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Tipos de Raciocínio

Indução
e
Dedução

Prof. Samuel Swerts


Mesmo sendo tão perfeita, a Lógica não é a
única representante de nossos raciocínios mais
típicos. Temos várias outras formas e isso nos
leva a dividi-las em métodos fortes e métodos
fracos. Os fortes são aqueles cuja sequência leva
inexoravelmente a uma verdade pura. Isto
significa que partimos de algumas verdades
anteriores e temos a garantia de chegar a uma
outra verdade na ponta. Os métodos fracos seriam
aqueles que produzem algo que tem boa chance
de ser verdadeiro, mas não têm uma garantia
absoluta. Assim, introduzimos os conceitos de
Dedução e Indução.
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Os métodos dedutivos são fortes e também
podem ser subdivididos em outras categorias,
algumas das quais veremos logo a seguir. Todos
eles garantem que a conclusão a que chegamos é
verdadeira — desde que nosso ponto de partida
também seja verdadeiro. Um exemplo típico de
raciocínio dedutivo segue:

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Observe que, se as premissas são
verdadeiras (baleias são mamíferos e mamíferos
têm pulmões) não há como a conclusão ser
falsa. As premissas implicam na veracidade da
conclusão. Esta é a força inabalável do
raciocínio dedutivo.

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Já os métodos fracos — os indutivos — em
geral descrevem diversos tipos de raciocínios que
têm em comum o fato de não garantirem a
veracidade de suas conclusões. Mas nem por isso
podem ser desprezados.
Frequentemente é muito útil termos acesso a
alguma conclusão, mesmo que não seja certeira.
O critério óbvio que devemos empregar é preferir,
sempre que possível, as deduções. Entretanto,
como nem sempre podemos contar com elas, é
comum apelarmos para as induções:

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Ninguém pode afirmar com certeza absoluta
que todos os corvos são pretos. Entretanto, nossa
experiência passada nos permite assumir que
todos os corvos sejam provavelmente pretos.
Não há garantias formais de que isto seja
verdadeiro, mas é uma aproximação que pode ser
útil.
Portanto, a indução é um tipo de raciocínio
que assume o futuro como repetição do passado.
É um ato de confiança, uma postura de esperança
de que o futuro repetirá os resultados que
obtivemos antes.

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As implicações dessas ideias para a ciência
foram — e ainda são — motivo de grande
polêmica.
Vamos investigar mais de perto agora cada uma
dessas duas úteis estratégias, a dedução e a
indução.

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Observando de perto as deduções

A primeira forma de raciocínio dedutivo que


vamos apreciar é aquela introduzida por
Aristóteles, o chamado silogismo. O silogismo tem
uma forma similar à que vimos em nossos
exemplos anteriores. Podemos entender os
silogismos dizendo que são discursos em que,
com certas coisas postas, outra coisa
necessariamente decorre delas. Por serem
deduções, os silogismos têm suas conclusões
garantidas:
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Observando de perto as induções
A indução é um tipo de raciocínio que usa
ocorrências específicas do passado para sugerir
como poderá ser o futuro. Por isso a indução é
uma forma de raciocínio que, em geral, é vista
como partindo do particular – ocorrências ou
amostras específicas – para o genérico, ou seja,
regras e determinações gerais. Sua principal
atividade consiste em derivar novas conclusões –
as generalizações – a partir do exame de alguns
poucos exemplares. Talvez você ache que esse
tipo de estratégia não tenha nada de
inconveniente, afinal isso representa bastante de
nosso pensamento diário. Mas não é difícil criar
exemplos nos quais a indução nos leva a riscos:
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―Meu amigo sempre nada naquela praia que
dizem estar infestada de tubarões e nunca
foi mordido por um deles. Então, eu vou
nadar lá também‖.

Esse raciocínio é indutivo e, obviamente,


bastante perigoso. Ele é indutivo porque se baseia
na generalização de algumas evidências:

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Na semana passada nadei lá e não fui mordido
Ontem nadei lá e também não fui mordido
_____________________________________________________________________________________________________________

Vou nadar lá hoje, pois é seguro

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Não é preciso muita imaginação para conceber
inúmeras situações em que algo pode dar errado
com essa pessoa. Assim, a indução pode ser
tentadora, mas ela é, várias vezes, perigosa.
Mas nem todo enunciado em que participam
conclusões incertas pode ser considerado
indutivo. Algumas conclusões podem ser
dedutivas e, mesmo assim, carregarem certa
incerteza. Como exemplo, suponha que haja 15
pedrinhas dentro de um saco. 12 dessas
pedrinhas são brancas, 1 é azul, 1 verde e 1
vermelha. A partir dessa situação, posso criar dois
tipos de conclusões, uma dedutiva e uma indutiva:
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Um saco com doze pedrinha brancas,uma
azul, uma verde e uma vermelha

As chances de eu
Conclusão Dedutiva retirar uma pedrinha
verde é de 1 em 15.

A primeira pedra que


Conclusão Indutiva pegarei será uma
pedra branca.

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Minha conclusão dedutiva é correta, é uma
asserção demonstrativa, pois faz uma alegação
sobre minha chance de retirar a pedrinha verde, e
isso é uma verdade matemática. Já a conclusão
indutiva faz uma alegação sobre a pedra que irei
retirar e, portanto, não pode ser dedutiva (ou seja,
não há certeza).

Prof. Samuel Swerts

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