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NUTRIENTES
METABOLISMO DOS
NUTRIENTES
Batatais
Claretiano
2018
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
612.39 M486m
ISBN: 978-85-8377-567-6
CDD 612.39
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Metabolismo dos Nutrientes
Versão: dez./2018
Formato: 15x21 cm
Páginas: 96 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 9
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 12
Conteúdo
Respeitando a missão do Claretiano de valorizar o respeito à pessoa
humana, proporcionando ao futuro Nutricionista o conhecimento dos ciclos
metabólicos, sínteses de nutrientes e patologias relacionadas e regulação para
aplicação na saúde da coletividade e do indivíduo, a disciplina Metabolismo
de Nutrientes contempla os estudos dos conhecimentos da química orgânica,
na formação e metabolismo dos compostos bioquímicos, como lipídeos,
protídeos, carboidratos e micronutrientes; a aplicação dos parâmetros
bioquímicos ao Estado Nutricional relacionando o estudo do gasto energético
em diversas patologias e esporte assim como a produção de radicais livres
suas características e relação com o envelhecimento precoce e doenças
degenerativas.
Bibliografia Básica
CARDOSO, M. A. Nutrição e metabolismo. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes. 3. ed. Barueri: Manole, 2009.
NELSON, D. l.; COX, M. M. Princípios da Bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014.
Bibliografia Complementar
BRINQUES, G. B. Bioquímica humana aplicada à Nutrição. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2014.
BRUICE, P. Y. Química orgânica. 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. 2v.
COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição Básica e metabolismo. Viçosa: UFV, 2008.
DAU, A. P. A. Bioquímica Humana. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. E.; RAYMOND, J. L. Krause – Alimentos, Nutrição e
Dietoterapia. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Conhecer o metabolismo de nutrientes é fundamental
para o aprendizado da ciência da Nutrição, pois é necessário
conhecer a função dos nutrientes, sua interação, absorção e vias
metabólicas utilizadas para catabolizar e anabolizar.
Na Unidade 1, iniciaremos os estudos com informações
básicas sobre a água, como equilíbrio iônico e sua relação com o
pH e os sistemas-tampão.
Na Unidade 2, vamos conhecer os princípios básicos
da Química Orgânica, como ligações e funções associadas
a macronutrientes, carboidratos, proteínas e lipídeos, sua
importância e fontes, abordando também as membranas.
A Unidade 3 versará sobre micronutrientes, vitaminas,
minerais, biodisponibilidade, fontes e doenças associadas à sua
carência e/ou ao seu excesso.
A última unidade é dedicada à abordagem do metabolismo
humano, o que inclui as principais vias metabólicas, suas inter-
relações e aplicação de parâmetros bioquímicos no estado
nutricional, o estudo do gasto energético e a produção de
radicais livres.
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados.
1) Aquaporinas: proteínas presentes nas membranas
celulares que formam poros.
Nutrientes Lipídeos
Água
Micronutrientes
Carboidratos
Reserva de
Regulador Proteínas
energia
solvente
pH Síntese de
hormônios
Reconstrução Catabolismo Energia
Funcionalidade
Anabolismo
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave de Metabolismo dos Nutrientes.
4. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
A. Nutrição e metabolismo. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
CARDOSO, M.
COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de Nutrientes. 3. ed. Barueri: Manole, 2009.
NELSON, D. l.; COX, M. M. Princípios da Bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014.
Objetivos
• Relacionar a composição dos seres vivos e da água.
• Reconhecer os compostos bioquímicos e sua importância nos grupos de
alimentos.
• Avaliar o funcionamento do organismo e as possíveis variações de pH.
• Introduzir os conceitos da Biorgânica em relação ao metabolismo.
Conteúdos
• Água: propriedades físico-químicas, importância e tratamento.
• A importância da água, sua composição e suas propriedades para a vida.
• O pH do sangue, dos alimentos, do organismo e os sistemas-tampão, e sua
importância.
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UNIDADE 1 – ÁGUA, PH E SUA IMPORTÂNCIA NO METABOLISMO
1. INTRODUÇÃO
Esta unidade é dedicada ao estudo da água, do pH e dos
conceitos básicos de Bioquímica.
Iniciamos destacando a importância da água, que é a
substância mais abundante da matéria viva, representando
cerca de 60% a 70% do peso corpóreo dos seres vivos e podendo
variar entre espécies e até mesmo em função da idade, do sexo
e dos estados fisiológicos. Os jovens geralmente têm maior
quantidade de água no corpo do que os adultos – na espécie
humana, a relação é de aproximadamente 70% para jovens e de
60% para idosos.
Na água pura, a quantidade de H+ é igual à de OH-; portanto,
o pH é neutro. Nos seres vivos, o pH é mantido dentro de uma
faixa normal, mesmo sofrendo adição de ácidos ou bases, por
meio do sistema-tampão.
Considerando esses fatores, o conhecimento das
propriedades específicas da água como meio de transporte e
troca de nutrientes é importante para o estudo do metabolismo,
assim como do equilíbrio do pH.
Em água pura:
Kw = [H+] = [OH-]
Soluções ácidas
O aumento da quantidade de hidrogênio, com o
deslocamento para a esquerda, é um processo que consome OH-
e, portanto, a solução torna-se ácida (NELSON; COX, 2014).
Soluções básicas
Nas soluções básicas, ocorre aumento de OH- e o
deslocamento para a direita:
• Água pura: pH = 7; pOH = 7.
• Soluções ácidas: pH < 7; pOH > 7.
• Soluções básicas: pH > 7; pOH < 7.
• Pode se observar na Figura 3 a escala de pH.
Grande parte das reações que ocorrem no organismo
apresentam pH = 7; porém, algumas reações, como a quebra
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) A água constitui cerca de 60% a 70% do peso corpóreo dos organismos vi-
vos. Em um mesmo indivíduo na mesma etapa de desenvolvimento, o teor
de água pode variar de tecido para tecido. Essa substância tão comum é
muito especial para a vida por possuir as seguintes características:
a) Calor específico muito alto, tensão superficial grande e alto poder de
dissolução.
b) Atua no equilíbrio da temperatura dentro da célula, impedindo mu-
danças bruscas de temperatura que afetam o metabolismo celular.
c) As moléculas com cargas aderem-se fortemente às moléculas de
água, o que permite a manutenção e a estabilidade coloidal (água +
proteínas).
d) É um solvente universal, pois todas as reações químicas celulares ocor-
rem em solução.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) e.
2) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade apresentou alguns aspectos básicos sobre
a água, sua relação com a vida e as propriedades peculiares
relacionadas a sua estrutura molecular, que estabelecem sua
capacidade de dissolver a maioria dos compostos bioquímicos,
tornando-se, dessa forma, um solvente universal dentro dos
sistemas biológicos imprescindíveis à vida.
Também foram abordadas a concentração hidrogeniônica
e hidroxiliônica e sua relação com os processos metabólicos e
sistemas biológicos regulatórios.
O ideal é que você complemente seus estudos por meio
das referências bibliográficas citadas e das sugestões de leitura
e de vídeos feitas no decorrer da unidade e no Conteúdo Digital
Integrador. Dando continuidade ao tema, a próxima unidade
tratará dos compostos orgânicos e bioquímicos.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Estrutura da molécula de água. Disponível em: <http://brasilescola.uol.
com.br/quimica/relacao-entre-polaridade-solubilidade-das-substancias.
htm>. Acesso em: 2 abr. 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FONSECA, M. R. M. Quimica volume 3. São Paulo: ed. FTD, 2007.
NELSON, D. l.; COX, M. M. Princípios da Bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014.
Objetivos
• Conhecer os princípios básicos da Química Orgânica.
• Compreender a importância das principais funções orgânicas.
• Relacionar os compostos bioquímicos e sua importância nutricional.
Conteúdos
• Ligações químicas.
• Funções da Química Orgânica.
• Macronutrientes: importância e fontes.
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© METABOLISMO DOS NUTRIENTES
UNIDADE 2 – QUÍMICA DO CARBONO E COMPOSTOS BIOQUÍMICOS
1. INTRODUÇÃO
A Química Orgânica é a parte da Química que estuda o
carbono e os compostos deste elemento, os tipos de ligações, os
tipos de cadeia e a fórmula estrutural em que os compostos se
organizam. Conhecer seus princípios básicos é muito importante,
porque a forma estrutural e a composição têm papel relevante
no metabolismo e nas funções biológicas.
O estudo dos compostos bioquímicos é indispensável no
estudo do metabolismo de nutrientes devido à diversidade de
compostos presentes neles e às reações enzimáticas necessárias
para a sua assimilação.
Os macronutrientes são reduzidos em frações menores
para que ocorra o processo de absorção, tornando-se necessário
conhecer todos os monômeros que os compõem e suas
interações metabólicas.
Hidrocarbonetos
São compostos químicos formados apenas por carbono e
hidrogênio, destacando-se os alcanos de cadeia aberta e saturada
(apresentam apenas ligações simples entre carbonos e por isso
são saturados); os alcenos de cadeia aberta, que possuem uma
ligação dupla entre os átomos de carbono (insaturados); os
alcadienos de cadeia aberta, que possuem duas ligações duplas
entre carbonos; os alcinos de cadeia aberta, que possuem uma
ligação tripla entre carbonos e os ciclanos de cadeia fechada,
que possuem apenas ligações simples entre os carbonos.
Pode-se observar, nas Figuras 2 e 3, como é montada a
nomenclatura dos compostos – o número de carbonos é o prefixo,
a presença ou não de insaturações é o infixo e a terminação é a
função a que pertence (BRUICE,2006).
Aromáticos
Os compostos aromáticos apresentam na molécula pelo
menos um anel de benzeno, como representado na Figura 4
(BRUICE, 2006).
Álcoois
Os álcoois apresentam na molécula uma ou mais hidroxilas,
podendo ser classificados como monoálcool ou poliálcool,
conforme Figura 5 (BRUICE,2006).
Aldeídos
Os aldeídos são compostos bastante reativos, alguns
possuem cheiro forte e os que têm cadeia longa apresentam
aroma agradável e são constituintes de diversas essências, como
a de amêndoa e a vanilina.
A nomenclatura oficial é definida pela terminação “-al”, e o
grupo funcional que os caracteriza está representado no Quadro 2.
Quadro 2 Nomenclatura do aldeído.
FÓRMULA
FUNÇÃO TERMINAÇÃO EXEMPLO
GERAL
Aldeído RC=O ...aL metanal
Fonte: adaptado de Fonseca (2007).
Cetonas
As cetonas possuem cheiro agradável e são constituintes
de óleos essenciais encontrados em flores, frutas e sementes
vegetais. A nomenclatura oficial é caracterizada pela terminação
“-ona”, representada no Quadro 3 (BRUICE, 2006).
Ácido carboxílico
Os ácidos carboxílicos são compostos importantes no estudo
do metabolismo, pois eles atribuem características nutricionais
diferenciadas aos lipídeos, dependendo do tamanho da cadeia,
posição e quantidade de duplas ligações, são compostos que
apresentam uma ou duas carboxilas.
A nomenclatura oficial utiliza a terminação “-oico”
representada no Quadro 4 – por exemplo: “benzoico”, “etanoico”,
“hexanodioico” (BRUICE, 2006).
Ácido Ácido
R-COOH Ácido ...oico
carboxílico Metanoico
Fonte: adaptado de Bruice (2006).
Ésteres
São obtidos pela reação entre um ácido carboxílico e um
álcool, possuem aroma agradável e são utilizados na fabricação
de doces, balas, refrescos e perfumes.
A nomenclatura é composta pelo nome do ácido de origem,
conforme representado no Quadro 5.
Substitui-se a terminação “-oico” por “-ato”, seguida
do radical ligado ao oxigênio. Exemplo: essência de morango
(butanoato de etila), essência de laranja (etanoato de n-octila),
essência de abacaxi (hexanoato de etila).
Metanoato
Ésteres R-COO-R ...ato de ...
de metila
Fonte: adaptado de Fonseca (2007).
Aminas
As aminas são formadas pela substituição dos hidrogênios
do NH3 por radicais orgânicos, como demonstrado no Quadro
6. Na indústria de alimentos, são utilizadas na fabricação de
corantes. Para dar nome a uma amina, considera-se uma cadeia
de hidrocarbonetos ligada a um radical amino (grupo-NH3)
(BRUICE, 2006).
Carboidratos
São chamados carboidratos os compostos de função
mista poliálcool–aldeído ou poliálcool–cetona ou os compostos
que, ao sofrerem hidrólise, formam um composto com essas
características.
Constituindo a principal fonte de energia utilizada pelos
seres vivos (produção de ATP), fonte primária de combustível
produzido pelas plantas por meio da fotossíntese, a glicose é a
base para a síntese de formas mais complexas de carboidratos e
de energia para a vida vegetal e animal.
Carboidratos fornecem de 50% a 60% das calorias totais
diárias da dieta dos indivíduos, além de representar um papel
importante na manutenção da integridade do trato digestório
(por meio de alimentos ricos em fibras) e no fornecimento de
energia para o cérebro e o sistema nervoso. Cada grama de
carboidrato fornece 4 kcal.
São compostos orgânicos formados por moléculas de
carbono, hidrogênio e oxigênio, com exceção dos oligossacarídeos,
polissacarídeos e álcoois do açúcar (sorbitol, manitol, maltitol,
galactitol e lactitol). Possuem razão molecular C:H:O de 1:2:3.
A classificação dos carboidratos se dá conforme a
capacidade de serem hidrolisados. Carboidratos simples incluem
monossacarídeos (glicose, galactose e frutose), dissacarídeos
(maltose, sacarose e lactose) e oligossacarídeos (rafinose e
estaquiose), e os complexos incluem os polissacarídeos (amido,
glicogênio, pectinas, celuloses e gomas).
Monossacarídeos
Os monossacarídeos possuem estrutura química mais
simples e podem ser subdivididos conforme o número de átomos
de carbonos, como a glicose (aldose) e a frutose (cetose), que
são compostas por uma única ose.
Dissacarídeos
Os dissacarídeos são carboidratos constituídos por duas
moléculas de monossacarídeos. Os mais comuns são a sacarose,
a lactose e a maltose.
Cana-de-açúcar,
Sacarose Glicose + Frutose
beterraba açucareira
Polissacarídeos
Os polissacarídeos constituem uma eficiente forma
de estocagem de energia pelas plantas. São formados por
monossacarídeos de, geralmente, 10 a 10.000 unidades e sua
fórmula geral é (C6H10O5)n.
O amido é uma reserva vegetal de glicídeos, presente nas
sementes, nas raízes e nos tubérculos. É formado pela união
de glicoses, possui amilose em sua estrutura não ramificada e
amilopectina na estrutura ramificada.
A celulose, também conhecidas como fibras alimentares,
constitui a estrutura das plantas e está presente no caule, nas
folhas e na cobertura externa das sementes. Não sofre ação das
enzimas digestivas humanas; com isso, fornece massa necessária
para uma ação peristáltica eficiente e não confere valor calórico
aos alimentos.
2.4. PROTEÍNA
Quadro 8 Aminoácidos.
PRECURSORES
NÃO DOS
ESSENCIAIS SEMIESSENCIAIS
ESSENCIAIS AMINOÁCIDOS
SEMIESSENCIAIS
Glutamina/
Ácido
Histidina Arginina glutamato,
aspártico
aspartato
Isoleucina Asparagina Cisteína Metionina, serina
Ácido Ácido glutâmico/
Lisina Glutamina
Glutâmico amônia
Leucina Serina Glicina Serina, colina
Triptofano Prolina Glutamato
Metionina
Fenilalanina
Valina
Fonte: adaptado de Cozzolino (2009).
Hidrogenação catalítica
O processo de hidrogenação consiste em modificar o óleo
vegetal por meio de reação com o hidrogênio. É realizado pela
Membranas
As membranas possuem um arranjo de proteínas e
lipídeos específicos, variando de acordo com o tipo e a função
biológica. As células têm mecanismos que controlam os tipos
e as quantidades de lipídeos que elas sintetizam. Membranas
plasmáticas são ricas em colesterol, membranas mitocondriais
contêm muito pouco colesterol, mas contêm fosfatidiglicerol.
Quanto à composição proteica, esta reflete uma
especialização funcional. Por exemplo, na glicoproteína da
membrana plasmática do eritrócito, 60% de sua massa é
formada por oligassacarídeos complexos. Algumas proteínas
de membranas são covalentes e ligadas a um ou mais lipídeos,
3.1. CARBOIDRATOS
3.2. PROTEÍNAS
3.3. LIPÍDEOS
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder as questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) (UFS/2008) As proteínas são substâncias que estão presentes em todos
os seres vivos. As proteínas são formadas por unidades menores,
denominadas:
a) ácidos nucleicos.
b) aminoácidos.
c) monossacarídeos.
d) enzimas.
e) ligações peptídicas.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) b.
2) e.
5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade apresentou alguns aspectos básicos
envolvendo Química Orgânica e Bioquímica, com destaque aos
compostos químicos e bioquímicos necessários para o estudo
das ciências nutricionais. O tema é extremamente amplo e,
portanto, o ideal é que você complemente seus estudos por meio
das referências bibliográficas citadas e das sugestões de leitura
feitas no decorrer da unidade e dos vídeos indicados no Conteúdo
Digital Integrador. Como continuação do assunto, a próxima
unidade tratará dos micronutrientes e da biodisponibilidade de
nutrientes.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Tipos de ligações do carbono. Disponível em: <https://image.slidesharecdn.
com/265-131022125050-phpapp02/95/265-5-638.jpg?cb=1382446315>. Acesso em:
23 abr. 2018.
Figura 2 Nomenclatura e forma estrutural de hidrocarbonetos. Disponível em: <http://
www.antoniolima.web.br.com/arquivos/hidrocarboneto.htm>. Acesso em: 5 abr.
2018.
Figura 3 Fórmula estrutural de hidrocarbonetos. Disponível em: <https://educacao.uol.
com.br/disciplinas/quimica/compostos-organicos-formulas-estruturais-e-principais-
classes.htm>. Acesso em: 5 abr. 2018.
Figura 4 Compostos aromáticos. Disponível em: <http://www.oocities.org/vienna/
choir/9201/aromaticos.htm>. Acesso em: 5 abr. 2018.
Figura 5 Classificação de álcoois. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.
br/quimica/alcoois.htm>. Acesso em: 5 abr. 2018.
Figura 6 Exemplos de álcoois. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/
nomenclatura-oficial-dos-alcoois.htm>. Acesso em: 5 abr. 2018.
Figura 7 Fórmula estrutural da glicose e da frutose. Disponível
em: <http://www.klickeducacao.com.br/simulados/simulados_
mostra/0,7562,POR-13051-47-828-2006,00.html>. Acesso em: 5 abr. 2018.
Figura 9 Estrutura da molécula de triglicerídeo. Disponível em: <http://
quimicafisiologicaufrrj.blogspot.com.br/2017/04/digestao-e-absorcao-dos-lipidios.
html>. Acesso em: 5 abr. 2018.
Figura 10 Fórmula estrutural Cis/Trans. Disponível em: <http://bioquimicadocolesterol.
blogspot.com.br/2010/07/gordura-trans.html>. Acesso em: 5 abr. 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRUICE, P. Y. Química orgânica. 4. ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2006. v. 1.
COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes. 3. ed. Barueri: Manole, 2009.
FONSECA, M. R.M. Quimica volume 3 .São Paulo: FTD, 2007.
Objetivos
• Compreender a importância das vitaminas hidrossolúveis.
• Evidenciar as funções e as necessidades das vitaminas lipossolúveis.
• Identificar as fontes e as funções dos minerais.
• Estabelecer a proporção de substâncias ativas, de acordo com a
biodisponibilidade.
Conteúdos
• Vitaminas hidrossolúveis.
• Vitaminas lipossolúveis.
• Minerais.
• Biodisponibilidade.
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© METABOLISMO DOS NUTRIENTES
UNIDADE 3 – VITAMINAS, MINERAIS E BIODISPONIBILIDADE
1. INTRODUÇÃO
O conhecimento da composição dos alimentos é de
extrema importância para estabelecer sua ligação com uma
alimentação equilibrada.
As ciências nutricionais, por meio do estudo da composição
química dos alimentos, identificou sua importância e as
necessidades que temos deles.
Aprender os conceitos e as fontes das vitaminas e
minerais, assim como sua biodisponibilidade, é indispensável
para estabelecer a proporção de uma substância ativa e
absorvida pelo organismo, garantindo seu aproveitamento e
suas concentrações.
O estudo da biodisponibilidade de nutrientes determina
quantitativamente o seu papel metabólico para suprir as
funções fisiológicas, indicando, então a quantidade que deve
ser ingerida. Portanto, devem ser considerados a relação e os
hábitos alimentares dos indivíduos.
A determinação da biodisponibilidade vai ao encontro da
prevenção dos estados de desnutrição e de doenças relacionadas.
A biodisponibilidade é definida pela sua acessibilidade aos
processos metabólicos e fisiológicos normais. Com isso, deve-se
considerar a toxidade da ingestão em excesso.
Existem interações entre nutrientes, o que pode causar
desequilíbrio e interferir na excreção, no transporte ou
no acúmulo de um determinado composto. Então, faz-se
necessário entender os processos de absorção e acúmulo de
micronutrientes.
Vitamina C
Também conhecida como ácido ascórbico, está presente
em frutas cítricas, frutas silvestres e na maior parte dos vegetais.
A vitamina C ficou em evidência porque sua deficiência pode
causar a doença escorbuto.
No processo de cocção dos alimentos, ocorrem grandes
perdas de vitamina C. Portanto, alimentos ingeridos crus têm
maior disponibilidade dessa vitamina, e a estocagem também
reduz os níveis desta.
Atualmente, evidencia-se sua importância também pelo
seu potencial antioxidante. Está envolvida na biossíntese do
colágeno, da carnitina e de outras funções enzimáticas.
A vitamina C também está ligada à conversão de colesterol
em ácidos biliares. É a primeira linha de defesa do organismo
contra agentes oxidantes e atua também no metabolismo do
ferro.
Vitamina B1
Também conhecida como tiamina, sua ingestão previne
a doença beribéri. Está presente em vários alimentos, tanto
de origem animal como vegetal, tem uma função metabólica
definida como coenzima e sua carência resulta em lesões no
Sistema Nervoso Central.
A absorção ocorre no duodeno e jejuno. Sua assimilação
pode ser prejudicada pelo alcoolismo. Em adultos, a
recomendação dessa vitamina é de 1,2 mg/dia (COZZOLINO,
2009).
Vitamina B2
Também conhecida como riboflavina, está presente em
grandes quantidades no leite e nos ovos. É absorvida no intestino
delgado, sendo essencial para a formação de células vermelhas
do sangue, além de regular as enzimas tireoidianas.
A quantidade mínima recomendada é de 1,3 mg/dia para
adultos.
Sua carência não está relacionada a uma doença, porém
podem ocorrer lesões no canto da boca, lábios, língua, dermatite,
seborreias na pele ao redor da vulva e do ânus (COZZOLINO,
2009).
Vitamina B3
Conhecida como niacina, é comum associar a doença
pelagra à sua deficiência. Suas principais fontes são carne
vermelha, fígado bovino, legumes, leite, ovos, peixes, cereais e
leveduras. A carne vermelha é a sua melhor fonte.
As recomendações diárias para o adulto são de 16 mg/dia
(COZZOLINO, 2009).
Vitamina B6
Apresenta-se na forma de piridoxina, está relacionada à
metabolização de aminoácidos e é um cofator de outras enzimas.
Está presente na maioria dos alimentos, porém as perdas são
altas no processo de cozimento. Em uma dieta mista, pode se
alcançar um índice de 75% de biodisponibilidade.
Sua deficiência pode incluir dermatite, seborreia, anemia,
convulsões e depressão. Os humanos não a metabolizam,
Ácido fólico
Embora ocorra em vários alimentos, sua deficiência é
comum, pois alguns medicamentos podem causar depleção.
Encontra se em alimentos de origem vegetal e animal que
são fontes de folato. A recomendação diária para adultos é de
400 µg/dia e para gestantes, de 600 µg/dia.
Defeito do tubo neural de recém-nascidos foi associado à
baixa ingestão do folato, ou seja, a suplementação na gestação
tem efeito protetor (COZZOLINO, 2009).
Cobalamina
Conhecida como vitamina B12, é encontrada apenas em
alimentos de origem animal, carnes, peixes e ovos. A deficiência
em sua ingestão pode causar várias complicações, como a
anemia perniciosa e/ou sua deficiência na absorção pode causar
a anemia megaloblástica e neuropatias.
Dietas restritas em alimentos de origem animal podem
levar à deficiência dessa vitamina; portanto, a suplementação é
recomendada.
Sua absorção está associada a um fator intrínseco,
requerendo apenas que se apresentem condições normais
no estômago, nas enzimas pancreáticas e no íleo terminal do
intestino delgado.
Biotina
Não é sintetizada pelo organismo humano. A maior fonte
dessa vitamina é o fígado bovino, o leite humano, o de vaca e a
gema do ovo.
Sua deficiência é rara e, quando ocorre, pode causar
dermatite e alopecia. É absorvida no intestino delgado, circula
no sangue, é filtrada e reabsorvida nos rins, está envolvida na
gliconeogênese, na síntese de ácidos graxos e no catabolismo
proteico.
As recomendações para adultos são cerca de 30 mg/dia
(COZZOLINO, 2009).
Ácido pantotênico
Também conhecida como vitamina B5, tem um papel
fundamental na produção de energia, na síntese de ácidos graxos
e na porção funcional da coenzima A.
As principais fontes são cereais integrais, carne de vaca e
de frango, tomate, fígado e vísceras, gema de ovo e brócolis.
Sua deficiência causa problemas neuromotores, fraqueza
muscular, falta de reflexo, depressão, problemas gastrintestinais,
aumento da sensibilidade à insulina, diminuição do colesterol,
tendências de aumento no número de infecções no trato
respiratório.
Sua absorção ocorre na mucosa intestinal. A recomendação
para adultos é de 5 mg/dia (COZZOLINO, 2009).
Colina
A importância da colina refere-se a um dos fatores que
garantem a integridade estrutural das membranas celulares, a
neurotransmissão e o transporte de lipídeos no fígado.
Essa vitamina é indispensável para a biossíntese dos
fosfolipídeos, que compõem a estrutura de membranas. É
encontrada em cerveja, ovos, leite integral e leveduras.
A recomendação para adultos é de 550 mg/dia.
É absorvida ao longo do intestino delgado e sua
biodisponibilidade depende da eficiência do processo
(COZZOLINO, 2009).
Vitamina A
É muito conhecida pela prevenção da cegueira noturna,
pois participa da síntese das proteínas sensíveis à luz na retina,
é indispensável para o crescimento e desenvolvimento celular,
mantém saudável a pele, o cabelo, as unhas, as gengivas,
as glândulas, os ossos, os dentes e atua na prevenção da
carcinogênese.
Pode ser encontrada em alimentos de origem vegetal,
como cenoura, abóbora, laranja e outros vegetais amarelos, que
são fontes de carotenoides e possuem atividade antioxidante.
Vitamina D
É sintetizada na pele por ação dos raios UV-B e, quando o
indivíduo não é exposto à luz, deve ser fornecida. Sua principal
função é a manutenção da concentração de cálcio e fósforo. A
absorção desses minerais no intestino é aumentada na presença
do calcitriol, reduzindo a excreção do cálcio pelo aumento da
reabsorção nos rins e mobilização nos ossos.
O calcitriol é um regulador que age no cérebro, coração,
pâncreas, linfócitos e pele. Alguns estudiosos o consideram
como um pró-hormônio.
Quando a vitamina D é ingerida, sua absorção é maior no
intestino delgado. Quando sintetizada na pele, sua absorção é
direta na circulação sanguínea, pois é formada pela irradiação do
7-deidrocolesterol pelos raios UV-B, gerando um pré-calciferol,
que é a pró-vitamina D3.
Sua deficiência, observada em indivíduos que não ficam
expostos à luz, resulta na fraqueza dos músculos, osteomalácia
e osteoporose. Em crianças, pode resultar em raquitismo e estar
associada à obesidade.
Vitamina E
É um importante antioxidante, capaz de se ligar aos radicais
livres e impedir a peroxidação.
As principais fontes são ovos, óleos vegetais, nozes,
sementes e verduras.
A deficiência é rara nos seres humanos, porque existem
reservas significativas nos tecidos, mas, quando ocorre, os
sintomas são neurológicos, como falta de reflexo e retardo
mental.
A vitamina E é absorvida pelas células intestinais,
principalmente no intestino delgado, por meio de uma secreção
pancreática adequada. Sua recomendação para adultos é de 15
mg/dia (COZZOLINO, 2009).
Vitamina K
Associam-se à vitamina K a coagulação sanguínea e os
processos de síntese de proteína que ocorrem no fígado.
Também é essencial para a formação óssea, porque as
proteínas (Gla) são catalisadas pela vitamina K.
Sua deficiência acarreta prolongamento do tempo de
protrombina, diminuindo a coagulação do sangue. Embora
a osteocalcina também seja prejudicada, o problema da
coagulação sanguínea é o mais grave. O uso de antibióticos de
2.3. MINERAIS
Cálcio
Cerca de 99% do cálcio presente no organismo humano está
nos ossos e dentes e representa de 1% a 2% do peso corporal. O
restante encontra-se distribuído nas células. A formação óssea
depende de concentrações adequadas de cálcio e fósforo, os
osteoblastos mantêm o equilíbrio e constantemente é formado
tecido novo.
Os ossos formam a estrutura dos vertebrados. Além de
servirem como reserva de cálcio, fósforo e sustentação do
Fósforo
É um dos principais componentes das membranas. Sua
concentração no corpo humano é cerca de 0,5%; faz parte do
sistema tampão, auxiliando a manutenção do pH corpóreo.
O grupo fosfato está associado à síntese de energia na
forma de ATP.
A recomendação para adultos é de 700 mg/dia. A absorção
ocorre no intestino delgado, porém cerca de 200 mg são
excretadas no trato gastrointestinal.
Quanto à biodisponibilidade, muitos alimentos a possuem.
Porém, alimentos com alto teor de ácido fítico, como feijão,
ervilha e castanhas, dificilmente são hidrolisados.
O leite humano é relativamente pobre em fosfato, carnes,
aves e peixes contêm de 15 a 20 vezes mais. Fígado e coração
contêm de 25 a 50 vezes mais fosfato que cálcio.
A deficiência desse mineral é rara, porque o conteúdo de
fosfato na dieta está bem acima das recomendações. Porém,
pode ocorrer em indivíduos que fazem uso diário de antiácidos
à base de alumínio e em casos de desnutrição, diabetes e
alcoolismo.
O excesso da ingestão acarreta desajuste do sistema
hormonal, aumento da porosidade de ossos e redução na
absorção de cálcio, causado principalmente pela alta ingestão
de bebidas carbonatadas e aditivos de alimentos (COZZOLINO,
2009).
Magnésio
É um mineral envolvido em muitas funções celulares, pois
é cofator em mais de cem reações enzimáticas. É um modulador
no metabolismo de energia e multiplicação celular.
Sua absorção ocorre no intestino (íleo e cólon) e diminui
com o aumento da ingestão.
As melhores fontes de magnésio são os vegetais verdes
folhosos (por causa da clorofila), legumes, peixes, nozes, cereais
e derivados do leite.
A deficiência de magnésio geralmente está ligada a doenças
renais, e mineralanorexia, náuseas e vômitos. Os sintomas são
letargia e fraqueza e, se essa deficiência for alta, confusão mental.
Também pode ocorrer toxicidade pela alta ingestão desse
mineral. Os sintomas são: sonolência, náuseas, vômitos, dupla
visão, fraqueza, hipotensão e bradicardia.
A recomendação desse mineral para adultos é 420 mg/dia
(COZZOLINO, 2009).
Ferro
A deficiência de ferro é comum e está ligada à anemia
ferropriva. Ela leva a problemas no desenvolvimento mental,
apatia, falta de concentração e capacidade reduzida de realizar
trabalho (BRINQUES, 2014).
As proteínas do grupo heme (hemoglobina, mioglobina e
citocromos, enzimas e proteína de transporte e armazenamento)
representam as funções mais importantes do ferro, pois estão
relacionadas ao transporte de oxigênio, indispensável para a
produção de energia.
Iodo
É reconhecido como micronutriente essencial. Sua
deficiência acomete, segundo a OMS, dois milhões de indivíduos
no planeta. Nos casos mais graves de deficiência, pode ocorrer
retardo mental irreversível, bócio, problemas de reprodução e
mortalidade infantil (COSTA; PELUZIO, 2008).
O iodo é um componente necessário para a síntese de
hormônios da glândula da tireoide, como a tiroxina (T3) e
a triodotironina (T4), resultando na secreção do hormônio
tireotrófico (TSH), indispensável para o crescimento de humanos
e animais. No período de formação fetal, é indispensável para o
desenvolvimento cerebral e a sobrevivência do feto.
Pacientes com hipotireoidismo e bócio eutireoide devem
receber doses adequadas de iodo para reverter o quadro, que
pode aparecer em qualquer fase da vida. Indivíduos com idade
acima de 40 anos podem desenvolver também o hipertireoidismo,
que eleva a temperatura do corpo e provoca perda de peso,
mesmo com uma dieta hipercalórica. Uma das características
dessa doença são os olhos protuberantes.
As fontes de iodo são bem variadas e dependem das
condições ambientais, ou seja, composição do solo, nutrição
animal e vegetal, como também colheita, processamento e
adição.
Para adequação da quantidade de iodo a ser ingerida,
o Brasil incluiu iodo no sal de cozinha. Segundo a OMS, um
3.2. MINERAIS
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) (UFRS) associe os elementos químicos da coluna superior com as funções
orgânicas da coluna inferior.
1 - Magnésio
2 - Potássio
3 - Iodo
4 - Cálcio
5 - Sódio
6 - Ferro
( ) Formação do tecido ósseo
( ) Transporte de oxigênio
( ) Modulador de energia
( ) Equilíbrio de água no corpo
( ) Transmissão de impulso nervoso
A sequência numérica correta de cima para baixo é:
a) 4 – 3 – 1 – 5 – 2.
b) 5 – 6 – 3 – 4 – 1.
c) 4 – 6 –1 – 5 –2.
d) 5 – 4 – 3 – 6 – 1.
e) 6 – 4 –2 – 3 – 1.
2) Alimentos como algas marinhas e frutos do mar são ricos em iodo, ele-
mento essencial para a produção de hormônios na glândula endócrina:
a) Pâncreas.
b) Ovário.
c) Tireoide.
d) Hipófise.
e) Nenhuma das alternativas.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) c.
2) c.
5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade apresentou os principais micronutrientes
e sua biodisponibilidade nos alimentos. No entanto, para
aprofundamento do estudo, é necessário consultar as leituras
indicadas, principalmente a obra de Cozzolino (2009).
A diversidade de micronutrientes não se resume apenas
aos apresentados nesta obral. Portanto, o aluno deve buscar
outras fontes.
A partir do desenvolvimento do conteúdo básico
apresentado, é possível elucidar detalhes sobre os
micronutrientes e as ligações das principais doenças ocasionadas
pela carência de sua ingestão. O conhecimento da composição de
um determinado nutriente é o suficiente para prever o seu efeito
fisiológico e compreendê-lo e, dessa forma, prevenir doenças,
promovendo o bem-estar e a saúde dos indivíduos.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRINQUES, G. B. Bioquímica humana aplicada à Nutrição. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2014.
COSTA, N. M. B.; PELUZIO, M. C. G. Nutrição básica e metabolismo. Viçosa: UFV, 2008.
COZZOLINO, S. M. F. Biodisponibilidade de nutrientes. 3. ed. Barueri: Manole, 2009.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. E.; RAYMOND, J. L. Krause – Alimentos, Nutrição e
Dietoterapia. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
Objetivos
• Entender a importância do metabolismo no estudo da Nutrição.
• Evidenciar a importância dos processos metabólicos para a saúde do
indivíduo.
• Compreender a importância dos nutrientes e de suas interações.
Conteúdos
• Estudo das inter-relações metabólicas.
• Biossíntese dos carboidratos, lipídeos e aminoácidos, catabolismo e
anabolismo.
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© METABOLISMO DOS NUTRIENTES
UNIDADE 4 – METABOLISMO E VIAS METABÓLICAS
1. INTRODUÇÃO
Esta obra reúne os principais tópicos sobre metabolismo
para o ensino da Nutrição. O objetivo deste estudo contempla a
importância dos nutrientes para o desenvolvimento do indivíduo,
a necessidade de uma dieta adequada para os diferentes estados
nutricionais, em várias fases da vida, assim como a produção e a
eliminação de radicais livres e sua associação ao envelhecimento
precoce. O estudo do metabolismo e das vias metabólicas
está ligado à prática das recomendações nutricionais e ao
planejamento de dietas, sendo de relevância reconhecida para
essa atividade.
O estudo das relações energéticas e das reações químicas
envolvidas na obtenção de energia implica uma compreensão
da continuidade da vida no planeta. Afinal, a fotossíntese, a
respiração, a fermentação e a quimiossíntese são primordiais
para a vida.
O metabolismo é o conjunto de reações químicas que
ocorrem em todos os seres vivos, e as vias metabólicas trabalham
anabolizando ou catabolizando nutrientes.
O catabolismo é a quebra de carboidratos, proteínas e
lipídeos, que são transportados para as células do corpo todo para
a produção de energia. Quando em excesso, ocorre formação de
reservas na forma glicogênio ou tecido adiposo.
O anabolismo, ao contrário, consome energia e recompõe
tecido, ou seja, o anabolismo e o catabolismo trabalham de
forma invertida em relação um ao outro.
Via glicolítica
A partir do momento em que a glicose está no sangue,
associada ao receptor estimulado pela insulina, ocorre
translocação através da membrana para o interior da célula e
é assim convertida em energia. Essa via é dividida em 10 fases,
Cadeia respiratória
A cadeia respiratória funciona como complemento ao Ciclo
de Krebs, em que são liberados hidrogênios e pares de elétrons,
sendo a energia liberada e armazenada na forma de ATP. Ocorre
nas cristas mitocondriais, onde os hidrogênios transportados
por FAD e NAD se ligam ao oxigênio, formando água. O total do
balanço energético é de 38 ATP (CARDOSO, 2006).
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) (Udesc, 2009) A glicólise é um processo que compreende dez reações
químicas, cada uma delas com a participação de uma enzima específica.
Assinale a alternativa correta em relação à glicólise anaeróbica.
a) O processo é responsável pela quebra da glicose, transformando-a em
piruvato ou ácido pirúvico.
b) É realizada apenas em células animais e procariontes heterotróficos.
c) Promove a quebra da glicose no interior da mitocôndria.
d) Libera energia na forma de 38 ATPs.
e) Transforma ácido lático em ácido pirúvico.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) a.
2) b.
3) d.
5. CONSIDERAÇÕES
Esta unidade apresentou as principais vias metabólicas,
associando as necessidades nutricionais do indivíduo aos muitos
sistemas enzimáticos que cooperam na obtenção de energia
química. Esses sistemas degradam nutrientes energeticamente
ricos e obtidos do meio ambiente, convertem as moléculas dos
nutrientes em moléculas com características próprias para cada
célula, polimerizam monômeros em macromoléculas, sintetizam
e degradam as biomoléculas necessárias para as funções
celulares.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Via glicolítica. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/6634506/>.
Acesso em: 23 abr. 2018.
Figura 2 Ciclo do ácido cítrico. Disponível em: <https://www.resumoescolar.com.br/
quimica/ciclo-de-krebs>. Acesso em: 16 abr. 2018.
Figura 3 Ciclo da ureia. Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/-4dWrHMATqrI/T-
tWJiRRjzI/AAAAAAAAAYI/UXpPwwvPrBY/w1200-h630-p-k-no-nu/cicloureia.jpg>.
Acesso em: 23 abr. 2018.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARDOSO, M. A. Nutrição e metabolismo. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
MAHAN, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. E.; RAYMOND, J. L. Krause – Alimentos, Nutrição e
Dietoterapia. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014.
NELSON, D. l.; COX, M. M. Princípios da Bioquímica de Lehninger. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2014.