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1. Competência
Material (se a competência é da justiça do trabalho) e Territorial (local do ajuizamento).
Primeiro define a competência material e depois a territorial.
Inciso II: cabe à justiça do trabalho analisar as ações relacionadas ao exercício do direito de
greve, seja ela ação possessória, ação de fazer, não fazer, ação entre sindicatos, etc., isso porque
o tema greve é de direito do trabalho.
Inciso III – ação sobre representação sindical: são aquelas ações movidas para discutir se
determinado sindicato representa ou não aquela categoria. Ocorre quando, por exemplo, dois
sindicatos discutem pela competência de representar alguma categoria.
Essa ação pode ser ajuizada por sindicados, por empregado, empregador, etc. e é de
competência da justiça do trabalho.
Inciso VI: é competência da JT analisar as ações que tenham finalidade dano moral e
patrimonial decorrente do vínculo de emprego. Existe, inclusive, a possibilidade de dano pré-
contratual, que é uma proposta séria de emprego que não foi cumprida. Nesse caso a
competência é da JT também, mesmo que não exista vínculo ainda.
Dano pós contratual também é possível, como no caso de cláusula de quarentena que limita a
atuação do empregado no setor por um determinado período, e, em caso de descumprimento,
pode pedir a efetivação por meio de ação na JT.
Súmula 392 do TST: foi alterada em 2016 e diz que se um empregado que sofreu acidente do
trabalho pode pleitear dano moral e material em uma ação, bem como se o empregado morreu
no acidente, a sua família pode pleitear. Nos dois casos a competência é da JT.
Inciso VII (um dos mais importantes): diz que cabe à JT processar as ações sobre penalidades
impostas por órgãos de fiscalização, como Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Se o órgão autua a empresa e multa, mas a empresa considera que foi ilegal, ela pode contestar
essa penalidade junto à JT.
Súmula 454 do TST de maio de 2014: trata da execução de valores devidos em razão do Seguro
de Acidente de Trabalho (SAT). Assim, cabe à JT executar esses valores devidos.
Súmula 300 do TST – inscrição no PIS: se o empregador não fizer a inscrição do empregado
no PIS ele não vai conseguir receber o abono anual que o governo paga. Nesse caso, o
empregado tem que buscar essa indenização pela não inscrição correta no PIS e a competência
é da JT.
Súmula 389 do TST – inscrição no seguro desemprego: se o empregado não receber o seguro
por culpa da empresa, como não entregar a guia do seguro, pode pleitear essa indenização junto
ao empregador perante à JT.
b) Competência Territorial
A competência territorial é considerada um critério relativo de competência, o que quer dizer
que o cumprimento ou descumprimento desse critério apenas interessa às partes, ou seja, não é
de interesse do Estado. O que difere da competência material, que é absoluta e é de interesse
do Estado.
Eu moro em Vitória, fui contratada no RJ, mas vou desenvolver as atividades em São Paulo.
Em caso de demissão e não recebimento das verbas, onde posso ajuizar a ação?
Art. 651 da CLT - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela
localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda
que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
O art. 651 da CLT determina que a regra geral é que a ação é ajuizada no local da prestação do
serviço. Isto porque no local do serviço estão as provas que o reclamante precisará.
Mas e se no contrato determinar que o foro escolhido pelas partes for em BH?
O TST diz que essa cláusula de eleição de foro não é aplicável ao processo do trabalho. Então
a cláusula é nula de pleno direito.
O §1º (muito importante) do 651 diz que quando se tratar de agente ou viajante comercial, que
é aquele que não tem um local fixo de trabalho, a competência é da junta onde a empresa possuir
sede ou filial ao qual o empregado era subordinado. Se não existir essa subordinação especifica,
a junta competente será a do domicílio do empregado ou a mais próxima.
O §2º trata de brasileiro trabalhando no exterior. Nesse caso, o empregado pode ajuizar a ação
no brasil, mas ele tem que ser brasileiro e não pode ter tratado internacional em sentido
contrário.
O §3º (muito importante) fala da empresa itinerante, que desenvolve atividades em vários
locais, por exemplo, o circo. Nesse caso, o empregado pode ajuizar a ação no local onde o
contrato foi celebrado ou em qualquer local que ele tenha prestado serviço.
TST: composto por 27 ministros, brasileiros (nato ou naturalizado) e com mais de 35 anos e
menos de 65, nomeados pelo Presidente após aprovação por maioria absoluta do Senado.
Os membros vêm do TRT, da advocacia e MP do trabalho, conforme quinto constitucional,
sendo que os últimos (advocacia e MP) ocupação 1/5 das vagas.
TRT: O art. 112 da CF exclui a obrigação de um TRT em cada estado federado, portanto existem
4 estados que não possuem, Acre, Roraima, Tocantins e Amapá.
O mesmo artigo determina, também, que, em caso de ausência da justiça do trabalho naquela
localidade, os juízes comuns terão a competência para julgar causas trabalhistas, entretanto o
recurso ordinário, advindo de sentença, será interposto perante o TRT daquela região.
São formados por, no mínimo, 7 juízes, brasileiros (natos ou naturalizados) com idade mínima
de 30 anos nomeados pelo Presidente, mas sem sabatina pelo Senado.
Sobre a competência dos TRTs, essa pode ser originária ou derivada. Será originária quando
o processo tiver início no Tribunal Regional do Trabalho, como ocorre nos dissídios coletivos,
mandados de segurança, ações rescisórias, ações cautelares, dentre outros. Será derivada
quando exercerem função em decorrência de processo já em curso, como ocorre com os
recursos. Em relação à sua formação, também há o respeito ao quinto constitucional, isto é, 1/5
das vagas será ocupada por membros da Advocacia e Ministério Público do Trabalho, assim
como ocorre no TST.