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ENVELHECIMENTO
NUTRIÇÃO: DA GESTAÇÃO AO
ENVELHECIMENTO
Batatais
Claretiano
2020
© Ação Educacional Claretiana, 2019 – Batatais (SP)
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forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Nutrição: da Gestação ao Envelhecimento
Versão: ago./2020
Formato: 15x21 cm
Páginas: 140 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 10
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 12
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 12
5. E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 12
Conteúdo
O estudo sobre Nutrição: da Gestação ao Envelhecimento
visa, no contexto do curso de Nutrição, contribuir para o
entendimento do futuro profissional a respeito da nutrição
ao longo da vida de um indivíduo. Portanto, esta disciplina irá
estudar a fisiologia e nutrição nas diferentes fases da vida e
situações fisiológicas especiais: gestação, lactação, infância, pré-
escolar, escolar, adolescência, vida adulta e envelhecimento. A
capacitação do aluno no atendimento a esses clientes/pacientes
possibilita ao futuro nutricionista ter domínio no atendimento
nutricional.
Bibliografia Básica
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso Editores, 2003.
WEFFORT, V. R. S.; LAMOUNIER, J. A. Nutrição em pediatria. São Paulo: Manole, 2009.
YONAMINE, G. H. et al. Alimentação no primeiro ano de vida. São Paulo: Manole, 2013.
Bibliografia Complementar
ACCIOLY, E. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2005.
CIAMPO, L. A. D. Aleitamento materno: passagens e transferências mãe-filho. São
Paulo: Atheneu, 2004.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: alimentos, nutrição & dietoterapia. Tradução
de Andréa Favano. 11. ed. São Paulo: Roca, 2005.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber––––––––––––––––––––––––––––––––––
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que
deverá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes
necessárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os
principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os
procedimentos e os fundamentos ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua
origem?) referentes a um campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente
selecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou
disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados “Conteúdos
Digitais Integradores” porque são imprescindíveis para o aprofundamento do
Conteúdo Básico de Referência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência
de mídias (vídeos complementares) e a leitura de “navegação” (hipertexto),
como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos
temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito
de avaliação.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
O processo de transformação do ser humano desde o início
até o fim da vida pode ser subdividido em ciclos específicos. Em
todas as fases da vida dos seres humanos, a alimentação deve ser
variada e equilibrada. Uma boa nutrição é condição fundamental
para promover o bem-estar físico, mental e social de crianças,
jovens, adultos e idosos, garantindo, em condições normais de
saúde, uma boa qualidade de vida.
Nutrição: da Gestação ao Envelhecimento abordará
conteúdos que nos façam compreender as características
dos sujeitos e as demandas específicas de cada fase da vida,
determinar as necessidades nutricionais e, assim, garantir uma
alimentação e nutrição adequadas, requisitos básicos para a
promoção da saúde e a prevenção de doenças
Primeiramente, na Unidade 1, conheceremos as principais
alterações fisiológicas que ocorrem durante a gravidez e como
essas mudanças interferem nas necessidades nutricionais da
mulher. Esse é um período de grande vulnerabilidade nutricional,
com aumento das necessidades energéticas, proteicas, de
vitaminas e minerais. Ofertar uma alimentação adequada nessa
fase garante não só a saúde da mãe, como o bom desenvolvimento
da criança. Ainda nessa unidade, conheceremos as mudanças
fisiológicas na nutriz e as recomendações nutricionais para ela
durante o período de amamentação, além, claro, de abordar
assuntos relativos ao aleitamento materno.
Em seguida, nossos estudos terão o foco voltado para a
infância. A Unidade 2 inicia-se com os aspectos fisiológicos dos
lactentes e as recomendações nutricionais para eles. Falaremos
da introdução alimentar, fase de muitas dúvidas, que carrega
ainda muita influência de crenças populares, socioeconômicas
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados.
ASPECTOS
FISIOLÓGICOS
PROMOÇÃO DE
SAÚDE
FASE RECOMENDAÇÕES
DA VIDA NUTRICIONAIS
PREVENÇÃO DE
DOENÇAS
ATENÇÃO
NUTRICIONAL
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: Reichmann &
Affonso Editores, 2003.
5. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição-INAN.
Secretaria de Programas Especiais-SPE. Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento
Materno-PNIAM. Normas Gerais para Bancos de Leite Humano. Brasília: Ministério da
Saúde. 1993. Disponível em: <http://www.redeblh.fiocruz.br/media/p322_1988.pdf>.
Acesso em: 28 jun. 2019.
BRIOSCHI, J. et al. Relação entre picacismo em gestantes e deficiência de
micronutrientes. Nutrição Brasil, v. 14, n. 2, p. 107-114, 2015. Disponível em: <https://
docplayer.com.br/42674493-Relacao-entre-picacismo-em-gestantes-e-deficiencia-de-
micronutrientes.html>. Acesso em: 28 jun. 2019.
Objetivos
• Compreender as alterações fisiológicas que ocorrem durante a gestação.
• Relacionar as condições fisiológicas da gestante com suas necessidades
nutricionais.
• Conhecer as necessidades nutricionais para o período gestacional.
• Compreender as alterações fisiológicas que ocorrem com a nutriz.
• Relacionar as condições fisiológicas da nutriz com suas necessidades
nutricionais.
• Conhecer as necessidades nutricionais para o período da amamentação.
Conteúdos
• Aspectos fisiológicos da gestação.
• Recomendações nutricionais na gestação.
• Aspectos fisiológicos da nutriz.
• Recomendações nutricionais para a nutriz.
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UNIDADE 1 – FISIOLOGIA E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA GESTAÇÃO E AMAMENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
A gravidez e o parto são eventos que integram a vivência
reprodutiva de homens e mulheres, capazes de promover
maior vínculo afetivo não só entre o casal, como também entre
familiares e amigos (BRASIL, 2001).
A gravidez induz o organismo materno a uma série de
transformações necessárias para regular o metabolismo da
mulher durante as fases da gravidez, bem como para garantir o
desenvolvimento saudável do embrião (ACCIOLY, 2005; BARROS,
2006).
Essas alterações devem ser acompanhadas de perto
pelos profissionais de saúde, que precisam identificar essas
adaptações e propor estratégias para que as suas consequências
não interfiram nas atividades e na qualidade de vida da mulher
durante esse período (SILVA, 2008).
Para o profissional nutricionista, o entendimento dessas
variações é de extrema importância para a realização de uma
assistência nutricional adequada, que supra as necessidades
tanto da mulher quanto do feto.
Placenta
É um anexo fetal, de alta complexidade metabólica, essencial
para garantir proteção, nutrição, respiração, excreção e produção
de hormônios. Ela transporta oxigênio e nutrientes da mãe para
o feto, elimina os metabólitos decorrentes do metabolismo
fetal e produz hormônios necessários para o desenvolvimento
e crescimento fetal (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008). É altamente
vascularizada, e qualquer alteração na circulação materna ou
fetal pode comprometer o desenvolvimento do feto (ACCIOLY,
2005).
FONTE PRIMÁRIA DE
HORMÔNIOS EFEITOS PRINCIPAIS
SECREÇÃO
Reduz a musculatura lisa do útero e a
motilidade gastrointestinal; favorece
a deposição materna de gordura;
Progesterona Placenta aumenta a excreção de sódio; interfere
no metabolismo do ácido fólico;
estimula apetite na primeira metade da
gestação; participa da mamogênese.
Aumenta elasticidade da parede
uterina e do canal cervical; reduz
proteínas séricas; aumenta propriedade
hidroscópica dos tecidos; afeta a função
Estrógeno Placenta da tireoide; interfere no metabolismo
do ácido fólico; modifica o metabolismo
glicídico; altera o tecido conjuntivo e
vascular; diminui apetite na segunda
metade da gestação.
Antagoniza a ação da insulina (eleva a
Lactogênio glicemia pela glicogenólise); promove
Placenta
placentário lipólise, diminuição do consumo de
glicose e glicogênio; ação mamotrófica.
Reduz a glicemia para promover a
produção energética e síntese de
gordura. As gestantes têm resposta
de insulina normal à glicose no início
Insulina Pâncreas
da gravidez, porém, com o avanço
de gestação, há necessidade de mais
insulina para transportar a mesma
quantidade de glicose.
Glucagon Pâncreas Eleva a glicemia pela glicogenólise.
Regula as reações oxidativas envolvidas
Tiroxina Tireoide na produção de energia (taxa
metabólica basal).
Fonte: adaptado de Accioly (2005).
Metabolismo glicídico
O feto requer glicose e aminoácidos para o seu crescimento
mesmo em situações de jejum materno. Para atender a essas
demandas, o organismo sofre alterações, tal como redução na
utilização periférica de glicose, na tentativa de manter essa oferta
constante para o feto (ACCIOLY, 2005). No último trimestre, cerca
de 50 a 70% das calorias que o feto necessita diariamente são
derivadas da glicose (VITOLO, 2008).
Metabolismo lipídico
Há uma maior mobilização da gordura corporal na
produção de energia para o metabolismo materno. Por esse
motivo, no final da gravidez, há acúmulo de gordura em forma de
triglicerídios, principalmente nas coxas e na região subescapular,
que serve como reserva imediata de gordura quando os níveis
glicêmicos maternos caem (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).
Metabolismo proteico
Aproximadamente 20% da necessidade energética diária
do feto é suprida pelos aminoácidos. Eles são importantes
para a síntese tecidual fetal e das estruturas maternas. Os
Sistema circulatório
Ocorre aumento de 50% do volume plasmático,
acarretando aumento no débito cardíaco, que sobe cerca de 30
a 40%. Há também aumento de 20% no número de hemoglobina
devido a uma maior necessidade de transporte de oxigênio. Essa
diluição fisiológica promove queda na concentração plasmática
de hemoglobina, que pode evoluir para quadros de anemia,
estado que também pode se instalar por deficiência de ferro e
ácido fólico (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).
Sistema urinário
Segundo Accioly (2005), ocorre aumento da taxa de
filtração glomerular, assim como do fluxo renal, que auxilia na
eliminação de resíduos metabólicos. Nessa fase, as mulheres têm
maior predisposição a infecções urinárias devido a um retardo
do fluxo urinário (gerado pela obstrução dos ureteres, que por
sua vez é causada pela dilatação das veias ovarianas).
Sistema respiratório
Há aumento na ventilação pulmonar devido à ação da
progesterona e do estrógeno, que aumentam a sensibilidade
e a vascularização dos centros respiratórios. Essa alteração
visa suprir o aumento de 20% na demanda de oxigênio pelo
organismo materno. Além disso, ocorrem alterações anatômicas
que melhoram a troca gasosa nos pulmões (ACCIOLY, 2005;
VITOLO, 2008).
Sistema digestivo
No primeiro trimestre, são comuns náuseas, enjoos e
vômitos matinais (decorrentes de alterações hormonais que
interferem no olfato e no paladar). Tais mudanças podem levar
ao quadro de anorexia, que consequentemente pode ocasionar
perda de peso nos primeiros meses da gestação.
Devido à ação da progesterona, o peristaltismo fica
reduzido, retardando o esvaziamento gástrico e acarretando
constipação intestinal (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008).
As alterações fisiológicas anteriormente citadas estão
sintetizadas no Quadro 2:
Importante!
Os fatores fisiológicos que exercem maior força durante a
gestação são o aumento do fluxo sanguíneo e a elevação dos
níveis de estrógeno e progesterona. O impacto dessas alterações
recai sobre os níveis de lipídios, colesterol, carotenoides,
vitamina E e fatores coagulantes sanguíneos (VITOLO, 2008).
De acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2001), as
causas mais comuns para complicações durante a gestação
são: hipertensão arterial, diabetes melito, cardiopatias, infecção
urinária, distúrbios nutricionais e distúrbios tireoidianos.
Avaliação antropométrica
A avaliação antropométrica é o meio mais acessível e mais
recomendado para o acompanhamento da evolução nutricional,
pois é de rápida execução e não invasiva.
É importante conhecer o peso pré-gestacional da mulher
e também sua estatura, para realização do cálculo do Índice de
Massa Corporal (IMC). Após sua classificação, é possível calcular
e programar o total de peso que ela deverá ganhar durante a
gravidez.
Atualmente, no Brasil, a avaliação do estado nutricional
da gestante, é feito através das recomendações do Institute of
Medicine, que preconiza o cálculo de ganho de peso ponderal
segundo o IMC pré-gestacional e da Organização Mundial de
Saúde (OMS), seguindo proposta do estudo feito por Aldea,
Atalah e Castillo (1997).
No momento da primeira consulta, o profissional deve
realizar o cálculo do IMC:
Importante!
Caso a gestante não recorde seu peso pré-gestacional, utilizar
o peso da primeira consulta, cuja recomendação é a de que
seja realizada antes da 14ª semana gestacional. Vale ressaltar
que, independentemente do estado nutricional pré-gestacional,
a gestante deve começar a ganhar peso apenas a partir do 2º
trimestre.
Avaliação alimentar
Investigar o hábito alimentar da gestante já na primeira
consulta é de extrema importância, pois é a partir dessas
informações que possíveis erros podem ser identificados (VITOLO,
2008). As ferramentas mais utilizadas para essa avaliação são:
1) Recordatório de 24 horas: quando a paciente informa
ao profissional tudo aquilo que consumiu no dia anterior
à consulta.
2) Inquérito de frequência alimentar: a paciente relata a
frequência com que consome determinados alimentos
(diariamente, semanalmente e mensalmente). É uma
avaliação qualitativa.
3) Inquérito por registro: produzido pela própria
paciente, que anota os alimentos à medida que eles são
consumidos.
Avaliação clínica
Nessa etapa, é importante investigar sinais e sintomas
digestivos, funcionamento intestinal, patologias e intercorrências
ACHADOS SUGESTIVO DE
OLHOS
Carência de vitamina A
Cegueira noturna
Anemia ferropriva
Palidez conjutival
LÁBIOS
Carência de riboflavina
Queilose angular e língua inflamada
GLÂNDULAS
Carência de iodo
Bócio
Palidez cutâneo-mucosa, fraqueza,
fadiga ao menor esforço físico, suscep-
Anemia ferropriva
tibilidade aumentada aos processos
infecciosos
Gengivas que sangram com facilidade e
Vitamina C
pequenas hemorragias cutâneas
Fonte: adaptado de Acciolly (2005).
Recomendações nutricionais
Em todas as fases da vida, o atendimento às recomendações
nutricionais é essencial para garantir bom desenvolvimento,
promoção de saúde e qualidade de vida. Na gestação, em
especial, essa adequação tem grande influência no ganho
de peso gestacional e no desenvolvimento saudável do feto
(ACCIOLY, 2005).
Recomendação de energia
O requerimento energético materno encontra-se
aumentado durante a gestação, devido principalmente ao
aumento da taxa metabólica basal (TMB), que aumenta em
Recomendação de proteína
As proteínas dietéticas são fundamentais para a síntese
proteica e para outras várias funções metabólicas, como
formação de enzimas e hormônios, sistema imune e transporte
de nutrientes.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (1998), níveis
seguros de ingestão proteica giram em torno de 1,2 g, 6,1 g e
10,7 g no 1º, no 2º e no 3º trimestre, respectivamente. Com isso,
a necessidade proteica deve ser aumentada em média
6 g /dia durante a gestação (ACCIOLY, 2005; VITOLO, 2008), ou
seja, considera-se que uma dieta normoproteica varia entre 0,8
e 1,0 g/ dia.
Apresentamos, a seguir, um exemplo de cálculo para uma
mulher que pesa 60 kg.
Importante!
A tabela completa das DRIs está disponível para download
no site: <https://www.nal.usda.gov/fnic/dietary-reference-
intakes>.
Lactação
A lactação é um processo complementar à gestação e
está sob o controle de hormônios, principalmente os de origem
hipofisária. As vantagens do aleitamento materno são inúmeras,
tanto para a saúde e desenvolvimento do bebê quanto para a
saúde da mulher (nutriz). Por isso, os profissionais de saúde
devem reconhecer sua importância e trabalhar sempre visando
a conscientização da importância da amamentação e do impacto
negativo no desmame precoce.
A mama é composta, internamente, por ductos lactíferos,
alvéolos, células mioepiteliais, lóbulos, tecido conjuntivo e
externamente por mamilo, aréola (área hiperpigmentada) e
corpúsculos de Montgomery (produz secreção que lubrifica
e protege a aréola contra a ação bacteriana) (ACCIOLY, 2005;
VITOLO, 2008).
• “Leite maduro”.
Fonte: próprio autor.
AMAMENTAÇÃO
TIPOS DE ALEITAMENTO
2º semestre + 12 g/dia
3º semestre + 11 g/dia
org/index.php/mudancas-anatomicas-e-fisiologicas-
durante-a-gestacao/anatomia-e-fisiologia-da-
reproducao. Acesso em: 15 jul. 2018.
• SKILLS IN MEDICINE. Mudanças anatômicas e fisiológicas
durante a gestação: mudanças no organismo materno.
Disponível em: https://simbrazil.mediviewprojects.
org/index.php/mudancas-anatomicas-e-fisiologicas-
durante-a-gestacao/mudancas-no-organismo-materno.
Acesso em: 15 jul. 2018.
Aprofunde o conhecimento sobre a diabetes gestacional
e as síndromes hipertensivas por meio da leitura dos seguintes
artigos:
• WEINERT, L. S.; SILVEIRO, S. P.; OPPERMANN, M. L.;
SALAZAR, C. S.; SIMIONATO, B. M.; SIEBENEICHLER, A.;
REICHELT, A. J. Diabetes gestacional: um algoritmo de
tratamento multidisciplinar. Arq Bras Endocrinol Metab,
p. 55-57, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/
pdf/abem/v55n7/02.pdf. Acesso em: 15 jul. 2018.
• ZANATELLI, C.; DOBERSTEIN, C.; GIRARDI, J. P.; POSSER,
J.; BECK, D. G. S. Síndromes hipertensivas na gestação:
estratégias para a redução da mortalidade materna.
Revista Saúde Integrada, v. 9, n. 17, 2016. Disponível em:
http://local.cnecsan.edu.br/revista/index.php/saude/
article/viewFile/320/293. Acesso em: 15 jul. 2018.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Buscando uma gravidez mais saudável, com ganho de peso adequado,
A.B.C, 25 anos, procurou por uma nutricionista para orientá-la durante
esse período. Dentre as alternativas a seguir, qual seria o primeiro item a
ser avaliado para a realização de uma conduta adequada?
a) IMC pré-gestacional
b) Presença de alergias alimentares
c) Consumo de frutas e hortaliças
d) Ausência de carboidrato simples na dieta
e) Baixo consumo de fibras
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) a.
2) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade apresentou alguns aspectos básicos envolvidos
na Nutrição na gestação e lactação, com foco nas alterações
fisiológicas e adequação das recomendações nutricionais para a
mulher em ambos os períodos.
O tema é extremamente amplo e, portanto, o ideal é
que você complemente seus estudos por meio das referências
bibliográficas citadas e das sugestões de leitura feitas no decorrer
da unidade e no Conteúdo Digital Integrador. Como continuação
do assunto, a próxima unidade tratará das alterações fisiológicas
e recomendações nutricionais para crianças e adolescentes.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Índice de massa corporal segundo semana de gestação. Disponível em: Atalah
et al. (1997).
Figura 2 Anatomia da mama humana. Disponível em: https://pediatriadescomplicada.
com.br/anatomia-da-mama/. Acesso em: 15 jul. 2018.
Figura 3 Pega adequada ou boa pega. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf. Acesso em: 15
jul. 2018.
Sites pesquisados
USDA. United States Departament of Agriculture. Disponível em: https://www.nal.
usda.gov/fnic/dietary-reference-intakes. Acesso em: 15 Jul. 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACCIOLY, E. Nutrição em obstetrícia e pediatria. 1 ed. Rio de Janeiro: Cultura Médica,
2005.
ATALAH, E.; CASTILLO, C.; ALDEA, A. Propuesta de um nuevo estándar de evaluación
nutricional em embarazadas. Rev Méd Chile, 125(12): 1429-1436, 1997.
BARROS, S. M. O. Enfermagem no ciclo gravídico puerperal. São Paulo: Manole, 2006.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Parto, aborto e puerpério. Assistência à mulher.
Brasília, DF, 2001.
BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação
complementar. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p.: il. – (Série A.
Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n. 23).
SILVA, S. C. F. Ansiedade da mulher durante o último trimestre de gravidez. Trabalho de
conclusão de curso, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2008.
VITOLO, Márcia Regina. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. 1 ed. Rio de Janeiro:
Ed. Rubio, 2008.
Objetivos
• Compreender as alterações fisiológicas que ocorrem durante a infância.
• Relacionar as condições fisiológicas da criança com suas necessidades
nutricionais.
• Conhecer as necessidades nutricionais durante a infância.
• Compreender as alterações fisiológicas que ocorrem na adolescência.
• Relacionar as condições fisiológicas do adolescente com suas necessidades
nutricionais.
• Conhecer as necessidades nutricionais para o período da adolescência.
Conteúdos
• Aspectos fisiológicos da infância.
• Recomendações nutricionais na infância.
• Aspectos fisiológicos da adolescência.
• Recomendações nutricionais na adolescência.
53
UNIDADE 2 – FISIOLOGIA E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
1. INTRODUÇÃO
A formação de hábitos alimentares se dá desde muito cedo
e é feita a partir de muitas variáveis: predisposições genéticas
de paladar, presença ou não de aleitamento materno, forma de
inclusão da alimentação complementar, experiências positivas
e negativas em relação aos alimentos, hábitos familiares etc.
Dessa forma, a infância e a adolescência são períodos de grande
importância para a construção de um modo de vida saudável ou
não, que será levado até a vida adulta.
Doenças Crônicas Não Transmissíveis, que antes eram
restritas à idade adulta, já são encontradas também em crianças
e adolescentes. Isso corresponde a mais adultos doentes no
futuro, o que causa impacto direto na expectativa de vida da
população.
Mudar esse panorama requer muito empenho de
profissionais de saúde e familiares, afinal, é na infância e na
adolescência que os hábitos alimentares, o comportamento
alimentar e mesmo a preferência por determinados tipos de
alimentos, sabores e texturas são formados.
Alimentação do lactente
As práticas alimentares no primeiro ano de vida são
determinantes na formação dos hábitos da criança. A alimentação
saudável deve possibilitar crescimento e desenvolvimento
adequados, otimizar o funcionamento de órgãos, sistemas e
LEITE HUMANO
COMPLETO
PROTEÇÃO NECESSIDADES MATURAÇÃO
<CUSTO
<RISCO DE
CONTAMINAÇÃO
SISTEMA
INFECÇÕES DIGESTÓRIO
ALERGIAS
NEUROLÓGICO
VÍNCULO AFETIVO
Alimentação do pré-escolar
Período que engloba a idade de 2 a 6 anos, é uma fase
de transição, em que se torna necessária e importante a
sedimentação de hábitos. Nessa fase, a maneira como os pais
se alimentam tem importância fundamental no comportamento
alimentar de seus filhos, afinal, são os maiores influenciadores
de hábitos e costumes.
Esse período caracteriza-se pela diminuição na velocidade
de crescimento, consequentemente, diminuição do apetite.
É comum nessa fase a criança ter sua atenção desviada para
outras atividades, o que diminui seu interesse pela comida. Não
é recomendado o uso de chantagens ("se você comer tudo, irá
ganhar sobremesa") e artifícios ("aviãozinho") para reverter
essa situação. Caso ela ainda use mamadeira, é recomendável
substituir por copo (SBP, 2012; VITOLO, 2008).
Algumas das características fisiológicas da fase são: aos
três anos, todos os dentes da primeira dentição, ou dentes de
leite, já apareceram; o sistema metabólico e o digestório já são
comparáveis ao de adultos; o volume gástrico é de 200 a 300 mL;
apresentam apetite inconstante, conhecidos como momentos
Alimentação do escolar
Caracterizada por uma fase de transição entre a infância
e a adolescência, compreende a faixa etária de 7 a 14 anos (ou
até que se entre na puberdade). Fase de maior socialização e
independência, o que interfere diretamente na modificação
dos hábitos (escola e amigos passam a ter grande influência nas
escolhas alimentares). É comum o aumento da atividade física
devido a uma maior independência motora, porém é nessa fase
também que se inicia o comportamento sedentário, gerado por
uso excessivo de tecnologias, como video games e computadores.
Sobre os aspectos fisiológicos, apresenta trato
gastrointestinal mais desenvolvido, com maior volume gástrico;
apetite aumentado; o ganho de peso é proporcionalmente maior
que o crescimento estatural; início da dentição permanente (SBP,
2012; VITOLO, 2008).
Um ponto importante a se discutir nessa fase diz respeito
ao estirão, que ocorre durante a adolescência (assunto que será
abordado ainda nesta unidade). Ainda na fase escolar, o corpo já
se prepara para esse acontecimento: é um período em que tanto
meninos quanto meninas apresentam um desvio para cima na
curva de peso, devido ao processo de repleção energética, ou
seja, é comum as crianças ficarem acima do peso, pois o corpo
está "estocando" gordura para o momento do estirão. É aceitável
um excesso de peso que não ultrapasse 20% do que seria o peso
ideal para a idade.
São comuns desordens do balanço energético, com ingestão
aumentada de refrigerantes, alimentos ricos em gordura, sal e
açúcar. Por outro lado, há um baixo consumo de cálcio e vitamina
D, o que pode acarretar retardo no crescimento, fraturas e
desenvolvimento de osteoporose na vida adulta (SBP, 2012).
Importante!
Todas as curvas estão disponíveis para download na página da
Sociedade Brasileira de Pediatria, no endereço: <https://www.
sbp.com.br/departamentos-cientificos/endocrinologia/graficos-
de-crescimento/>.
Recomendações Nutricionais
Os principais objetivos nutricionais para essa fase são:
• Garantir crescimento e desenvolvimento adequados.
• Evitar deficit de nutrientes específicos (deficiência de
ferro, anemia, deficiência de vitamina A, cálcio, entre
outros).
• Prevenção dos problemas de saúde na idade adulta
que são influenciados pela dieta: doenças crônicas não
transmissíveis, osteoporose, cáries, entre outros.
Energia
O valor do requerimento energético estimado (EER) pode
ser calculado de acordo com as fórmulas a seguir:
ERR (0 a 36 meses)
1) 0 a 3 meses = (89 x peso[kg] – 100) + 175 kcal.
2) 4 a 6 meses = (89 x peso[kg] – 100) + 56 kcal.
3) 7 a 12 meses = (89 x peso[kg] – 100) + 22 kcal.
4) 13 a 36 meses = (89 x peso[kg] – 100) + 20 kcal.
Proteína
Na criança, o requerimento de proteína (g/kg) é maior
do que em adultos. Os valores recomendados pela IOM (2005)
podem ser observados no quadro a seguir.
Cálcio e vitamina D
A ingestão de cálcio e vitamina D é importante para a
prevenção de doenças e a saúde de ossos e dentes, pois é nessa
fase que estão em formação. O consumo de produtos lácteos
contribui para a ingestão suficiente do mineral. Em casos em
que a criança apresentar alergia à proteína do leite de vaca e o
consumo de lácteos não for recomendado, a ingestão de cálcio
pode ser feita por meio de alimentos fortificados ou através da
suplementação.
Ferro
Sua ingestão é essencial para a prevenção de anemias, que,
nesse período, prejudica o crescimento e o desenvolvimento
normal. O organismo possui mecanismos que regulam o balanço
Vitamina A
Reduz a gravidade de doenças e mortalidade devido à sua
ação no sistema imune. Sua hipovitaminose está relacionada
com xeroftalmia, infecção respiratória, diarreia e anemia (sua
deficiência impossibilita a mobilização dos estoques de ferro).
Sua suplementação isolada aumenta níveis séricos de ferro
e também a concentração de hemoglobina, hematócrito e
transferrina (VITOLO, 2008).
Zinco
Importante para atividades de síntese proteica, pois várias
enzimas contêm zinco em sua composição. Sua deficiência
pode causar anorexia, hipogeusia, alopecia, diarreia e atraso na
maturação sexual.
Importante!
A tabela completa das DRI está disponível para download no site:
<https://www.nal.usda.gov/fnic/dietary-reference-intakes>.
Recomendações Nutricionais
Devido ao crescimento acelerado nessa fase, é de grande
importância que a dieta seja adequada nutricionalmente, tanto
em calorias como em macro e micronutrientes (WEFFORT;
LAMOUNIER, 2009).
Do ponto de vista nutricional, os adolescentes pertencem a
uma faixa de risco extremamente vulnerável no que diz respeito
ao estilo de vida e ao alto consumo de energia e gordura (SBP,
2012).
O estado nutricional representa o melhor indicador das
necessidades alimentares do indivíduo. Uma dieta saudável
e equilibrada é fundamental para suprir as demandas de
energia, macro e micronutrientes. Para um cálculo mais preciso,
é necessário que se saiba em qual estágio de maturação o
adolescente se encontra (de acordo com os estágios pubertários
de Tanner), porém não há uma fórmula específica que leve essa
classificação em consideração (WEFFORT, LAMOUNIER, 2009).
Energia
As necessidades energéticas estão aumentadas e mantêm
estreita relação com a velocidade de crescimento e a atividade
física (SBP, 2012):
Proteína
A necessidades proteicas normalmente coincidem com as
necessidades máximas de energia durante o estirão pubertário
para a formação de novos tecidos. O rápido crescimento ocorrido
durante o estirão exige elevada oferta proteica, influenciada por
fatores como a velocidade de crescimento (SBP, 2012).
As recomendações diárias de proteína podem ser
observadas no quadro a seguir:
Ferro
Necessidade aumentada em ambos os sexos devido ao
rápido crescimento e pelo aumento de massa muscular, do
volume sanguíneo e das enzimas respiratórias. Na menina, há um
aumento adicional para suprir as perdas no período menstrual.
É importante também na prevenção de anemia ferropriva. Os
valores recomendados são de 8 mg/dia para meninos e meninas
de 9 a 13 anos e 11 e 15 mg/dia para meninos e meninas,
respectivamente, de 14 a 18 anos (VITOLO, 2008).
Cálcio
Nessa fase, ocorre aumento de retenção de cálcio para
formação óssea (40% da massa óssea adulta é obtida nesse
período). As necessidades nesse período são maiores que
em qualquer outra fase da vida, devido ao desenvolvimento
muscular, esquelético e endócrino. A recomendação para ambos
os sexos é de 1300 mg/dia (VITOLO, 2008).
Vitamina A
Importante para crescimento, diferenciação e proliferação
celular, reprodução e integridade do sistema imunológico.
Os valores recomendados são de 600 µg/dia para meninos e
Zinco
Relacionado à regeneração óssea e muscular, ao
desenvolvimento ponderal e à maturação sexual. As
recomendações são de 8 a 11 mg/dia para ambos os sexos (SBP,
2012).
Importante!
A tabela completa das DRI está disponível para download no
site: <https://www.nal.usda.gov/fnic/dietary-reference-intakes>.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Com relação aos determinantes do comportamento alimentar da infância,
tem-se que:
a) Com relação aos hábitos alimentares, o aspecto de maior influência
ambiental para a criança é a escola.
b) Os pais devem fazer intervenções para melhorar a alimentação das
crianças.
c) As crianças adoram experimentar alimentos novos, o que deve ser
observado em uma atividade de educação nutricional.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as Questões
Autoavaliativas propostas:
1) b.
2) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade apresentou aspectos importantes envolvidos
no desenvolvimento de crianças e adolescentes no que diz
respeito à fisiologia e às necessidades nutricionais. Conhecer
todos esses aspectos é fundamental na formação do nutricionista,
pois é através desse conhecimento que o acompanhamento e
o aconselhamento nutricional poderão ser desenvolvidos de
forma ampla, garantindo-se todos os nutrientes necessários em
fases importantes no desenvolvimento biológico.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 2 Estatura por idade − meninos. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/
docs/portaldab/documentos/graficos_oms/peso_por_estatura_meninos_escores.
pdf>. Acesso em: 29 jun. 2019.
Figura 3 Estatura por idade − meninas. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/
docs/portaldab/documentos/graficos_oms/peso_por_estatura_meninas_escores.
pdf>. Acesso em: 29 jun. 2019.
Figura 4 Estágios de desenvolvimento feminino segundo Tanner. Disponível em:
<http://adolesc.com.br/crescimento-e-desenvolvimento-fisico-na-adolescencia/>.
Acesso em: 29 jun. 2019.
Figura 5 Estágios de desenvolvimento masculino segundo Tanner. Disponível em:
<http://adolesc.com.br/crescimento-e-desenvolvimento-fisico-na-adolescencia/>.
Acesso em: 29 jun. 2019.
Figura 6 Curva OMS IMC por idade para meninas. Disponível em: <http://www.who.
int/growthref/cht_bmifa_girls_perc_5_19years.pdf?ua=1%C2%A0>. Acesso em: 29
jun. 2019.
Figura 7 Curva OMS IMC por idade para meninos. Disponível em: <http://www.who.
int/growthref/cht_bmifa_boys_perc_5_19years.pdf?ua=1>. Acesso em: 29 jun. 2019.
Sites pesquisados
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças
menores de dois anos: um guia para o profissional da saúde na atenção básica. 2. ed.
Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: <http://www.redeblh.fiocruz.br/
media/10palimsa_guia13.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2019.
SBP − SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento de Nutrologia. Manual
de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do
adolescente e na escola. 3. ed. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Pediatria, 2012.
Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/pdfs/14617a-
PDManualNutrologia-Alimentacao.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2019.
USDA − UNITED STATES DEPARTAMENT OF AGRICULTURE. Dietary reference intakes.
Disponível em: <https://www.nal.usda.gov/fnic/dietary-reference-intakes>. Acesso
em: 29 jun. 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACCIOLY, E. Nutrição em obstetrícia e pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dez passos para a alimentação saudável: guia alimentar
para crianças menores de 2 anos. Álbum seriado. 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2004.
EUCLYDES, M. P. Nutrição do lactente: base científica para uma alimentação saudável.
2. ed. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2014.
INSTITUTE OF MEDICINE. Dietary reference intakes for calcium, phosphorus,
magnesium, vitamin D, and fluoride. Washington (DC): National Academy Press, 1997
INSTITUTE OF MEDICINE. Dietary reference intakes for vitamin A, vitamin K, arsenic,
boron, chromium, copper, iodine, iron, manganese, molybdenum, nickel, silicon,
vanadium, and zinc. Washington (DC): National Academy Press, 2002.
INSTITUTE OF MEDICINE. Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat,
fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids. Washington (DC): National Academy
Press, 2005
FRISANCHO, A. R. Anthropometric Standards for the Assessment of Growth and
Nutritional Status. Ann Arbor, Michigan: University of Michigan Press, 1990.
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.
WEFFORT, V. R. S.; LAMOUNIER, J. A. Nutrição em pediatria. São Paulo: Manole, 2009.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Physical Status: the use and interpretation of
anthropometry. Genebra, Suíça: WHO, 1995.
Objetivos
• Compreender os aspectos fisiológicos da fase adulta.
• Relacionar as condições fisiológicas do adulto com suas necessidades
nutricionais.
Conteúdos
• Aspectos fisiológicos do adulto.
• Recomendações nutricionais para o adulto.
91
UNIDADE 3 – FISIOLOGIA E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NA FASE ADULTA
1. INTRODUÇÃO
O Brasil e diversos países da América Latina experimen-
taram, nas últimas décadas, uma rápida transição demográfica,
epidemiológica e nutricional. A transição demográfica está re-
lacionada às mudanças nos níveis de fecundidade, natalidade e
mortalidade, que afetam o ritmo de crescimento populacional.
No caso do Brasil, nos últimos anos presenciamos uma queda na
mortalidade, principalmente infantil, o que culminou no aumen-
to da população adulta (tema desta unidade de estudo). Além
disso, melhoras nas condições de vida, associadas com avanços
na área médica, proporcionaram um aumento da expectativa de
vida, gerando aumento da população idosa (tema da nossa pró-
xima unidade de estudo) (VASCONCELOS E GOMES, 2012).
Ao mesmo tempo, ocorriam mudanças nos padrões
de morbimortalidade dessas populações, o que caracteriza
a transição epidemiológica. Isso quer dizer que as pessoas
continuam morrendo, porém as causas vão se alterando ao longo
dos anos (por exemplo, já tivemos na história da humanidade
mortes por pragas e epidemias, guerras, fomes, entre outras
causas). Pode-se dizer que, na atualidade, as doenças crônicas
não transmissíveis figuram entre as principais causas de morte
em todo o mundo.
Diante dessas mudanças, nos deparamos com um terceiro
modelo de transição, a nutricional, que, segundo a Organização
Pan Americana de Saúde (OPAS), refere-se a mudanças seculares
nos padrões de nutrição, dadas as modificações da ingestão
alimentar, como consequência de transformações econômicas,
sociais, demográficas e sanitárias. Análises a partir de inquéritos
nacionais das décadas de 1970, 1980, 1990, 2000 e nos anos
mais recentes apontam que o Brasil apresentou uma queda
Avaliação Nutricional
Tem como objetivo identificar distúrbios nutricionais,
possibilitando, assim, uma intervenção adequada, que
proporcione a manutenção ou recuperação da saúde (CUPPARI,
2005). Para isso, temos disponíveis várias ferramentas, entre
elas: parâmetros antropométricos e bioquímicos, avaliação de
consumo alimentar e exame físico. Para uma avaliação mais
precisa, recomenda-se a associação entre esses parâmetros.
Antropometria
Para essa avaliação, são realizadas as seguintes aferições:
• Peso.
• Altura.
• Circunferências (abdominal, braço, panturrilha e
quadril).
• Pregas cutâneas (tricipital, bicipital, suprailíaca e
subescapular).
Com a associação dessas medidas, é possível avaliar
diversos indicadores de estado nutricional. O mais simples deles
é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), calculado através
da fórmula:
IMC = Peso (kg)
Altura2 (m)
Os pontos de corte para avaliação da população adulta
encontram-se descritos no quadro a seguir:
Parâmetros bioquímicos
A interpretação de marcadores bioquímicos é de extrema
importância na avaliação nutricional, pois evidenciam alterações
bioquímicas de forma precoce, muitas vezes antes mesmo de
aparecerem sintomas. Porém, assim como os demais parâmetros,
não deve ser avaliada de forma isolada.
Consumo alimentar
Existem diversos métodos para avaliar o consumo
alimentar, dentre eles:
• Recordatório de 24 horas: o investigador pergunta ao
paciente todos os alimentos e as bebidas ingeridos por
ele no dia anterior. É de fácil execução, baixo custo,
porém possui algumas limitações, como a dependência
da memória do paciente, a não oferta precisa das
quantidades e a não diferenciação da rotina alimentar
nos diferentes dias da semana.
• Questionário de frequência alimentar: baseado numa
lista de alimentos, o paciente registra ou descreve seu
consumo usual e sua frequência de consumo por dia,
semana, mês ou ano. É uma ferramenta que fornece
dados qualitativos, não quantitativos.
• Registro alimentar: produzido pelo próprio paciente,
que registra tudo o que consome (alimento e quantidade)
durante três dias da semana (normalmente, um deles
Exame físico
Método clínico para detectar sinais e sintomas relacionados
com desnutrição. Alguns dos sinais clínicos utilizados estão
descritos no Quadro 3:
Recomendações Nutricionais
Os principais objetivos nutricionais para essa fase são:
• Garantir que o indivíduo sadio ingira alimentos que
satisfaçam suas necessidades fisiológicas normais.
• Conservação dos processos fisiológicos.
• Evitar deficiência de nutrientes.
• Prevenção dos problemas de saúde.
Energia
O valor do requerimento energético estimado (EER) pode
ser calculado de acordo com as fórmulas a seguir (IOM, 2002).
Proteína
No quadro a seguir, é possível observar as recomendações
diárias de quantidade de proteína na dieta segundo FAO/ OMS,
FBN/ NRC e SBAN, respectivamente:
Vitaminas e minerais
São essenciais para os processos normais de crescimento e
desenvolvimento, além de importantes na prevenção de doenças
infecciosas e crônicas (SCOTT-STUMP, 2011).
No quadro a seguir, são apresentadas as vitaminas e suas
funções orgânicas, bem como suas recomendações diárias
segundo a DRI (2000).
50 a 70 anos: 8 mg/d.
Homens:
19 a 30 anos: 400 mg/d.
Cofator enzimático; presente
em ossos, dentes, músculos, 31 a 70 anos: 420 mg/d.
Magnésio
tecidos moles e fluidos Mulheres:
corpóreos.
19 a 30 anos: 310 mg/d.
31 a 70 anos: 320 mg/d.
Homens e mulheres:
Fósforo Formação de ossos e dentes.
700 mg/d.
Importante!
Para conhecer as demais recomendações, consulte as tabelas
de recomendações das DRIs, já utilizadas nas unidades
anteriores.
Importante!
Para maiores informações sobre o Guia Alimentar para a
População Brasileira, acesse o link: <http://bvsms.saude.gov.
br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.
pdf>.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, assinale a
alternativa que contempla os atributos básicos para que se tenha uma
alimentação saudável.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as Questões
Autoavaliativas propostas:
1) a.
2) d.
5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade apresentou alguns aspectos básicos sobre
a fisiologia humana, com destaque para o crescimento das
doenças crônicas não transmissíveis na fase adulta. Além disso,
foram abordados alguns aspectos da avaliação antropométrica
(assunto que será abordado mais profundamente no decorrer
do curso) e das recomendações nutricionais nessa fase da vida.
O tema é amplo e, portanto, o ideal é que você complemente
seus estudos por meio das referências bibliográficas citadas e das
sugestões de leitura feitas no decorrer da unidade e no Conteúdo
Digital Integrador.
Como continuação do assunto, a próxima e última unidade
tratará das alterações fisiológicas no envelhecimento e das
recomendações nutricionais para os indivíduos nessa fase da
vida.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de Figuras
Figura 1 Exemplos de alimentos in natura ou minimamente processados. Disponível
em: <http://ecos-redenutri.bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=1871>. Acesso em:
1 jul. 2019
Figura 2 Exemplos de ingredientes culinários. Disponível em: <http://ecos-redenutri.
bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=1871>. Acesso em: 1 jul. 2019
Figura 3 Exemplos de alimentos processados. Disponível em: <http://ecos-redenutri.
bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=1871>. Acesso em: 1 jul. 2019
Figura 4 Exemplos de alimentos ultraprocessados. Disponível em: <http://ecos-
redenutri.bvs.br/tiki-read_article.php?articleId=1871>. Acesso em: 1 jul. 2019
Sites pesquisados
BRASIL. Ministério da Sáude. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde,
2014. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_
populacao_brasileira_2ed.pdf>. Acesso em: 1 jul. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Sobre a vigilância nas DCNT. 2019. Disponível em:
<http://portalms.saude.gov.br/noticias/43036-sobre-a-vigilancia-de-dcnt>. Acesso
em: 1 jul. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2016. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
Disponível em: <http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2017/abril/17/
Vigitel_17-4-17-final.pdf>. Acesso em: 1 jul. 2019.
OPAS − ORGANIZACIÓN PANAMERICANA DE LA SALUD. La obesidad en la
pobreza: un nuevo reto para la salud publica, Washington, D. C.: OPS, 2000.
n. 576. Acesso em: <https://www.paho.org/ecu/index.php?option=com_
docman&view=download&category_slug=documentos-2013&alias=439-la-obesidad-
en-la-pobreza-esp&Itemid=599>. Acesso em: 1 jul. 2019.
VASCONCELOS, A. M. N.; GOMES, M. M. F. Transição demográfica: a experiência
brasileira. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 21, n. 4, p. 539-548, out./dez. 2012.
Disponível em: <http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v21n4/v21n4a03.pdf>. Acesso em: 1
jul. 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CUPPARI, L. Nutrição clínica no adulto. 2. ed. Barueri: Manole, 2005.
SCOTT-STUMP, S. Nutrição relacionda ao diagnóstico e tratamento. 6. ed. Barueri:
Manole, 2011.
STANFIELD, C. L. Fisiologia humana. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013.
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação ao envelhecimento. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.
Objetivos
• Conhecer as alterações fisiológicas inerentes ao processo de
envelhecimento.
• Compreender o impacto dessas alterações na ingestão alimentar.
• Conhecer as necessidades nutricionais dos indivíduos nessa fase da vida.
Conteúdos
• Aspectos fisiológicos do idoso.
• Recomendações nutricionais para o idoso.
117
UNIDADE 4 – FISIOLOGIA E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NO ENVELHECIMENTO
1. INTRODUÇÃO
Desde a segunda metade do século passado, o Brasil
passa por uma fase de transição demográfica, que, em linhas
gerais, significa que o país passou de uma época com altas taxas
de natalidade e mortalidade para uma com baixa natalidade e
mortalidade, que levou a um aumento na expectativa de vida
e, consequentemente, a um envelhecimento populacional. Esse
novo cenário gera grande impacto em diversas áreas, entre elas
as de economia, serviços e saúde (SIMÕES, 2016).
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatísticas (IBGE), em 2012, o Brasil possuía 25,4 milhões de
pessoas acima dos 60 anos. Em 2017, ultrapassou a marca dos
30,3 milhões, o que representa um crescimento de 18% nessa
faixa etária (IBGE, 2018). Segundo projeções da Organização
Mundial de Saúde (OMS), em 2025, o Brasil terá a sexta maior
população de idosos do mundo, com 31,8 milhões de idosos
(OMS, 2005). Na figura a seguir, está representada a distribuição
da população brasileira por sexo e grupos de idades, baseada em
dados de 2017.
Avaliação Nutricional
Diversos aspectos podem interferir na avaliação nutricional
dos idosos, entre eles as alterações fisiológicas e anatômicas
inerentes à própria idade, alterações de composição corporal,
presença de doenças e interação entre fármacos e nutrientes
(VITOLO, 2008).
Alterações na cavidade oral (ausência ou amolecimento
dos dentes; próteses mal adaptadas; gengivas machucadas
e xerostomia), alterações na deglutição (disfagia), entre
outras, são algumas das alterações que estão associadas ao
comprometimento do estado nutricional do idoso.
Antropometria
Para essa avaliação, são realizadas as seguintes aferições:
1) Peso (caso a pesagem não seja possível, pode-se
utilizar a fórmula de Chumlea et al. (1985) para estimar
o peso):
Homens:
P = (1,73 x CB) + (0,98 x CP) + (0,37 x DSE) + (1,16 x AJ) – 81,69
Mulheres:
P = (0,98 x CB) + (1,27 x CP) + (0,4 x DSE) + (0,87 x AJ) – 62,35
sendo:
• CB: circunferência do braço (cm).
• CP: circunferência da panturrilha (cm).
• DSE: dobra subescapular (mm).
• AJ: altura do joelho (cm).
< 22 Magreza
22 a 27 Eutrófico
> 27 Sobrepeso
Fonte: adaptado de Lipschitz (1994).
Parâmetros bioquímicos
A interpretação de marcadores bioquímicos é de extrema
importância na avaliação nutricional, pois evidencia alterações
bioquímicas de forma precoce, muitas vezes antes mesmo de
aparecerem sintomas.
Consumo alimentar
É importante que aspectos como queixas (ganho ou
perda de peso), história pregressa (antecedentes pessoais e
familiares), hábitos alimentares, consumo alimentar e questões
especiais (hábitos sociais como tabagismo ou etilismo e uso de
medicamentos) sejam levados em consideração para a realização
de uma anamnese mais completa.
Exame físico
A sistemática utilizada para detectar sinais e sintomas
relacionados com desnutrição em idosos é a mesma utilizada
em adultos, porém alguns sinais de deficiência podem ser
confundidos com alterações decorrentes do processo de
envelhecimento. Merecem atenção especial aspectos como
avaliação da dentição e/ou uso de próteses dentárias; presença
de disfagia; úlceras de pressão e hidratação.
Energia
Para estimativa da TMR, utilizam-se as equações propostas
por Harris-Benedict (1979) ou pela OMS (1985). Em ambos os
casos, é necessário levar em consideração fatores relacionados
à atividade física, lesões e efeitos térmicos para a estimativa do
gasto energético total (SILVA, 2016). O cálculo da necessidade
energética total (NET) é feito pela fórmula:
Harris-Benedict (1919)
Mulheres:
TMR = 655,1 + (9,56 x P) + (1,85 x E) – (4,68 x I)
Homens:
TMR = 66,5 + (13,75 x P) + (5,0 x E) – (6,78 x I)
sendo:
• P: peso (kg).
• E: estatura (cm).
• I: idade (anos).
Proteína
As necessidades proteicas nesse grupo são alvo de muita
investigação. Estudos apontam que um consumo menor que
0,8 g/kg/dia favoreceria o surgimento de sarcopenia. Tal fato
elevaria a recomendação diária de proteína, porém a presença
de problemas renais (muito comuns nessa fase) contraindicam
esse aumento. Por isso, as condutas devem ser avaliadas de
forma individual (SILVA, 2016).
Vitaminas e minerais
No quadro a seguir, são apresentadas as vitaminas e suas
funções orgânicas, bem como suas recomendações diárias.
Prevenção de anemia
Homens e mulheres:
perniciosa; prevenção de
Vitamina B12
hipocloridria e da redução
2,4 mcg/d.
do fator intrínseco.
Homens: 90 mg/d.
Antioxidante; auxiliar na
Vitamina C
absorção de ferro.
Mulheres: 75 mg/d.
Fonte: adaptado de Silva (2016) e Vitolo (2008).
Homens e mulheres:
Participação no
desenvolvimento ósseo
Cálcio 19 a 50 anos: 1000 mg/d.
e na preservação óssea;
evitar a osteoporose.
50 a 70 anos: 1200 mg/d.
Homens:
Participação no
Homens e mulheres:
desenvolvimento ósseo
Fósforo
e na preservação óssea;
700 mg/d.
evitar a osteoporose.
Homens e mulheres:
Ferro Evita quadro de anemia.
8 mg/d.
Homens: 11 mg/d.
Zinco Antioxidante
Mulheres: 8 mg/d.
Homens e mulheres:
Selênio Antioxidante.
55 mcg/d.
Fonte: adaptado de Silva (2016).
Importante!
Para conhecer as demais recomendações, consulte as tabelas
de recomendações das DRIs, já utilizadas nas unidades
anteriores.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Em relação à nutrição do idoso, podemos afirmar que:
a) A nefropatia geriátrica é resultado da supernutrição lipídica crônica.
b) A função imunológica aumenta com a idade.
c) Os sentidos do paladar, olfato, visão, audição e tato aumentam em
taxas específicas.
d) A proteína corpórea no idoso sadio é inferior à dos adultos jovens.
e) A hipercloridria aumenta a absorção do cálcio e ferro não heme.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as Questões
Autoavaliativas propostas:
1) d.
2) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Com esta unidade, encerramos o nosso estudo da Nutrição:
da Gestação ao Envelhecimento.
Durante nossa caminhada, percorremos todas as fases
do desenvolvimento humano e estudamos as principais
características e os aspectos fisiológicos inerentes a cada fase.
A partir daí, foi possível relacionar esses aspectos com o estado
nutricional do indivíduo e propor, respeitando as individualidades,
as melhores estratégias nutricionais, que promovem o pleno
desenvolvimento e a preservação da saúde e da qualidade de
vida.
Não se limite aos conteúdos aqui estudados. Lembre-
se de que a Nutrição é uma ciência dinâmica, que passa
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Distribuição da população por sexo e grupo idade – 2017. Disponível em:
<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/
noticias/20980-numero-de-idosos-cresce-18-em-5-anos-e-ultrapassa-30-milhoes-
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