inibição dos receptores de insulina (diabetes tipo II). Os fatores pró-inflamatórios
diminuem a sensibilidade da insulina por glicose. O diabético tipo 2 tem hiperglicemia e
hiperinsulinemia com hiperglucagonemia (pois a célula interpreta que o indivíduo está em
jejum).

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