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APROVADO EM ______DE_________________________DE__________
RESUMO
O presente trabalho conceitua e apresenta estudos da Neuroarquitetura, de modo que fique clara
a compreensão do tema ao leitor. Tem como objetivo geral analisar os efeitos da
Neuroarquitetura no espaço corporativo, utilizando para estudo de caso um escritório de
advocacia. Como objetivos específicos, busca contribuir na elaboração de projetos de natureza
corporativa e na escolha de elementos arquitetônicos que visem promover bem-estar e
produtividade. Feita a revisão bibliográfica a respeito do tema, foram escolhidos os seguintes
pontos para o desenvolvimento do referencial teórico: a influência das cores na percepção do
espaço; integração do projeto luminotécnico à iluminação natural; a importância do conforto
acústico no espaço corporativo e o mobiliário corporativo e a disposição dos espaços. Para o
desenvolvimento do trabalho fez-se uma pesquisa de caráter qualitativo, explicativa e descritiva
e realizou-se os seguintes procedimentos metodológicos: identificação da problemática, revisão
bibliográfica, escolha do local, levantamento fotográfico e análise de resultado. Para
apresentação dos resultados e discussões fez-se um estudo de caso de um escritório de
advocacia onde foram propostas soluções para a melhoria do espaço.
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 9
OBJETIVOS ............................................................................................................................. 11
OBJETIVOS GERAIS .......................................................................................................... 11
OBETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................. 11
REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................................... 12
A INFLUÊNCIA DAS CORES NA PERCEPÇÃO DO ESPAÇO ........................................... 12
INTEGRAÇÃO DO PROJETO LUMINOTÉCNICO À ILUMINAÇÃO NATURAL ................... 20
A IMPORTÂNCIA DO CONFORTO ACÚSTICO NO ESPAÇO CORPORATIVO ................ 25
O MOBILIÁRIO CORPORATIVO E A DISPOSIÇÃO DO ESPAÇO ...................................... 30
METODOLOGIA ..................................................................................................................... 32
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................................. 32
IDENTIFICAÇÃO DA PROBLEMÁTICA ....................................................................... 32
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 32
ESCOLHA DO LOCAL ................................................................................................ 33
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO ............................................................................. 34
ANÁLISE DE RESULTADOS ....................................................................................... 34
FLUXOGRAMA METODOLÓGICO ...................................................................................... 34
RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................ 36
CORES ................................................................................................................................ 36
ILUMINAÇÃO ...................................................................................................................... 40
MOBILIÁRIO E DISPOSIÇÃO DOS AMBIENTES ................................................................ 43
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 48
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 49
REFERÊNCIAS DE IMAGENS ............................................................................................... 52
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1. INTRODUÇÃO
Neste contexto, a neuroarquitetura mostra-se como uma solução prática e eficaz para
reorganizar os ambientes corporativos de modo que eles se tornem mais estimulantes e,
consequentemente, mais produtivos (NEUROARQUITETURA:... 2019a). Elementos
arquitetônicos como a iluminação natural, a escolha da tabela de cores, a altura do teto, a
disposição da mobília, os ângulos das paredes e o som, por exemplo, podem contribuir de
forma efetiva para um melhor desenvolvimento dos trabalhadores, e, consequentemente, da
empresa.
Com base nisso, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar como a
organização do espaço corporativo e seus elementos influenciam no comportamento e na
produtividade dos colaboradores, para isso, foi escolhido o escritório de advocacia. Conhecer
os padrões de funcionamento do cérebro e como o espaço afeta as funções cerebrais pode
ajudar os arquitetos a projetar edifícios que melhorem o comportamento, o desempenho e o
bem-estar do usuário.
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2. OBJETIVOS
3. REFERENCIAL TEÓRICO
é preciso entender a chamada psicologia das cores e optar por aquelas que
estão relacionadas ao negócio. Um exemplo clássico são as praças de
alimentação repletas de amarelo e vermelho, cujas as propriedades estão
relacionadas a movimento, energia, paixão e fome. São escolhas certeiras
para redes de fast-food.
• Verde:
“O verde é muito utilizado nos ambientes pois tem uma grande variedade de tons
com sensações agradáveis e confortáveis, e aceita facilmente composições com outras
cores. No seu tom claro torna-se uma cor tranquilizante e até sedativa. Em seu tom
mais escuro pode trazer sensação de seriedade e segurança” (VIVA DECORA, 2017).
• Azul:
“Os tons mais claros transmitem paz, ajudam na concentração e deixam o ambiente
leve. Os mais escuros auxiliam na concentração. É importante ter cuidado para não exagerar,
pois o ambiente poderá ficar monótono e triste.” (MARELLI, 2018).
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• Amarelo:
“O amarelo estimula o apetite e as atividades intelectuais, ideal para ambientes
que necessitam de uma atmosfera ativa. Esta cor deve ser bem dosada, pelo seu
elevado grau de luminosidade, pois pode causar desconforto visual. O amarelo
representa o sol, então vale investir nesta cor quando o ambiente for escuro ou sem
janelas.” (VIVA DECORA, 2017).
• Vermelho:
“Entre as cores na arquitetura corporativa, ele sobressai pelo seu poder ousado e
sedutor. Além disso, o vermelho também incentiva a atenção. Mas, lembre-se: nada de
exageros! Assim ele pode causar o efeito contrário, tornando o ambiente estressante. Por
isso, o vermelho nunca será indicado para ser usado em um ambiente inteiro no mundo
corporativo. Somente alguns detalhes nessa cor já fazem toda a diferença.” (ARQUITETUDE,
2018).
• Laranja:
“Esta cor é um estimulante físico e mental, alargando a mente e abrindo -a para
novas ideias. Assim, ela pode ser empregada em locais de trabalho e estudo. Também
estimula o apetite.” (VIVA DECORA, 2017).
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• Roxo/Violeta:
“Os tons de roxo, violeta e lilás estimulam a boa convivência e transmitem sabedoria.
Assim como o azul e o verde, em excesso essas cores podem deixar o ambiente pesado e
desestimulante” (MARELLI, 2018b).
Uma mesma empresa pode, ainda, possuir ambientes com diferentes cores. Para isso,
é importante analisar qual a proposta do espaço e qual a sensação que ele deseja transmitir.
A sala de reunião com clientes, por exemplo, pode ser um local mais básico, usando tons
neutros e apenas cores fortes nos detalhes. Já a área de convivência dos funcionários (Figura
9) pode contar com móveis e paredes em tons mais vivos, de forma a estimular o diálogo e
as boas relações (MARELLI, 2018b).
“Muitos escritórios usam cores vibrantes para fugir da monotonia do branco e do cinza,
mas, isso pode ser um erro, pois cada cor atinge uma área do cérebro de forma diferente a
partir da nossa visão.” (BENCKE, 2017). Por isso, é muito importante fazer um estudo na hora
de escolher as cores que vão compor o projeto corporativo, analisando o perfil da empresa e
observando as categorias de cores quentes e frias, de forma a escolher os tons certos para
transmitir as sensações e os comportamentos desejados.
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É cada vez mais comum ver projetos de arquitetura corporativa com a preocupação
de aproveitar o máximo de iluminação natural, principalmente visando reduzir os custos com
energia elétrica. Apesar de ser uma opção sustentável, a importância de projetar espaços
corporativos capazes de melhor aproveitar a luz natural vai muito além disto, está relacionada
também à qualidade de vida, o bem-estar e a produtividade dos trabalhadores. Segundo
pesquisas feitas pelas engenheiras Agostinho; Palma (2018),
Trabalhar em espaços que recebem pouca ou nenhuma luz solar pode ser prejudicial
à saúde, podendo causar problemas como a depressão (BERTOLOTTI; NONATTO, 2019).
Por outro lado, a presença desta iluminação traz muitos benefícios à saúde: ela é um
antibiótico natural e proporciona vitamina D ao organismo (MARELLI, 2018c).
“Recentemente foram divulgados estudos comprovando que a utilização da iluminação
natural traz benefícios ao bem-estar dos ocupantes, mas sua ausência pode proporcionar
danos à saúde”, afirma o arquiteto Dimas Bertolotti, especialista em conforto ambiental e
professor da universidade FIAM-FAAM, explicando que essas pesquisas tiveram início no
norte europeu, onde os dias são curtos e as noites mais longas. “Foi identificado que
habitantes desses países sofrem de um tipo de depressão chamada SAD - Seasonal Affective
Disorder -, causada pela falta de luz natural”, disse (BERTOLOTTI; NONATTO, 2019).
Nos espaços corporativos, a entrada de iluminação natural pode ser dada por fachadas
(Figura 11), iluminação zenital, estruturas de vidro, brises e pergolados, por exemplo.
Outra forma de aproveitar a luz natural é através de iluminação zenital, que permite a
entrada de iluminação por meio de pequenas ou grandes aberturas na cobertura (Figura 12).
Ela pode ser utilizada por motivos estéticos ou quando o ambiente tem alguma limitação,
como a impossibilidade de abrir janelas, por exemplo. Museus, shoppings e fábricas são casos
de alguns ambientes que adotam esse tipo de iluminação.
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Dentre os seus tipos (Figura 13), destacam-se a claraboia, o shed, a claraboia tubular,
a cúpula, o átrio, o lanternin e as telhas translúcidas.
ambientes com a presença de ruídos”, aponta a arquiteta Priscilla Benck (2017). O excesso
de som atrapalha a concentração e interrompe a linha de raciocínio, além de provocar
irritabilidade, fadiga, falhas na memória e podendo até levar à surdez. Segundo o blog Marelli
(2018a),
A poluição sonora é um assunto tão sério que foi definido pela OMS
(Organização Mundial de Saúde) como uma questão de saúde pública.
Especialistas desse órgão recomendam que o limite para a audição humana
é de 50 decibéis (dB).
Mas, manter esse padrão não é tão simples quanto parece. Isso porque, os emissores
de ruído do ambiente externo ultrapassam esse limite: metrô (90 dB), feira (90 dB), trânsito
intenso (90 dB), caminhões (105 dB), buzina de moto (111 dB), britadeira (120 dB), fogos de
artifício (125 dB) e alto-falante (125dB). Também e preciso levar em conta os barulhos que
provem de elevadores, conversas, ar-condicionado, geradores de eletricidade, entre outros
(MARELLI, 2018a).
Se por um lado o descontrole sonoro provoca doenças e atrapalha o rendimento dos
usuários do ambiente, por outro, uma boa acústica promove atenção e maior produtividade
na empresa. Por isso, além de fatores como escolha de cores, iluminação e climatização, o
planejamento acústico também deve ser levando em consideração na elaboração do projeto
arquitetônico corporativo, principalmente porque ele está relacionado diretamente na
execução eficiente das tarefas destinadas aos colaboradores. Existem diversas técnicas que
podem ser utilizadas para minimizar os problemas acústicos. Dentre elas podemos destacar:
• Painéis acústicos:
“[...] é um painel de lã de alta densidade em uma estrutura de madeira, com
acabamento em tecido ortofônico. Os painéis têm como objetivo reduzir o tempo de
reverberação e reduzir as reflexões, para que os ouvidos consigam interpretar o que está
sendo reproduzido pelos monitores de referência. [...] Os painéis acústicos (Figura 16) evitam
as reflexões do som em superfícies lisas (como paredes) e evitam que os ouvidos ouçam uma
versão atrasada daquele som e confundam tudo!” (MAZZEU, 2018).
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Além da funcionalidade, muitas empresas oferecem esse tipo de opção com um design
atrativo. Desta forma, ele cumpre o seu papel de melhorar a acústica de um escritório sem
comprometer a estética do ambiente.
• Pisos elevados:
Entre as maiores fontes de ruídos estão os “vizinhos de cima”. Esse problema é
comum quando a empresa está situada em um edifício com mais de um pavimento, onde o
ruído é transferido para o andar inferior pela laje. Os pisos flutuantes (Figura 17) são opções
de baixo custo para este problema.
• Tapetes e carpetes:
“Os carpetes e tapetes são excelentes para melhorar a acústica de um escritório e
absorver ruídos muito comuns como conversas, som de telefone, salto alto e mudança de
móveis de lugar. O carpete também deixa o ambiente mais elegante e contribui para o
conforto térmico em locais mais frescos, seja devido à localização em uma região fria ou à
utilização permanente de ar-condicionado” (MARELLI, 2018a).
Figura 18: Uso de tapete como barreira acústica e decoração
local de trabalho mais igualitário para todos os integrantes, o que faz com que a união da
equipe e a produtividade sejam potencializadas (MARELLI, 2019).
Figura 21: Espaços abertos como forma de melhorar o relacionamento dos usuários
4. METODOLOGIA
A. IDENTIFICAÇÃO DA PROBLEMÁTICA
B. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
desde agosto do presente ano e suas principais fontes foram plataformas digitais como os
sites Qualidade Corporativa e blog da Marelli e artigos científicos a respeito do tema.
C. ESCOLHA DO LOCAL
Para estudo de caso foi escolhido o escritório de advocacia Correa Mendes (Figura
22).
O escritório fica localizado no edifico Mlindra Empresarial (Figura 23), no bairro Centro
da cidade de Patos-PB. Este ambiente foi escolhido por ser um espaço corporativo e pelo qual
não foi projetado utilizando os conceitos da Neuroarquitetura.
D. LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
E. ANÁLISE DE RESULTADOS
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O escritório Correa Mendes, escolhido para estudo de caso, conta com dois
ambientes, conforme demonstrado na planta abaixo (Figura 25): uma recepção com
dimensões de 2 metros x 3 metros e uma sala com dimensões de 3 metros x 3 metros.
5.1. CORES
Inserção de
revestimento em
tom neutro claro.
Utilização
de
móveis
mais
claros.
Utilização de
revestimento
Uso de marrom mais
prateleiras claro que o
embutidas utilizado.
com um
revestimento
mais claro Estofados
para mesclar em tons
os tons mais
neutro claros claros.
e escuros.
• A mistura das cores claras e neutras no mobiliário também seria uma das propostas,
pois estas cores clareiam o ambiente e remetem imponência e seriedade, sendo duas
características imprescindíveis para a natureza do local ;
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Mobiliário com
mistura de
tons claros e
neutros.
Segundo o proprietário, a iluminação é algo que prejudica o seu rendimento, pois ela
não é o suficiente para uma boa leitura e dificulta a execução das tarefas.
Para que o advogado tenha conforto luminotécnico na execução de suas tarefas, é
proposto que:
• Seja utilizada iluminação direcionada em pontos específicos como a mesa do
advogado, através de lustres ou trilhos, por exemplos, e as prateleiras onde estão os
livros, por exemplo, para que contribua na melhor execução das tarefas;
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Iluminação
direcionada para
as prateleiras de
livros.
Iluminação
direcionada
para a mesa
do advogado.
Uso de
spots
menores
espalhados
pela sala de
forma a
clarear mais
o ambiente
O escritório possui poucos mobiliários e todos eles possuem cor escura. O mobiliário
da sala do advogado é composto por uma mesa, uma poltrona, duas cadeiras, um frigobar,
três prateleiras para apoio de livros e um móvel no qual ele usa para guardar documentos e
apoiar a impressora (Figura 34).
Na recepção encontram-se uma mesa e quatro cadeiras, sendo três para assento dos
clientes e uma para assento do recepcionista (Figura 35).
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No ‘briefing’ com o proprietário, ele relatou que o mobiliário da sua sala dificulta a
circulação e a comodidade dos clientes, já que quando tem mais de três pessoas na sala, por
exemplo, fica inviável acomodar a todos, tendo que pedir pra que eles se acomodem na
recepção.
Já na recepção, ele considera o mobiliário insuficiente, pois sente necessidade de ter
mais móveis para guardar alguns documentos, mas não sabe onde inseri-los, pois reduziria
ainda mais o pouco espaço da circulação. Ainda segundo ele, as cores dos mobiliários não
atrapalham o seu rendimento e ele considera todos confortáveis e ergonômicos.
Para isso, são sugeridas as seguintes propostas:
• Na recepção, já que o espaço é pequeno e o proprietário sente a necessidade de ter
mais um suporte para guardar os documentos, seria possível acrescentar um móvel
superior acima da mesa da recepção, pois não atrapalharia na circulação;
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Acrescentar
móvel
superior.
Revestir e
fazer móvel
em L.
Substituir por
sofá ou
cadeiras para
conforto dos
clientes.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
REFERÊNCIAS DE IMAGENS