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RESUMO – SUS (P1)

 PRINCÍPIOS DO SUS:
• Universalidade:
− O acesso às ações e serviços de saúde devem ser garantidos a todas as pessoas pelo Estado.
• Equidade:
− Tratar desigualmente os desiguais na medida em que se igualam, pois, cada pessoa tem necessidades
distintas.
• Integralidade:
− As pessoas devem ser consideradas como um todo, por isso devem ser tratadas todas as suas necessidades.
− Integração de ações: promoção de saúde, prevenção de doenças, tratamento e reabilitação.
− Articulação da saúde com outras políticas públicas → atuação intersetorial para melhorar a saúde e
qualidade de vida das pessoas.
• Regionalização e hierarquização:
− Os serviços são organizados em níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área
geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e conhecimento da população
a ser atendida.
− Garante formas de acesso a serviços que façam parte da complexidade requerida pelo caso, nos limites dos
recursos disponíveis em cada região.
• Descentralização:
− É a redistribuição de poder e responsabilidade entre os três níveis de governo.
− Objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o controle e a fiscalização por parte dos cidadãos.
• Participação popular:
− A participação da sociedade garante a formação de Conselhos e Conferências de Saúde que visam formular
estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.
 POLÍTICA NACIONAL DA PROMOÇÃO DA SAÚDE (PNPS)
• Objetivos:
− Promover a qualidade de vida
− Reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de
viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços
essenciais.
• Conscientização → Promoção da saúde
• Diretrizes:
− Reconhecer na promoção da saúde uma parte fundamental da busca da equidade, da melhoria da qualidade
de vida e de saúde;
− Estimular as ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o desenvolvimento integral das ações
de promoção da saúde;
− Fortalecer a participação social como fundamental na consecução de resultados de promoção da saúde, em
especial a equidade e o empoderamento individual e comunitário;
− Promover mudanças na cultura organizacional, com vistas à adoção de práticas horizontais de gestão e
estabelecimento de redes de cooperação intersetoriais;
− Incentivar a pesquisa em promoção da saúde, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança das
ações prestadas;
− Divulgar e informar das iniciativas voltadas para a promoção da saúde para profissionais de saúde, gestores
e usuários do SUS, considerando metodologias participativas e o saber popular e tradicional.
 POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA (PNAB)
• Estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da
Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
• A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que
abrange:
− Promoção e a proteção da saúde
− Prevenção de agravos
− Diagnóstico, tratamento e reabilitação
− Redução de danos
− Manutenção da saúde
• Objetiva desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos
determinantes e condicionantes de saúde das coletividades.
• Deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de entrada e centro de comunicação da Rede de
Atenção à Saúde.
• Fundamentos e diretrizes:
− Ter território adstrito, de forma a permitir o planejamento, a programação descentralizada e o
desenvolvimento de ações setoriais e intersetoriais, sempre em consonância com o princípio da equidade;
− Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos.
 O serviço de saúde deve se organizar para assumir sua função central de acolher, escutar e oferecer
uma resposta positiva, capaz de resolver a grande maioria dos problemas de saúde da
 A proximidade e a capacidade de acolhimento, vinculação, responsabilização e resolutividade são
fundamentais para a efetivação da atenção básica como contato e porta de entrada preferencial da rede
de atenção;
− Adscrever os usuários e desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população
adscrita, garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado.
− Coordenar a integralidade em seus vários aspectos:
 integrando as ações programáticas e demanda espontânea;
 articulando as ações de promoção à saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento e
reabilitação e manejo das diversas tecnologias de cuidado e de gestão;
 trabalhando de forma multiprofissional, interdisciplinar e em equipe;
 realizando a gestão do cuidado integral do usuário e coordenando- o no conjunto da rede de atenção
− Estimular a participação dos usuários como forma de ampliar sua autonomia e capacidade na construção
do cuidado à sua saúde e das pessoas e coletividades do território, no enfrentamento dos determinantes e
condicionantes de saúde, na organização e orientação dos serviços de saúde a partir de lógicas mais
centradas no usuário e no exercício do controle social.
 CONCEITOS DE EPIDEMIOLOGIA
• Conceito
− É a maneira de aprender a fazer perguntas e a • Endemia
colher respostas que levam a novas perguntas. − Doença em uma pop. em tempo constante.
− É aplicada no estudo da saúde e da doença das − Ex.: chagas, malária
populações. • Surto
• Epidemia − Doença em uma população, num determinado
− Doença em uma população, num determinado momento.
período de tempo. − Ex.: diarreia, intoxicação por salmonella
− Ex.: epidemia de dengue • Morbidade
• Pandemia − Causas capazes de produzir doença
− Doença que se alastra por grandes regiões do − É a taxa de portadores de det. doença em
mundo. relação à pop. total estudada, em determinado
− Ex.: vírus H1N1 local e em determinado momento
• Mortalidade • Sobrevida
− Relacionada à fatalidade da doença − Cálculo da probabilidade de sobrevivência em
• Incidência eventos letais.
− Total de NOVOS casos do evento em • Comorbidade
determinado espaço e tempo. − É a existência de duas ou mais doenças em
• Prevalência simultâneo na mesma pessoa.
− Total de casos do evento em determinado
espaço e tempo.
 INDICADORES DE SAÚDE
• DADO → INFORMAÇÃO → INDICADOR
• São medidas-síntese que contêm informações relevantes sobre determinados atributos e dimensões do estado
de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde.
• Atributos necessários:
− Validade: capacidade de medir o que se pretende
− Confiabilidade: reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em condições similares
− Sensibilidade: capacidade de detectar o fenômeno analisado
− Especificidade: capacidade de detectar somente o fenômeno analisado
− Mensurabilidade: basear-se em dados disponíveis (ou fáceis de conseguir)
− Relevância: responder a prioridades de saúde
− Custo-efetividade: os resultados justificam o investimento de tempo e recursos
− Integridade ou completude: dados completos
− Consistência interna: valores coerentes e não contraditórios.
− Eficiência: relação entre resultados e recursos empregados de forma racional.
− Eficácia: alcance das metas programadas para um determinado período de tempo.
− Efetividade: Eficiência + Eficácia: relação entre os resultados alcançados e os objetivos esperados.
• Tipos de indicadores:
− Indicadores sentinela A
 Medem a ocorrência de eventos − Indicadores de gestão
indesejados.  Relacionados à administração e alocação
 Exemplos: dos recursos disponíveis.
→ Queda do leito  Exemplos:
→ Cirurgia em paciente errado → Pessoal segundo as áreas do
→ Acidentes com material cortante hospital
− Indicadores de resultado → Porcentagem de procedimentos
 Medem o que acontece (ou não) ao pagos pelo SUS em relação aos
paciente depois que algo é feito. procedimentos apresentados
 Refere-se à efetividade da assistência. → Implementação do Plano Diretor
− Indicadores de processo − Indicadores de estrutura
 Medem atividades de cuidados relativos  Alvará sanitário expedido Vigilância
aos pacientes. Sanitária
 Exemplos:  Número de Leitos de hospital-dia por
→ Taxa de ocupação dos leitos paciente
→ Uso de medicamentos por  Certificação como hospital de ensino
paciente  Ambulância com UTI
→ Existência de comissões atuantes
• Alguns indicadores básicos para a saúde no Brasil
− Demográficos: − Cobertura:
 População total  Número de consultas médicas (SUS) por
 Índice de envelhecimento habitante
 Esperança de vida ao nascer  Abrangência dos planos de saúde
− Socioeconômicos: − Morbidade
 Taxa de analfabetismo  Taxas de incidência
 Níveis de escolaridade  Taxas de prevalência
 Produto Interno Bruto (PIB) per capita − Recursos
 Nº de profissionais por habitante
 Nº de leitos no SUS
 VIGILÂNCIA EM SAÚDE
• Conceito:
− Busca soluções para demandas e problemas de saúde excedendo os espaços dos serviços de saúde.
• Objetivo:
− Análise permanente da situação de saúde da população, articulando-se num conjunto de ações que se
destinam a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados
territórios.
− Garante a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como a coletiva dos
problemas de saúde.
• Desafios:
− Articulação e trabalho integrados destas vigilâncias entre si.
− Necessidade de uma maior articulação/integração das vigilâncias no território concreto da atenção básica e
nos outros níveis assistenciais.
• Tipos de vigilância:
− Epidemiológica
 Vigilância e controle das doenças transmissíveis, não transmissíveis e agravos, como um conjunto de
ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes da saúde individual e coletiva, com finalidade de recomendar e adotar
as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos.
 Ex.: vigilância de óbitos infantis e maternos, vigilância de tuberculose, PNI – Programa Nacional de
Imunização.
− Sanitária
 Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços
do interesse da saúde, abrangendo o controle de bens de consumo, que direta ou indiretamente de
relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo, e o
controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
 Ex.: regulação de serviços de saúde, medicamentos, alimentos → ANVISA
− Ambiental
 Conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes
e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar
as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros
agravos à saúde.
 Ex.: desastre em Mariana, acidentes radioativos, etc
− Saúde do trabalhador
 Visa à promoção da saúde e a redução da morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da
integração de ações que intervenham nos agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de
desenvolvimento e processos produtivos.
−Condição de saúde
 Desenvolve ações de monitoramento contínuo do País, Estado, Região, Município ou áreas de
abrangência de equipes de atenção à saúde, por estudos e análises que identifiquem e expliquem
problemas de saúde e o comportamento dos principais indicadores de saúde, contribuindo para um
planejamento de saúde mais abrangente.
− Promoção da saúde
 Conjunto de intervenções individuais, coletivas e ambientais responsáveis pela atuação sobre os
determinantes sociais da saúde.
 ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS
• OBSERVACIONAIS: o pesquisador observa, sem interferir.
− Transversal
 Tem os objetivos de medir a frequência de doenças, descrever a distribuição das doenças conforme
fatores de risco conhecidos e medir a frequência e características de fatores de risco conhecidos.
 Vantagens:
 Medem prevalência de doenças comuns
 Úteis para planejamento de saúde
 Rápidos e baratos
 Ex.: Em 100 pessoas examinadas, quantos fazem ingestão de álcool frequentemente e apresentam
lesões de macha branca na mucosa oral.
− Ecológico
 Neste estudo não existem informações sobre a doença e exposição do indivíduo, mas do grupo
populacional como um todo.
 Quase sempre são dados colhidos rotineiramente: sensos, fontes do governo, etc
 São úteis para levantar hipóteses
 Vantagens:
 Possibilita examinar associações entre exposição e doença.
 Baixo custo e rápida execução.
 Possui dados já disponíveis, como o IBGE
 Ex.: Taxas de doenças entre regiões durante o mesmo período.
− Coorte
 Identifica-se a população de estudo, os participantes são classificados em EXPOSTOS e NÃO EXPOSTOS
a um determinado fator de interesse.
 Os indivíduos dos dois grupos são acompanhados para verificar a incidência da doença entre expostos
e não expostos. Espera-se que a incidência seja maior nos indivíduos expostos.
 Esse tipo de estudo determina a incidência de eventos adversos a saúde, orientando estratégias
adequadas de prevenção, entendimento da etiologia de algumas doenças, utilizado para estudar fatores
culturais associados a esses eventos.
 Os indivíduos apresentam alguma característica comum e são acompanhados ao longo de um período
de tempo para observar um desfecho.
 Vantagens:
 Possível estudar varias doenças e exposições raras.
 Pode-se calcular a incidência.
 Desvantagens:
 Frequentemente demoram vários anos.
 Pode-se estudar poucas exposições.
 Pode ocorrer a perda de indivíduos.
− Caso-controle
 Identifica-se a população de estudo, os participantes são classificados em DOENTES e NÃO DOENTES a
um determinado fator de interesse.
 Tem a finalidade de quantificar fatores que ocorram com maior ou menor frequência nos casos do que
nos controles.
 Vantagens:
 Possível estudar vários fatores de risco.
 Em geral, não requer grande número de indivíduos.
 Relativamente rápido e barato.
 Desvantagens:
 A seleção de controles é difícil.
 O cálculo de incidência e prevalência não é possível.
− OBS.: diferença entre caso-controle x coorte
 Ex.: exposição a raio-x e risco de leucemia
 Caso-controle: doença → indivíduos identificados a partir de ter ou não leucemia.
 Coorte: exposição → indivíduos identificados a partir a exposição ou não a raio-x.
• EXPERIMENTAL: o pesquisador intervém.
− Experimental
 Comparação entre populações → receber ou não a intervenção é decidido de forma aleatória.
 Comparação de tratamento → os participantes não são capazes de distinguir se estão recebendo a
intervenção ou não (placebo)
 Comparação de avaliação → as pessoas que avaliam os pacientes não sabem se estes pertencem ao
grupo que está recebendo a intervenção ou não (cegamento)
 FILME SICKO
SICKO SOS SAÚDE é um documentário que foi dirigido e produzido pelo cineasta Michael Moore. O seu principal
objetivo é mostrar como funciona o sistema de saúde norte-americano. Nos EUA não existe sistema de saúde universal
e gratuito. A população só tem acesso à saúde se conveniada a um plano de saúde. No decorrer do documentário, são
apresentados vários casos de pessoas que apesar de terem planos de saúde, não tem suas despesas cobertas pelas
seguradoras, nem o acesso aos medicamentos que necessitam, ou a exames mais especializados e caros, e na maioria
dos casos os motivos apresentados são infundados e até preconceituosos. Ou seja, a população é obrigada a pagar
valores altíssimos para manter um plano de saúde. Porém se o segurado apresentar algum risco de saúde que possa
comprometer o rendimento do Plano, já está fora e é obrigado a pagar por tratamento particular ou não ser atendido,
o levando a risco de morte, pois existe uma lista infinitamente grande de doenças que não são aceitas para serem
asseguradas.
Assim sendo, o documentário mostra que o sistema de saúde americano faz da saúde da população um comércio
lucrativo para os Planos de Saúde e para o próprio governo. O objetivo dos planos de saúde não é a saúde das pessoas,
e sim a maximização dos lucros! Podemos ver isso quando o documentário nos mostra que no Governo do presidente
Clinton, a primeira dama Hillary Clinton anunciou o plano de cobertura universal da saúde. Porém o que se viu foi a
compra dos congressistas pelos seguros de saúde e fábricas de medicamentos para que o sistema de seguros
particulares continuasse crescendo. Enquanto tudo isso ocorria, o documentário nos mostra casos de pessoas que
vieram a falecer em decorrência de não serem assegurados pelos planos de saúde para fazer um determinado tipo de
exame ou cirurgia.
Moore apresenta o modelo de saúde norte-americano e o campara com o de outros países. Ele mostra como
funciona o sistema de saúde no Canadá, Reino Unido, França e Cuba. Com isso podemos ver pontos negativos e positivos
a respeito dos sistemas de saúde. O documentário mostra que todos esses países acima citados possuem sistemas
públicos de saúde. O Canadá possui um sistema público de saúde pago, MedCare, que é patrocinado pelo
governo. Os serviços básicos são feitos por médicos privados, que tem as despesas negociadas e pagas pelo governo. O
Reino Unido também possui um sistema público de saúde, onde qualquer remédio tem o mesmo preço (6,65 libras) e
dependendo da sua idade (menos de 16 e mais de 60) você nem paga. E dependendo da condição financeira da pessoa,
ao sair do hospital ela recebe dinheiro para pagar a passagem de volta para casa. Na França há médicos e hospitais tanto
público quanto privados e a maioria dos custos é pago pelo governo. Os planos de saúde são oferecidos por organizações
sem fins lucrativos ou cooperativas. Você paga do jeito que pode e recebe tratamento do jeito que precisa. Já em Cuba,
grande parte do produto interno bruto vai para a saúde e há um sistema de saúde público. Para pacientes estrangeiros
há um sistema de pagamento por um preço muito baixo. Os remédios são pagos por fora. Possuem uma base de
medicina preventiva.
A partir dessas características de cada sistema de saúde apresentado no documentário, podemos notar o quão
atrasado é os EUA com relação à saúde pública em contraste com os outros países. Os EUA é o único país ocidental a
não possuir um sistema público de saúde. Em contraste podemos notar que esses países europeus e Cuba possuem um
sistema de saúde que atende universalmente quem dele precisar e não quem pode pagar.
Apesar de o documentário não mostrar o sistema de saúde do Brasil, o SUS, é possível compará-lo com relação ao
apresentado no documentário. Comparado ao modelo norte-americano o SUS é muito mais avançado, pois se trata de
um sistema de saúde público, que possui como princípios a universalidade (Saúde como direito de todos e dever do
Estado), Equidade (Justiça Social) e Integralidade (Engloba todos os níveis de complexidade de assistência à saúde. Ações
de promoção, proteção e recuperação). Porém, comparado com os outros modelos apresentados o SUS se mostra falho,
pois apesar de ter esses princípios assegurados constitucionalmente, há falta de investimento na saúde.
Segundo nossa constituição os planos de saúde deveriam ter caráter complementar, mas o que presenciamos é o
oposto. Devido à precarização do SUS, recorre a atendimento público quem não pode pagar um plano de saúde privado.
Mas mesmo com toda essa precarização ainda possuímos um sistema de saúde público e devemos agir como mostrado
no documentário, mais especificamente como a população francesa que luta e reivindica por seus direitos através de
movimentos populares. Nós brasileiros conseguimos a saúde pública como direito através de movimentos populares e
através deles devemos continuar a afirmar como nosso direito e fazer valer o que está assegurado constitucionalmente.
Com relação aos modelos de saúde dos países europeus mostrados no documentário e já listados acima sabemos
que são modelos bem-sucedidos pelo menos até quando foi filmado o documentário em 2007. Mas decorrente do
contexto econômico que vivemos, um contexto de crise mundial do capitalismo com forte impacto na Europa, nos ficou
uma dúvida: Será que esses sistemas de saúde pública ainda funcionam tão bem nesses países? Pois como vemos a crise
está gerando uma avalanche de desempregos pelos países europeus, e se tem muita gente desempregada não se
recolhe impostos para financiar o sistema de saúde.

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