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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

CURSO DE PSICOLOGIA

DESENVOLVIMENTO FÍSICO E COGNITIVO NA TERCEIRA IDADE

RIO DE JANEIRO
JUNHO/2018
SUELEN LIMA DE MATOS – 201307318444

DESENVOLVIMENTO FÍSICO E COGNITIVO NA IDADE ADULTA

Trabalho apresentado ao curso de


Psicologia da Universidade Estácio de
Sá, para a disciplina Desenvolvimento
da Idade Adulta e Terceira Idade

prof. º: Nelson Schneider

RIO DE JANEIRO
JUNHO/2018
SUMÁRIO

1. Introdução ................................................................................................... 4

2. O envelhecimento da população ................................................................ 5

3. Diferenças de gênero...................................................................................6

4. Teorias de programação genética...............................................................7

5. Teoria de taxas variáveis............ ................................................................8

6. Mudanças orgânicas e sistêmicas...............................................................9

7. Referências ............................................................................................... 10
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1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de Diane E.


Papalia, Sally W. Olds & Ruth D. Feldman, Desenvolvimento Humano,
Desenvolvimento Físico e Cognitivo da Idade Adulta, Cap.17.
Para início ressaltamos a definição de terceira idade, em termos
cronológicos, como o período partir dos 65 anos. Porém, esta idade são o ponto
de entrada tradicional na terceira idade, a última fase da vida. Contudo, muitos
adultos aos 65 - ou até aos 75 ou 85 - não se sentem nem agem como "velhos".
As diferenças individuais tornam-se mais acentuadas nos anos avançados, e o
"use ou perca" torna-se uma regra urgente. A maioria dos adultos mais velhos
possui boa saúde física e mental; as pessoas que se mantêm física e
intelectualmente ativas podem manter-se firmes na maioria dos aspectos e até
aumentar de competência. O funcionamento físico e o cognitivo possuem efeitos
psicossociais, os quais, muitas vezes, determinam o estado emocional de uma
pessoa e se ela pode viver de maneira independente.
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2. O ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO

Desde 1900, a proporção de norte-americanos com mais de 65 anos


aumentou de 4 para 13%. Até o ano de 2030, 20% da população norte-
americana tenderá a estar nessa faixa etária (Abeles, 1998; Kramarow, Lentzner,
Rooks, Weeks e Saydah, 1999; ver Figura 17-1). Além disso, a própria população
de idade está envelhecendo.
Seu segmento com crescimento mais rápido consiste de pessoas de
85 anos e, em 2030, seu número pode mais do que duplicar (Kramarow et al.,
1999). Segundo estimativas do censo, o número de centenários, pessoas com
mais de 100 anos, quase dobrou durante a década de 1990, para mais de 70
mil. Se essa taxa de crescimento continuar, poderão existir quase 850 mil
centenários em meados do século XXI (Krach e Velkoff, 1999; ver Quadro 17-1).
A diversidade étnica está aumentando entre os idosos, assim como
em outras faixas etárias. Em 1998, cerca de 16% dos norte-americanos mais
velhos pertenciam a grupos minoritários; até 2030, esse percentual será de 25%.
A proporção de norte-americanos hispânicos mais velhos tende a crescer mais
do que três vezes, de 5,1% a 17,4%, excedendo a população afro-americana
mais velha (AÀRP, 1999).
A população mundial também está envelhecendo, graças ao
crescimento econômico, ao aumento no suprimento de alimentos, ao maior
controle sobre doenças infecciosas e ao melhor acesso à água potável, a
instalações sanitárias e à assistência à saúde. Mundialmente, prevê-se que a
população aumente mais do que o dobro até 2025 (U.S. Bureau of the Census,
1999c). Até então, haverá mais de 800 milhões de pessoas com mais de 65 anos
no mundo, dois terços delas em países desenvolvidos. Na França, onde havia
apenas 200 centenários em 1950, prevê-se que seu número chegue a 150 mil
em 2050, um aumento de 750 vezes em um século (World Health Organization
[WHO], 1998).
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3. DIFERENÇAS DE GÊNERO

Os meninos são mais propensos do que as meninas a morrer no


primeiro ano de vida; meninos e jovens adolescentes apresentam maior
probabilidade de morrer de AIDS ou de acidentes; homens de meia-idade e mais
velhos tendem mais do que as mulheres a morrer de doença cardíaca ou de
outras enfermidades. Os problemas de saúde de mulheres mais velhas tendem
a se constituir de condições de longa duração, crônicas e incapacitantes; os
homens tendem a desenvolver doenças fatais de curta duração.
As mulheres nos Estados Unidos foram mais beneficiadas do que os
homens com os aumentos na expectativa de vida durante o século XX,
principalmente pela redução nas mortes durante o parto. Em 1900, havia uma
diferença de apenas dois anos na expectativa de vida entre os sexos. A diferença
aumentou para quase oito anos em 1979; desde então, ela se estreitou para
cerca de cinco anos e meio, sobretudo porque mais homens do que antes estão
sobrevivendo aos enfartes (Martin et al., 1999; Treas, 1995).
A diferença de gênero na expectativa de vida significa que o número
de mulheres mais velhas ultrapassa o de homens em uma proporção de três
para dois, e essa disparidade aumenta com o avanço da idade.
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4. TEORIAS DE PROGRAMAÇÃO GENÉTICA

As teorias de programação genética sustentam que os corpos


envelhecem segundo uma seqüência normal de desenvolvimento programada
nos genes. Essa seqüência implica um ciclo de vida máximo geneticamente
determinado, Como discutido no Capítulo 3, as células no corpo estão
constantemente se multiplicando através de divisão celular; esse processo é
essencial para compensar a morte programada de células inúteis ou
potencialmente perigosas e para manter órgãos e sistemas funcionando
adequadamente (Goldstein, 1998; Raff, 1998).
Leonard Hayflick (1974) constatou que as células humanas dividem-
se no máximo 50 vezes em laboratório; isso é chamado de limite Hayflick, o qual
foi comprovado ser geneticamente controlado (Schneider, 1992). Isso sugere
que pode haver um limite biológico no ciclo de vida das células humanas e,
portanto, da vida humana - limite que Hayflick estimou em 110 anos. Se, como
sugeriu Hayflick (1981), as células passam pelo mesmo processo de
envelhecimento no corpo que passam na cultura de laboratório - hipótese que
ainda não foi comprovada - então as influências ambientais desempenhariam
pouco ou nenhum papel no envelhecimento (Gerhard e Cristofalo, 1992). O
corpo humano, como uma máquina, seria biologicamente programado para
falhar em determinado ponto.
Não resta dúvida de que os genes "exercem forte controle sobre o
ciclo de vida e sobre os padrões de envelhecimento" (Finch e Tanzi, 1997, p.
407). Entretanto, a programação genética não pode sozinha explicar tudo; caso
contrário, todos os seres humanos morreriam na mesma idade. Fatores
ambientais e experienciais interagem com fatores genéticos (Finch e Tanzi,
1997).
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5- TEORIAS DE TAXAS VARIÁVEIS

As teorias de taxas variáveis, às vezes chamadas de teorias de erro,


vêem o envelhecimento como resultado de processos que variam de pessoa
para pessoa. Esses processos podem ser influenciados tanto por fatores
internos como externos
Outras teorias de taxas variáveis concentram-se em processos
internos, como o metabolismo (o processo pelo qual o corpo transforma os
alimentos e o oxigênio em energia), os quais podem influenciar mais direta e
continuamente a taxa de envelhecimento (NIA, 1993: Schneider, 1992). A teoria
do desgaste sustenta que o corpo envelhece como resultado do acúmulo de
danos ao sistema. Acredita-se que à medida que envelhecem, as células tornam-
se menos capazes de reparar ou de substituir componentes danificados.
Estressores internos e externos (incluindo o acúmulo de materiais prejudiciais,
como os subprodutos químicos do metabolismo) podem agravar o processo de
desgaste. A teoria dos radicais livres concentra-se nos efeitos deletérios, dos
radicais livres: átomos ou moléculas altamente instáveis que se formam durante
o metabolismo (conversão de oxigênio em energia), os quais reagem com as
membranas celulares, as proteínas celulares, as gorduras, os carboidratos e até
mesmo com o DNA, podendo danificá-los.
A teoria da taxa de metabolismo sugere que o corpo possui uma
capacidade limitada de trabalho; quanto mais rápido ele trabalha, mais
rapidamente ele se esgota. Assim, a velocidade do metabolismo determina a
duração da vida. Essa teoria encontra sustentação no fato de que peixes cujo
metabolismo é retardado colocando-os em água mais fria vivem mais do que
viveriam em água mais quente (Schneider, 1992). A teoria auto-imune sugere
que o sistema imunológico pode ficar "confuso" na velhice e produzir anticorpos
que atacam as células do próprio corpo. Acredita-se que esse mau
funcionamento, chamado de auto-imunidade, seja responsável por algumas
doenças relacionadas com a envelhecimento (Spence, 1989).
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6- MUDANÇAS ORGÂNICAS E SISTÊMICAS

As mudanças fisiológicas na terceira idade são altamente variáveis;


muitos dos declínios comumente associados ao envelhecimento podem, na
verdade, ser efeitos de doença em vez de causas (Williams, 1992). Alguns
sistemas corporais declinam mais rápido do que outros (ver Figura 17-5). O
aparelho digestivo, incluindo o fígado e a vesícula biliar, permanece
relativamente eficiente. Entre as mudanças mais graves estão aquelas que
acometem o coração. Seu ritmo tende a tornar-se mais lento e irregular, de-,
pósitos de gordura acumulam-se a seu redor, podendo interferir em seu
funcionamento, e a pressão arterial costuma aumentar. Entretanto, como sugere
a abordagem de desenvolvimento do ciclo de vida de Baltes (ver Capítulo 1),
ganhos podem compensar as perdas. Embora a capacidade saudável do
coração de bombear mais rapidamente durante o exercício tenda a diminuir com
a idade, o fluxo sangüíneo diminui muito pouco, porque o coração bombeia mais
sangue a cada batimento (NIH/NIA, 1993; Rodehoffer et al., 1984).
Adultos perdem altura em idade avançada porque os discos entre as
vértebras da coluna atrofiam-se; eles podem parecer ainda mais baixos devido
à postura encurvada. O adelgaçamento dos ossos pode causar o aparecimento
de uma "corcunda de viúva" atrás do pescoço, especialmente em mulheres com
osteoporose (ver Capítulo 15). A composição química dos ossos muda na
osteoporose, criando maior risco de fraturas. Embora nos Estados Unidos as
mulheres tenham quatro vezes mais chances de desenvolver osteoporose do
que os homens, estima-se que um terço das fraturas de quadris ocorrem em
homens.
Embora a terapia estrogênica possa proteger as mulheres contra a
osteoporose e, possivelmente, contra a doença cardíaca e algumas outras
condições, mulheres mais velhas tendem a ser céticas em relação a seus
benefícios. Esse ceticismo parece estar relacionado não apenas com a
preocupação em relação aos efeitos prejudiciais (ver Capítulo 15), como também
com a crença de que elas não precisam dela (Salamone, Pressman, Seeley e
Cauley, 1996).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PAPALIA, D. ; OLDS, S. Desenvolvimento Humano. 7. ed. Porto


Alegre: Artmed, 2000.

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