Você está na página 1de 64

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”


Campus de Jaboticabal
Faculdade de ciências Agrárias e Veterinárias

Dr. Thiago M. T. do Nascimento


• Espécie mais produzida no Brasil
• 2008 – 111 mil t
• 2009 – 133 mil t (MPA, 2011)
• 2010 – 155 mil t
• Compatível com diversos sistemas de produção;
• Rápido crescimento;
• Carne com boas características organolépticas, passível de
processamento industrial;
• Reproduzem-se naturalmente em confinamento;
• A técnica de reversão sexual possibilita o cultivo monosexo;
• Pode ser classificada como onívora, fitoplantófaga e herbívora;
• Aceita muito bem o alimento artificial;
• Possibilita a utilização de ingredientes de origem vegetal na
formulação das dietas;
Custo mínimo
•Reproduzem-se naturalmente em confinamento;

(MPA 2010)
(MPA 2010)
"Qing Shan" Island in Ningde City, Fujian Province.
É muito importante que a aquicultura seja vista como
parte da solução e não parte do problema (Tacon,
2013)
Fonte: Tacon, 2013
Espécie Hábito Alimentar do
peixe adulto
Dourado Carnívoro / Ictiófago
Truta arco-íris Carnívoro
Traíra Carnívoro / Ictiófago
Pintado Carnívoro / Ictiófago
Piracanjuba Onívoro
Piavuçu Onívoro
Bagre do canal Onívoro
Piau Onívoro
Curimbatá Iliófago
Tilápia-do-Nilo Herbívoro
Carpa comum Herbívoro
Tambaqui Onívoro
(Adaptado de Fracalossi e Cyrino 2012)
Figura. Custos operacionais efetivos da criação de tilápias em
tanques-rede, no município de Zacarias, SP.

Adaptado de Campos et al., 2007


Aumento de resíduos causados principalmente pela má
nutrição afetam a qualidade de água levando a:
• Aumento de stress;
• Elevação do aparecimento de doenças infecciosas;
• Baixo crescimento;
• Alta mortalidade;
• Desenvolvimento de “off-flavor”;
• Baixa eficiência alimentar;
• Elevação do custo de produção.
Produtividade

Qualidade Disponibilidade
da de
Água nutrientes
Custos
de
Produção
Chuva Luz
Aerador
Vazão Vento Oxigênio
Dissolvido

Fotossíntese

Alimentação Matéria Org.


Natural e
/ ou Saída de resíduos
Artificial
• Temperatura da água
• Fase da criação
• Sistemas de cultivo
• Estratégias de alimentação
• Qualidade dos alimentos
• Balanceamento dos nutrientes
(MOURA et al.,2007)
40
Te mpo (horas)

30

20

10
24ºC
28ºC
0 32ºC T emperatura
P1E1 P1E2 P2E1
P2E2 P1E1 = 20% PB e 3600 kcal/kg EB
Dietas P1E2 = 20% PB e 4000 kcal/kg EB
P2E1 = 30% PB e 3600 kcal/kg EB
P2E2 = 30% PB e 4000 kcal/kg EB

(CARNEIRO, 2007)
(DIAS - KOBERSTEIN et al., 2004)
(SANDRE, 2011)
 % de nutrientes na dieta

 Taxa de crescimento
α
Exigências nutricionais

Período ou peso vivo


Fase do cultivo Peso dos peixes (g) PB Gordura

Crescimento inicial 180 a 300 32% 45


Crescimento 300 a 550 28% 35
Engorda 550 a 1000 22% 30

(Fri-ribe, 2012)
Fase do cultivo Peso dos Tipo de ração Oferta de ração Ref/dia
peixes (g) (% PV/dia)
Fase 1a - Berçário 0,3 a 5 40% PB farelada 12 a 8 5a4
Fase 1b – Berçário 5 a 30 40% PB farelada 8a5 4a3
e 36%PB (2mm)
Fase 2 – Recria 30 a 150 32% PB (3-4mm) 5a3 3a2
Fase 3 - Terminação 150 a 800 32% PB (3-4mm) 3a2 2a1
e (5-6mm)

(KUBITZA, 2007)
Extensivo
Qualidade
da
Água Semi -intensivo
Concent./
Produtividade Balanceam.
dos nutrientes Intensivo

(TACON, 1994)
Fase do Peso Tipo de ração Oferta de ração (%
cultivo dos PV/dia)
peixes Tq Tq Tq Tq
(g) rede escavado rede escavado
Fase 1a - 40% PB farelada
0,3 a 5 40% PB farelada 12 a 8 3
Berçário e 36%PB (2mm)
Fase 1b - 40% PB farelada e 36%PB (2mm)
5 a 30 8a5 3a2
Berçário 36%PB (2mm) e 32%PB (3-4mm)
Fase 2 - 32% PB 28-32%PB
30 a 150 5a3 2
Recria (3-4mm) (3-4mm)
Fase 3 - 150 a 32% PB (3-4mm) e 28%PB
3(KUBITZA,
a2 2a1
2007)
Terminação 800 (5-6mm) (4-6mm)

(KUBITZA, 2007)
• Frequência alimentar (como alimentar?)
• Horários de alimentação (quando?)
• Consumo alimentar (quanto?)
• Processamento das dietas (o quê? / como? / onde?)
• Distribuição das dietas (onde?)
(CANTON et al., 2007)
(SOUSA, 2010)
Temperatura - 17,7 a 28,6ºC / Período – março a julho

(SOUSA et al., 2012)


(MARQUES et al., 2003)
(BUZOLLO, 2011)
(BUZOLLO, 2011)
Coeficientes de digestibilidade aparente (%)
Coeficientes de digestibilidade aparente da proteína (%)
Alimentos
Pacu1 Tambaqui2 Tilápia3 Pintado4
Farinha de peixe 88,40 82,92 78,553 84,14
Farinha de penas 75,73 82,64 78,50 39,56
Farinha de vísceras 83,40 85,84 87,24 61,59
Farinha de sangue 57,72 50,69 10,47
Farinha de carne 88,60 73,19
Levedura 68,86 58,14
Farelo de Soja 81,14 92,18 91,56 67,10
Soja crua 83,46 26,84
Soja tostada 92,04 49,48
Farelo de algodão 86,00 77,91 74,87
Farelo de canola 87,00
Farelo de trigo 93,89 87,77 91,13 49,47
Sorgo 92,93 81,23 67,83 44,87
Farelo de arroz 80,82 94,86 44,21
Quirera de arroz 85,54 43,24
Milho 83,38 90,76 91,66 64,18
Milho extrusado 89,62
Glutén 21 89,88
Glúten 60 96,56 95,96

Fonte:1 Abimorad & Carneiro, 2004, 2 Buzollo, 2014; 3 Pezzato et al., 2002; 4 Gonçalves & Carneiro, 2003
Coeficientes de digestibilidade aparente (%)
Coeficientes de digestibilidade aparente da energia (%)
Alimentos
Pacu1 Tambaqui2 Tilápia3 Pintado4
Farinha de peixe 78,14 68,61 72,24 72,80
Farinha de penas 79,52 75,62 68,15 51,26
Farinha de vísceras 69,99 83,58 69,61 48,98
Farinha de sangue 67,41 62,87 16,08
Farinha de carne 83,98 75,35
Levedura 45,77 43,16
Farelo de Soja 63,68 81,38 73,18 61,66
Soja crua 92,71 45,55
Soja tostada 91,45 57,39
Farelo de algodão 59,55 51,51 51,00
Farelo de canola 74,59
Farelo de trigo 45,77 73,80 77,70 53,20
Sorgo 81,16 93,55 70,53 48,35
Farelo de arroz 92,73 91,30 51,84
Quirera de arroz 84,54 47,34
Milho 86,69 86,07 83,95 64,95
Milho extrusado 61,31
Glutén 21 66,80
Glúten 60 83,56 71,19
Óleo de Soja 95,67 89,85
Fonte:1 Abimorad & Carneiro, 2004, 2 Buzollo, 2014; 3 Pezzato et al., 2002; 4 Gonçalves & Carneiro, 2003
Coeficientes de digestibilidade aparente (%)
Coeficientes de digestibilidade aparente da proteína (%)
Alimentos
Pacu1 Tambaqui2 Tilápia3 Pintado4
Farinha de peixe 88,40 82,92 78,553 84,14
Farinha de penas 75,73 82,64 78,50 39,56
Farinha de vísceras 83,40 85,84 87,24 61,59
Farinha de sangue 57,72 50,69 10,47
Farinha de carne 88,60 73,19
Levedura 68,86 58,14
Farelo de Soja 81,14 92,18 91,56 67,10
Soja crua 83,46 26,84
Soja tostada 92,04 49,48
Farelo de algodão 86,00 77,91 74,87
Farelo de canola 87,00
Farelo de trigo 93,89 87,77 91,13 49,47
Sorgo 92,93 81,23 67,83 44,87
Farelo de arroz 80,82 94,86 44,21
Quirera de arroz 85,54 43,24
Milho 83,38 90,76 91,66 64,18
Milho extrusado 89,62
Glutén 21 89,88
Glúten 60 96,56 95,96

Fonte:1 Abimorad & Carneiro, 2004, 2 Buzollo, 2014; 3 Pezzato et al., 2002; 4 Gonçalves & Carneiro, 2003
Coeficientes de digestibilidade aparente (%)
Coeficientes de digestibilidade aparente da energia (%)
Alimentos
Pacu1 Tambaqui2 Tilápia3 Pintado4
Farinha de peixe 78,14 68,61 72,24 72,80
Farinha de penas 79,52 75,62 68,15 51,26
Farinha de vísceras 69,99 83,58 69,61 48,98
Farinha de sangue 67,41 62,87 16,08
Farinha de carne 83,98 75,35
Levedura 45,77 43,16
Farelo de Soja 63,68 81,38 73,18 61,66
Soja crua 92,71 45,55
Soja tostada 91,45 57,39
Farelo de algodão 59,55 51,51 51,00
Farelo de canola 74,59
Farelo de trigo 45,77 73,80 77,70 53,20
Sorgo 81,16 93,55 70,53 48,35
Farelo de arroz 92,73 91,30 51,84
Quirera de arroz 84,54 47,34
Milho 86,69 86,07 83,95 64,95
Milho extrusado 61,31
Glutén 21 66,80
Glúten 60 83,56 71,19
Óleo de Soja 95,67 89,85
Fonte:1 Abimorad & Carneiro, 2004, 2 Buzollo, 2014; 3 Pezzato et al., 2002; 4 Gonçalves & Carneiro, 2003
ESTUDOS DE DIGESTIBILIDADE DE NUTRIENTES
EM DIETAS PARA ORGANISMOS AQUÁTICOS

Prof. Dr. Dalton José Carneiro


1. Importância
2. Etapas de estudos
2.1 Adaptação e alimentação
• Aquários experimentais
• Aquários de alimentação
2.2 Coletas de fezes
• Método de coleta total
• Método indireto com uso de marcadores
3. Métodos de coletas de fezes

3.1 Coleta de material direto do reto


Cuidados: uso de benzocaína (0,05g/L)

Operação e retirada
de material no reto
• Extrusão manual
• Sucção de material por cânula no reto
• Uso de saco coletor
3.2 Remoção de fezes no fundo do coletor
• Tipos de coletores de fezes:
 Sistema de Guelph
 Sistema de Guelph modificado
 Sifonagem

3.3 Vantagens e desvantagens de cada método / tipo de coleta


SISTEMA DE GUELPH
SISTEMA DE GUELPH MODIFICADO
SISTEMA DE GUELPH MODIFICADO

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia


(INPA) - Coordenadoria de Pesquisas em
Aquicultura (CPAQ) Manaus / AM
SIFONAGEM
4. Determinação de digestibilidade aparente com uso de marcadores

4.1 CDA de dietas

• Equações

% de marcador na dieta % de nutrientes nas fezes


CDA(r) = 100 - 100 X
% de marcador nas fezes % de nutrientes na dieta

NOSE 1966
4.2 CDA de nutrientes e energia dos alimentos

CDA (i) (%) = (100 / X) x [ teste – (Y / 100 x referência )]

X = Porcentagem de inclusão do ingrediente na dieta teste.


Y = Porcentagem de dieta referência.
Teste = Digestibilidade aparente do nutriente presente na dieta teste.
Referência = Digestibilidade aparente do nutriente presente na dieta referência.

REIGHT et al. (1990)


• Uso combinado de várias fontes proteicas, com aminoácidos
essenciais;
• Suplementação dos aminoácidos essenciais, energia e minerais;
• Eliminação ou inativação de fatores antinutricionais;
• Adição de enzimas para melhorar a digestibilidade dos nutrientes;
• Adição de palatabilizantes.

(LIM, 2006)
Valor proteico suficiente em quantidade e qualidade para
promover o equilíbrio entre proteína e outros nutrientes;

Quantidade de energia necessária para atender as demandas


de manutenção, crescimento e reprodução; que são variáveis
para cada espécie, aptidão, condições ambientais, etc.;

Produtos veiculados pela dieta em concentrações adequadas,


como aminoácidos, ácidos graxos essenciais, vitaminas
específicas e minerais; para promover uma melhor produção.
(FURUYA et al.,2005)
Dietas isoaminoacídicas: 28%PB = 25,4% PD
- Lisina
- Metionina + cistina
- Treonina -
- Triptofano
- Isoleucina
(BONFIM et al.,2008)
(KUBITZA, 2010)
ESTUDOS SOBRE A
MORFOLOGIA E UTILIZAÇÃO DOS
ESTUDOS SOBRE A ESTUDOS SOBRE A
FISIOLOGIA DO ALIMENTOS:
EXIGÊNCIA DOS FORMULAÇÃO DE
SISTEMA DIGESTÓRIO PRINCIPAIS DIETAS QUE LEVEM
Atratividade
NUTRIENTES AO MENOR CUSTO
Palatabilidade
NAS DIETAS DE PRODUÇÃO
Consumo
Tempo de transito
ESTUDOS DE HÁBITOS gastrointestinal
E COMPORTAMENTOS Tempo de retorno ESTUDOS SOBRE O
ALIMENTARES do apetite MANEJO DE
Tempo de esvaziamento ALIMENTAÇÃO NAS
gástrico CONDIÇÕES DE
ESTUDOS SOBRE
CULTIVO:
O PROCESSAMENTO
DE ALIMENTOS
DIGESTIBILIDADE DE Ingestão
ESTUDOS SOBRE E DIETAS PRÁTICAS
NUTRIENTES DOS Freqüência de
ECOLOGIA E TÉCNICAS
ALIMENTOS Arraçoamento
DE PRODUÇÃO
Interações com densidade
de povoamento

Você também pode gostar