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CONFISSÃO
CONCEITO
Confissão é a declaração da parte que admite a verdade de um fato contrário ao seu interesse
e favorável à outra parte.
Vê-se assim que o objeto de confissão é apenas o fato que seja desfavorável, prejudicial ao
confitente e favorável ao seu adversário.
A admissão de fatos benéficos não é tecnicamente confissão e sim uma alegação.
NATUREZA JURÍDICA
Na teoria do fato jurídico, a confissão é um ato jurídico em sentido estrito, pois a vontade do
confitente limita-se a reconhecer a existência do fato, enquanto que os efeitos dessa declaração
decorrem diretamente da lei. Não se trata de um negócio jurídico unilateral em que a própria
declaração de vontade tem o poder de produzir o efeito jurídico almejado.
A confissão é um ato jurídico em sentido estrito de natureza pura e simples, isto é, não
admite termo e nem condição. O efeito da confissão, que é o de se considerar o fato provado, nem
sempre é desejado pelo confitente e, sendo assim, não se pode classificá-la como negócio jurídico.
Por outro lado, na teoria das provas, a confissão tem a natureza de meio de prova, mas
quando obtida em depoimento pessoal, revela-se como sendo o resultado desse meio.
A confissão refere-se a fato e pode emanar tanto do autor quanto do réu. O reconhecimento
do pedido só pode ser feito pelo réu, e consiste na admissão do pedido, isto é, do direito material
invocado pelo autor.
A confissão pode ser expressa ou tácita. O reconhecimento do pedido só é possível de forma
expressa.
A confissão é apenas meio de prova, não gera a extinção do processo. O reconhecimento do
pedido, quando total, é causa de extinção do processo com resolução do mérito (art. 487, III, a, do
CPC).
A confissão nem sempre ensejará uma sentença desfavorável ao confitente, pois o juiz
também analisará as outras provas. O reconhecimento do pedido sempre gerará uma sentença
desfavorável ao réu.
A confissão tem a natureza jurídica de ato jurídico em sentido estrito e de meio de prova. O
reconhecimento jurídico do pedido é um negócio jurídico unilateral e uma forma de
autocomposição dos litígios.
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ESPÉCIES DE CONFISSÃO
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b) ficta: é a que decorre da omissão da parte, que não comparece para prestar depoimento
pessoal ou, comparecendo, se recusa a depor. Nesses casos, o legislador considera o fato como
ocorrido. A rigor, não se trata de uma verdadeira confissão e, sim, da chamada admissão. Outros
exemplos são a revelia e a não impugnação específica dos fatos.
Por fim, a confissão ainda pode ser:
a) simples: é a que se refere apenas à admissão dos fatos contrários aos interesses do
confitente.
b) qualificada: o confitente admite fatos desfavoráveis, mas nega os efeitos jurídicos
que a parte contrária pretende obter com o fato confessado. Exemplo: o réu admite que praticou o
ato ilícito, mas nega o nexo causal entre a sua conduta e o dano alegado pelo autor.
c) complexa: o confitente admite o fato, mas acrescenta fatos impeditivos,
modificativos ou extintivos. Exemplo: confessa que causou o prejuízo alegado pelo autor, mas alega
a prescrição.
EFEITOS DA CONFISSÃO
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CONFISSÃO NO LITISCONSÓRCIO
IRREVOGABILIDADE DA CONFISSÃO
ANULAÇÃO DA CONFISSÃO
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INDIVISIBILIDADE DE CONFISSÃO
A confissão é, em regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser invocar como prova
aceitá-la no tópico que a beneficiar e rejeitá-la no que lhe for desfavorável (art. 395, 1ª parte, do
CPC).
O termo confissão, sob o prisma técnico-jurídico, só pode ser invocado quanto aos fatos que
prejudicam o confitente. A admissão de fatos que lhe são favoráveis, a rigor, não é confissão e, sim
uma simples alegação.
A parte, no seu depoimento pessoal ou em outra declaração, pode reconhecer a existência de
alguns fatos que lhe são favoráveis e outros desfavoráveis. Nesse caso, em relação aos primeiros
haverá confissão, mas quanto aos segundos serão simples alegações.
Entretanto, o citado art. 395 do CPC refere-se a ambos como se fossem confissão com o
objetivo de deixar claro que os fatos admitidos nos depoimentos pessoais ou declarações não
podem ser cindidos e, por consequência, a parte que os invocam deverá aceitar a todos eles e não
apenas aqueles que lhe beneficiam.
Noutras palavras, a parte não poderá separar a confissão das alegações, pois as declarações
de vontade devem ser interpretadas em conjunto e não isoladamente.
Admite-se, no entanto, a cisão ou divisibilidade, conforme prevê a segunda parte do art. 395
do CPC, quando o confitente acrescentar à confissão fatos novos, capazes de constituir fundamento
de defesa de direito material ou de reconvenção.
A hipótese se refere à chamada confissão complexa em que o confitente, ao mesmo tempo
em que admite fatos que lhe são desfavoráveis, afirma a existência de fatos impeditivos,
modificativos ou extintivos do direito da parte adversa. Exemplo: o réu confessa o débito, mas
alega que houve pagamento ou então prescrição. Nesse caso, a confissão é cindível, a parte
contrária poderá aceitar como prova a confissão do débito e rejeitar a alegação de pagamento ou
de prescrição.
Em suma, a indivisibilidade da confissão é a proibição de separá-la das alegações constantes
da mesma declaração de vontade. Admite-se, contudo, a divisão, isto é, que se separe a confissão
da alegação quanto aos fatos que constituem suporte de fundamento de defesa de direito material
ou de reconvenção.
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PERGUNTAS:
1) O que é confissão?
2) Qual o seu objeto?
3) Como se distingue da admissão?
4) Qual a natureza jurídica da confissão na teoria do fato jurídico e na teoria das provas?
5) Cite cinco diferenças entre confissão e reconhecimento do pedido.
6) Cite seis diferenças entre confissão e admissão.
7) Quais as hipóteses de admissão?
8) Como se classifica a admissão?
9) Quem pode confessar?
10) O procurador pode confessar?
11) E o representante legal do incapaz?
12) Qual a diferença entre confissão judicial e extrajudicial?
13) Qual a diferença entre confissão espontânea e provocada?
14) Qual a diferença entre confissão real e ficta?
15) Quais os requisitos de eficácia da confissão?
16) Qual o valor de uma confissão feita por incapaz?
17) E a feita por procurador sem poderes expressos?
18) E a que recai sobre direito indisponível?
19) Quais os efeitos da confissão?
20) A confissão feita por um litisconsorte é eficaz perante os outros litisconsortes? E perante o
litisconsorte que confessou?
21) É possível revogar a confissão?
22) Quais as causas de anulação da confissão?
23) O dolo anula a confissão?
24) Quais as ações cabíveis para impugnar a confissão inválida?
25) Quem pode mover estas ações?
26) O juiz pode decretar de ofício a nulidade da confissão?
27) A confissão é divisível?
CONSIDERAÇÕES GERAIS
A exibição de documento ou coisa é um meio de prova que pode ser determinado de ofício
pelo juiz ou então mediante pedido formulado pela parte.
Entende-se por parte, no sentido processual, qualquer pessoa legitimada a postular em juízo
sob o contraditório e, diante disso, o pedido pode ser também formulado pelos terceiros
intervenientes, inclusive assistente simples, bem como pelo Ministério Público, quando atua como
fiscal do ordenamento jurídico, e não apenas pelo autor ou réu.
A exibição de documento ou coisa, quando determinada de ofício pelo juiz, não gera a
instauração de qualquer procedimento incidental, quer o documento ou coisa se encontre em
poder de uma das partes ou de terceiros.
Os fundamentos para que o juiz determine de ofício essa prova encontram-se nos arts. 370,
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Quando o documento ou coisa estiver em poder de terceiro e o juiz, de ofício, não determinar
a sua entrega, a parte terá que mover a ação de exibição, que tem caráter incidental, pois se
desenvolve no mesmo processo da ação principal.
Esta ação exige petição inicial que, malgrado o silêncio da lei, por uma questão de
organização processual, deverá ser autuada em apenso. Nesta petição, é preciso observar os
requisitos do art. 397 do CPC.
O terceiro, que figura como réu nesta ação, será citado pessoalmente e terá o prazo de 15
(quinze) dias para apresentar a sua resposta (art. 401 do CPC).
Se o terceiro contestar a ação para negar a obrigação de exibir ou negar que se encontra na
posse do documento ou coisa, o juiz designará audiência especial, tomando-lhe o depoimento, bem
como o das partes e, se necessário, o de testemunhas, e em seguida proferirá decisão (art. 402 do
CPC).
A decisão que julga procedente o pedido, ordenará que o terceiro deposite o documento ou a
coisa em cartório ou em outro lugar que o juiz designar no prazo de 5 (cinco) dias, impondo ao
requerente que o ressarça pelas despesas que tiver (art. 403 do CPC).
Se o terceiro descumprir a referida ordem judicial, o juiz expedirá mandado de apreensão do
documento ou da coisa, requisitando, se necessário, força policial e, além disso, o terceiro ainda
responderá pelo crime de desobediência e terá que pagar uma multa. O parágrafo único do art. 403
ainda autoriza o juiz a adotar outras medidas, inclusive coercitivas, como, por exemplo, multa
diária, para assegurar a efetivação da decisão. Por consequência, encontra-se cancelada a súmula
372 do STJ, que não admitia a multa diária na ação de exibição de documento ou coisa.
Note-se que o fato desta ação incidental ser julgada procedente não gera a presunção de
veracidade dos fatos a que se referem o documento ou coisa, ao contrário do incidente de exibição
de documento ou coisa que se encontra em poder da parte adversa.
O ato judicial que julga esta ação não é tecnicamente uma sentença, posto que o processo
prosseguirá para o julgamento da ação principal. Trata-se de uma decisão interlocutória de mérito,
impugnável pelo recurso de agravo de instrumento, conforme o art. 1.015, VI, do CPC.
Se, no entanto, o juiz julgar esta ação na mesma sentença que julgar a ação principal, o
recurso cabível será a apelação.
Por fim, em caso de urgência, a ação de exibição de documento ou coisa pode ser proposta
antes mesmo da propositura da ação principal e, nesse caso, o réu, ainda que seja ele a futura parte
contrária, será citado, e não apenas intimado, aplicando-se por analogia as normas que regem a
produção antecipada de provas (art. 381 a 383 do CPC).
De acordo com o art. 404 do CPC, a parte e o terceiro se escusam de exibir, em juízo, o
documento ou a coisa se:
I - concernente a negócios da própria vida da família;
II - sua apresentação puder violar dever de honra;
III - sua publicidade redundar em desonra à parte ou ao terceiro, bem como a seus parentes
consanguíneos ou afins até o terceiro grau, ou lhes representar perigo de ação penal;
IV - sua exibição acarretar a divulgação de fatos a cujo respeito, por estado ou profissão,
devam guardar segredo;
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V - subsistirem outros motivos graves que, segundo o prudente arbítrio do juiz, justifiquem a
recusa da exibição;
VI - houver disposição legal que justifique a recusa da exibição.
O parágrafo único acrescenta que se os motivos de que tratam os incisos I a VI do caput
disserem respeito a apenas uma parcela do documento, a parte ou o terceiro exibirá a outra em
cartório, para dela ser extraída cópia reprográfica, de tudo sendo lavrado auto circunstanciado.
INSPEÇÃO JUDICIAL
CONCEITO
Inspeção judicial, também chamada de inspeção ocular, é o meio de prova através do qual o
próprio juiz realiza o exame sobre pessoas ou coisas, com o fim de se esclarecer sobre fato que
interessa à decisão da causa.
A inspeção judicial pode recair sobre pessoas e coisas, inclusive, animais, bens móveis e bens
imóveis. Por analogia, também é possível a inspeção judicial de fenômenos (exemplos: barulho,
odor, etc.)
POSTULAÇÃO
CABIMENTO
De acordo com o art. 379, II, do CPC, a parte tem o dever de colaborar com o juízo na
realização da inspeção judicial que for considerada necessária, sob pena de incidir na pena de
litigância de má-fé (art. 80, IV, do CPC). Além disso, a recusa injustificada será um forte indício da
presunção de veracidade do fato.
Entende-se, contudo, que a escusa da parte será legítima nas hipóteses dos arts. 388 e 404 do
CPC.
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Todavia, a parte não poderá ser constrangida fisicamente à realização da inspeção judicial.
Quanto ao terceiro, o art. 380 do CPC não lhe impõe o dever de se sujeitar à inspeção judicial,
mas é possível se extrair esse dever do art. 378 do CPC, segundo o qual ninguém se exime do dever
de colaborar com o Poder Judiciário para o descobrimento da verdade.
ESPÉCIES
A inspeção indireta é feita pelo próprio juiz e não pelo perito que o acompanha, ao passo que
perícia é realizada pelo perito.
A perícia só é possível para fatos que dependem de conhecimento técnico ou científico,
enquanto que a inspeção judicial recai sobre fatos que não dependem desses conhecimentos
especializados.
A inspeção judicial pode realizar-se em juízo ou noutro local, desde que no âmbito da
competência territorial do magistrado.
O art. 483 do CPC, dispõe que ͞o juiz irá ao local onde se encontre a pessoa ou a coisa
quando:
I - julgar necessário para a melhor verificação ou interpretação dos fatos que deva observar; II
- a coisa não puder ser apresentada em juízo sem consideráveis despesas ou graves
dificuldades;
III - determinar a reconstituição dos fatos͟.
O juiz também irá ao local quando a pessoa que for inspecionada não puder se deslocar.
As partes têm sempre direito a assistir à inspeção, prestando esclarecimentos e fazendo
observações que considerem de interesse para a causa (parágrafo único do art. 483 do CPC).
Entende-se também que as partes poderão indicar assistente técnico para acompanhar a
inspeção judicial, não obstante o silêncio da lei.
As partes devem ser intimadas previamente sobre o dia, hora e local em que se realizará a
inspeção judicial, preservando-se, destarte, o contraditório.
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PERGUNTAS:
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CONCEITO
Em sentido amplo, documento é a coisa que, por si só, comprova um fato. Exemplos:
fotografias, vídeos e outras formas de reprodução mecânica, como a fonográfica, a
cinematográfica, etc. Trata-se do conceito adotado pelo art. 422 do CPC que, em seu §1º, abrange
também as fotografias digitais e as imagens extraídas da internet.
Em sentido estrito, o documento é apenas o papel escrito com valor probatório. Exemplos:
cheques, contratos, certidões de casamento, etc. Este conceito é o adotado na área penal,
conforme delito previsto no art. 304 do CP.
O documento, no sentido adotado pelo CPC, não se confunde com a prova escrita. Tem a
prova documental não-escrita (exemplo: vídeos) e a prova escrita que não é documental (exemplo:
laudo pericial).
A prova documental, frise-se novamente, não é mais valiosa que as outras provas. No Brasil
vigora o princípio do livre convencimento motivado, podendo o juiz afastá-la e priorizar outras
provas. Não há assim hierarquia entre os meios de prova, de modo que a prova documental
encontra-se em pé de igualdade com os demais meios típicos ou atípicos de prova.
Acrescente-se, contudo, que quando a lei exige instrumento público como requisito da
substância do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhe falta (art. 406
do CPC). Exemplo: a propriedade do imóvel deve ser comprovada pela matrícula no Registro de
Imóveis, que é espécie de documento público. Outro exemplo: a morte deve ser comprovada por
certidão de óbito. Trata-se de um resquício do sistema da prova legal, também chamado de sistema
tarifado, pois, nesses casos, confere-se ao documento público um valor probatório exclusivo, que
afasta os demais meios de prova.
O documento tem um suporte fático que permite o seu deslocamento até o juízo.
O monumento é o meio de prova cujo deslocamento até o juízo é inviável. Exemplo: a casa
em que ocorreu o ato ilícito.
Instrumento é a prova documental escrita. É uma espécie de documento, mas nem todo
documento é escrito.
Prova documentada é a que foi reduzida à escrito. Exemplo: depoimento da testemunha.
Outro exemplo: laudo do perito. Nem toda prova escrita configura documento. Assim, a prova
testemunhal e a prova pericial não são documentos.
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DOCUMENTO PÚBLICO
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DOCUMENTO PARTICULAR
DOCUMENTOS ELETRÔNICOS
Documento eletrônico é o que se encontra armazenado em um arquivo digital. Não é
preciso, para que o arquivo digital seja considerado documento, que ele contenha dados
escritos pois também se considera documento os desenhos, fotografias, sons, etc.
No processo em autos eletrônicos, os documentos devem ser juntados pelas partes de
forma digitalizada e, na impossibilidade técnica de digitalização devido ao grande volume ou
por se tornar ilegível, serão apresentados em cartório no prazo de dez dias contados do envio
da petição eletrônica e serão devolvidos a parte após o trânsito em julgado (art. 11, §5º, da lei
11.419/2006).
Os documentos digitalizados juntados no processo eletrônico com garantia de origem e
de seu signatário serão considerados originais para todos os efeitos legais (art. 11 da lei
11.419/2006). A arguição de falsidade de documento eletrônico será processada no processo
eletrônico. A autenticidade do documento digitalizado pode ser atestada pelo próprio
advogado que providenciou sua juntada (art.425, VI, do CPC).
Em contrapartida, a utilização de documento eletrônico em processo convencional, isto é,
de papel, dependerá de sua conversão à forma impressa e de verificação de sua autenticidade,
na forma da lei (art. 439 do CPC).
O art. 440 do CPC esclarece que Dzo juiz apreciará o valor probante do documento
eletrônico não convertido, assegurado às partes o acesso ao seu teordz. Assim, ainda que não
convertido em papel, o documento eletrônico não perderá o seu valor probatório, desde que as
partes tenham acesso ao seu teor. Este acesso ao conteúdo da mídia (CD, DVD, pen drive, etc)
poderá ser feito em audiência, intimando-se previamente as partes, conforme parágrafo único
do art. 434 do CPC.
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O telegrama, o radiograma ou qualquer outro meio de transmissão tem a mesma força
probatória do documento particular se o original constante da estação expedidora tiver sido
assinado pelo remetente (art. 413 do CPC).
A firma do remetente poderá ser reconhecida pelo tabelião, declarando-se essa
circunstância no original depositado na estação expedidora (parágrafo único do art.413 do
CPC).
O telegrama ou o radiograma presume-se conforme com o original, provando as datas de
sua expedição e de seu recebimento pelo destinatário (art. 414 do CPC).
f) documentos particulares sem assinatura
As declarações assinadas presumem-se verdadeiras em relação ao signatário, conforme
art. 408 do CPC, mas sem assinatura só haverá essa presunção nos casos especificados nos arts.
415, 416 e 417 do CPC.
Com efeito, o art. 415 dispõe que Dzas cartas e os registros domésticos provam contra
quem os escreveu quando:
I - enunciam o recebimento de um crédito;
II - contêm anotação que visa a suprir a falta de título em favor de quem é apontado como
credor;
III - expressam conhecimento de fatos para os quais não se exija determinada prova.
O art. 416, por sua vez, salienta que:
Dz A nota escrita pelo credor em qualquer parte de documento representativo de
obrigação, ainda que não assinada, faz prova em benefício do devedordz. Aplica-se essa regra
tanto para o documento que o credor conservar em seu poder quanto para aquele que se achar
em poder do devedor ou de terceiro (parágrafo único do art. 416 do CPC).
Os livros empresariais provam contra seu autor, sendo lícito ao empresário, todavia,
demonstrar, por todos os meios permitidos em direito, que os lançamentos não correspondem
à verdade dos fatos (art. 417 do CPC).
Os livros empresariais que preencham os requisitos exigidos por lei provam a favor de
seu autor no litígio entre empresários (art. 418 do CPC).
g) fotografias e outras formas de reprodução mecânica
Qualquer reprodução mecânica, como a fotográfica, a cinematográfica, a fonográfica ou de
outra espécie, tem aptidão para fazer prova dos fatos ou das coisas representadas, se a sua
conformidade com o documento original não for impugnada por aquele contra quem foi
produzida (art. 422 do CPC).
As fotografias digitais e as extraídas da rede mundial de computadores fazem prova das
imagens que reproduzem, devendo, se impugnadas, ser apresentada a respectiva autenticação
eletrônica ou, não sendo possível, realizada perícia (§ 1o do art. 422 do CPC).
Se se tratar de fotografia publicada em jornal ou revista, será exigido um exemplar
original do periódico, caso impugnada a veracidade pela outra parte (§ 2o do art.422 do CPC).
Aplica-se o disposto neste artigo à forma impressa de mensagem eletrônica (§ 3o do art.
422 do CPC).
h) cópias de documentos
As cópias têm o mesmo valor que o original quando certificada a autenticidade pelo
funcionário público competente, sendo que as cópias de peças do processo judicial podem ser
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declaradas autênticas pelo advogado. Acrescente-se ainda que a autenticidade dos extratos
digitais de bancos de dados públicos e privados podem ser atestadas pelo seu emitente.
Também tem o mesmo valor que o original as reproduções digitalizadas de qualquer
documento público ou particular, quando juntadas aos autos pelos órgãos da justiça e seus
auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pela Defensoria Pública e seus auxiliares,
pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por advogados, ressalvada a
alegação motivada e fundamentada de adulteração (art.425, VI, do CPC).
Os originais dos documentos digitalizados mencionados no inciso VI deverão ser
preservados pelo seu detentor até o final do prazo para propositura de ação rescisória (§ 1 o do
art. 425 do CPC).
Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial ou de documento relevante à
instrução do processo, o juiz poderá determinar seu depósito em cartório ou secretaria (§2o do
art. 425 do CPC).
i) Documento com entrelinha, emenda, borrão ou cancelamento.
O juiz apreciará fundamentadamente a fé que deva merecer o documento, quando em
(art.426 do CPC).
PERGUNTAS:
1) O que é documento em sentido amplo e em sentido estrito?
2) O que é monumento?
3) O que é instrumento?
4) O que é prova documentada?
5) Qual o valor da prova documental?
6) Qual o resquício do sistema da prova legal?
7) Qual a diferença entre documento autógrafo e heterógrafo?
8) O que é documento dispositivo e qual o seu valor probatório?
9) O que é documento narrativo e qual o seu valor probatório?
10) Os fatos presenciados por funcionário público têm fé pública?
11) O que é documento público nulo? Qual o seu efeito?
12) O que é documento particular e qual o seu valor probatório?
13) Qual a diferença do valor probatório do documento público e do documento particular
quanto aos fatos presenciados por funcionário público ou particular e quanto às pessoas
atingidas pela presunção de verdade?
14) O que é documento eletrônico?
15) Em processo eletrônico é possível a juntada de documento não digitalizado?
16) O advogado pode declarar um documento eletrônico autêntico?
17) O documento eletrônico pode ser juntado em processo convencional?
18) Como se prova a dúvida sobre a data do documento?
19) O que é documento autêntico?
20) Explique a indivisibilidade do documento particular.
21) O telegrama de documento particular tem o mesmo valor que o original?
22) Documento particular sem assinatura tem valor probatório?
23) A cópia de documento particular tem o mesmo valor que o original?
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24) Quem pode autenticar um documento particular?
O autor deve apresentar os documentos junto com a petição inicial e o réu junto com a
contestação, sob pena de preclusão (art. 434 do CPC).
Quando o documento consistir em reprodução cinematográfica ou fonográfica, a juntada
também deverá ser na petição inicial ou na contestação, mas a sua exposição será realizada em
audiência, intimando-se previamente as partes (parágrafo único do art. 434 do CPC). Vê-se assim
que a eventual degravação, isto é, transcrição escrita só poderá ser feita após as partes serem
intimadas para, em audiência, ouvirem previamente áudio.
Ressalte-se que os documentos essenciais à propositura da ação, bem como os essenciais
para se apurar a regularização da representação processual do réu, caso não sejam juntados na
petição inicial ou na contestação, o juiz ainda dará oportunidade para a juntada posterior, fixando
um prazo para a correção do vício, sob pena de indeferimento da petição inicial ou de revelia,
conforme esta incumbência couber ao autor ou réu, respectivamente.
Quanto aos documento não essenciais ao ajuizamento da ação, mas que são importantes
para a prova, a juntada não poderá ser feita após a petição inicial ou contestação, salvo nas
seguintes hipóteses:
a) fato novo. Se, por exemplo, o réu, na contestação, arguiu fato novo impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor, este, na réplica, poderá juntar documentos para
contrapor a esse fato. Com efeito, dispõe o art. 434 do CPC: ͞Incumbe à parte instruir a petição
inicial ou a contestação com os documentos destinados a provar suas alegações͟.
b) documento novo. Entende-se por documento novo aquele formado após a petição
inicial ou após a contestação, bem como o que só se tornou conhecido ou disponível após esses
atos. Nessas hipóteses, a parte, ao requerer a juntada, deverá comprovar o motivo que a impediu
de juntá-lo anteriormente (parágrafo único do art. 435 do CPC).
c) fato que, por motivo de força maior, não pode ser alegado no momento oportuno.
Nesse caso, a sua arguição é possível inclusive na apelação (art. 1.014 do CPC).
d) documento que se encontra em repartição pública. Nesse caso, é cabível a requisição
judicial (art. 438 do CPC).
e) documento que se encontra em poder da parte contrária ou de terceiro particular.
Nessas hipóteses, será cabível a medida de exibição (art. 396 e ss).
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ARGUIÇÃO DE FALSIDADE
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A arguição deve ser no prazo acima, sob pena de preclusão, mas a autenticidade do
documento pode ser afastada de ofício pelo juiz, com base no princípio do livre convencimento
motivado, podendo ainda ser objeto de ação rescisória em caso de erro de fato ou coação (art. 966,
III, do CPC).
A legitimidade para se arguir a falsidade do documento é tanto do autor quanto do réu, bem
como do Ministério Público quando atuar como fiscal do ordenamento jurídico. A parte que juntou
o documento não tem legitimidade para arguir a falsidade, pois é proibido o ͞venire contra factum
proprium͟.
A arguição da falsidade deve ser fundamentada. Com efeito, a parte exporá os motivos em
que se funda a sua pretensão e os meios com que provará o alegado (art. 431 do CPC).
A arguição será em face da parte que juntou o documento nos autos e se o documento foi
juntado por ordem do juiz, que agiu de ofício, a arguição será contra a parte beneficiada por esse
documento.
O juiz, sem suspender o processo, determinará a oitiva dessa parte no prazo de 15 (quinze)
dias (art. 432 do CPC). Não se trata de citação e, sim, de intimação através do respectivo advogado.
Após essa manifestação, o juiz designará a realização do exame pericial, quando se tratar de
falsidade material, pois, na falsidade ideológica, conforme já dito, a perícia é inócua.
Não se procederá à perícia se a parte que produziu o documento concordar em retirá-lo
(parágrafo único do art. 432 do CPC). Nesse caso, a arguição perde o objeto e o documento será
desentranhado dos autos ainda que a parte que arguiu a falsidade não concorde com essa retirada,
operando-se a extinção sem resolução do mérito da ação declaratória incidental.
Se, ao revés, a parte se opuser à arguição de falsidade, o juiz, se necessário, designará perícia.
A audiência de instrução e julgamento, quando houver, será a mesma da ação principal.
Na própria sentença da ação principal, o juiz também julgará a arguição da falsidade
documental. Conforme já dito, quando suscitada como questão incidental, o julgamento será na
motivação da sentença, mas quando constar como questão principal, em ação declaratória
incidental, constará da parte dispositiva da sentença (art. 433 do CPC).
Note-se que a ação declaratória incidental não precisa ser ajuizada para decidir com força de
coisa julgada as questões incidentais, salvo quando se tratar de falsidade documental.
PERGUNTAS:
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PROVA TESTEMUNHAL
CONCEITO
CLASSIFICAÇÃO
A prova testemunhal, em regra, é sempre admissível, salvo nos casos em que a lei não a
admite (art. 442 do CPC).
Com efeito, não se admite a prova testemunhal nas seguintes hipóteses:
a) fatos já provados por documento ou confissão da parte (art. 443, I, do CPC);
b) fatos que só por documentos ou exame pericial puderem ser provados (art. 443, II, do
CPC).
Nessas situações, o juiz indeferirá a inquirição de testemunha sobre esses fatos.
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Acrescente-se ainda que o art. 55, § 3º, da lei 8.213/91 não admite, para efeito de
comprovação de tempo de serviço para fins previdenciários, a prova exclusivamente testemunhal.
A propósito, a súmula 149 do STJ também dispõe que: ͞A prova exclusivamente testemunhal não
basta à comprovação da atividade rurícola, para efeito da obtenção de benefício previdenciário͟.
Todavia, diante das peculiaridades do caso concreto, há julgados no próprio STJ admitindo a prova
exclusivamente testemunhal.
O art. 227 do Código Civil, que não admitia a prova exclusivamente testemunhal para
contrato acima de 10 (dez) salários mínimos, foi expressamente revogado pelo art. 1.072, II, do
CPC, de modo que, qualquer que seja o valor da obrigação, será possível comprová-la com prova
exclusivamente testemunhal.
Nos casos em que a lei exigir prova escrita da obrigação, é admissível a prova testemunhal em
duas hipóteses:
a) quando houver começo de prova por escrito, emanado da parte contra a qual se pretende
produzir a prova (art. 444 do CPC). Há aqui não uma vedação à prova testemunhal e, sim, uma
restrição;
b) quando o credor não pode ou não podia, moral ou materialmente obter a prova escrita da
obrigação (art. 445 do CPC). Exemplos: contrato celebrado com parente próximo, cuja exigência da
prova escrita seja constrangedora. Outro exemplo: contrato celebrado em local que, em razão das
práticas comerciais, se dispensa a forma escrita. Nessas situações, ainda que não haja começo de
prova escrita, será admitida a prova testemunhal.
Em regra, a partir dos 16 (dezesseis) anos qualquer pessoa tem capacidade para ser
testemunha. Sendo necessário, o juiz pode admitir o depoimento das testemunhas menores (§5º
do art. 447 do CPC).
O §1º do art. 447 do CPC prevê o rol dos incapazes de testemunhar. São incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade ou retardamento mental, ao tempo em que ocorreram
os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em que deve depor, não está habilitado a transmitir
as percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato depender dos sentidos que lhes faltam.
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III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o representante legal da pessoa
jurídica, o juiz, o advogado e outros que assistam ou tenham assistido as partes.
Sobre o juiz, dispõe o art. 452 do CPC que, quando for arrolado como testemunha, ele
deverá:
I - declarar-se-á impedido, se tiver conhecimento de fatos que possam influir na decisão,
caso em que será vedado à parte que o incluiu no rol desistir de seu depoimento;
II - se nada souber, mandará excluir o seu nome.
Por outro lado, o § 3o do art. 447 do CPC prevê as hipóteses de suspeição. São
suspeitos: I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.
Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das testemunhas menores, impedidas
ou suspeitas (§ 4o do art. 447 do CPC).
Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados independentemente de compromisso, e
o juiz lhes atribuirá o valor que possam merecer (§ 5o do art. 447 do CPC).
O juiz valorará o depoimento do informante como uma prova em sentido amplo e não
como uma prova testemunhal.
Aquele que foi condenado por falso testemunho ou que, por seus costumes, não é digno
de fé, pode depor, pois o CPC 2.015 não o considera suspeito, ao contrário da legislação
anterior.
DIREITO AO SILÊNCIO OU ESCUSA DE DEPOR
De acordo com o art. 448 do CPC, a testemunha não é obrigada a depor sobre fatos:
I - que lhe acarretem grave dano, bem como ao seu cônjuge ou companheiro e aos seus
parentes consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau;
II - a cujo respeito, por estado ou profissão, deva guardar sigilo.
Note-se, contudo, que a testemunha não pode alegar objeção de consciência, isto é,
escusar-se a depor por motivos políticos ou religiosos.
LOCAL DO DEPOIMENTO
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sua função:
I - o presidente e o vice-presidente da República;
II - os ministros de Estado;
III - os ministros do Supremo Tribunal Federal, os conselheiros do Conselho Nacional de
Justiça e os ministros do Superior Tribunal de Justiça, do Superior Tribunal Militar, do Tribunal
Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do Trabalho e do Tribunal de Contas da União;
IV - o procurador-geral da República e os conselheiros do Conselho Nacional do Ministério
Público;
V - o advogado-geral da União, o procurador-geral do Estado, o procurador-geral do
Município, o defensor público-geral federal e o defensor público-geral do Estado;
VI - os senadores e os deputados federais;
VII - os governadores dos Estados e do Distrito Federal;
VIII - o prefeito;
IX - os deputados estaduais e distritais;
X - os desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais, dos
Tribunais Regionais do Trabalho e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os conselheiros dos Tribunais
de Contas dos Estados e do Distrito Federal;
XI - o procurador-geral de justiça;
XII - o embaixador de país que, por lei ou tratado, concede idêntica prerrogativa a agente
diplomático do Brasil.
O juiz solicitará à autoridade que indique dia, hora e local a fim de ser inquirida, remetendo-
o
lhe cópia da petição inicial ou da defesa oferecida pela parte que a arrolou como testemunha (§ 1
do art. 454 do CPC).
Passado 1 (um) mês sem manifestação da autoridade, o juiz designará dia, hora e local para o
o
depoimento, preferencialmente na sede do juízo (§ 2 do art. 454 do CPC).
O juiz também designará dia, hora e local para o depoimento, quando a autoridade não
comparecer, injustificadamente, à sessão agendada para a colheita de seu testemunho no dia, hora
o
e local por ela mesma indicados (§ 3 do art. 454 do CPC).
Esta prerrogativa que se atribui às chamadas pessoas egrégias só perdura durante a mandato.
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Juizado Especial o limite é de três testemunhas por parte (art. 34 da lei 9.099/95)
O rol de testemunhas conterá, sempre que possível, o nome, a profissão, o estado civil, a
idade, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas, o número de registro de identidade e
o endereço completo da residência e do local de trabalho. (art. 450 do CPC).
O juiz pode, de ofício, ou a requerimento da parte, ouvir as testemunhas referidas nas
declarações da parte ou das testemunhas (art. 461, II, do CPC).
SUBSTITUIÇÃO DA TESTEMUNHA
o o
De acordo com o art. 451 do CPC, depois de apresentado o rol de que tratam os §§ 4 e 5 do
art. 357, a parte só pode substituir a testemunha:
I - que falecer;
II - que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
III - que, tendo mudado de residência ou de local de trabalho, não for encontrada.
Fora dessas hipóteses, a substituição só será possível mediante concordância das partes.
INTIMAÇÃO DA TESTEMUNHA
Cabe ao advogado da parte informar ou intimar a testemunha por ele arrolada do dia, da hora
e do local da audiência designada, dispensando-se a intimação do juízo. (art. 455 do CPC).
A intimação deverá ser realizada por carta com aviso de recebimento, cumprindo ao
advogado juntar aos autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência,
o
cópia da correspondência de intimação e do comprovante de recebimento (§ 1 do art. 455 do
CPC).
A parte pode comprometer-se a levar a testemunha à audiência, independentemente da
o
intimação de que trata o § 1 , presumindo-se, caso a testemunha não compareça, que a parte
o
desistiu de sua inquirição (§ 2 do art. 455 do CPC).
o
A inércia na realização da intimação a que se refere o § 1 importa desistência da inquirição
o
da testemunha (§3 do art. 455 do CPC).
o
De acordo com o § 4 do art. 455 do CPC, a intimação será feita pela via judicial
o
quando: I - for frustrada a intimação prevista no § 1 deste artigo;
II - sua necessidade for devidamente demonstrada pela parte ao juiz;
III - figurar no rol de testemunhas servidor público ou militar, hipótese em que o juiz o
requisitará ao chefe da repartição ou ao comando do corpo em que servir;
IV - a testemunha houver sido arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria Pública;
V - a testemunha for uma daquelas previstas no art. 454.
CONDUÇÃO COERCITIVA
o o
A testemunha que, intimada na forma do § 1 ou do § 4 , deixar de comparecer sem motivo
o
justificado será conduzida e responderá pelas despesas do adiamento (§ 5 do art. 455 do CPC).
ORDEM DA INQUIRIÇÃO
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QUALIFICAÇÃO DA TESTEMUNHA
CONTRADITA
Contradita é o meio utilizado pela parte contrária para desqualificar a testemunha, em razão
de incapacidade, suspeição ou impedimento.
Com efeito, logo após a qualificação, é lícito à parte contraditar a testemunha, arguindo-lhe a
incapacidade, o impedimento ou a suspeição, bem como, caso a testemunha negue os fatos que
lhe são imputados, provar a contradita com documentos ou com testemunhas, até 3 (três),
o
apresentadas no ato e inquiridas em separado (§1 do art. 457 do CPC).
o
Sendo provados ou confessados os fatos a que se refere o § 1 , o juiz dispensará a
o
testemunha ou lhe tomará o depoimento como informante (§2 do art. 457 do CPC).
Vê-se assim que apresentação prévia do rol de testemunha tem a função de viabilizar a
eventual contradita.
O juiz costuma resolver, na própria audiência, o incidente de contradita, mas caso haja
necessidade de provas adicionais ele suspenderá a audiência para poder solucionar a contradita.
A contradita deve ser apresentada antes do início do depoimento, sob pena de preclusão,
mas há quem sustente que pode ser arguida até antes do fim do depoimento.
ESCUSA DE DEPOR
A testemunha pode requerer ao juiz que a escuse de depor, alegando os motivos previstos
o
neste Código, decidindo o juiz de plano após ouvidas as partes (§3 do art. 457 do CPC).
Os motivos que ensejaram essa escusa encontram-se no art. 448 do CPC.
COMPROMISSO
As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, começando pela que
a arrolou, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com
as questões de fato objeto da atividade probatória ou importarem repetição de outra já respondida
(art. 459 do CPC).
O juiz poderá inquirir a testemunha tanto antes quanto depois da inquirição feita pelas partes
o
(§1 do art. 459 do CPC).
As testemunhas devem ser tratadas com urbanidade, não se lhes fazendo perguntas ou
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o
considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias (§2 do art. 459 do CPC).
o
As perguntas que o juiz indeferir serão transcritas no termo, se a parte o requerer (§ 3 do
art. 459 do CPC).
Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação
parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista
(art. 699 do CPC).
De acordo com o art. 213 do CPP, aplicado por analogia ao processo civil, o juiz não permitirá
que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do
fato.
DOCUMENTAÇÃO DO DEPOIMENTO
O depoimento poderá ser documentado por meio de gravação (art. 460 do CPC). Trata-se do
meio preferencial do registro de oitiva de testemunha.
Quando digitado ou registrado por taquigrafia, estenotipia ou outro método idôneo de
o
documentação, o depoimento será assinado pelo juiz, pelo depoente e pelos procuradores (§1 do
art. 460 do CPC).
Se houver recurso em processo em autos não eletrônicos, o depoimento somente será
o
digitado quando for impossível o envio de sua documentação eletrônica (§2 do art. 460 do CPC).
Tratando-se de autos eletrônicos, observar-se-á o disposto neste Código e na legislação
o
específica sobre a prática eletrônica de atos processuais (§3 do art. 460 do CPC).
Vale lembrar que a audiência também pode ser gravada por qualquer das partes,
independentemente de autorização judicial (§6º do art. 367 do CPC).
ACAREAÇÃO
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do CPC).
c) não sofrer desconto do salário nem do tempo de serviço pelo dia que compareceu à
audiência. Assim, o depoimento prestado em juízo é considerado serviço público (art. 463 do CPC).
d) ser ouvida no foro do seu domicílio (§1º do art. 453 do CPC).
PERGUNTAS:
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PROVA PERICIAL
CONCEITO
De acordo com o art. 464 do CPC, a prova pericial consiste em exame, vistoria e avaliação.
Exame é a perícia que recai sobre pessoas ou bens móveis, inclusive, sobre semoventes e
documentos.
Vistoria é a perícia que recai sobre bens imóveis.
Avaliação ou arbitramento é a perícia que fixa o valor em dinheiro de certo bem, direito ou
obrigação.
O perito classifica-se em:
a) perito percipiente: é o que faz apenas a narrativa dos fatos constatados por sentido
técnico.
b) perito judicante: é o que, além de narrar os fatos, ainda emite um juízo técnico sobre eles.
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DISPENSA DA PERÍCIA
O juiz, consoante preceitua o art. 472 do CPC, poderá dispensar a prova prévia quando as
partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou
documentos elucidativos que considerar suficientes. Esta dispensa da perícia só será possível
quando ambas as partes estiverem de acordo com o parecer técnico ou documento. A propósito, o
referido parecer técnico ou documento não é propriamente uma prova pericial e, sim, documental,
pois foi produzida fora do processo, ao passo que a perícia é determinada no processo. Todavia,
inúmeros autores consideram esta prova como sendo uma perícia extrajudicial.
NOMEAÇÃO DO PERITO
A nomeação do perito, em regra, é função exclusiva do juiz (art. 465 do CPC). Quando tiver de
realizar-se por carta, poder-se-á proceder à nomeação de perito e à indicação de assistentes
o
técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia (§6 do art. 465 do CPC).
Caso o perito nomeado necessite de algum esclarecimento técnico fora de sua área, não
poderá por conta própria, para complementar o seu laudo, socorrer-se de outro profissional, posto
que a nomeação do perito é ato exclusivo do juiz.
A esta regra abrem-se as seguintes exceções:
a) nomeação do perito poderá ser feita pela direção da instituição oficial à qual o juiz
requisitou a perícia, em dois casos:
perícia sobre a autenticidade ou a falsidade de documento;
perícia de natureza médico-legal.
Nesses dois casos, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos
estabelecimentos oficiais especializados, a cujos diretores o juiz autorizará a remessa dos autos,
bem como do material sujeito a exame (art. 478 do CPC). Anote-se, porém, que nas duas hipóteses
acima, o juiz, caso queira, poderá nomear o perito, pois se trata de mera faculdade sua delegar essa
atribuição à instituição oficial.
Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e da firma, o perito poderá
requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas e, na falta
destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa a quem se atribuir a autoria do documento lance em
o
folha de papel, por cópia ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação (§3 do art.
478 do CPC).
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A liberdade do juiz em escolher o perito, contudo, é limitada, pois os peritos serão nomeados
entre os profissionais legalmente habilitados em cadastros mantidos pelo tribunal ao que o juiz está
vinculado (§1º do art. 156 do CPC). Esta cadastro prévio também pode conter, além dos
profissionais autônomos, órgãos técnicos e científicos. Há, pois, em razão desse cadastro prévio, o
chamado ͞perito natural͟.
Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de
divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de
consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria
Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos
técnicos interessados (§ 2o do art. 156 do CPC).
Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do
cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência
dos peritos interessados (§ 3o do art. 156 do CPC).
Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a
nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão
técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da
perícia (§ 5o do art. 156 do CPC).
Dentre os cadastrados, o juiz escolherá o perito que for de sua confiança, não há, pois, um
setor de distribuição ou de rodizio entre os peritos.
PERÍCIA COMPLEXA
Perícia complexa é a que abrange mais de uma área de conhecimento especializado.
Nesse caso, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte indicar mais de uma assistente
técnico (art. 475 do CPC).
A perícia complexa é uma única perícia elaborada por mais de um Dzexpertdz.
ESCUSA DO PERITO
O perito, em regra, não pode se escusar de cumprir o seu dever, salvo alegando motivo
legítimo (art. 157 do CPC). O prazo para escusa é de 15 (quinze) dias, contado da intimação da
nomeação ou do impedimento ou suspeição superveniente, sob pena de renúncia ao direito de
alegá-la (§ 1º do art. 157 do CPC).
SUBSTITUIÇÃO DO PERITO
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De acordo com o art. 468 do CPC, o perito pode ser substituído quando:
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
A expressão Dzmotivo legítimodz é uma janela aberta que permite abarcar inúmeras
situações. Exemplos: excesso de trabalho; inabilitação para o objeto da perícia, etc.
No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional
respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o
possível prejuízo decorrente do atraso no processo (§ 1o do art.468 do CPC).
O perito substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos pelo
trabalho não realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de
5 (cinco) anos (§ 2o do art.468 do CPC).
Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2o, a parte que tiver realizado o
adiantamento dos honorários poderá promover execução contra o perito, na forma dos arts.
513 e seguintes deste Código, com fundamento na decisão que determinar a devolução do
numerário (§3o do art.468 do CPC).
SUSPEIÇÃO OU IMPEDIMENTO DO PERITO
O perito ainda será substituído em caso de impedimento ou suspeição. A arguição de
impedimento ou suspeição do perito deve ser feita em petição específica, devidamente
fundamentada, no prazo de 15 (quinze) dias contados da data que toma conhecimento do fato.
O juiz mandará processar o incidente em separado e sem suspensão do processo, ouvindo
se o perito no prazo de 15 (quinze) dias e facultando-lhe a produção de prova, quando
necessária (§ 2º do art. 148 do CPC).
Nos tribunais, a arguição de impedimento ou suspeição do perito será disciplinada pelo
regimento interno (§ 3º do art. 148 do CPC).
Da decisão do juiz que acolher ou não essa arguição não caberá recurso de agravo de
instrumento.
Quanto ao assistente técnico da parte, não se sujeita à alegação de impedimento ou
suspeição.
PREPARAÇÃO DA PROVA PERICIAL
a) deferimento da perícia
A prova pericial pode ser determinada de ofício pelo juiz ou a requerimento das partes. O
deferimento dessa prova é na decisão de saneamento. A prova pericial, em regra, é realizada fora
da audiência de instrução e julgamento.
Aliás, é cabível a perícia ainda que não haja audiência.
O perito não presta compromisso (art. 466 do CPC).
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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c) proposta de honorários
o
De acordo com o §2 do art. 465 do CPC, ciente da nomeação, o perito apresentará em 5
(cinco) dias:
I - proposta de honorários;
II - currículo, com comprovação de especialização;
III - contatos profissionais, em especial o endereço eletrônico, para onde serão dirigidas as
intimações pessoais.
As partes serão intimadas da proposta de honorários para, querendo, manifestar-se no prazo
comum de 5 (cinco) dias, após o que o juiz arbitrará o valor, intimando-se as partes para os fins do
o
art. 95 (§ 3 do art. 465 do CPC).
Caso a perícia seja requerida pela parte beneficiária da justiça gratuita, o juiz deve ordenar
que a perícia seja realizada por órgãos públicos.
Se o depósito prévio não for feito, a perícia não será realizada, logo o juiz extinguirá a prova
pericial prosseguirá. O prazo que o juiz fixa para o depósito, porém, não é preclusivo.
Se, após a perícia, a parte não depositar o restante dos honorários, o juiz mandará expedir
certidão contendo valor do débito, que servirá como título executivo judicial a favor do perito, nos
termos do art. 515, V, do CPC. Além disso, o juiz poderá aplicar-lhe a multa do §2º do art. 77 do
CPC.
e) quesitos
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mas a parte contrária , em homenagem ao princípio do contraditório, deverá ser intimada sobre a
formulação desses quesitos. A parte que não indicou assistente técnico também pode formular
quesitos, inclusive, quesitos suplementares.
O juiz também pode formular quesitos, bem como indeferir os quesitos impertinentes (art.
470 do CPC).
Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos
os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que
estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo
com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao
o
esclarecimento do objeto da perícia (§ 3 do art. 473 do CPC).
f) conteúdo do laudo
g) entrega do laudo
O perito deve entregar o laudo em cartório no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte)
dias antes da audiência de instrução e julgamento (art. 477 do CPC). Assim, o prazo para o perito
entregar o laudo é de 20 (vinte) dias entre o protocolo do laudo em cartório e a audiência. Se o
perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá
conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado (art. 476 do
CPC). Trata-se de um prazo regressivo, que começa a fluir do primeiro dia útil anterior à data da
audiência e termina em dia igualmente útil.
As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no
prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual
o
prazo, apresentar seu respectivo parecer (§ 1 do art. 477 do CPC).
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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Perícia simples ou informal é a que não apresenta qualquer dificuldade e, diante disso, pode
ser realizada na própria audiência.
Com efeito, dispõe o §3º do art. 464 do CPC:
͞A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre
ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico͟.
A propósito, no Juizado Especial Estadual, a única perícia possível é a feita na própria
audiência com a inquirição do perito pelo juiz (art. 35 da lei 9.099/95).
O § 4º do art. 464 do CPC exige que, nessa perícia simples, o perito tenha formação
acadêmica. Ora, na perícia normal, dispensa-se essa formação e, por consequência, diante da falta
de razoabilidade, a referida norma revela-se inconstitucional.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
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O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção com base em
É, pois, o juiz que irá valorar a perícia, podendo acolhê-la ou desconsiderá-la, mediante
fundamentação.
RESPONSABILIDADE DO PERITO
O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos
prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2
(dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o
juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender
cabíveis (art. 158 do CPC).
Esta sanção, que é imposta pelo juiz do processo, depende de um prévio procedimento
incidental, assegurando-se ao perito acusado o contraditório e a ampla defesa. Trata-se de uma
decisão interlocutória de mérito, impugnável por agravo de instrumento (art. 1.015, II, do CPC).
HONORÁRIOS DO PERITO E DO ASSISTENTE TÉCNICO
Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do
perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for
determinada de ofício ou requerida por ambas as partes (art. 95 do CPC).
Os honorários provisórios são os depositados pela parte antes da entrega do laudo, ao passo
que os honorários definitivos são os depositados somente após a entrega do laudo. Assim, o juiz
pode arbitrar honorários provisórios e relegar a fixação de honorários definitivos após a efetiva
entrega do laudo, quando então poderá avaliar melhor a extensão do trabalho do perito.
Em suma, o juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos honorários
37
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o
do perito faça o depósito prévio em juízo do valor correspondente aos honorários periciais (§1 do
art. 95 do CPC).
A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será corrigida monetariamente e
o o
paga de acordo com o art. 465, §4 (§2 do art. 95 do CPC).
Ressalte-se, contudo, que o juiz não é obrigado a arbitrar os honorários provisórios. De fato, o
depósito antecipado, a que faz menção o §1º do art. 95 do CPC, não é regra e, sim, exceção, mas na
prática tornou-se regra.
c) pagamento do perito
O juiz poderá autorizar o pagamento de até cinquenta por cento dos honorários arbitrados a
favor do perito no início dos trabalhos, devendo o remanescente ser pago apenas ao final, depois
o
de entregue o laudo e prestados todos os esclarecimentos necessários (§4 do art. 465 do CPC).
Na perícia determinada de ofício pelo juiz, se as partes não depositarem o valor dos
honorários periciais, o juiz lhes aplicará a multa de até vinte por cento do valor da causa, pois a
desobediência à ordem judicial configura ato atentatório à dignidade da justiça (art. 77, IV, e §2º do
CPC), e, além disso, ordenará a realização da perícia sem o referido depósito.
Na perícia requerida por uma das partes, a consequência será a não realização da perícia.
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PERGUNTAS:
1) O que é perícia?
2) Se o juiz tem conhecimento técnico sobre o assunto, ele pode dispensar a perícia?
3) Qual a natureza jurídica do perito?
4) Quem pode ser perito?
5) O analfabeto pode ser perito?
6) Qual a diferença entre exame, vistoria e avaliação?
7) Qual a diferença entre perito percipiente e judicante?
8) Quais as hipóteses de indeferimento da prova pericial?
9) Quando o juiz pode dispensar a prova pericial, nos termos do art. 472 do CPC?
10) Quem escolhe o perito?
11) A escolha pode ser consensual?
12) Em caso de perícia médico-legal e sobre a autenticidade do documento, quem pode
escolher o perito?
13) A liberdade do juiz em escolher o perito é absoluta?
14) O que é perícia complexa?
15) É possível a escusa do perito?
16) É possível a substituição do perito?
17) Como deve ser requerida a suspeição ou o impedimento do perito?
18) Qual o prazo para a indicação de assistente técnico?
19) O que são quesitos ordinários?
20) O que são quesitos elucidativos?
21) O que são quesitos complementares?
22) Qual o prazo para a entrega do laudo pericial?
23) É possível perícia sem audiência de instrução e julgamento?
24) O que é perícia simples?
25) A segunda perícia substitui a primeira?
26) O juiz pode decidir contra o laudo pericial?
27) A responsabilidade do perito é objetiva ou subjetiva?
28) Quem deve antecipar as despesas do perito?
29) Quais as consequências da falta do depósito dos honorários provisórios?
30) O juiz pode reduzir o valor dos honorários periciais?
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