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Bioquímica e
Tecnologia de
Alimentos
NUTRIÇÃO 1
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
Créditos e Copyrights
124f.
CDD 613
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas aqui
publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
Pereira, Camilly Fratelli
A Unimes Virtual terá o direito de utilizar qualquer material publicado neste curso
oriundo da participação dosealunos,
Bioquímica colaboradores,
Tecnologias tutores
de Alimentos. e convidados,
Pereira, em qualquer
Camilly Fratelli.
Santos:
forma Núcleo deem
de expressão, Educação
qualquera meio,
Distância
seja da
ou UNIMES,
não para 2021. p. (Material
fins didáticos.
didático. Curso de Nutrição).
Copyright (c) Unimes Virtual
CDD
Sumário
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Em nossa primeira aula desta disciplina, daremos início com a explicação sobre
a importância da Bioquímica e Tecnologia dos Alimentos, a qual está dividida em duas
partes. Nesta primeira parte, iniciaremos a discussão a partir da apresentação das
definições e o surgimento da Bioquímica dos Alimentos como ciência.
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Espero que tenha gostado desta primeira aula introdutória. Colocamos abaixo,
algumas indicações de site para aprofundar seu conhecimento.
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Para fixar
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migratório da humanidade e das espécies, que em geral levam a uma redução das
variedades alimentares consumidas, o que pode comprometer a garantia da
segurança alimentar e nutricional e a soberania alimentar.
Portanto, o nutricionista que atua na indústria conhece, por meio das ciências
dos alimentos, a necessidade de oferecer ao consumidor um alimento seguro e
adequado à realidade atual, que seja conveniente e prático; porém, é fundamental que
esse mesmo alimento seja saboroso e prazeroso à ocasião de consumo que ele se
destina, evitar os conflitos de interesse e atuar para o processo de mudança do estilo
de vida relacionado aos hábitos alimentares saudáveis.
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Você sabia?
1. As boas práticas (BP) são procedimentos que devem ser adotados por serviços
de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos
alimentos com a legislação sanitária. Todos os locais de produção de alimentos
devem seguir as BP. Não esqueça!
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Quadro 1 - Legislações para a garantia das boas práticas no processamento dos alimentos.
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Atenção estudante
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Caro (a) estudante, para melhor compreensão do conteúdo peço que pegue
um produto que tenha em casa e avalie a rotulagem geral de acordo com a RDC nº
259/2002 e a rotulagem nutricional de acordo com a RDC nº 360/2003 e a RDC nº
429/2020. Até a nossa próxima aula e para qualquer dúvida, use o fórum.
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Importante!!!
A classificação do grau de processamento dos alimentos em quatro grupos foi
descrita no Guia Alimentar da População Brasileira de 2014 e trouxe contribuições
importantíssimas, com destaque de que uma alimentação saudável e as escolhas
alimentares vão além da composição dos alimentos e quantidades, sendo necessária
uma produção de alimentos sustentável, preferencialmente sem o uso de agrotóxicos
e que sugerem mudanças ao sistema alimentar, considerando-se aspectos culturais,
sociais e econômicos.
Em uma nova publicação do Governo do Estado de São Paulo, por meio do
Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), intitulada Indústria de alimentos 2030:
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De acordo com RIBEIRO, JAIME e VENTURA (2017), que descrevem que uma
visão ampliada da alimentação saudável e sustentável envolve saberes e práticas de
diversos atores e campos do conhecimento, que se relacionam com a alimentação e
o sistema alimentar. Assim, é importante compreender não só o que se come, mas
também as formas de produção (modelos de agricultura e pecuária) e de acesso aos
alimentos (políticas de abastecimento e comercialização, em diferentes modalidades)
e os aspectos da comensalidade, ou seja, os modos de comer de indivíduos e
coletividades.
Neste aspecto, algumas medidas têm sido feitas para alcançar a
sustentabilidade, como a Política Nacional de Promoção da Saúde, que elegeu como
temas prioritários a alimentação adequada e saudável, e o desenvolvimento
sustentável, e a Organização das Nações Unidas em 2017, estabeleceu os Objetivos
do Desenvolvimento Sustentável (ODS) para acabar com a pobreza, lutar pela
desigualdade e injustiça e combater as mudanças climáticas.
Portanto, o Guia Alimentar para a População Brasileira propõe a produção
social da saúde na busca pela garantia da promoção da alimentação adequada e
saudável, pois relaciona a promoção da saúde com as dimensões de produção,
acesso/comercialização, processamento e consumo de alimentos na proposta de
aproximação entre produtor e consumidor, por estímulo da aquisição em feiras e
outros mercados institucionais, nas práticas alimentares de base agroecológica, e no
resgate dos saberes tradicionais de produção e processamento de alimentos pela
agricultura familiar, aproximando com os ODS (OLIVEIRA & JAIME, 2016).
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HISTÓRICO
HISTÓRICO A INDÚSTRIA NOVAS
DA CONFLITOS DE
DA DE ALIMENTOS
BIOQUÍMICA INTERESSES E
TECNOLOGIA DOS
BIOQUÍMICA ATUAL E AS ROTULAGEM ALIMENTOS:
E LEGISLAÇÕES IMPACTOS SOBRE A
E COMPETÊNCIAS DOS SEGURANÇA
TECNOLOGIA PERTINENTES
TECNOLOGIA DO ALIMENTOS ALIMENTAR E
DOS NA INDÚSTRIA
DOS NUTRICIONISTA NUTRICIONAL E
ALIMENTOS DE ALIMENTOS SUSTENTABILIDADE
NA INDÚSTRIA
ALIMENTOS I
II
REFERÊNCIAS DA UNIDADE I
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https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs1 /1997/prt0326_30_07_1997.html.
Acesso em: 13 mai. 2021.
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SILVA, P. S. da. Bioquímica dos alimentos. Porto Alegre: Grupo A, 2018. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br /#/books/9788 595026605/. Acesso em:
04 mai. 2021.
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https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiMzFhOTdiZDMtNjAyNy00YWEyLThlNjctMm
RjNDQ2M2I0MmY1IiwidCI6ImI2N2FmMjNmLWMzZjMtNGQzNS04MGM3LWI3MDg1
ZjVlZGQ4MSJ9.
Enzimas: natureza e ação nos alimentos, disponibilizados pela Revista Food
Ingredients Brasil, clique no link para ler: https://revista-
fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060933630001465318851.pdf.
Por hoje, ficaremos por aqui. Em nossa próxima aula, finalizaremos o estudo
das enzimas. Olhe as referências da Unidade para buscar mais informações sobre as
enzimas.
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Nesta segunda parte, vamos estudar a aplicação das enzimas de uma maneira
mais específica. As principais enzimas utilizadas na indústria de alimentos são:
carboidrases, proteases e lipases.
1. Carboidrases
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Hidrólise
(-H2O)
2. Proteases:
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3. Lipases
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Condições de
processamento
Enzimas Aplicações
Temperatura
pH
(ºC)
Origem microbiana
Liquefação de amido, sacarificação,
tratamento de suco, cervejas de
Amilases 4,0-5,0 50-70
baixa caloria, aumento da maciez de
pão e fermentação uniforme
Maturação de queijos,
condicionamento da massa do pão,
Lipases 7,0-10,0 30-60
síntese de aromas, uso em
detergentes
Processamento de polpas,
Enzimas pécticas 2,5-5,0 25-65
clarificação de sucos
Proteases (ácida) Amaciante de carnes, melhoria no 4,5-7,5 20-50
Proteases (neutra) sabor e aroma de queijos, prevenção 7,0-8,0 20-50
Proteases (alcalina) da turbidez pelo frio em cervejas 9,0-11,0 20-50
Origem vegetal
Bromelina (do
Amaciante de carne 4,0-9,0 20-65
abacaxi)
Amaciante de carne, fabricação de
Ficina (do figo) cerveja e como alternativa de coalho 6,5-7,0 25-60
na fabricação de queijos
Amaciante de carne, coagulante de
Papaína (do mamão) 6,0-8,0 20-75
leite
Origem animal
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Renina (de
estômago de Fabricação de queijo 3,5-6,0 40
bezerro)
Fonte: Fellows, 2019 (adaptada).
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A água foi fundamental para o início da vida. E, hoje, três quartos da superfície
do nosso planeta são cobertos por água. Além da água ser abundante na Terra, na
maior parte dos organismos vivos, ela representa aproximadamente 70% da massa.
Em alguns organismos aquáticos, como na água viva, 95% da massa corporal é
composta por água. No corpo humano, excluído o tecido ósseo, a água compõe
aproximadamente 85% da massa corporal.
A água tem uma estrutura atômica simples, formada por dois átomos de
hidrogênio ligados a um átomo de oxigênio, caracterizando a molécula como polar.
Tais interações intermoleculares são denominadas ligações de hidrogênio, que
garantem à água características importantes, que permeiam a base da vida, como nós
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conhecemos e que permite que a água apresente uma tensão superficial, responsável
pelo movimento e fluidez.
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SUBLIMAÇÃO
FUSÃO EVAPORAÇÃO
SOLIDIFICAÇÃO CONDENSAÇÃO
SUBLIMAÇÃO
Substâncias hidrofílicas: são aquelas que possuem afinidade à água, ou seja, são
solúveis, pois se misturam, por meio de ligações iônicas, dipolo-dipolo ou covalentes,
o que resulta em alterações na estrutura e mobilidade da água e na estrutura e
reatividade das substâncias hidrofílicas. Isso também é possível, porque moléculas
hidrofílicas são polares, assim como a água. Alguns exemplos de substâncias
hidrofílicas em alimentos são: sais, carboidratos, proteínas, minerais, vitaminas
hidrossolúveis, entre outros.
Substâncias hidrofóbicas: são aquelas que possuem “aversão à água”, ou seja, que
são insolúveis (não se misturam à água). Normalmente, são substâncias apolares
como os lipídeos. Pegue um copo de água e coloque um pouco de óleo, foi possível
misturar? Acredito que não, porque o óleo é uma substância hidrofóbica.
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Mas, você sabia que a água está presente nos alimentos de diversas formas?
Pois é, ela encontra-se em duas formas principais: água livre e água ligada. Alguns
autores dividem a água encontrada em alimentos em água ligada ou da monocamada,
água parcialmente ligada e água livre.
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1. Água ligada
2. Água livre
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Atenção!!!
Caro(a) estudante, por hoje ficaremos por aqui. Até a nossa próxima aula!
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Na primeira parte da nossa aula sobre o papel da água nos alimentos, vimos
sobre a atividade da água. Nesta segunda parte, iremos discutir sobre as isotermas
de adsorção e histerese dos alimentos, que têm relação também com a atividade de
água.
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Atenção!!!
Para ficar mais fácil, lembre-se:
• ADSORÇÃO, tem o prefixo AD, que vem de adicionar, por isso estuda o
GANHO / ADIÇÃO da água no alimento.
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HISTERESE
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Para isso, vamos relembrar que a água é o solvente fundamental para todos os
seres vivos. Sem ela, o metabolismo dos microrganismos fica inativo, ou seja, não
pode haver crescimento nem multiplicação, porém, mesmo assim, os microrganismos
podem sobreviver, em estado latente, por tempo quase indefinido, na forma
desidratada. Desta forma, após o restabelecimento da atividade de água adequada,
inicia-se a multiplicação e desenvolvimento destes microrganismos.
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Utilizado em titulações,
aquecimento de líquidos e
para dissolver substâncias e
É de uso geral em laboratório.
proceder reações entre Utilizado em conjunto com o
Serve para fazer reações entre
soluções. Seu diferencial em funil de Büchner em filtrações
soluções, dissolver substâncias
relação ao béquer é que este a vácuo.
sólidas, efetuar reações de
permite agitação manual, sem
precipitação e aquecer líquidos.
que haja risco de perda do
material agitado.
BURETA COM TORNEIRA DE
TUBO DE ENSAIO PROVETA
VIDRO
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A busca por métodos para conservar os é secular, sendo que a tecnologia dos
alimentos teve início na década de 40, com o objetivo de avaliar a produção e fornecer
alimentos de boa qualidade a todos os consumidores, durante todas as estações do
ano, contribuindo no abastecimento do mercado.
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REFERÊNCIAS da UNIDADE II
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Aldeído
Cetona
GLICOSE FRUTOSE
Açúcar
Quadro 12 - Propriedades tecnológicas da sacarose (açúcar de mesa).
Informações Exemplo:
Solubilidade: tem capacidade de se ligar a moléculas de água,
isso tem um efeito importante nas características de textura e
conservante. Desta maneira, conforme a maior ou menor
solubilidade do açúcar em água, ele pode ser escolhido para ser
utilizado em um determinado produto alimentício. Ex.:
desenvolvimento de frutas em calda, que vão auxiliar na
preservação do alimento.
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SABOR é uma interação entre os sentidos do olfato e do paladar. Também é influenciado pelos efeitos táteis,
térmicos, dolorosos e/ou sensações que os alimentos causam.
GOSTO atualmente conhecemos cinco tipos de gostos básicos, entre eles: amargo, ácido, salgado, doce e
umami, o qual foi reconhecido em 2002 (sabor de ácido glutâmico).
O correto é: Nossa, alfarroba tem sabor de chocolate, a qual tem um gosto doce.
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Conceito
Os carboidratos são moléculas orgânicas constituídas por carbono, hidrogênio
e oxigênio. Sua classificação em mono, di, oligo e polissacarídeos ocorre de acordo
com o número de unidades monoméricas que indicam a complexidade da molécula.
Dada a sua importância para a estrutura e os processos bioquímicos associados à
vida, eles são considerados biomoléculas.
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Querido (a) estudante, vamos nos despedindo por aqui! Até mais!
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Querido (a) estudante, nessa aula você será apresentado(a) a algumas das
propriedades dos carboidratos, sendo elas: as reações de escurecimento não
enzimático e as transformações físicas dos açúcares e do amido. Observe que elas
influenciam as características de diversos alimentos que consumimos. Vamos
aprender cada uma delas?
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Querido (a) estudante, por hoje é só! Até a nossa próxima aula!
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Olá, estudante! Nessa aula nós iremos discutir as alterações que ocorrem em
frutas e hortaliças durante a colheita, pós-colheita e o amadurecimento. Observe que
o desenvolvimento das características sensoriais sofre forte influência das alterações
bioquímicas que ocorrem nesses períodos.
O que é a colheita?
É a separação do vegetal do seu meio de desenvolvimento. O crescimento e
a maturação de frutas e hortaliças na fase anterior a ela dependem do fornecimento
de energia, a partir da fotossíntese, e da absorção de água e minerais por parte da
planta genitora. Nessa fase, há aumento de peso devido à divisão celular e aumento
das células de acordo com as condições de água, oferta de nutrientes e luz. Depois
da separação da planta, os vegetais tornam-se unidades independentes e os
processos respiratórios passam a ter papel importante.
O que é o pós-colheita?
Período que envolve todos os eventos que acontecem da colheita até que o
produto seja consumido. As frutas e hortaliças continuam vivas nesse período, assim,
é comum que esses vegetais demonstrem uma redução gradual em sua qualidade em
paralelo ao processo de respiração, fundamental para que elas consigam converter
suas reservas de açúcar e amido em energia para sobrevivência. Nesse processo, há
a transformação das fontes energéticas em dióxido de carbono e água, além da ação
de enzimas oxidativas, e ocorrem gradualmente a perda de peso e modificações na
cor, textura e valor nutritivo dos vegetais.
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Fonte: https://revistapesquisa.fapesp.br/frutos-maduros-por-caminhos-distintos/
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Querido (a) estudante, como vai? Tem sido uma longa caminhada de estudo
até aqui, não é mesmo? Você se lembra que anteriormente mencionamos as reações
de escurecimento não enzimático que ocorrem em carboidratos? Na aula de hoje,
ampliaremos os conhecimentos e apresentaremos também as reações enzimáticas
que ocorrem em frutas e hortaliças e os fatores que as afetam.
1. Reações enzimáticas
O escurecimento enzimático das frutas e hortaliças é iniciado como uma
resposta a injúrias físicas e fisiológicas, como as abrasões, amassamento, corte,
descascamento e excesso de CO2, e são resultados das reações de oxidação entre o
oxigênio e um substrato, no caso os compostos fenólicos, catalisados por enzimas.
As injúrias levam ao rompimento dos tecidos e colapso celular, promovendo o
contato dos fenólicos com enzimas associadas ao escurecimento. A quinona é o
produto inicial da oxidação e se condensa rapidamente, formando pigmentos escuros
insolúveis denominados melaninas.
Essa reação pode causar mudanças indesejáveis, e além do escurecimento da
superfície dos vegetais, pode ocorrer a deterioração de aroma e de outras
propriedades sensoriais, assim como a diminuição do valor nutricional e da vida útil
desses vegetais, o que afeta a escolha dos consumidores. Em outros casos, esse
processo pode ser positivo, como na maturação de tâmaras e na secagem e
desenvolvimento do aroma do cacau.
As enzimas responsáveis pelas reações de oxirredução, características do
escurecimento enzimático, são conhecidas como oxidorredutases.
2. Enzimas
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https://revista-fi.com.br/upload_arquivos/201606/2016060604378001465822086.pdf
Querido (a) estudante, espero que tenha assimilado os conceitos, assim como,
leia as referências sugeridas na aula. Quanto mais estudar, mais fácil será o conteúdo.
Até a nossa próxima aula!
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Quadro 14 - Resumo das características dos principais edulcorantes disponíveis e liberados para
consumo no Brasil.
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Querido(a) estudante, por hoje é só! Finalizamos a nossa Unidade III sobre as
Propriedades e características bioquímicas e tecnológicas dos carboidratos e
alimentos de origem vegetal. Iniciaremos na próxima aula a Unidade IV. Até lá.
ESKIN, M.; HOEHN, E. Bioquímica dos alimentos. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2015.
INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos.
São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 1020 p.
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1. Proteínas
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2. Lipídeos
Já lipídeo é o termo utilizado para definir óleos (líquidos) e gorduras (sólidas)
presentes nos tecidos animais e vegetais, de onde são retiradas para a alimentação
humana, como já mencionamos em nossa aula anterior. Contém na sua molécula
carboidrato, hidrogênio e oxigênio, e diferencia-se dos carboidratos pela proporção
desses componentes.
A unidade básica de um lipídeo é denominada de ácido graxo, a qual pertence
ao grupo dos ácidos carboxílicos compostos, que apresentam o grupo químico
denominado de carboxila, que consiste na ligação de um átomo de carbono ligado a
um oxigênio (O2) e a uma hidroxila (OH). Cada molécula de gordura é formada pela
união dos ácidos graxos e um álcool (glicerol ou outro), num processo conhecido como
esterificação (onde o H do grupo carboxílico presente no ácido graxo se liga a OH do
álcool), havendo a formação de ésteres de ácidos graxos e liberação de água. O
exemplo mais conhecido é o triglicerídeo, como mostra a figura abaixo.
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hidrólise total, dão origem somente a ácidos graxos e álcoois. Lipídeos compostos
contém outros elementos, além de ácidos graxos e álcoois, como por exemplo: glicídio
(formando um glicolipídio), ou fósforo (formando um fosfolipídio). São chamados de
lipídeos derivados as substâncias obtidas na sua maioria por hidrólise dos lipídeos
simples e compostos, como por exemplo, esteróis, vitaminas lipossolúveis, e
carotenoides.
A presença de ligações covalentes simples (denominada de saturada) ou
duplas (denominadas insaturadas) entre os átomos de carbono dos ácidos graxos
influencia na configuração geométrica da estrutura de um lipídeo. As ligações simples
somente entre os átomos de carbono apresentam uma distribuição de forças uniforme
por toda molécula, o que resulta numa estrutura linear (Figura 4a). Já, a presença de
uma dupla ligação (monoinsaturada) ou mais de uma dupla ligação (poli-insaturada)
impede que ocorra ligação com outros hidrogênios na cadeia, e por isso a ausência
desses hidrogênios resulta em uma estrutura geométrica angular, pois um lado tem
mais força e no outro menos, o que irá resultar em um ângulo por isso é diferente do
saturado (Figuras 4b, 4c).
Figura 24 - Ligações covalentes entre os átomos de carbono dos ácidos graxos. A) saturada; B)
monoinsaturada e C) poli-insaturada
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A carne na forma como nós conhecemos é obtida a partir dos tecidos muscular,
epitelial e nervoso de animais. As funções vitais dos músculos dos animais não param
de acontecer no exato momento após o abate, uma série de reações químicas
resultam na conversão do músculo em carne. Afinal, o músculo é um tecido vivo capaz
de converter energia química em energia mecânica.
• Esquelético
• Liso
• Cardíaco
Qual será a diferença essencial entre estes três tipos de músculos? O tipo de
controle efetuado pelo sistema nervoso central!
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• Actina
• Miosina
• Tropomiosina
• Troponina
• Pré-rigor mortis
• Rigor mortis
• Pós-rigor mortis
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Bem, por hoje nós ficamos por aqui. Até a próxima aula!
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tipos de maturação têm o mesmo efeito na maciez da carne, porém hoje em dia, a
maturação úmida é o método mais utilizado.
6. Amaciamento por enzimas: processo conhecido como maturação artificial. São
utilizadas enzimas proteolíticas de vegetais, bactérias ou fungos com o objetivo de
amaciar a carne. Esta técnica apresenta dificuldade no que tange à distribuição
homogênea, otimização de sua concentração e atividade.
7. Marinação: processo que vem sendo utilizado para agregar valor comercial a alguns
tipos de carne. A técnica consiste em adicionar à carne uma solução aquosa contendo
condimentos e aditivos alimentares que melhoram a palatabilidade e aumentam a
retenção de água resultando em maior maciez. O amaciamento proveniente da
maturação ocorre tanto no tecido muscular como no tecido conjuntivo.
Todas as técnicas de amaciamento artificial têm como objetivo proporcionar
maior qualidade às carnes e vantagens comerciais, devido ao crescente interesse da
indústria em processos rápidos que produzem efeitos uniformes na maciez da carne.
Mas, atenção! De acordo com a instrução normativa nº 51, de 29 de dezembro
de 2007, publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, não é
autorizado à utilização de aditivos alimentares em carnes que serão comercializadas
como carnes frescas e em carnes congeladas.
Você sabia que durante esse processo de post-mortem algumas anomalias
podem acontecer? São elas:
1) DFD = Carnes “dark, firm and dry” = escuras, duras e secas – acontecem
em suínos e aves. Baixo glicogênio muscular provoca pequena queda de pH -
pH básico não auxilia no amolecimento das carnes e as torna mais suscetíveis
às ações microbianas. Prevenção: preservação do glicogênio muscular com
boas práticas de transporte e abate.
2) PSE = Carnes “pale, soft and exudative” = pálida, moles e exsudativas.
Músculos acondicionados a uma alta temperatura (hipertermia), que impede a
degradação do glicogênio. Menor retenção de água, que leva à desnaturação
das proteínas com as fibras mais elásticas e abertas.
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1. Proteínas do ovo
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2. Glúten
O glúten é composto por um complexo de proteínas. Está presente
naturalmente nos cereais, como por exemplo, no trigo, no centeio e na cevada. Porém,
o trigo é o único cereal que é capaz de formar uma rede glúten suficiente para produzir
pães fermentados com qualidade tecnológica.
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Figura 28 - Expressão gráfica da quantificação territorial dos diversos usos e ocupação das
terras e das áreas destinadas à preservação e proteção da vegetação nativa no Brasil.
Fonte: https://www.embrapa.br/car/sintese
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Em níveis globais, estima-se que 1/3 da área do planeta que originalmente era
recoberto por florestas foi convertido para agricultura. Isso representa um grande
esgotamento dos nutrientes do solo e capacidade hídrica destas regiões.
Queridos (as) estudantes, a aula de hoje termina aqui! Até a próxima aula!
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Apesar de terem diversos métodos para melhorar o tempo de vida útil dos
lipídeos disponíveis, existem muitas limitações ao longo do processo e, por isso,
modificações são sugeridas.
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ponto de fumaça e oxidação). Por isso, para diversificar a aplicação pode-se alterar
o comportamento de óleos e gorduras por processos de modificação, a partir da
adaptação do perfil de fusão, aumento da estabilidade e vida de prateleira, facilitando
assim o manuseio dos óleos e das gorduras.
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2. Rancidez hidrolítica = causada pela hidrólise da ligação éster por lipase ou agente
químico na presença de umidade, causando também flavor indesejável ao produto.
Atenção!!!
EXEMPLO: Para alimentos com alto teor de ácidos graxos insaturados, como
amêndoas de castanha de caju, o uso de embalagens com baixa permeabilidade ao
oxigênio e com boa barreira à luz e a utilização de vácuo ou inertização minimizam os
efeitos da oxidação, retardando seu processo
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ÍNDICE DE PERÓXIDO: o peróxido é o produto primário da oxidação lipídica, que vai reagir
com o oxigênio reativo (também conhecido como singlete). Ele indica o grau de
oxidação de óleos e gorduras pela diferença entre a formação e a decomposição de
peróxidos. Nível baixo de peróxidos não constitui uma garantia de boa estabilidade
oxidativa, podendo, pelo contrário, ser sinônimo de alteração pronunciada.
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1. Método de Dumas: proposto por pelo francês Jean Dumas em 1831. Foi a primeira
metodologia descrita para analisar o N contido nas amostras de proteínas. As
temperaturas elevadas causam a oxidação total da amostra. Após isso, os óxidos de
nitrogênio são reduzidos a nitrogênio e, assim, permitem a detecção de N por um
detector de condutividade térmica. Para a realização desta análise, é necessária uma
pequena quantidade de amostras e nenhuma preparação prévia. A combustão, a
redução, a separação e a detecção do N são feitas em apenas um equipamento de
elevado custo e não requer o uso de reagentes perigosos, e o resultado leva de 3 a 5
minutos para sair.
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Aqui, finalizamos o conteúdo das nossas aulas! Espero que tenha gostado
deste caminho que percorremos para os aprendizados em relação à Bioquímica e
tecnologia dos Alimentos e que aplique na sua prática como futuro nutricionista.
Obrigada pela companhia.
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REFERÊNCIAS da UNIDADE IV
ABPA. Relatório Anual 2020. Associação Brasileira de Proteína Animal . 2021. 158
p. Disponível em: https://abpa-br.org/relatorios/. Acesso em: 27 jun. 2021.
ESKIN, M.; HOEHN, E. Bioquímica dos alimentos. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2015.
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