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Aulas práticas

Cosméticos e saneantes
Edilberto Alves Grangeiro Junior
Farmacêutico – UFCG
MBA em gestão empresarial pela FGV
Pós graduação em prescrição farmacêutica e farmácia clinica pelo ICTQ
Aulas práticas- Cosméticos e saneantes

 Vamos refletir

 Consumo vs criação
 Globalização e fragilidade nas cadeias de insumo
 Olhar crítico dos formuladores
 Olhar crítico dos consumidores
 Perspectivas ambientais e sociais para as próximas décadas
Aulas práticas- Cosméticos e saneantes

 Shampoos
 Preparações cosméticas que se apresentam na forma de líquido, gel, emulsão ou aerossol,
contendo agentes tensoativos com pode detergente, umectante, emulsionante e espumante.

 Limpam o cabelo ao retirarem sujidades aderidas a fibra capilar


 Removem substancias lipossolúveis e hidrossolúveis
 A fibra capilar tem carga negativa , geralmente as sugidades tem carga positivas
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 Características ideais:
 Detergência
 Viscosidade ( 2000 Cps e 5000 Cps)
 Espuma (Não significa limpeza)
 Eliminação com enxague
 Perfume agradável
 Cor e Brilho
 Estabilidade ( Química e microbiológica)
 Inocuidade
 Biodegradabilidade
 Economia
 Funcionalidade ( Cumprir o que promete)
Aulas práticas- Cosméticos e saneantes

 Classificação
 Aplicabilidade
 Tradicionais- Limpar e condicionar o cabelo adequadamente
 Tratamento- Além de limpar possui agentes hidratantes, formadores de filme, doadores de brilho.
 Medicinais- Para tratamento capilar

 Aparência
 Transparentes (Cristal clear)
 Perolados, sendo coloridos ou não ( Estearatos ou diesteratos de etilenoglicol)
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 Classificação
 Quanto ao tipo de cabelo
 Cabelos secos- Limpam sem retirar a gordura em demasia, devem repor a oleosidade do cabelo. Possuem
ingredientes hidratantes
 Cabelos normais- Limpam adequadamente sem remover gordura em excesso ou perca de proteinas.
 Cabelos oleosos- Removem a oleosidade de forma mais efetiva, devem promover controle sobre este
parâmetro.
 Cabelos danificados ou fragilizados- Restauram danos causado por tratamentos químicos
( Descolorantes, tintura, relaxamento, alisamento)
 Para cabelos étnicos- Contém ingredientes específicos para modificar características naturais dos cabelos
étnicos ( secura excessiva, excesso de volume e fragilidade capilar)
 Infantis- Tensoativos de baixa irritação ocular ou dérmica
Aulas práticas- Cosméticos e sanificantes
Aulas práticas- Cosméticos e sanificantes
Aulas práticas- Cosméticos e saneantes

 Tensoativos aniônicos
Aulas práticas- Cosméticos e saneantes

 Tensoativos anfóteros
Aulas práticas- Cosméticos e saneantes

 Tensoativos não iônicos


Aulas práticas- Cosméticos e saneantes

 Quadro comparativo entre tensoativos


Vamos fazer shampoo e sabonete?
PAP-770, PAP – 095 e PAP - 094
Formulação Base shampoo
Componente Concentração Função
Lauril éter sulfato de sódio 25% v/v Tensoativo primário

Cocoamida propil betaina 2% v/v Tensoativo secundário

Dietalonamina de ácido graxo de 4%v/v Tensoativo secundário


coco
Metilparabeno* 0,2% Conservante
Cloreto de sódio solução 25% p/v Q.S ( aprox. 4 mL) Corretor de viscosidade

Fragrância Q.s
Solução ácido cítrico 20% p/v Q.s Corretor de pH

Água destilada ou osmoralizada Q.S.P (100 mL) Solvente


Formulação Base
 Modo de preparo:
 Dispersar o metilparabeno em q.s de dietalonamida de ácido graxo de coco em um cálice até
obter uma pasta final. Adicionar o restante da dietalonamida e homogeneizar.
 Adicionar o Lauril éter sulfato de sódio e a coco amida, agitar LENTAMENTE.
 Completar o volume do cálice até 90 mL.
 Ajustar o pH com a solução de ácido cítrico até a faixa de 6,0 a 6,5.
 Ajustar a viscosidade com a solução de cloreto de sódio.
 Adicionar essência
 Adicionar corante
 Completar o volume e homogeneizar.
 Rotular o produto com lote, validade, data de fabricação e formulador responsável.
Formulação Base shampoo 2
Componente Concentração Função
EDTA 0,1% p/v Quelante
Alcool etilico q.S Solvente
Metilparabeno (nipagim) 0,1% p/v Conservante

Propilparabeno ( Nipazol) 0,05% p/v Conservante

Cocoamidopropilbetaina 6,0% p/v Tensoativo secundário

Glicerina 2% p/V Solvente


Dietalonamida de ácido graxo de coco 4% p/V Tensoativo secundário

Extrato de aloe vera 2% v/v Ativo


Solução de NaCl 25% q.S Corretor de viscosidade
Essência q.S
Corante q.S
Solução ácido cítrico 50% p/v q.S Corretor de pH

Lauril sulfato de sódio 28% 80% v/v Tensoativo primário

Água purificada Q.S.P 100 mL Solvente


Formulação Base
 Modo de preparo:
 Em um cálice com capacidade adequada, solubilizar em álcool etílico absoluto (q.s) nipagim,
nipazol e EDTA. 
 Em um béquer (25 mL), adicionar cocoamidopropilbetaína, dietanolamina e glicerina, sob
aquecimento (cerca de 40ºC) e agitação suave com bastão de vidro. Após homogeneização,
transferir mistura para o cálice, homogeneizando suavemente. *Obs.: agitar levemente para não
deixar a formulação com bolhas de ar e espuma.
 Adicionar a mistura do cálice a solução de LSS e o extrato de Aloe vera.
 Completar o volume (q.s.p 100 mL) com água purificada.
 Corrigir a viscosidade com NaCl, se necessário.
 Adicione a essência e o corante sob agitação suave.
 Verifique o pH, que deve ficar entre 6,0 e 6,5. Caso seja necessário, corrija o pH com a solução de
ácido cítrico, adicionando aos poucos sob agitação suave até obter o pH desejado e acondicione
em recipiente adequado
Formulação Base sabonete
Componente Concentração Função
Dietalonamida de ácido graxo de coco 2%v/v Tensoativo secundário
Coco amida propil betaina 2% v/v Tensoativo secundário
Irgasan DP 300 ( triclosan) 0,5% p/v Ativo

Propilonoglicol 5% v/v Solvente

Solução de NaCl 25% p/v Q.S ( 10 % v/v) Corretor de viscosidade

Solução de ácido cítrico 50% p/v q.S Corretor de pH


Corante q.S

Essência Q.S
Lauril éter sulfato de sódio 28% Q.S.P ( 100 mL) Tensoativo primário
Formulação Base
 Modo de preparo:
 Em um cálice graduado, adicionar cerca de 90 mL de Lauril sulfato de sódio 28%, em seguida
adicione sob AGITAÇÃO SUAVE, a dietalonamida e o coco amido propilbetaina.
 Em um becker , adicione o propilenoglicol e o irgasan, agitar até a completa homogeneização.
Adicione essas mistura a solução de tensoativos anterior.
 Complete o volume com laurel sulfato de sódio
 Ajuste a viscosidade com cloreto de sódio a 25%
 Corrija o pH entre 5,5 e 6,5 com a solução de ácido cítrico.
 Adicione a essência e o corante
 Envasar e rotular.
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 Geis: “Sistemas semissólidos que consistem em suspensões de pequenas partículas inorgânicas ou
de grandes moléculas orgânicas interpenetradas por um liquido” (USP- 2005)
 Ideais para peles oleosas – oil free
 Classificação

Tipo Descrição Exemplos


Inorgânico Bifásico Gel de Hidróxido de aluminio
Orgânico Monofásico Gel de carbopol
Hidrogel Substâncias hidrofílicas Carbopol, alginato de sódio
Oleogel Substâncias lipofílicas Gel de parafina liquida
Iônicos Cargas elétricas Carbopol
Não iônicos Não possuem cargas Natrosol
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Vamos fabricar Gel?
PAP-094
Formulação Base gel
Componente Concentração Função
Natrosol 2% p/v Gelificante
Cânfora 1%p/v Ativo
Mentol 0,5 %p/v Ativo

Extrato de centella asiática 5% v/v Ativo

EDTA 0,1% p/v Quelante

Metilparabeno ( Nipagin) 0,10% p/v Conservante


Propilparabeno ( Nipazol) 0,05% p/v Conservante

Etanol Q.S Solvente


Água purificada Q.S.P ( 100 ml) Solvente
Formulação Base
 Modo de preparo:
 Em um grau triturar o mentol e EDTA. Tranferis a mistura para um becker ( cap. 200 mL)
e adicionar 50 mL de água aquecida a 50°C, homogeneizar com bastão de vidro até a
completa solubilização.
 Em outro recipiente solubilizar o metilparabeno e propilparabeno em uma solução de 20 mL
de etanol e 20 mL de água aquecida a 50°C.
 Verter a etapa 1 na 2 e adicionar o extrato de centella asiática, mantendo o aquecimento em
40°C. Ajustar o volume para 100 mL com água purificada.
 Ainda na chapa aquecedora, ligar a agitação magnética e polvilhar o natrosol sobre o
mistura, lentamente, para completa hidratação e dispersão do polímero.
 Adicionar a essência e corante.
 Verificar o pH
 Envasar e rotular.
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 Emulsões – Sistemas heterogêneos instáveis, constituídos de pelo menos um liquido
imiscível disperso em outro liquido na forma de gotículas cujo o tamanho pode variar de
0,1 a 100 µm.
 Composição
 Fase oleosa
 Fase aquosa
 Tensoativos
 Aniônicos
 Catiônicos
 Anfóteros
 Não iônicos
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Vamos fabricar emulsões?
PAP-095 e PAP 769
Formulação Creme para rachaduras
FASE A Oleosa Concentração Função
Cera lannete 20 % p/v
Nipazol 0,01 % p/v
BHT 0,1 % p/V

FASE B Aquosa
Ureia 15% p/v
Nipagin 0,1% p/V
Glicerina 10 % v/p
Água q.s.p 100 gr

FASE C
Extrato de camomila 2% v/p
Extrato de centelha asatica 1% v/p
Essência q.s
Formulação Base
 Modo de preparo:
 Fase A
 Em um recipiente adequado aqueça a água purificada ( 60 mL) até aproximadamente 75°C. Adicionar o
nipagin, glicerina água e ureia homogeneizar até a completa solubilização.
 Fase B
 Em um recipiente adequado fundir a cera lanete, nipazol e BHT, aquecendo a mistura até
aproximadamente 75 ° C.
 Verter a fase B sobre a fase A mantendo agitação vigorosa até a completa união das duas fases
 Esperar esfriar para 40° C adicionar a fase C, aguardando a completa homogeneização
 Aguardar esfriar para envasar e rotular.
Formulação Protetor solar com filtro
inorgânico
FASE A Aquosa Concentração Função
Glicerina 10% p/v
Óxido de zinco 10% p/v
Metilparabeno (Nipagin) 0,1% p/v

Água purificada Q.S.P 100 gr

FASE B Oleosa
Cera lanette 19%p/p
BHT 0,1% p/p
Propilparabeno ( Nipazol) 0,01% p/v

FASE C
Essência
Protetor solar com filtro inorganico
 Modo de preparo:
 Fase A
 Em um recipiente adequado aqueça a água purificada ( 60 mL) até aproximadamente 75°C. Adicionar o
nipagin homogeneizar até a completa solubilização.
 Paralelamente, triturar em grau o oxido de zinco.
 Transferir o oxido de zinco triturado para o becker e adicionar a glicerina, verter a solução de ninpagin e
água, no becker com glicerina e óxido de zinco. Manter o aquecimento em 75°c
 Fase B
 Em um recipiente adequado fundir a cera lanete, nipazol e BHT, aquecendo a mistura até
aproximadamente 75 ° C.
 Verter a fase B sobre a fase A mantendo agitação vigorosa até a completa união das duas fases
 Esperar esfriar para 40° C adicionar a fase C, aguardando a completa homogeneização
 Aguardar esfriar para envasar e rotular.

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