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Da Caverna ao Wi-Fi

A identidade humana nos fez reunir e viver em grupos, procurando abrigo por
sobrevivência e segurança. Foram esses os primeiros passos que nossos ancestrais deram
ao que chamamos hoje de gestão eficiente da liderança. A evolução tornou mais
complexa nossas necessidades, e não só porque o grupo cresceu. A proteção física inicial
ramificou-se em níveis como a assistência social, saúde, educação, transporte, e meios de
sobrevivência básica para alguns. O que parece uma fábula na verdade é a base que dá
forma e união para cada agrupamento social que construímos ao longo da história
humana. Foram cavernas, tabas, vilarejos, bairros e finalmente as cidades que nos
abrigam. O processo de disputa pela liderança também evoluiu. A força e a coragem
deram lugar ao discurso e às ações que privilegiem o bem estar do grupo social e seu
território. É possível dizer que os líderes ancestrais eram mais eficientes que os líderes
atuais em suas atribuições para com o grupo? Sim, o líder tem de agir de acordo com o
interesse coletivo. Se os liderados dão ao líder todos os benefícios e ele não os protege do
perigo, não é um líder de verdade. A liderança é um serviço e serviço vem com sacrifício.
Se não há sacrifício, não há serviço, muito menos liderança. E onde entra o prefeito nessa
história? Liderança não é uma campanha de marketing, não se trata de convencer as
pessoas, mas de cuidar delas. O prefeito deve ser um bom gerente. Mas também um
bom líder. Como gerente precisa observar o sistema, os processos e seus resultados. Mas
como líder deve olhar na frente para as necessidades do grupo no presente e no futuro. A
cidade de Vinhedo é formada por grupos sociais que escolheram se associar num espaço
e dividir convivência, sobrevivência e bem estar. Mas como anda o atendimento às nossas
necessidades básicas? E as futuras? Logo será escolhido um novo prefeito para nossa
cidade. Por isso é preciso saber quem pode ser líder ou quem apenas quer os benefícios
que propicia o poder. Há uma juventude que precisa ser vista com seriedade. Seu futuro,
sua educação, seu emprego. Uma economia familiar agrícola local forte e que deve ser
apoiada e incentivada. Sabemos que as empresas não sobrevivem sem mão de obra local
qualificada, por isso é preciso investir pesado em qualificação social e tecnológica em
bases estruturantes. É necessário um pacto pelo desenvolvimento de Vinhedo e ampliar
nossa base econômica para que a criação de oportunidades seja algo natural para os
jovens que estão iniciando uma carreira, dispostos a conquistar um futuro no local em
que escolhemos para viver. Para isso é preciso uma liderança disposta e que possua um
projeto de cidade para os próximos 20 anos. Essa é a Vinhedo que merecemos ter.

Carlos Baltazar

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