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Revista de Educação Continuada do CRMV-SP

São Paulo.fasciculo I. volume I. p. 03 I - 035. 1998.

Ultra-sonografia diagnóstica do
sistema locomotor eqüino
Ultrasonographic diagnostic Departamento de Cirurgia
e Anestesiologia

ofequine limbs Veterinária


Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia
Ana Liz Garcia Alves - CRMV-SP n° 5776 Unesp - Campus de
Botucatu - 18618-000
Professora Assistente da Disciplina de Cirurgia de Grandes Animais
e-mail:
Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária
ana.alves@mailcity.com
Faculdade de Medicina VeteJinária e Zootecnia
Unesp - Campus de Botucatu - São Paulo - Brasil

RESUMO
Este artigo é uma descrição da utilização do ultra-som na avaliação das enfermidades locomotoras
dos eqüinos que acometem os tendões, ligamentos, músculos, articulações e ossos. Ressalta-se a
importância das informações morfológicas fornecidas pela ultra-sonografia na realização do diag-
nóstico e prognóstico precisos das lesões. Destaca-se os aspectos necessários para uma correta utili-
zação do equipamento, descrições das indicações clínicas e limites desta técnica .Relata-se a eficácia
da ultra-sonografia na avaliação de diferentes regimes terapêuticos, através da determinação da qua-
lidade da reparação tecidual.
Unitermos: Tendão, claudicação, ultra-som

ultra-sonografia tem contribuído significativa- Equipamento e técnica

f
-
l
\ mente para o diagnóstico das lesões dos tecidos
moles dos membros dos eqüinos. Esta técnica di-
- - agnóstica permite ao veterinário determinar a 10-
calização exata da le ão, quantificar sua exten-
o exame do aparelho locomotor pode ser realiza-
do com aparelhos ultra-sonográficos que apresentem
transdutores entre 3 e 7,5 MHz. Normalmente freqüên-
são, a gravidade das lesões e também monitorizar o pro- cias de 7,5 MHz, têm melhor resolução e são utilizadas
cesso de reparação 11,13,14. A ultra-sonografia pode tam- para avaliar tendões e ligamentos em eqüinos, enquanto
bém proporcionar a visualização de pequenas lesões agu- que as de 5 ou 3 MHz , com maior poder de penetração e
das, que muitas vezes, ainda não apresentaram expres- pior resolução, são utilizadas em tecido musculares ou
são clínica para serem diagnosticadas nos exames de ro- ósseos 6. Na prática, o transdutores lineares de 5 MHz
tina. utilizados em ginecologia podem prestar serviços apre-
Esta técnica deve ser uma complementação dos ciáveis em patologia tendínea se associados a um ante-
exames clínicos tradicionais como inspeção e palpação paro de silicone, conhecido como " tandoff'.
e não uma substituição deste , pois a interpretação con- Os transdutores podem ainda ser lineares ou seto-
junta aumenta a qualidade do diagnóstico 2. riais. O desenvolvimento deste equipamento com estes
A principal aplicação da ultra-sonografia diagnós- dois tipos de transdutores proporcionou maior variabili-
tica no sistema locomotor eqüino é nas enfermidades dos dade focal, melhorou significativamente a resolução da
tendões (figura 1) e ligamentos da região metacarpiana e imagem e consequentemente a acurácia dos diagnósti-
metatarsiana, seguida de avaliações de regiões articula- cos. O transdutor linear possui os cristais dispostos de
res e ósseas. forma paralela, o que promove a geração de uma ima-

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gem retangular. Este tipo de gião a ser examinada, pois,


transdutor é indicado para o a presença de pêlos interfe-
exame da maioria dos tendões re com a transmissão das
e ligamento da região meta- ondas sonoras, eguido pela
carpiana, pois produz uma ima- aplicação de gel, com o ob-
gem com grande área, próxima jetivo de eliminar o ar pre-
à superfície da pele. O trans- sente entre o transdutor e a
dutor setorial é indicado prin- superfície da pele.
cipalmente para o exame de es- O examinador segu-
truturas mais profundas, onde ra, então, o transdutor con-
o raio sonoro diverge a partir tra o membro do animal e a
de uma pequena área no trans- imagem aparecerá na tela.
dutor para atingir a estrutura Uma vez que se observe al-
alvo. No aparelho locomotor guma anormalidade, a ima-
dos eqüinos é utilizado princi- gem deverá ser congelada e
palmente nos exames do liga- fotografada 6,15. Caso a re-
mento su pensor do boleto, li- gião a ser examinada seja
gamentos se amoídeo e arti- uma estrutura superficial ou
culações. de superfície irregular,
Os raios sonoros devem deve-se utilizar um antepa-
ser direcionados sob um ângu- ro de silicone "standoff' en-
Io perpendicular às fibras a se- tre o tran dutor e a pele,
rem examinadas a fim de que para melhorar a qualidade
se obtenha uma boa imagem. da imagem 10 .
A ecogenicidade das fibras di- A habilidade para se
minui à medida que o ângulo obter imagens apropriadas
de incidência difere de 90 e interpretá-las de uma for-
graus l5 . ma acurada depende de um
As fibras dos tendões e Figura 1 - Tendinite do f1exor digital superficial - bom conhecimento anatô-
ligamentos da região palmar aspectos clínicos. mico das imagens, dos ar-
abaixo da articulação metacarpo e metatar o-falangea- tefatos de técnica, bem como das enfermidades que atin-
na, bem como as fibra dos ligamentos da maioria das gem o sistema locomotor.
articulações não são paralelas. Como resultado, a posi- Cada estrutura tem sua própria densidade, basea-
ção do transdutor deve variar durante o exame permitin- da em parte, em ua compo ição celular, alinhamento
do que estas e truturas ejam visualizadas corretamente, das fibras e suprimento angüíneo. Quanto mais densa
evitando-se assim a ocorrência de artefatos que possam for a estrutura, mais ecos retomarão ao transdutor. Quanto
ser confundidos com lesôes. mais ecos retomarem, mais ecóica será a imagem proje-
A observação do apoio do animal também é im- tada na tela 5.
portante, pois artefatos hipoecóicos podem ser obtidos A aparência destas estruturas é constante em
quando a estrutura examinada não está sob tensão. O uma determinada faixa etária; portanto ao iniciar o
relaxamento de um tendão ou ligamento induz ao enru- exame de um animal, já se tem a expectativa da
gamento das fibras no local de inserção, permitindo que ecogenicidade que será encontrada, e e houver
os feixes das fibras colágena expressem ondulações sob alguma alteração é porque deve haver enfermida-
outras partes intermediárias, interpretado como um típi- de no local. Esta alteração pode estar representada por
co artefato hipoecóico, que impede a interpretação cor- uma hipo ou hiperecogenicidade que pode ser graduada
reta da imagem 10. de 1 a 4 6 .
É importante lembrar que a interpretação das ima-
Protocolo e interpretação de exame gens deve ser sempre correlacionada com os dados obti-
dos no exame clínico do animal 18.
O procedimento necessário ao exame ultra-sono- Para facilitar a interpretação das imagens da re-
gráfico tem inicio com a realização de tricotomia na re- gião metacarpiana dos eqüinos, divide-se esta área em 6

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zonas a seguir: IA, lB, 2A, 2B, 3A, 3B (figura 2) 6. O


sonograma realizado na zona IA mostra, em ordem, da
extremidade superior da tela até a inferior: derme, ten-
dão flexor digital superficial, tendão flexor digital pro-
fundo, bainha carpal, ligamento carpiano inferior, uma
parte do ligamento suspensor do boleto e finalmente o
contorno do aspecto palmar do terceiro metacarpiano (fi-
gura 3).
Nas diferentes zonas que prosseguem distalmen-
te, na região metacárpica, existem particularidades ana-
tômicas das estrutura que devem ser considerada 1,16.
O exame deve ser feito através de imagen tran-
versais e longitudinais. Quando se faz uma exploração
longitudinal, deve-se mover o transdutor no sentido lá-
tero-medial, de modo que todas as estruturas e principal-
mente o alinhamento das fibras sejam visualizadas. As
estruturas tendíneas e ligamentares são compostas de fi-
bras colágenas que são alinhadas em uma configuração
paralela bem definida, denominada alinhamento axial.
A ecogenicidade normal e o alinhamento axial indicam
que as estruturas estão normais ou totalmente recupera-
das. O grau de alinhamento axial é um critério importante
para o acompanhamento do processo de cicatrização 2,7,8.
As lesões nos tendões, ligamentos e músculos são
reconhecida ultra-sonograficamente por alterações nos
planos teciduais, com mudanças no tamanho, forma, eco-
genicidade e modificações também em estrutura vizi-
nhas ou associadas.
A avaliação ultra-sonográfica do tamanho das es-
truturas anatômjcas deve ser realizada comparando-se
com a me ma estrutura no membro contra-lateral, uma
vez que existe uma variação individual muito grande.
Um aumento da área transversal dos tendões ou ligamen-
tos indica a presença de inflamação aguda ou crônica,
que persistindo, leva a um tecido cicatricial que preen-
che todo o local da le ão. O tamanho dos tendões e liga-
mentos pode eventualmente diminuir, indicando uma
atrofia em função do desuso, ou uma redução de tama-
nho aparente, devido à presença de lesão periférica 3,18.
As lesões dos tendões e ligamentos acompanha-
da de hemorragias e edema formam áreas hipoecóica
entre as fibras. Durante o processo cicatricial, a fibropla-
sia e o desarranjo entre as fibras reduzem a ecogenicida-
de. Já a pre ença de tecido fibroso, calcificação e meta-
plasia óssea ou cartilaginosa produzem imagens hipere-
cóicas.
Qualquer lesão observada em detenninada estru-
tura deve ser documentada pela sua exata localização e
extensão. A quantificação da extensão da lesão, bem
como o cálculo de sua área em relação à área total da
estrutura envolvida devem ser estimados (figura 4) 9.

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PALMER; et aI. II relacionaram a ecogenicidade Na rotina di agnóstica, utilizamos o exame


de uma determinada lesão com a porcentagem de área ultra-sonográfico articular em duas principais situações:
afetada, calculando-se o grau de severidade, que é o pro- quando o exame clínico indicou que o foco de dor é
duto do percentual da área total do tendão lesado e o articular, porém o exame radiográfico não demonstrou
grau de ecogenicidade. Utilizando este parâmetro, o di- alterações e quando o exame radiográfico revela irregu-
agnóstico ultra-sonográfico permite avaliar a gravidade laridades, porém a avaliação dos tecidos moles locais
das lesões, facilitando a monitorização destas durante o necessita ser realizada para a complementação do diag-
proce so de reparação, além de possibilitar a detecção nóstico.
de uma eventual recidi va. O exame ultra-sonográfico também auxilia o di-
A regeneração tecidual dos tendões e ligamento agnóstico de fraturas, principalmente da região pélvica.
deve ser avaliada periodicamente enfocando: a ecogeni- Esta técnica tem proporcionado o diagnóstico de fratu-
cidade da lesão, o grau de alinhamento axial das fibras ras da asa e corpo do íleo e tuberosidade coxa!. Em mui-
colágenas, o tamanho da estrutura e a presença ou não tos casos a extensão da fratura pode ser determinada,
de aderências das estruturas relacionadas 2. permitindo o prognóstico e determinação de um possí-
A ultra-sonografia tem favorecido alguns diagnós- vel tratamento a ser adotado. A monitorização do
ticos de lesões articulares como: efusão articular, espes- processo cicatricial também é possível através de exa-
mes seriados.
Existem algumas limitações para a utiliza-
ção deste método no diagnóstico de fraturas da
região pélvica. Entre as principais estão as difi-
culdades de se conseguir imagens adequadas: da
asa do sacro, da articulação sacro-ilíaca e cabeça
do fêmur; de fraturas com deslocamento mínimo
ou com desenvolvimento inicial de calo ósseo e
de cavalos obesos, onde o acúmulo de gordura no
subcutâneo atenua as ondas sonoras. A pre ença
de sombras acústicas devido aos vários vasos san-
güineos calibrosos presentes na musculatura da
região pode ser confundida com uma descontinui-
dade da superfície óssea. Deve ser realizada uma
comparação entre os lados direito e esquerdo da
pelve para auxiliar a interpretação das imagens 16.
O exame ultra-sonográfico, acompanha-
do por um minucioso exame clínico pode pro-
porcionar um diagnóstico seguro de uma even-
tual fratura na região pélvica.
sarnento da membrana sinovial, proliferação de vilosi-
dades e aderências, irregularidades na superfície da cáp- Considerações finais
sula articular, presença de fragmento ósseo e rupturas do
ligamento articulares 4. A realização de aproximadamente 1000 exames
Dentre as articulações mais examinadas estão: a ultra-sonográficos para avaliações de enfermidades oriun-
fêmur-tíbio-patelar, a úmero-rádio-ulnar, a tíbiotársica, das do aparelho locomotor eqüino, proporcionou um
a cárpica e a metacarpo e metatarso-falangeana, com o maior conhecimento das imagens anatômicas e patoló-
objetivo de diagnosticar lesões articulares 12. gicas do sistema locomotor eqüino, gerando uma maior
Os principais benefícios da ultra-sonografia pe- confiabilidade na interpretação das imagens.
rante a radiografia são: a visualização de anormalidades A po sibilidade de visualização precisa de uma
de tecidos moles, como patologias na membrana sinovi- lesão, da estimativa do grau de severidade, do acompa-
ai, espessamentos capsular e periarticular e a eficiência no nhamento ao processo de regeneração e da avaliação da
diagnóstico de efusão. A ultra-sonografia parece ser tam- eficácia de diferentes regimes terapêuticos melhoram de
bém mais ensível na identificação inicial da remodela- forma significativa o diagnóstico e prognó tico das en-
ção periarticular e osteofitose 4,12. fermidades locomotoras.

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São Paulo, fascículo I, volume I, p. 031 - 035, 1998.

SUMMARY
This article is an ultrasound evaluation's description of the equine locomotor injuries on tendons,
ligaments, muscle, joints and bones. The morphological informations provided by the uItrasound
and its influences in Iesion diagnostic and prognostic have been emphasized. It is explained the
right equipment utilization, the clinicaI utilization and limitation of thi technique. The
ultrasonograpruc efficacy on evaIuations of the therapeutics regimes based on healing quality has
been reIated in tills i sue.
Uniterms: Tendon, Iameness, ultrasound

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