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, Msc
Médica Veterinária formada pela Universidade
Plinio Leite em 1999, Mestrado em Patologia e
Reprodução Animal na UFF em 2003, trabalhou no
setor de ultrassonografia do CAD (Centro de apoio
e diagnóstico veterinário) de janeiro de 2001 a
março de 2006, foi responsável pelo setor de
ultrassonografia e radiologia da clínica SOLVET em
Nova Friburgo de março de 2003 a setembro de
2005, posteriormente responsável pelo setor de
ultrassonografia da RADIOVET de 2007 até 2011.
Em 2007 começou a realizar cursos de
ultrassonografia em pequenos animais.
Responsável pelo setor de ultrassonografia da
clínica 24 horas CTI Veterinário, desde 2011.
Atualmente a Dra Solange é proprietária da CENUS
SOLVET DIAGNÓSTICOS VETERINÁRIOS
(www.cenussolvet.com.br), faz atendimentos em
Ultrassonografia Veterinária e realiza cursos de
ultrassom para todos os níveis de conhecimento
nesta área.
A utilização da US na Medicina Veterinária ocorre há aproximadamente 30 anos no Brasil, desde então houve
grande evolução no que diz respeito às imagens adquiridas devido à avanços tecnológicos nos equipamentos e
também estudos e desenvolvimentos de varreduras, assim como muitos estudos sobre alterações
ultrassonográficas, doenças. Isso ocorre em todos os aspectos da Medicina Veterinária e também na área de
diagnóstico por imagem.
Vantagens da US: não invasivo, inócuo para saúde, não causa dor, permite movimentação do paciente,
realizado sem sedação (geralmente), aquisição de imagens dinâmicas, imagens em tempo real, possibilita o
estudo do movimento de algumas estruturas do corpo
Feitos com materiais de propriedades piezoelétricas (cristais). Os cristais podem se contrair e expandir
através do estímulo elétrico formando as ondas ultrassônicas. Atuam como fonte vibrante produtora de som e
detector de ondas refletidas.
Transdutores mais usados na medicina veterinária em pequenos animais: convexo de 5 MHz; microconvexo de
5 MHz; linear de 7,5 MHz; multifrequenciais.
Formação da imagem ultrassonográfica/ Corrente elétrica/ Cristais vibram – produzem ondas sonoras/ O
ultrassom se propaga através de um meio físico/ A medida que se propaga no corpo vai sofrendo reflexões de
diferentes intensidades (diferentes impedâncias acústicas)/ Ondas sofrem atenuação através do corpo
(reflexão, absorção e espalhamento)
Formação da imagem ultrassonográfica - Superfície refletora – Parte da onda retorna ao transdutor e parte é
transmitida para o corpo - De volta ao transdutor o eco é transformado em impulsos elétricos e será
apresentado sob a forma de pontos de luz formando a IMAGEM ULTRASSONOGRÁFICA.
ULTRASSONOGRAFIA- É o resultado da leitura dos ecos gerados pelas reflexões do ultrassom nos diversos
meios ao longo de seu caminho. A intensidade do brilho no monitor é proporcional à intensidade do eco.
Quanto maior o eco, mais branca aparecerá a imagem.
SEMIOLOGIA ULTRASSONOGRÁFICA - QUANTO A INTENSIDADE DO BRILHO
Hiperecogênico – Ecogênico – Hipoecogênico – Anecogênico.
HIPERECOGÊNICO HIPOECOGÊNICO
ANECOGÊNICO
ECOGÊNICO
Modo – A : primeiras formas de estudo do eco, pouco utilizado atualmente, estudo feito através de gráficos.
Não utilizado atualmente para diagnóstico.
Modo – B:
Modo – B (modo de brilho ou
bidimensional): intensidade do eco
é vista como ponto luminoso em
monitor, equipamento dinâmico
produz imagens em tempo real
(em média 30 imagens/ segundo).
Modo – M:
Efeitos biológicos do US: o ultrassom causa vibrações mecânicas nos tecidos. A energia absorvida é
transformada em calor. Ultrassom diagnóstico não causa efeitos biológicos
ARTEFATOS:
Artefatos de técnica. Frequentemente observados. Seu conhecimento é importante para interpretação das
imagens. Frequentemente degradam a informação diagnóstica. Alguns são úteis para o diagnóstico
Reverberação: é a reprodução de falsos ecos, na qual o ultrassom se reflete repetidamente entre interfaces
altamente refletivas (múltiplas reflexões). Ex: produzida por C.E. metálicos , gás (pêlo), pulmão e intestino.
Imagem em espelho: originado por interfaces acústicas curvas , com grande reflexão, na qual o feixe de
ultrassom efetua o percurso inverso e resulta no incorreto posicionamento da estrutura de interesse. Ex. VB
posicionada no lado torácico do diafragma.
Sombra acústica posterior: resultante da interação do feixe sonoro com um limite acústico altamente refletivo
como osso, cálculo ou gás. Provoca uma reflexão total e bloqueio na transmissão do feixe, produzindo uma
sombra posterior a interface acústica. Fenômeno com aplicação diagnóstica, uma vez que seu reconhecimento
auxilia o diagnóstico. Ex: cálculo vesical.
Reforço acústico posterior: observado posteriormente a tecidos com baixa atenuação do feixe sonoro.
Representa um aumento localizado da amplitude do eco que ocorre distal a estrutura de baixa atenuação
(área mais clara). É usado como critério na identificação da presença de líquido.
Sombreamento lateral: ocorre na margem de uma superfície curva, uma vez que parte do feixe sonoro que é
refletido não retorna ao transdutor.É observado distal as margens laterais de estruturas císticas, vesícula biliar
e urinária e polo renal. Útil para identificar estruturas arredondadas com ecogenicidade similar as adjacentes.
Dra. Solange Carné
CRMV – RJ 5898