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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIREDENTOR

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA MECÂNICA

JOÃO VICTOR MOREIRA PINTO


JOÃO LUCAS MOREIRA TARDIM
DIEGO DE PAULA
HUGO REZENDE SOUZA
DAYLLAN ALVES CUNHA

RELATÓRIO TÉCNICO - AVALIAÇÃO DA DUREZA APÓS CEMENTAÇÃO EM AÇO 1045

Itaperuna - RJ
2018
JOÃO VICTOR MOREIRA PINTO
JOÃO LUCAS MOREIRA TARDIM
DIEGO DE PAULA
HUGO REZENDE SOUZA
DAYLLAN ALVES CUNHA

AVALIAÇÃO DA variação da DUREZA APÓS CEMENTAÇÃO EM AÇO 1045

Trabalho apresentado à disciplina de


Laboratório de Engenharia Mecânica II, como
parte dos critérios de avaliação.
Prof.: DsC. Valtency Ferreira Guimarães.

Itaperuna - RJ
2018
SUMÁRIO

1 42 4
1 INTRODUÇÃO

A Cementação consiste em um tratamento termoquímico que visa aumentar o teor de


carbono na superfície do material, mantendo o núcleo dúctil. O relatório em questão fez o
uso do aço SAE 1045 buscando analisar a dureza pré e pós tratamento.
Através de uma média decorrente de sucessivas medições, a dureza obtida do aço SAE
1045 cru foi de 28,40 HRc. Após a análise inicial de dureza, foi realizado um processo de
cementação em caixa na amostra, direcionando-a ao forno elétrico a uma temperatura de
900 ºC durante um período de 4 horas. Posteriormente a peça foi submetida a um
resfriamento em óleo, proporcionando um resfriamento brando e evitando a formação de
trincas internas e amenizando os efeitos da oxidação superficial do corpo de prova. Após o
procedimento, o material foi submetido a um novo ensaio de dureza, com finalidade
comparativa, aonde através de uma média decorrente de sucessivas medições observou-se
uma dureza de 56,66 HRc. Observado o aumento considerável da dureza pós tratamento
termoquímico, conclui-se que a cementação é um processo satisfatório na obtenção de
características exigidas em materiais com alta dureza.

2 OBJETIVOS

Os ensaios realizados no aço SAE 1045 tiveram como intuito a comparação da


dureza do corpo de prova pré e pós tratamento termoquímico.
A finalidade do tratamento térmico de cementação foi promover o enriquecimento
com carbono da superfície de um aço comum na metalmecânica - SAE1045 -, fazendo com
que esta camada apresente um índice de dureza maior que a do núcleo.
3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Corpo de prova

Para realização do ensaio de cementação foi utilizado como material de estudo um


corpo de prova fabricado em aço SAE 1045 (Aço comum com 0,45% de Carbono de
media resistência).

Figura 1: Corpo de prova


Fonte: Fotografia realizada durante o ensaio

3.2 Forno Elétrico


Forno utilizado para realização do tratamento térmico no corpo de prova (Forno
elétrico).

Figura 2: Forno elétrico usado no tratamento térmico


Fonte: Fotografia realizada durante o ensaio

3.2 mistura carbonetante


Mistura rica em carbono, utilizada no processo de cementação do aço.

Figura 3: Mistura carbonetante


Fonte: Fotografia realizada durante o ensaio

3.4 Durômetro

Para medição da dureza do corpo de prova foi utilizado um Durômetro de Bancada


para Dureza Rockwell.

Figura 4: Óleo utilizado no resfriamento


Fonte: Fotografia realizada durante o ensaio

3.5. Óleo para resfriamento

Óleo mineral de baixa viscosidade utilizado no resfriamento do corpo de prova após


a realização do processo de cementação.

Figura 5: Óleo utilizado no resfriamento


Fonte: Fotografia realizada durante o ensaio
O presente estudo acerca da cementação do aço SAE 1045 constituiu inicialmente
na preparação do corpo de prova – inicialmente cru –, promovendo a limpeza de sua
superfície.
O corpo de prova foi então levado ao durômetro (Figura 6), onde uma pré-carga na
ordem de 10kgf foi aplicada a este. Atingindo então o equilíbrio, a carga propriamente dita
na ordem de 150 kgf foi aplicada ao corpo de prova, obtendo quinze valores de dureza para
o aço cru.

Figura 6: Aço SAE 1045 cru.


Fonte: Fotografia realizada durante o ensaio.

Obtidos os valores de dureza no aço SAE 1045 cru, o corpo de prova foi
encaminhado para o laboratório de Metalografia e Tratamento Térmico. O corpo de prova foi
acondicionado entre camadas de mistura carbonetante dentro de uma caixa específica.
O tratamento de cementação é usualmente realizado acima da zona crítica do aço,
no campo austenítico, sendo que nessas condições a solubilidade do carbono no aço
apresenta-se consideravelmente elevada e satisfatória. (CHIAVERINI, 1986)
As condições estabelecidas para a cementação do dado corpo de prova de aço SAE
1045 foi uma temperatura acima da zona crítica do aço carbono, em torno de 900ºC, com
um tempo de permanência no forno de 4 horas (Figura 8).
Figura 8: Caixa com o corpo de prova no interior do forno elétrico.
Fonte: Fotografia realizada durante o ensaio.

O meio de resfriamento estabelecido previamente foi em óleo de baixa viscosidade, a


fim de obter um resfriamento que não fosse tão severo e que, por ventura, promovesse
danos ao aço, como a formação de trincas internas e oxidação superficial. (CALLISTER,
2010)
Realizado o resfriamento do corpo de prova no óleo mineral de baixa viscosidade
(Figura 4), o mesmo foi novamente encaminhado para o durômetro, onde a finalidade seria
determinar a validade do tratamento de cementação.

Figura 9: Corpo de prova posterior ao processo de cementação e resfriamento em óleo.


4 RESULTADOS E ANALISES

Com intuito de analisar a validade do tratamento termoquímico, foram obtidos novos


valores de dureza para o aço SAE 1045 cementado, comparando-os aos valores de dureza
do corpo de prova pré-tratamento. Os valores obtidos estão representados na Tabela 1.

Tabela 1: Resultados obtidos durante os ensaios de dureza do aço SAE 1045.

ENSAIO AÇO SAE 1045 (CRU) AÇO SAE 1045 (CEMENTADO)

1° Ensaio 28 HRc 58 HRc


2° Ensaio 26 HRc 55 HRc
3° Ensaio 27 HRc 59 HRc
4º Ensaio 29 HRc 57 HRc
5º Ensaio 26 HRc 55 HRc
6º Ensaio 32 HRc 59 HRc
7º Ensaio 29 HRc 54 HRc
8º Ensaio 27 HRc 56 HRc
9º Ensaio 30 HRc 55 HRc
10º Ensaio 26 HRc 58 HRc
11º Ensaio 28 HRc 56 HRc
12º Ensaio 30 HRc 59 HRc
13º Ensaio 29 HRc 57 HRc
14º Ensaio 32 HRc 55 HRc
15º Ensaio 27 HRc 57 HRc
Valor médio dos ensaios 28,4 HRc 56,66 HRc

Desvio Padrão 1,99 HRc 1,67 HRc

O Gráfico 1 ilustra e compara os valores de dureza obtidos durante os ensaios,


apresentando o valor médio e o desvio padrão do corpo de prova.
Gráfico 1: Gráfico comparativo dos ensaios de dureza pré e pós tratamento térmico, apresentando
desvio padrão e média dos respectivos ensaios

Aço Cru Média Aço Cementado Média

64
62
60
58
56
54
52
50
48
46
44
42
40
38
36
34
32
30
28
26
24
22
20
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
5 CONCLUSÃO

Observado o aumento considerável da dureza pós tratamento termoquímico, conclui-se


que a cementação é um processo satisfatório na obtenção de características exigidas
em materiais com alta dureza
REFERÊNCIAS

BAYER, Paulo Sérgio. Tratamentos térmicos e termoquímicos. Disponível em: <


http://www.joinville.ifsc.edu.br/~paulosergio/Tratamentos%20T%C3%A9rmicos%20e%20Ter
moqu%C3%ADmicos/Apostila%20TTT.pdf>. Acesso em 18 mar, 2018.

CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia Mecanica Vol. 3. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1986.

CALLISTER JR., W. D. ; RETHWISCH, D. G. Ciência e Engenharia de Materiais: uma


Introdução. 8 ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda. 2012.

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