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FÍSICA GERAL
PREPARAÇÃO
FÍSICA GERAL
Batatais
Claretiano
2019
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação
Educacional Claretiana.
613.7 B934p
Bucioli, Sérvio Antônio
Preparação física geral / Sérvio Antônio Bucioli – Batatais, SP : Claretiano, 2019.
228 p.
ISBN: 978‐85‐8377‐586‐7
1. Princípios científicos do treinamento. 2. Capacidades físicas. 3. Periodização.
4. Preparação técnica. 5. Preparação tática e preparação psicológica. I. Preparação física
geral.
CDD 613.7
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Preparação
Física Geral
Versão: ago./2019
Formato: 15x21 cm
Páginas: 228 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................
9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 11
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 13
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 14
5. E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 15
Conteúdo
Este estudo aborda o aprofundamento dos métodos de avaliação das diferen-
tes capacidades físicas no processo de periodização do treinamento desporti-
vo, compartilhadas com a preparação técnica, tática e psicológica dos atletas.
É uma introdução aos estudos das capacidades físicas e das habilidades mo-
toras nas diversas faixas etárias e em condições especiais.
Bibliografia Básica
BOMPA, T. O. A periodização no treinamento desportivo. 4. ed. Barueri: Manole, 2001.
PLATONOV. V. N. Teoria geral do treinamento desportivo olímpico. 6. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
WEINECK, J. Treinamento ideal. 9. ed. Barueri: Manole, 2003.
Bibliografia Complementar
ASTRAND, P. O.; RODAHL, K. Tratado de fisiologia do exercício. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1987.
BARBANTI, V. Aptidão física: um convite à saúde. Barueri: Manole, 1990.
BITTENCOURT, N. Musculação: uma abordagem metodológica. 2. ed. Rio de Janeiro:
Sprint, 1986.
DANTAS, E. H. M. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 2. ed. Rio de Janeiro:
Shape, 1991.
FOX, E. L. et al. Bases fisiológicas da educação física e dos desportos. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.
MATVEEV, L. P. Preparação desportiva. Londrina: CID, 1996.
TRITSCHLER, K. A. Medida e avaliação em educação física e Esportes. de Barrow &
McGee. 5. ed. Barueri: Manole, 2003.
7
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos,
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-
lecionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados
em sites acadêmicos confiáveis. É chamado "Conteúdo Digital Integrador" porque é
imprescindível para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referência. Juntos,
não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementares) e a leitu-
ra de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade
e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigató-
rios, para efeito de avaliação.
1. INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo ao estudo de Preparação Física Geral.
Esperamos que os conhecimentos que vamos compartilhar
sejam úteis em sua formação acadêmica e em suas atividades
profissionais.
Quando falamos de preparação física, buscamos angariar
subsídios que alicercem e solidifiquem esta área de atuação
muito abrangente. Esta não é nossa intenção, e também seria
humanamente impossível explorar todos os conteúdos que com-
põem este material. Por isso, é muito importante que você trans-
ponha os conhecimentos adquiridos em nosso estudo e busque
outras fontes no ramo da Preparação Física com que mais tenha
afinidade.
Com o estudo desta obra, você poderá compreender mui-
tos conceitos imprescindíveis em sua formação e refletir de for-
ma bastante abrangente sobre eles.
Buscamos confeccionar um material de leitura simples e
agradável, com o que temos de mais relevante quando se trata
da Preparação Física Geral. Você é quem determinará o que será
proveitoso, bem como seu comprometimento e sua dedicação.
Conheceremos quais são os princípios científicos da Prepa-
ração Física. Notaremos quão importante é a figura do educador
físico na detecção dos perfis individuais e adaptativos, na mensu-
ração das sobrecargas de treinamento, na especificidade de cada
treinamento, atingindo cada objetivo de maneira singular, assim
como a relação entre o volume e a intensidade do treinamento.
Veremos como a continuidade na preparação física é im-
portante. Estudaremos os princípios relacionados à saúde que
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e
precisa das definições conceituais, possibilitando um bom domí-
nio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conheci-
mento dos temas tratados.
1) Alterações assintomáticas: são alterações que não
apresentam sintomas evidentes e devem ser detecta-
das por meio do conhecimento entre o professor e o
aluno/atleta.
2) Atividades acíclicas: são as atividades realizadas sem
que o gesto esportivo seja repetido continuamente,
como nos esportes coletivos futebol, voleibol, hande-
bol e todas as modalidades cuja realização não deman-
da repetições.
3) Atividades cíclicas: são as atividades que se repetem
ou são praticadas de forma contínua, com o mesmo
gesto esportivo, como, por exemplo, o ciclismo, a na-
tação, a corrida e o remo.
4) Contração isocinética: ocorre quando a velocidade do
movimento é constante.
Princípios Científicos da
Preparação Física
Preparação Tática Individualidade Biológica,
Adaptação, Sobrecarga,
Preparação Técnica
Interdependência Volume‐
Preparação Psicológica Intensidade, Continuidade,
Variabilidade e Saúde
PREPARAÇÃO FÍSICA
GERAL
Força, Planejamento e
Periodização Capacidades Físicas
Preparação Física Geral Velocidade
Preparação Física Especial Flexibilidade
Periodização da Força Resistência
Coordenação
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASTRAND, P. O.; RODAHL, K. Tratado de Fisiologia do Exercício. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1987.
BARBANTI, V. Aptidão física: um convite à saúde. Barueri: Manole, 1990.
BITTENCOURT, N. Musculação: uma abordagem metodológica. 2. ed. Rio de Janeiro:
Sprint, 1986.
BOMPA, T. O. A periodização no treinamento desportivo. Barueri: Manole, 2001.
DANTAS, E. H. M. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 2. ed. Rio de Janeiro:
Shape, 1991.
FOX, E. L. et al. Bases fisiológicas da Educação Física e dos desportos. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1991.
MATVEEV, L. P. Preparação desportiva. Londrina: CID, 1996.
5. E-REFERÊNCIAS
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
Disponível em: <https://docs.google.com/folderview?id=0B02-rtNfmjFOYjg1OWFl
ZGQtMTE4Ny00OGIwLThlNzYtMTU3ZTVhNjhmOTQx&usp=drive_web&hl=pt_BR>.
Acesso em: 16 mar. 2016.
TUBINO, M. J. G. Metodologia científica do treinamento desportivo. 13. ed. Rio de
Janeiro: Shape, 2003. Disponível em: <https://www.worldcat.org/title/metodologia-
cientifica-do-treinamento-desportivo/oclc/77541792>. Acesso em: 12 mar. 2019.
Objetivos
• Compreender cada um dos Princípios Científicos do Treinamento e iden-
tificá-los durante a Preparação Física Geral.
• Analisar as diferentes particularidades descritas em cada princípio e con-
seguir empregá-las durante o processo de preparação física.
• Identificar os Princípios Científicos do Treinamento em quaisquer modali-
dades de Preparação Física e entender cada um deles dentro do processo
de elaboração da Preparação Física Geral.
Conteúdos
• Princípio da Individualidade Biológica.
• Princípio da Adaptação.
• Princípio da Sobrecarga.
• Princípio da Especificidade
• Princípio da Interdependência Volume-Intensidade.
• Princípio da Continuidade.
• Princípio da Variabilidade.
• Princípio da Saúde.
17
UNIDADE 1 – PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO
1. INTRODUÇÃO
Quando falamos sobre os Princípios do Treinamento Es-
portivo, devido ao grande número de publicações de estudiosos
sobre as ciências que regem a Preparação Física, podemos nos
deparar com diferentes nomenclaturas desses princípios, com
conceitos muito bem definidos.
Dessa forma, delinearemos nossas definições nas obras
mais referenciadas no estudo destes Princípios de Treinamento.
Pautaremos nosso estudo em Tubino (2003) para elucidar
os primeiros cinco princípios:
1) Princípio da Individualidade Biológica.
2) Princípio da Adaptação.
3) Princípio da Sobrecarga.
4) Princípio da Especificidade
5) Princípio da Interdependência Volume-Intensidade.
6) Princípio da Continuidade.
Após a exploração dos princípios expostos pelo autor su-
pracitado e o entendimento de sua inter-relação, complementa-
remos nosso entendimento sobre os Princípios de Treinamento
com Dantas (2003), acrescentando mais um princípio às defini-
ções de Tubino (2003), o Princípio de Especificidade.
Tubino (2003, p. 93) destaca a importância da inter-rela-
ção entre esses princípios, afirmando que "antes de passar ao
estudo isolado de cada princípio, é importante enfatizar que os
princípios se inter-relacionam em todas as suas aplicações". Pos-
teriormente, Gomes da Costa (1996) complementou os estudos
realizados por Manoel Tubino e Estélio Dantas com mais dois
princípios, o Princípio da Variabilidade e o Princípio de Saúde.
Conjunto de
Conjunto de
genes herdados + Influências do
genes herdados
as influências do meio em que o
dos pais contidos
meio em que o indivíduo vive.
em cada célula.
indivíduo vive.
24
UNIDADE 1 – PRINCÍPIOS CIENTÍFICOS DO TREINAMENTO
Princípio da Adaptação
Segundo Tubino (2003, p. 94), "este princípio do Treina-
mento Esportivo está intimamente ligado ao fenômeno do es-
tresse”, ou seja, à quebra da homeostase. Estudos que investi-
gam esses eventos, estresse ou rompimentos da homeostase
datam seu início em 1920 com os apontamentos de Cânon e
Hussay, sendo altamente enfatizados no período entre 1950 e
1970, em que praticamente surgiu uma literatura científica bási-
ca sobre esse fenômeno.
O Quadro 1 a seguir aponta a quantidade de estudos que
surgiram sobre a investigação do estresse nesse período.
Princípio de Sobrecarga
Para Dantas (2003, p. 51), "Imediatamente após a aplica-
ção de uma carga de trabalho, há uma recuperação do organis-
mo, visando restabelecer a homeostase".
O momento exato em que se produz a adaptação após a
aplicação de uma carga de trabalho é o ponto de grande discus-
são quando estudamos a preparação física ou o treinamento. As-
sim, qual seria o período de melhor adaptação após os agentes
estressantes (estímulos) serem aplicados?
Alguns estudos assinalarão que o estabelecimento da
adaptação ocorrerá durante os intervalos intermediários dos
treinos; já outros apontarão que a adaptação será estabelecida
após o último intervalo da sessão de treino. Portanto, nos dois
casos (em ambas as situações), as adaptações ocorrerão; o que
será preponderante para que isto aconteça é o adequado tempo
de repouso (TUBINO, 2003).
Dantas (2003, p. 51) explica que "o tempo necessário para
recuperação é proporcional à intensidade do trabalho realizado".
Assim, com a aplicação de uma carga muito forte, o organismo
será capaz de se reestabelecer e compensá-la, quase em sua tota-
lidade, com quatro horas de repouso, preparando-se para sofrer
um novo desgaste, mais forte que o anterior.
Hegedus (apud TUBINO, 2003) descreve dois fenômenos,
a assimilação compensatória, composta de uma fase de recu-
peração, em que as reservas orgânicas seriam reestabelecidas,
e o período de restauração ampliada, no qual seria assimilada
maior reserva energética para aplicação de novos estímulos.
Ainda segundo Hegedus (apud TUBINO, 2003, p. 103),
Adaptação Positiva
Adaptação Negativa
ade
nsid
Inte
e
Volum
• Horas de treinamento
Sobrecarga na Intensidade (qualidade do treinamento)
• Quilagem utilizada
• Velocidade
• Ritmo
• Redução dos Intervalos (pausas)
• Amplitude de movimentos, etc.
Princípio da Continuidade
A continuidade do treinamento é primordial para que a
condição física desejada seja alcançada. Desta forma, o Princípio
Científico da Continuidade apresenta uma relação direta com a
aplicação de cargas progressivas e suas subsequentes adapta-
ções assimiladas pelo organismo.
Podemos afirmar que o Princípio da Continuidade está di-
retamente relacionado ao Princípio da Adaptação, que se baseia
“na aplicação de cargas crescentes que vão sendo progressiva-
mente assimiladas pelo organismo” conforme verificamos na
esquematização de Dantas (2003, p. 56), na Figura 16, a seguir:
Princípio da Especificidade
O Princípio Científico da Especificidade relaciona-se dire-
tamente com o Princípio da Individualidade Biológica, estabele-
cendo limites individuais a esta capacidade de transferência.
Mesmo sabendo que o organismo tem a capacidade de
suportar sobrecargas especificamente impostas durante o trei-
namento para competições, não se supunha que a margem de
transferência adaptativa fosse tão restrita como ela se apresenta
na realidade, o que corrobora na relação entre os princípios da
Individualidade Biológica e da Especificidade. Assim, segundo
Dantas (2003, p. 58), o Princípio da Especificidade coloca que
o treinamento deve ser montado sobre os requisitos específicos
da performance desportiva em termos de qualidade física
interveniente, sistema energético preponderante, segmento
corporal utilizado e coordenações psicomotoras utilizadas.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
A seguir, responda às questões propostas, a fim de conferir
seu desempenho no estudo desta unidade:
1) Observe a definição a seguir.
Cada ser humano possui uma estrutura física e formação psíquica pró-
pria, que obriga a estabelecer-se diferentes tipos de condicionamentos
para um processo de preparação esportiva que atenda às características
físicas e psíquicas individuais dos atletas. Nestes condicionamentos físicos
e psíquicos, os indicadores usados para revelar as possibilidades e as ne-
cessidades individuais dos atletas são os testes, que podem servir como
medidas para uma avaliação do treinamento até então empregada (TUBI-
NO, 2003, p. 93).
Ao ler este trecho, podemos afirmar que o autor se refere ao:
a) Princípio da Individualidade Biológica.
b) Princípio da Adaptação.
c) Princípio da Sobrecarga.
d) Princípio da Interdependência Volume-Intensidade.
e) Princípio da Continuidade.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) a.
2) a.
3) b.
4) e.
5) d.
6) c.
7) e.
5. CONSIDERAÇÕES
Nesta unidade, abordamos os Princípios Científicos de
Treinamento. Buscamos angariar subsídios que alicercem e soli-
difiquem uma área de atuação muito abrangente. Assim não é a
nossa intenção e, isto também seria humanamente impossível,
explorar todos os conteúdos que compõem esta disciplina, por
isso é muito importante que você transponha os conhecimentos
aqui ofertados e busque também outras formas e fontes dentro
do ramo da preparação física que mais lhe trouxer afinidade.
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
Disponível em: <https://docs.google.com/folderview?id=0B02-rtNfmjFOYjg1OWFl
ZGQtMTE4Ny00OGIwLThlNzYtMTU3ZTVhNjhmOTQx&usp=drive_web&hl=pt_BR>.
Acesso em: 16 mar. 2016.
TUBINO, M. J. G. Metodologia científica do treinamento desportivo. 13. ed. Rio de
Janeiro: Shape, 2003. Disponível em: <https://www.worldcat.org/title/metodologia-
cientifica-do-treinamento-desportivo/oclc/77541792>. Acesso em: 12 mar. 2019.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASTRAND, P. O.; RODAHL, K. Tratado de Fisiologia do Exercício. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1987.
BARBANTI, V. Aptidão física: um convite à saúde. Barueri: Manole, 1990.
BITTENCOURT, N. Musculação: uma abordagem metodológica. 2. ed. Rio de Janeiro:
Sprint, 1986.
BOMPA, T. O. A periodização no treinamento desportivo. Barueri: Manole, 2001.
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
______. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape,
1991.
FOX, E. L. et al. Bases fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1991.
COSTA, Marcelo Gomes da. Ginastica localizada. 2 ed Rio de Janeiro: Sprint, 1998
MATVEEV, L. P. Preparação desportiva. Londrina: CID, 1996.
PLATONOV. V. N. Teoria Geral do Treinamento Desportivo Olímpico. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
______. Teoria geral do treinamento desportivo olímpico. Porto Alegre: Artmed, 2008.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho. Barueri: Manole, 2000.
Objetivos
• Compreender a aplicabilidade das diferentes capacidades físicas nos mé-
todos de treinamento.
• Analisar as qualidades físicas e suas particularidades.
• Identificar em cada capacidade física sua importância para as diferentes
modalidades de atividades físicas, exercícios ou esportes.
Conteúdos
• Velocidade.
• Flexibilidade.
• Resistência.
• Coordenação.
77
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
1. INTRODUÇÃO
As capacidades físicas são um conjunto de qualidades in-
dividuais desenvolvidas com o propósito de incrementar melho-
rias orgânicas que se refletirão em aspectos musculares e psi-
cológicos, por gerar alterações positivas que serão aproveitadas
durante a atividade física e no desempenho esportivo.
Nesta unidade, trataremos do desenvolvimento da veloci-
dade da flexibilidade e da coordenação. Na próxima, estudare-
mos o desenvolvimento da força e sua periodização, com aplica-
bilidade a todas as capacidades físicas expostas.
Velocidade
De maneira bem simples, podemos dizer que a velocidade
significa agir no menor espaço de tempo com a máxima intensi-
dade, ou seja, o desenvolvimento desta capacidade está relacio-
nado ao desenvolvimento de propriedades funcionais que per-
mitem a execução de ações motoras em tempos curtos e com
esforços vigorosos.
Individualidade
Biológica
Genótipo Fenótipo
Carga genética
transmitida à pessoa e Tudo que é somado ou
que determinará acrescido ao indivíduo
preponderadamente após o nascimento.
diversos fatores.
Flexibilidade
Para Weineck (2003, p. 470, grifo nosso), a “flexibilidade é
a capacidade e a característica de um atleta executar movimen-
tos com grande amplitude de movimento. Sob forças externas,
ou ainda que requerem movimentação de muitas articulações".
Já para Tubino (2003), é a “qualidade física que condicio-
na a capacidade funcional das articulações a movimentarem-se
dentro dos limites ideais de determinadas ações”. Tal afirmação
é complementada por Barbanti (1997), que define a flexibilidade
como a capacidade física de aproveitar todas as possibilidades
articulares de movimento em todas as direções, de maneira mais
ampla possível.
Segundo Zakharov (1992), a flexibilidade é a capacidade
física que o organismo tem de obter grandes amplitudes de mo-
vimento. Frey (1977 apud Weineck, 2003) define ainda alguns
sinônimos de flexibilidade, como os termos “mobilidade”, “arti-
cularidade”, que se referem à flexibilidade articular, e “elasticida-
de”, relacionado à flexibilidade dos músculos, tendões, fáscias e
ligamentos.
Dantas (2005) elucida-nos diversos termos relacionados à
flexibilidade, fornecendo as seguintes definições:
• mobilidade: termo utilizado para designar o grau de li-
berdade de movimento da articulação.
• elasticidade: é quando tratamos do estiramento elásti-
co dos componentes musculares.
• plasticidade: refere-se ao grau de deformação temporá-
ria das estruturas musculares ou articulares para a rea-
lização do movimento, restando ainda um grau residual
Figura 9 Goniômetro.
Resistência
Podemos definir a resistência como a capacidade física
que permite realizar um exercício ou atividade física de maneira
eficiente, superando a fadiga (PLATONOV, 2008).
Frey (1977 apud Weineck, 2005) diz que podemos distin-
guir dois tipos de resistência: a resistência psíquica, que seria a
capacidade de um atleta/aluno suportar estímulo em seu limite
máximo (limiar) por certo período de tempo, vencendo os fa-
tores psicológicos que o induzem a parar; e a resistência física,
que seria a tolerância do organismo ou dos órgãos de maneira
isolada, para vencer o cansaço.
Coordenação motora
A coordenação motora pode ser entendida não somente
como uma capacidade, mas também como uma necessidade
para o ser humano. Ela está presente desde o útero, onde o sis-
tema nervoso central já controla os impulsos que coordenam o
funcionamento do organismo. Os movimentos, mesmo involun-
tários, desde esse momento já iniciam a gênese da coordenação.
A partir do nascimento, notamos as progressões acentua-
das da coordenação. Logo o bebê já começa a coordenar seus
gestos e consegue segurar sua mamadeira, levar o alimento à
Vídeos
• YOUTUBE. Vídeo de capacidades físicas. 2013. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=SKd-
jdA60kw>. Acesso em: 12 mar. 2019.
• YOUTUBE. FAMA. Faculdade de Macapá. Revisão Enem
– Educação Física – Capacidades Físicas. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=R4PSrtmOd0U>.
Acesso em: 12 mar. 2019.
• YOUTUBE. Capacidades físicas. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=R4PSrtmOd0U>. Acesso
em: 12 mar. 2019.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Observe as definições a seguir.
I - A capacidade de percepção de situações relacionadas ao jogo e as
alterações que acontecem no menor espaço-tempo possível.
II - A capacidade de antecipação das ações e os comportamentos do
adversário durante o desenvolvimento do jogo, no menor tempo
possível.
III - A capacidade de realizar ações rápidas e específicas com a bola diante
de um adversário, em curto espaço de tempo.
Assinale a sequência correta:
a) I – velocidade de antecipação; II – velocidade de percepção; III – velo-
cidade de ação.
b) I – velocidade de antecipação; II – velocidade de ação; III – velocidade
de percepção.
Trata-se do:
a) analisador cinestésico.
b) analisador estático dinâmico.
c) analisador ótico.
d) avaliador acústico.
e) analisador tátil.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) d.
2) a.
3) c.
4) b.
5) c.
6) a.
5. CONSIDERAÇÕES
Ao final desta unidade, esperamos que você tenha conse-
guido entender a importância e a aplicabilidade das Capacida-
des Físicas. Devido a abrangência deste assunto orientamos para
que não se atenha somente ao que foi aqui explanado, apesar
de sempre buscarmos trazer o que de mais evidente e relevante
temos, clara é a ideia de que não esgotaremos o assunto. Des-
ta forma, como em uma estrada representaremos as placas de
sinalização que indicarão um caminho, porém, o seu esforço e
dedicação trilharão seus objetivos.
Esperamos que esteja gostando. Vamos a próxima unidade?
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
BORBA, D. A. et al. Análise das capacidades físicas em crianças dos sete aos dez
anos de idade. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 20, n. 4, p. 84-91, 2012.
Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/254559181_Analise_das_
capacidades_fisicas_em_criancas_dos_sete_aos_dez_anos_de_idade>. Acesso em 12
mar. 2019.
<http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/3314/2343>. Acesso
em: 3 maio 2016.
FAMA – Faculdade de Macapá. Revisão Enem – Educação Física – Capacidades Físicas.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=R4PSrtmOd0U>. Acesso em: 3
maio 2016.
VÍDEO de capacidades físicas. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=SKd-jdA60kw>. Acesso em: 3 maio 2016.
YOUTUBE. Capacidades físicas. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=R4PSrtmOd0U>. Acesso em: 16 mar. 2016.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASTRAND, P. O.; RODAHL, K. Tratado de Fisiologia do Exercício. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1987.
BARBANTI, V. J. Aptidão física: um convite à saúde. Barueri: Manole, 1990.
______. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
1997.
______. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996.
BITTENCOURT, N. Musculação: uma abordagem metodológica. 2. ed. Rio de Janeiro:
Sprint, 1986.
BOMPA, T. O. A periodização no treinamento desportivo. Barueri: Manole, 2001.
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
______. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape,
2005.
FOX, E. L. et al. Bases fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1991.
COSTA, Marcelo Gomes da. Ginastica localizada. 2 ed Rio de Janeiro: Sprint, 1998
MATVEEV, L. P. Preparação desportiva. Londrina: CID, 1996.
MEINEL, K. Motricidade: teoria da motricidade esportiva sob o aspecto pedagógico.
Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984. (Educação Física Série Fundamentação).
PLATONOV, V. N. Teoria Geral do Treinamento Desportivo Olímpico. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
______. Teoria Geral do Treinamento Desportivo Olímpico. Porto Alegre: Artmed, 2008.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho. Barueri: Manole, 2000.
TRITSCHLER, K. A. Medida e avaliação em Educação Física e Esportes de Barrow &
McGee. Barueri: Manole, 2003.
TUBINO, M. J. G. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo. 13. ed. Rio de
Janeiro: Shape, 2003.
VERKHOSHANSKI, I. V. Força: treinamento de potência muscular. Londrina: CID, 1996.
WEINECK, J. Treinamento ideal. Barueri: Manole, 2003.
ZAKHAROV, A.; GOMES, A. C. Ciência do treinamento desportivo. Rio de Janeiro: Grupo
Palestra, 1992.
Objetivos
• Compreender a Periodização da Força.
• Analisar cada uma das fases do planejamento e da periodização.
• Identificar os períodos de planejamento e periodização da força para a
aplicação na Preparação Física.
Conteúdos
• Planejamento dos programas de treinamento.
• Preparação Física Geral e Especial.
• Periodização.
127
© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 3 – PLANEJAMENTO E PERIODIZAÇÃO DA FORÇA
1. INTRODUÇÃO
Nesta unidade, poderemos observar os principais aspectos
do planejamento e a periodização da força.
Tomaremos conhecimento da composição da força, que é
a base das capacidades físicas. A força está relacionada a todos
os métodos de treinamento, por isso todas as áreas afins à Edu-
cação Física estudam de maneira a aprimorá-la e a alcançar os
resultados esperados.
Destacamos também que, devido à extensão do assunto,
abordaremos nesta unidade a periodização colocada por Olivei-
ra (2009), que, em seus diversos estudos, sintetiza o assunto de
maneira clara e pedagógica, privilegiando não somente a escolha
dos caminhos que seguiremos, mas também a oportunidade de
já iniciarmos nossa explanação, tomando como base de nossas
reflexões a pertinência e o aprofundamento já pesquisados pelo
autor.
Conforme já foi dito, nossa intenção não é esgotar o assun-
to, mas dar subsídios a novas e mais profundas investigações.
Bom estudo!
Força
A primeira fase adaptação anatômica tem como objetivo
adaptar progressivamente os músculos, os ligamentos, as arti-
culações e o sistema ósseo para incrementar o aumento de car-
gas mais pesadas durante as fases posteriores de treinamento. O
método mais simples a se considerar para a adaptação anatômi-
ca é o treinamento em circuito, especialmente porque oferece
uma estrutura organizada e alterna os grupos musculares.
O treinamento em circuito pode ser usado desde a pri-
meira semana de adaptação anatômica. Para atletas iniciantes,
deve-se começar com exercícios que usam o próprio peso cor-
poral, como flexões de braço, abdominais, agachamentos, saltos
e flexões em barras. Posteriormente, é importante avançar para
exercícios com implementos leves e pesos. Depois, começa-se
com halteres e outras máquinas para o treinamento de força. Os
exercícios de fase de adaptação anatômica devem ser seleciona-
dos para envolverem a maioria dos grupos musculares.
Exemplo de treinamento em circuito segundo Bompa
(2001, p. 135-136):
Próprio peso corporal
1) Meio agachamento.
2) Flexões dos braços.
3) Abdominais com flexão do joelho.
4) Saltos baixos, com as duas pernas, sem sair do lugar.
5) Extensões da coluna.
6) Flexões na barra.
2) Supino.
3) Abdominais na prancha.
4) Extensão do quadril com cargas leves (vulgo "bom dia").
5) Remada alta.
6) Flexão das pernas.
7) Puxada pela frente.
8) Desenvolvimento de ombro.
9) Flexão plantar.
Planejamento do programa
O método de carga máxima pode ser usado apenas depois
de no mínimo 2 a 3 anos de treinamento de força geral (adap-
tação anatômica), com o uso de cargas mais leves, em razão da
tensão do treinamento e do uso de cargas máximas.
Veja o passo a passo do método:
• Aplique o princípio de aumento progressivo da carga no
treinamento.
• Comece um plano anual para o treinamento de força,
baseado no conceito de periodização.
• Se um atleta não conseguir superar o platô, alterne os
estímulos.
• Aumente a proporção entre os tipos concêntrico e ex-
cêntrico de contração. O treinamento excêntrico adicio-
nal produz uma melhora na força máxima.
Carga
• 100 a 95%: de 15 a 25 repetições.
• 95 a 90%: de 20 a 40 repetições.
• 90 a 80%: de 35 a 85 repetições.
• 80 a 75%: de 70 a 110 repetições.
• Um ID de 3 a 6 minutos é necessário.
Velocidade de contração
Os movimentos são realizados rapidamente, de um modo
explosivo.
Método Isométrico
Produz alta tensão no músculo, tornando esse método
mais útil durante a fase de força máxima. Também pode ser usa-
do na fase de manutenção. O treinamento pode aumentar a for-
ça máxima de 10 a 15 vezes mais que outros métodos, porém
possui claras limitações no desenvolvimento da potência e da
resistência muscular.
A força isométrica é aplicada contra uma resistência, a ten-
são do músculo acumula-se gradativamente, chegando ao máxi-
mo em cerca de 2 a 3 segundos e, ao final, diminui em um tempo
muito menor (de 1 a 2 segundos).
Método Isocinético
Isocinética significa “movimento igual", ou seja, mantém
a mesma velocidade em toda a faixa de movimentos. Um equi-
pamento especialmente criado permite que os músculos encon-
trem a mesma resistência para contrações tanto concêntricas
quanto excêntricas.
Os atletas podem adquirir ganhos em hipertrofia, depen-
dendo da carga e do número de repetições. Em velocidades
maiores, que criam maior resistência, estes podem experimen-
tar ganhos em força máxima.
Um programa de treinamento criado para contração isoci-
nética deve seguir a mesma metodologia que o método de carga
máxima.
Método excêntrico
Durante a fase excêntrica, a força é produzida enquanto o
músculo se estende. O treinamento excêntrico cria maior tensão
nos músculos que as contrações isométricas ou isotônicas. Uma
vez que uma maior tensão muscular significa, em geral, maior
desempenho da força, o treinamento excêntrico poderia ser con-
siderado como um método superior de treinamento.
Planejamento do programa
Apenas atletas com histórico de 3 a 5 anos de treinamento
de força devem usar o método, pois emprega cargas muito pe-
sadas (de 110 a 160%). Pode ser usado apenas em uma sessão
ou em uma fase curta de treinamento, ou combinado a outros
métodos.
A velocidade de execução é lenta, pois a carga é
supermáxima.
P= F× V
Método isotônico
A tentativa de movimentar um peso tão rapidamente e
com tanta força quanto possível, por toda a faixa de movimento,
é um dos métodos clássicos do treinamento de potência.
Pesos livres ou outros equipamentos que possam ser movi-
dos rapidamente são bons métodos para desenvolver a potência.
Planejamento do programa
Durante a fase de força máxima, o atleta acostuma-se com
cargas máximas ou supermáximas. Portanto, usar cargas entre
30 a 80% de 1 RM para o desenvolvimento da potência não é um
desafio. O desafio é usar esse tipo de carga e criar, ao mesmo
tempo, uma aceleração alta.
Um número baixo de repetições (de 4 a 10) é sugerido, já
que o elemento fundamental para o treinamento de potência é o
vigor das repetições, não o modo como são realizadas.
Deve-se ser seletivo na escolha dos exercícios para o treina-
mento de potência. Eles devem ser muito específicos ao esporte,
a fim de imitar suas habilidades motoras. Selecione o menor nú-
mero de exercícios (de 2 a 4), de modo que possa ser realizado o
maior número de séries possível (3 a 6), para o benefício máximo
dos músculos motores primários, com velocidade de execução
tão alta quanto possível.
Método balístico
É quando a força interna do atleta excede claramente a re-
sistência externa, como, por exemplo, com a medicine ball, em
que ocorre um movimento dinâmico (balístico).
Planejamento do programa
Os exercícios balísticos podem ser planejados para o final
de uma sessão de treinamento ou após o aquecimento, depen-
dendo dos objetivos almejados. O treinamento é melhorado
quando o organismo está descansado.
Cada repetição deve começar dinamicamente, com a ten-
tativa de aumentar a velocidade de modo constante. Isso per-
mite um maior envolvimento de unidades motoras de CR, não
sendo necessário um grande número de repetições, mas o fator
determinante é a velocidade.
As repetições devem ser interrompidas quando a velocida-
de declina.
Planejamento do programa
A carga para o método de resistência à força está ligada
ao exercício executado. Para a fase isométrica, a contração deve
durar de 3 a 4 segundos ou o tempo necessário para se chegar a
uma tensão máxima.
Para exercícios nos quais a resistência é oferecida por um
haltere, a carga deve ser de 80 a 90% para a fase de estímulo e de
30 a 50% para as repetições explosivas. Selecione os exercícios
com cuidado, para combinar a direção de contração do músculo
motor primário. Para obter a máxima vantagem com a potência,
mantenha baixo o número de exercícios (de dois a quatro), de
modo que um grande número de conjuntos (de três a cinco) pos-
sa ser executado.
Este treinamento pode ser realizado separadamente ou
combinado a outros métodos de treinamento de potência.
Método Pliométrico
Um dos métodos de maior sucesso para ganho de potência
talvez seja o treinamento que emprega exercícios pliométricos,
conhecido também como ciclo de alongamento-encurtamento.
Esse ciclo refere-se a exercícios em que o músculo é carregado
em uma contração excêntrica (alongamento), seguida imediata-
mente por uma contração concêntrica (encurtamento).
Planejamento do programa
Para a criação efetiva de um programa pliométrico, deve
haver a consciência de que os exercícios variam em relação à in-
tensidade, sendo classificados em diferentes grupos para uma
melhor progressão.
O nível de intensidade é diretamente proporcional à altura
ou extensão de um exercício. O programa é dividido em dois gru-
pos principais: exercícios de baixo impacto e de alto impacto. Pe-
ríodos de 2 a 4 anos são gastos na incorporação de exercícios de
baixo impacto para adaptação de ligamentos, tendões e ossos.
Força de aterrissagem/reativa
O atleta precisa ter o poder de controlar a aterrissagem e a
potência reativa para realizar rapidamente qualquer outro movi-
mento. A força necessária para controlar e absorver o choque da
Força de lançamento
A força de lançamento é gerada sobretudo pelas fibras
musculares de CR. Quanto maior o diâmetro da fibra individual,
mais rapidamente ela se contrai. Similarmente, quanto maior
o número de fibras envolvidas em uma contração simultânea,
maior a força para o lançamento de um implemento.
Quanto maior a diferença entre a força máxima do atleta e
a resistência do implemento, mais alta é a aceleração.
O treinamento específico de potência deve concentrar-se
na aplicação máxima da força e no uso dos métodos isotônicos
e balísticos.
Força de decolagem
Muitos saltadores usam o treinamento tradicional com pe-
sos para treinarem a fase de decolagem que proporciona com
o tempo uma base adequada para o treinamento de força. A
decolagem com uma perna só usa múltiplos movimentos das
articulações.
Força de partida
A força da partida é uma habilidade essencial em esportes
em que a velocidade inicial da ação dita o resultado final.
O componente elástico e reativo do músculo tem uma
importância vital para uma ação rápida e largadas poderosas.
Quanto mais específico o treinamento de força durante a fase
de conversão, melhor é o reflexo de alongamento do músculo e
maior é a força das fibras de CR.
Utiliza-se treinamento com exercícios isotônicos, balísti-
cos, combinados e pliométricos.
Força de aceleração
A capacidade do atleta em acelerar até desenvolver a alta
velocidade é crucial para a conquista de uma melhora no desem-
penho. A força é um atributo indispensável para qualquer espor-
te que exija aceleração; o desenvolvimento da força máxima é
essencial.
Uma exigência fisiológica para a capacidade de força é um
diâmetro grande dos filamentos musculares que se contraem,
principalmente as pontes cruzadas de miosina podem aumentar
seu tamanho apenas com o uso de métodos de treinamento de
força máxima. Posteriormente, os ganhos precisam ser conver-
tidos em potência com os métodos isotônico, balístico, de resis-
Força de desaceleração
Em muitos esportes, a desaceleração é tão importante
quanto a aceleração.
A desaceleração é realizada pela contração excêntrica dos
músculos das pernas. A capacidade para amortecer o impacto
exige força e graus de flexão das pernas similares àqueles neces-
sários para a absorção do choque na aterrissagem.
Para o treinamento, são vários métodos empregados: con-
tração excêntrica e exercícios pliométricos. Para a contração ex-
cêntrica, o método de força máxima deve ser aplicado com uma
progressão de cargas médias a supermáximas. Para os exercí-
cios pliométricos, depois de alguns anos de progressão normal
de exercícios de baixo para alto impacto, saltos com queda em
profundidade e reativos devem ser usados. Os atletas desenvol-
verão a força de desaceleração seguindo a metodologia descrita
para esses métodos.
A força muscular é uma capacidade muito importante não
apenas para o desenvolvimento esportivo, mas também para a
saúde.
Outros benefícios do treinamento de força: melhoria de
aptidões físicas, melhoria do sistema osteoarticular, diminuição
do tecido adiposo, aumento de massa magra, melhoria das fun-
ções cardíacas, diminuição da pressão arterial, diminuição do
• Caso você adquira o material, por meio da loja virtual, receberá também um
CD contendo os vídeos complementares, os quais fazem parte integrante
do material.
__________________________________________________
3.1. PERIODIZAÇÃO
Vídeos
• YOUTUBE. Periodização do treinamento físico – Prof.
Henrique Stelzer Nogueira. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=24T4zMC9F30>. Acesso
em: 15 jul. 2015.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A seguir, responda às questões propostas, a fim de conferir
seu desempenho no estudo desta unidade:
1) Quanto à força máxima, podemos afirmar que:
I - a força máxima é a máxima capacidade de produção de força durante
uma contração muscular voluntária máxima.
II - a força máxima se refere à maior força que pode ser executada pelo
sistema neuromuscular. A força máxima se reflete em algumas mo-
dalidades esportivas, como é o caso do halterofilismo, lançamento e
arremesso no atletismo, além de encontrarmos benefícios no desen-
volvimento da força máxima em esportes como natação de velocida-
de, remo e patinação de velocidade, por exemplo.
III - a força máxima é refletida pela carga mais pesada que um atleta pode
erguer, em uma tentativa expressa como 100% do máximo ou uma
repetição máxima.
Após ler estas definições, podemos afirmar que:
a) somente a afirmação I é correta.
b) as afirmações I e II são corretas.
c) as afirmações I e III são corretas.
d) as afirmações II e III são corretas.
e) as afirmações I, II e III são corretas.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) e.
2) b.
3) a.
4) d.
5) c.
5. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
SEQUEIROS, J. L. S. et al. Estudo sobre a fundamentação do modelo de periodização
de Tudor Bompa do treinamento desportivo sob a ótica da metanálise. Fitness &
Performance Journal, Rio de Janeiro, v. 4, n. 6, p. 341-347, nov./dez. 2005. Disponível
em: <http://dialnet.unirioja.es/servlet/oaiart?codigo=2953074>. Acesso em: 5 maio
2016.
USP. Universidade de São Paulo. Força muscular: medidas da força e resistência
muscular. Disponível em: <https://www5.usp.br/?s=For%C3%A7a+muscular%3A+m
edidas+da+for%C3%A7a+e+resist%C3%AAncia+muscular>. Acesso em: 12 mar. 2019.
YOUTUBE. Periodização do treinamento físico – Prof. Henrique Stelzer Nogueira.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=24T4zMC9F30>. Acesso em: 15
jul. 2015.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASTRAND, P. O.; RODAHL, K. Tratado de Fisiologia do Exercício. 2. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1987.
BARBANTI, V. J. Aptidão física: um convite à saúde. Barueri: Manole, 1990.
______. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
1997.
______. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996.
BITTENCOURT, N. Musculação: uma abordagem metodológica. 2. ed. Rio de Janeiro:
Sprint, 1986.
BOMPA, T. O. A periodização no treinamento desportivo. Barueri: Manole, 2001.
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
______. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape,
1991.
FOX, E. L. et al. Bases fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1991.
MATVEEV, L. P. Preparação desportiva. Londrina: CID, 1996.
MEINEL, K. Motricidade: teoria da motricidade esportiva sob o aspecto pedagógico.
Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984. (Educação Física Série Fundamentação).
OLIVEIRA, P. R. Planejamento e metodologia do treinamento desportivo. Batatais:
Claretiano, 2009.
PLATONOV, V. N. Teoria geral do treinamento desportivo olímpico. Porto Alegre:
Artmed, 2004.
______. Teoria geral do treinamento desportivo olímpico. Porto Alegre: Artmed, 2008.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao
condicionamento e ao desempenho. Barueri: Manole, 2000.
TRITSCHLER, K. A. Medida e avaliação em Educação Física e Esportes de Barrow &
McGee. Barueri: Manole, 2003.
TUBINO, M. J. G. Metodologia científica do treinamento desportivo. 13. ed. Rio de
Janeiro: Shape, 2003.
VERKHOSHANSKI, I. V. Força: treinamento de potência muscular. Londrina: CID, 1996.
WEINECK, J. Treinamento ideal. Barueri: Manole, 2003.
ZAKHAROV, A.; GOMES, A. C. Ciência do treinamento desportivo. Rio de Janeiro: Grupo
Palestra, 1992.
Objetivos
• Compreender as preparações técnica, tática e psicológica.
• Analisar as preparações técnica, tática e psicológica aplicadas à Prepara-
ção Física.
• Identificar a importância de cada tipo de treinamento em Preparação Fí-
sica Geral.
Conteúdos
• Preparação Tática.
• Preparação Técnica.
• Preparação Psicológica.
181
© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 4 – PREPARAÇÃO TÉCNICO-TÁTICA E PSICOLÓGICA
1. INTRODUÇÃO
Destacaremos nesta última unidade a preparação técnico-
-tática e psicológica.
Procure, sempre que possível, se aprofundar nos diversos
assuntos aqui colocados e busque sempre novas fontes de pes-
quisa e informações. Lembre-se de que tão importante quanto
os conceitos teóricos é você ter capacidade de colocar em práti-
ca todo seu aprendizado.
Figura 1 Ayrton Senna, em sua última corrida em Ímola, Itália, em 1994. Ele foi um
dos grandes ícones da Fórmula 1, que se destacou por sua técnica, tática e controle
psicológico principalmente nas corridas em dias de chuva.
Preparação técnica
Podemos entender como preparação técnica o conjunto
de procedimentos que vão garantir soluções mais eficazes para
as tarefas motoras, fazendo com que as atividades que devem
ser desenvolvidas sejam feitas com maior eficiência, de manei-
ra objetiva e econômica, ou seja, a preparação técnica tem seu
enfoque em proporcionar o melhor desempenho com o menor
desgaste possível, de acordo com a especificidade de cada mo-
dalidade esportiva, atividade física ou modalidade, dentro das
características de cada competição (WEINECK, 2003; PLATONOV,
2008).
Dentro da preparação técnica, podemos formular uma sé-
rie de movimentos, gestos esportivos com detalhes específicos
Figura 11 Salto em tesoura, que consiste em uma técnica de aprendizagem mais fácil,
porém, menos eficiente.
Figura 12 Rolo ventral: técnica com um grau mais apurado de dificuldade, porém, mais
eficiente que o salto em tesoura.
Figura 13 Salto fosbury-flop, mais utilizado atualmente, foi realizado pela primeira
vez na 22ª Olimpíada do México, em 1968, por Dick Fosbury. Esse salto rendeu-lhe a
medalha de ouro.
Figura 14 Dick Fosbury, em 1968, na conquista da medalha de ouro, após executar uma
nova técnica de salto batizada como fosbury-flop.
CRITÉRIOS EVOLUÇÃO
FASES DO APRENDIZADO
METODOLÓGICOS NEUROFISIOLÓGICA
NO DESENVOLVIMENTO
NO PROCESSO DE NO PROCESSO DE
DA TÉCNICA ESPORTIVA
TREINAMENTO TÉCNICO APRENDIZADO MOTOR
As primeiras percepções
Primeiro esboço
óticas, acústicas,
1) Fase de ajuste do da sequência de
verbais constituem o
treinamento de acordo movimentos, obtenção
primeiro estímulo para
com o objetivo do dos requisitos através de
o desenvolvimento
exercício. exercícios e de aptidões
de uma sequência de
básicas.
movimentos.
Fase de "irradiação" do
A sequência de
processo de estimulação
movimentos é ensinada
= irradiação dos estímulos
2) Fase da coordenação em sua totalidade,
que passam a predominar
grosseira: a sequência porém sob condições
sobre os processos de
de movimentos pode facilitadas, sem treinar os
inibição. A consequência
pela primeira vez ser detalhes do movimento
desta irradiação é
visualizada como um isoladamente.
uma inervação pouco
todo. O objeto desta fase é
econômica e exagerada
treinar uma sequência de
da musculatura envolvida
movimentos.
no movimento.
CRITÉRIOS EVOLUÇÃO
FASES DO APRENDIZADO
METODOLÓGICOS NEUROFISIOLÓGICA
NO DESENVOLVIMENTO
NO PROCESSO DE NO PROCESSO DE
DA TÉCNICA ESPORTIVA
TREINAMENTO TÉCNICO APRENDIZADO MOTOR
A estrutura total treinada
na fase de coordenação
grosseira é mantida.
Nesta fase, cada Na "fase de
etapa do treinamento concentração", os
técnico é executada processos de inibição
3) Fase de coordenação separadamente. e excitação focalizam
fina: cada fase do Um esquema da sobre os centros e órgãos
movimento apresenta movimentação é o a serem inervados. O
uma estrutura dinâmica objetivo de treinamento sistema formado por
e cinemática própria. técnico. As condições inibição e estimulação é
A concatenação de de aprendizado são lábil.
movimentos desta padronizadas. A forma Na maioria das
sequência é consciente. do treinamento de vezes, o processo de
coordenação fina movimentação se
depende do objetivo completa pelo controle
e do processo de sensorial e ótico.
treinamento, bem como
da conscientização do
atleta.
Processos de
estimulação e inibição
Uma sequência estável são automatizados de
de movimentos somente modo que a sequência
é obtida com variações de movimentos possa
de situações e sob as ser executada de
4) Fase de fixação condições vigentes em modo inconsciente.
e estabilização: os uma competição. O Nesta etapa, as vias de
movimentos são fixados objetivo a ser alcançado condução nervosa são
sob a forma de reações é uma grande capacidade concluídas no córtex
em função da ação dos de reação e adaptação. cerebral. Deste modo,
meios interno e externo. Também é importante a coordenação dos
desenvolver grande movimentos torna-se
sensibilidade ao estável, e a atenção
movimento e percepção do esportista pode
sobre ele. se concentrar nas
partes mais difíceis do
movimento.
Fonte: Adaptado de Martin (1977 apud Weineck, 2003, p. 544).
Preparação tática
Podemos entender por tática os procedimentos utilizados
para que sejam concretizadas as ações motoras responsáveis
pela eficácia em uma atividade, por meio de objetivos prede-
finidos, verificamos isso na Figura 16 onde os “procedimentos
utilizados” da equipe de futebol, disposta taticamente em linha
sejam” concretizadas as ações motoras responsáveis pela eficá-
cia” da defesa em colocar o ataque em situação de impedimento
Platonov (2008, p. 370) completa este raciocínio, dizendo
que
[…] o nível de preparação tática depende do controle exercido
pelo atleta sobre os meios táticos (procedimentos técnicos e
meios usados para sua realização), tipos de tática (de ataque,
de defesa, de contra-ataque) e formas da tática (individual, em
grupo, em equipe).
Tática Esportiva
Baseada sobre
Capacidade Técnica Capacidade
Cognitiva Adquirida Psicofísica
Direcionada para
Comportamento ideal em competições mobilizando todo o
potencial individual
Fonte: Weineck (2003, p. 579).
Figura 17 Adaptado de Weineck (2003, p. 579). Visão geral dos componentes da tática.
Sem Neymar, uma das grandes apostas da Seleção Brasileira é o meia Oscar.
Com a opção por três volantes, o camisa 11 deve ter mais liberdade para a
criação das jogadas e, em alguns momentos, atuar como um terceiro atacante
ao lado de Hulk e Fred – o meio-campista conta com duas assistências e um
gol no Mundial. Além disso, os lados do campo também devem ser alternativa
para o setor ofensivo. A opção por um meio de campo “congestionado” por
volantes, e a volta de Daniel Alves – com mais poder ofensivo que Maicon –,
abre espaço para que os laterais atuem como alas e cheguem mais ao ataque.
A seleção alemã, por sua vez, conta com a qualidade para trabalhar as jogadas
como principal trunfo. Os alemães têm o melhor aproveitamento de passes no
torneio, com 82% de acertos, em um total de 2938 – mais que o dobro da mé-
dia da competição, que é de 1458. Nesse fundamento, a peça mais eficiente
da Alemanha é Toni Kroos. O meio-campista é o segundo jogador com mais
assistências nesta Copa (três em 10 gols de sua seleção), atrás somente de
Cuadrado, da Colômbia, que somou quatro ao longo do torneio.
Cotado como possível substituto de Neymar, Willian deve ser umas das
principais alternativas entre os suplentes de Felipão. Embora pouco testado
nesta Copa, há grande expectativa sobre o rendimento do meio-campista do
Chelsea desde o início da competição. Caso o treinador opte por sua entrada,
o time pode abrir mão da formação com três volantes e voltar ao esquema das
partidas anteriores, com trio ofensivo.
Maior artilheiro das Copas – ao lado de Ronaldo, com 15 gols –, Klose teve
chance entre os titulares no último jogo, mas o mau rendimento o colocou de
volta entre os reservas. Apesar disso, o atacante deve ser nome certo em
campo durante a partida, caso a Alemanha precise do gol. Além do poder de
finalização, existe o incentivo extra de que um tento nesta terça-feira coloca
Klose definitivamente acima de Ronaldo na artilharia da história dos Mundiais,
justamente contra o Brasil.
Preparação psicológica
Atualmente, a preparação psicológica dos esportistas
tornou-se um ponto precípuo da preparação física. Diversos
autores, entre eles aqueles que estão embasando nossos
estudos, como Weineck (2003) e Platonov (2008), evidenciam
a grande importância desta preparação, principalmente no alto
nível, em que a sobrecarga das competições, o estresse físico dos
treinamentos, as repentinas e longínquas viagens, se não forem
controlados psicologicamente, poderão abreviar o desempenho
e até a carreira dos atletas.
Para Platonov (2008, p. 382),
Figura 21 Expulsão do atleta brasileiro Neymar no final do jogo entre Brasil e Colômbia
pela Copa América (17/06/15).
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) O conjunto de procedimentos que vai garantir soluções mais eficazes para
as tarefas motoras, fazendo com que as atividades que devem ser desen-
volvidas sejam feitas com maior eficiência, de maneira objetiva e econô-
mica, é uma definição relativa a:
a) preparação técnica.
b) preparação tática.
c) preparação psicológica.
d) preparação física.
e) preparação intelectual.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) a.
2) e.
3) d.
4) b.
5) e.
6) c.
7) a.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, você pôde aprender sobre as preparações
técnico-táticas e psicológicas, obtendo uma visão global da pre-
paração física do conjunto de procedimentos que vão garantir
soluções mais eficazes para as tarefas motoras, as estratégias
traçadas para o sucesso nos treinamentos e competições e, por
fim, as características e importância do treinamento psicológico.
Esperamos que você tenha gostado e que este conteúdo
lhe proporcione subsídios para a obtenção do sucesso em sua
vida, como profissional e como pessoa. Agora, cabe a você colo-
car em prática seus conhecimentos.
Durante nosso aprendizado, deparamo-nos com conhe-
cimentos inter-relacionados. Cada componente da Prepara-
ção Física Geral é uma peça que irá compor um momento do
treinamento.
Gostaríamos de enfatizar que o diferencial de um bom pro-
fissional ocorre ao entender que hábitos de leitura, de pesquisa
e a busca constante de aprimoramento não se limitam somente
ao conteúdo desta obra.
É oportuno observar que a obra não teve a pretensão de
esgotar o assunto, mas, sim, de traçar os principais pontos que
envolvem o tema, com o intuito de despertar o seu interesse
pela continuidade das investigações nessa área.
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
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Disponível em: <http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0483.pdf>. Acesso em: 12
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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