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SUMÁRIO
1
5.3 Efeitos tóxicos .................................................................................... 24
9 SITUAÇÃO NO BRASIL............................................................................ 33
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 34
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1 DROGAS PSICOTRÓPICAS
Fonte: www.cuantas.net
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Para aumentar rendimentos psicofísicos, reduzindo sensações corporais
desagradáveis, como dor, insônia, cansaço ou superando necessidades
fisiológicas como o sono e a fome;
Como meio de transcender as limitações do corpo e o jugo do espaço-
temporalidade, unindo-se à realidade por trás de todos os fenômenos ou, mais
limitadamente, a alguma entidade espiritual qualquer, capaz de conferir-lhe, pelo
menos temporariamente, poderes especiais.
As três principais categorias de drogas são as estimulantes, depressoras e
perturbadoras.
Os psico-estimulantes abrangem um grupo de drogas de diversas estruturas e
que têm em comum, ações como aumento da atividade motora e redução da
necessidade de sono (CARLINI, 1994).
Estas drogas diminuem a fadiga, induzem a euforia e apresentam efeitos
simpaticomiméticos (aumento das ações do sistema nervoso simpático).
Compreendem as seguintes drogas: anfetamina e cocaína.
As drogas alucinógenas ou “psicodélicas” apresentam a capacidade de
produzir alucinações sem delírio, dentre elas está o LSD, dietilamina do ácido lisérgico
e a maconha (CARLINI, 1994).
São características, as alterações sensoriais cuja intensidade depende da dose
utilizada, indo de simples aberrações da percepção de cor e forma dos objetos até a
degradação da personalidade. As características das alucinações variam de um
indivíduo para outro, presumivelmente de acordo com sua personalidade e com os
tipos de interesse que desenvolve. As alucinações podem ser visuais, auditiva, tátil,
olfativa, gustativa ou percepção anestésica na ausência de um estímulo externo
(CARLINI, 1994).
Há distorção do espaço, e os objetos visualizados agigantam-se ou se
reduzem, inclusive partes do próprio corpo. Pode ocorrer o fenômeno da
despersonalização, com a sensação de que o corpo ou uma de suas partes estão
desligados. Altera-se a sensação subjetiva de tempo, e minutos podem parecer horas
(CARLINI, 1994).
Nas fases de alucinações mais intensas podem ocorrer ansiedade,
desorientação e pânico. Muitos apresentam depressão grave com tentativa de
suicídio.
5
No caso da Maconha, o princípio ativo é o D9 canabinol (THC) descrito como
uma substância neuromoduladora que atua através de receptor localizado na
membrana celular e altera a produção de um 2 º mensageiro regulado por outro
neurotransmissor (CARLINI, 1994).
O THC produz uma alteração bifásica, euforia (fase estimulante) e sedação
(fase depressiva). Durante a fase estimulante é descrito como uma ação semelhante
ao estado de sonho, pode ocorrer distorção visual e do tempo. A concentração pode
estar comprometida. A memória diminui e o apetite é suprimido refletindo o efeito do
THC sobre os receptores da acetilcolina e da serotonina respectivamente. Após a fase
estimulante, é comum sono e letargia.
Os efeitos psíquicos são decorrentes do uso dependente. A literatura descreve
sinais de ansiedade que pode aproximar do pânico. A síndrome amotivacional é outra
característica da personalidade do indivíduo.
Voltando um pouco às drogas psicoativas, estas alteram o comportamento,
humor e cognição, agindo preferencialmente nos neurônios e afetando o Sistema
Nervoso Central. Já as drogas psicotrópicas vão além das psicoativas, pois possuem
grande propriedade reforçadora, sendo passíveis de autoadministração, ou seja,
levam à dependência.
Conforme ressalta Carlini (1994), apesar do desconhecimento da maioria das
pessoas, o álcool é considerado também uma droga psicotrópica, tendo seu consumo
admitido e incentivado pela sociedade, sendo encarado de forma diferenciada,
quando comparado com as demais drogas.
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais
(DSM IV), os distúrbios relacionados com uso de drogas podem ser divididos em dois
grupos: por uso das substâncias ou induzido por elas.
No primeiro grupo estão as dependências e os abusos das substâncias e no
segundo grupo: intoxicação, privação, delírios, demências, distúrbios amnésticos
persistentes, psicótico, afetivo, de ansiedade, sexual e do sono.
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2 DROGAS DEPRESSORAS DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL
8
editado pelo DENATRAN em maio de 2006 e contém instruções sobre todos os
aspectos da direção segura que permite prevenir e evitar os acidentes ou limitar as
consequências dos mesmos: manutenção do veículo e verificação das suas
condições, postura do condutor, uso do cinto, dos retrovisores, atenção aos elementos
externos (via, condições climáticas, outros usuários) e recomendações quanto a
possíveis situações de risco (VIAS SEGURAS, 2009).
As alterações sofridas pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), lei n. 9.503 de
23 de setembro de 1997, principalmente em seu artigo 218, através da lei n. 11.334
de 25 de julho de 2006, alterando os limites de velocidade é mais uma ação em prol
da diminuição dos acidentes de trânsito, visto que o excesso de velocidade, distração
e alcoolismo são os grandes vilões.
Fonte: avnutrition.webnode.com.br
11
no sangue é equivalente a beber cerca de 600ml de cerveja (duas latas de cerveja ou
três copos de chope), 200ml de vinho (duas taças) ou 80ml de destilados (duas
doses).
2.6 Alcoolismo
Fonte: dicassobresaude.com
12
A síndrome de abstinência do álcool é um quadro que aparece pela redução
ou parada brusca da ingestão de bebidas alcoólicas após um período de consumo
crônico. A síndrome tem início 6-8 horas após a parada da ingestão de álcool, sendo
caracterizada pelo tremor das mãos, acompanhado de distúrbios gastrointestinais,
distúrbios de sono e um estado de inquietação geral (abstinência leve). Cerca de 5%
dos que entram em abstinência leve evoluem para a síndrome de abstinência severa
ou delirium tremens que, além da acentuação dos sinais e sintomas acima referidos,
caracteriza-se por tremores generalizados, agitação intensa e desorientação no tempo
e espaço.
Fonte: www.ultracurioso.com.br
13
O consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode trazer
consequências para o recém-nascido, sendo que, quanto maior o consumo, maior a
chance de prejudicar o feto. Desta forma, é recomendável que toda gestante evite o
consumo de bebidas alcoólicas, não só ao longo da gestação como também durante
todo o período de amamentação, pois o álcool pode passar para o bebê através do
leite materno.
Cerca de um terço dos bebês de mães dependentes do álcool, que fizeram uso
excessivo durante a gravidez, são afetados pela “Síndrome Fetal pelo Álcool”. Os
recém-nascidos apresentam sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de
apresentarem tremores (sintomas que lembram a síndrome de abstinência). As
crianças severamente afetadas e que conseguem sobreviver aos primeiros momentos
de vida, podem apresentar problemas físicos e mentais que variam de intensidade de
acordo com a gravidade do caso (CEBRID, 2002).
15
2.10 Efeitos no cérebro
Fonte: www.cerebromente.org.br
3 EFEITOS TÓXICOS
17
hepáticas. Tanto que naqueles países há uma rigorosa legislação sobre as condições
de ventilação dessas fábricas; o Brasil também tem leis a respeito. Em alguns casos,
principalmente quando existe no solvente uma impureza, o benzeno, mesmo em
pequenas quantidades, pode haver diminuição de produção de glóbulos brancos e
vermelhos pelo organismo.
Um dos solventes bastante usados nas nossas colas é a n-hexana. Esta
substância é muito tóxica para os nervos periféricos, produzindo degeneração
progressiva dos mesmos, a ponto de causar transtornos no marchar (as pessoas
acabam andando com dificuldade, o chamado “andar de pato”), podendo até chegar
a paralisia. Há mesmo caso de usadores crônicos que após alguns anos só podiam
se locomover em cadeira de roda.
18
4 TRANQUILIZANTES OU ANSIOLÍTICOS – BENZODIAZEPÍNICOS
Fonte: www.dentcare.odo.br
19
A única exceção é a substância chamada clordizepóxido que também é um
benzodiazepínico. Por outro lado, estas substâncias são comercializadas pelos
laboratórios farmacêuticos com diferentes nomes “fantasia”, existindo assim dezenas
de remédios com nomes diferentes: Noan®, Valium®, Aniolax®, Calmociteno®,
Dienpax®, Psicosedin®, Frontal®, Frisium®, Kiatrium®, Lexotan®, Lorax® Urbanil®,
Somalium® etc., são apenas alguns dos nomes.
20
4.3 Efeitos tóxicos
Conforme já foi dito existem muitas dezenas de remédios no Brasil à base dos
ansiolíticos benzodiazepínicos. Até recentemente era comum os médicos chamados
de obesologistas (que tratam das pessoas obesas para emagrecerem) colocarem nas
receitas estes benzodiazepínicos para tirar o “nervoso” produzido pelas drogas que
tiram o apetite. Atualmente, segundo CEBRID (2002) a legislação não permite essa
mistura.
21
Além disso, há um verdadeiro abuso por parte dos laboratórios nas indicações
destes medicamentos para todos os tipos de ansiedades, mesmo aquelas que são
normais, isto é, causadas pelas tensões da vida cotidiana.
Não é, portanto, surpreendente que, em um levantamento sobre o uso não
médico de drogas psicotrópicas por estudantes em dez capitais brasileiras, em 1997,
os ansiolíticos estivessem em terceiro lugar na preferência geral, sendo esse uso
muito mais intenso nas meninas do que nos meninos.
Os benzodiazepínicos são controlados pelo Ministério da Saúde, isto é, a
farmácia só pode vendê-los mediante receita especial do médico, que fica retida para
posterior controle, o que nem sempre acontece (CEBRID, 2002)
5 CALMANTES E SEDATIVOS
Fonte: www.blogdasaude.com.br
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é chamado de hipnótico ou sonífero. E quando um calmante tem o poder de atuar
mais sobre estados exagerados de ansiedade, ele é denominado de ansiolítico.
Finalmente, existem algumas destas drogas que são capazes de acalmar o cérebro
hiperexcitados dos epilépticos. São as drogas antiepilépticas, capazes de prevenir as
convulsões destes doentes.
Neste tópico será abordado um grupo de drogas - tipo sedativos-hipnóticos -
que são chamados de barbitúricos. Alguns deles também são úteis como
antiepilépticos.
Estas drogas foram descobertas no começo do século XX e diz a história que
o químico europeu que fez a síntese de uma delas pela primeira vez - grande
descoberta - foi fazer a comemoração em um bar. E lá, encantou-se com a garçonete,
linda moça que se chamava Bárbara. Num acesso de entusiasmo, o nosso cientista
resolveu dar ao composto recém-descoberto o nome de barbitúrico (CEBRID, 2003).
Fonte: www.taringa.net
25
Muitas substâncias com grande atividade farmacológica podem ser extraídas
de uma planta chamada Papaver somniferum, conhecida popularmente com o nome
de papoula do oriente. Ao se fazer cortes na cápsula da papoula, quando ainda verde,
obtém-se um suco leitoso, o ópio (a palavra ópio em grego quer dizer suco).
Quando seco este suco passa a se chamar pó de ópio. Nele existem várias
substâncias com grande atividade. A mais conhecida é a morfina, palavra que vem do
deus da mitologia grega Morfeu, o deus dos sonhos.
Pelo próprio segundo nome da planta somniferum, de sono, e do nome morfina,
de sonho, já dá para fazer uma ideia da ação do ópio e da morfina no homem: são
depressores do sistema nervoso central, isto é, fazem nosso cérebro funcionar mais
devagar. Mas o ópio ainda contém mais substâncias sendo que a codeína é também
bastante conhecida. Ainda, é possível obter-se outra substância, a heroína, ao se
fazer pequena modificação química na fórmula da morfina. A heroína é então uma
substância semissintética (ou semi-natural).
Estas substâncias todas são chamadas de drogas opiáceas ou simplesmente
opiáceos, ou seja, oriundas do ópio; podem ser:
Opiáceos naturais quando não sofrem nenhuma modificação (morfina,
codeína) ou,
Opiáceos semi-sintéticos quando são resultantes de modificações parciais das
substâncias naturais (como é o caso da heroína).
Mas o ser humano foi capaz de imitar a natureza fabricando em laboratórios
várias substâncias com ação semelhante à dos opiáceos: a meperidina, o propoxifeno,
a metadona são alguns exemplos. Estas substâncias totalmente sintéticas são
chamadas de opióides (isto é, semelhantes aos opiáceos).
Estas substâncias todas são colocadas em comprimidos ou ampolas, tornando-
se então medicamentos. A tabela abaixo dá exemplos de alguns destes
medicamentos.
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Opiáceo ou Indicação de Nomes comerciais Preparações
Opióide uso médico dos farmacêuticas
medicamentos
Naturais: Analgésico Morfina Ampolas; comprimidos
Morfina
Pó de ópio Anti-diarréico; Tintura de ópio; Tintura alcoólica
Analgésico Elixir Paregórico;
Elixir de Dover
Codeína Antitussígeno; Belacodid; Belpar; Gotas; comprimidos;
Analgésico Codelasa; Gotas supositórios
Binelli; Naquinto;
Setux; Tussaveto;
Tussodina; Tylex;
Pastilhas Veabon;
Pastilhas Warton;
Benzotiol
Sintéticos: Analgésico Dolantina: Demerol; Ampola; comprimidos
Meperidina ou Meperidina
Petidina
Propoxífeno Analgésico Algafan®; Doloxene Ampolas; comprimidos
A; Febutil; Previum
Compositum;
Femidol
Fentanil Analgésico Fentanil; Inoval Ampolas
Semi-Sintético: Proibido o - -
Heróina uso médico
Metadona Tratamento de Não existe no Brasil -
dependentes de
morfina e heroína
Zipeprol* Antitussígeno Eritós; Nantux; Gotas; xaropes;
Silentós; Tussiflex supositórios
* A classificação do Zipeprol como uma substância com ação de opiáceo foi recente. A
intoxicação com esta substância pode com frequência vir acompanhada de convulsões (CEBRID,
2003).
27
6.1 Efeitos no cérebro
Fonte: www.medclick.com.br
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álcool, tendo-se assim as chamadas gotas para tosse. A substância ativa contida nas
gotas é também geralmente a codeína ou o zipeprol.
Estas duas substâncias, codeína e zipeprol, estão entre os remédios mais
ativos para combater a tosse: são por isto chamadas de antitussígenas ou béquicas.
Existe um número muito grande de produtos comerciais a base de codeína.
Assim, Belacodid®, Belpar®, Codelasa®, Gotas Binelli®, Pambenyl®, Setux®,
Tussaveto®, etc., são remédios contra tosse que contêm esta substância como
principal de suas fórmulas.
Remédios antitussígenos feitos com zipeprol também existiam no Brasil até o
ano de 1991 (quando foram retirados do comércio) como, por exemplo, Eritós®,
Nantux®, Silentós®, e Tussiflex®.
Lembremos que a codeína conforme já explicado é uma substância que vem
do ópio; trata-se, desta maneira, de um opiáceo natural.
O zipeprol é uma substância sintética, isto é, fabricado em laboratório. Devido
a sua grande toxicidade, o zipeprol foi recentemente banido no Brasil; isto é, está
proibido fabricar ou vender remédios à base desta substância no território nacional.
8 EFEITOS NO CÉREBRO
O cérebro humano possui uma certa área - a chamada Centro da Tosse - que
comanda os nossos acessos de tosse. Isto é, toda vez que ele é estimulado há a
emissão de uma “ordem” para que a pessoa tussa. Existem drogas (codeína,
zipeprol), que são capazes de inibir ou bloquear este centro da tosse; assim, mesmo
que haja um estímulo para ativá-lo, o centro estando bloqueado pela droga não reage,
isto é, não dá mais a “ordem” para a pessoa tossir; ou seja, a tosse que vinha
ocorrendo deixa de existir.
Mas a codeína e o zipeprol agem em mais regiões no cérebro. Assim, outros
centros que comandam as funções de nossos órgãos são também inibidos; com a
codeína, a pessoa sente menos dor (ela é um bom analgésico), pode ficar sonolenta,
a pressão do sangue, o número de batimentos do coração e a respiração podem ficar
diminuídas.
31
O zipeprol pode atuar no nosso cérebro, fazendo a pessoa sentir-se meio
aérea, flutuando, sonolenta, vendo ou sentindo coisas diferentes. E com frequência
leva também a acessos de convulsão, o que é obviamente bastante perigoso.
A codeína possui os vários efeitos das drogas do tipo opiáceas. Assim, é capaz
de dilatar a pupila, de dar uma sensação de má digestão e produzir prisão de ventre.
O zipeprol, além da possibilidade de produzir convulsões, já discutida, pode
também produzir náuseas.
9 SITUAÇÃO NO BRASIL
33
BIBLIOGRAFIA
CARLINI, Elisaldo A. III levantamento sobre uso de drogas entre meninos e meninas
em situação de rua de cinco capitais brasileiras. Centro Brasileiro de Informação sobre
drogas psicotrópicas. Departamento de Psicobiologia. São Paulo: EPM, 1994.
Disponível em: <www.unifesp.br/dpsicobio/boletim/ed21/index.htm>. Acesso em: 23
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34
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alcoólicas, cigarros e outras substâncias psicoativas/SPA na adolescência. Ciência &
Saúde Coletiva, 12 (5):1143-1154, 2007. Disponível em:
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e outro. Farmacologia Integrada. Princípios Básicos. Rio de Janeiro: Livraria
Atheneu, 1991. Vol. I.
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10 LEITURA COMPLEMENTAR
Benzodiazepínicos
Abuso e dependência
INTRODUÇÃO
LIPOSSOLUBILIDADE
METABOLIZAÇÃO E MEIA-VIDA
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Risco aumentado de overdose em combinação com outras drogas;
Risco aumentado de tentativas de suicídio, especialmente em depressão;
Risco de atitudes antissociais;
Contribuição para problemas na interação interpessoal;
Redução da capacidade de trabalho, desemprego;
Custo com internações, consultas, exames diagnósticos.
Quadro 3
Sinais e sintomas da síndrome de abstinência por BDZ 11(D)
Sinais menores Sinais maiores
Físicos Químicos Convulsões
Tremores Insônia Alucinações
Sudorese Irritabilidade Delirium
Palpitações Dificuldade de
concentração
Letargia Inquietação
Náuseas Agitação
Vômitos Pesadelos
Anorexia Disforia
Sintomas gripais Prejuízo da
memória
Cefaleia Despersonalização
Dores musculares
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Abstinência refere-se à emergência de novos*sintomas seguintes à
descontinuação ou redução dos benzodiazepínicos. Ela deve ser diferenciada dos
sintomas de rebote, que se caracterizam pelo retorno dos sintomas originais para os
quais os benzodiazepínicos foram prescritos, numa intensidade significativamente
maior. Ocorrem dentro de poucos dias após a retirada dos benzodiazepínicos e
permanecem por vários dias14(D).
Numa pequena minoria pode ocorrer o que se chama de síndrome de
abstinência protraída ou pós-abstinência. Os sintomas são similares aos da retirada
dos benzodiazepínicos, porém em menor número e intensidade, podendo durar
alguns meses. A retirada gradual e um acompanhamento psicológico mais frequente
e prolongado colaboram no alívio destes sintomas10(D).
41
Alguns médicos preferem reduzir um quarto da dose por semana. Já outros
negociam com o paciente um prazo. Este gira em torno de 6 a 8 semanas19(D). Os
50% iniciais da retirada são mais fáceis e plausíveis de serem concluídos nas
primeiras duas semanas, ao passo que o restante da medicação pode requerer um
tempo maior para a retirada satisfatória. É de grande valia oferecer esquemas de
redução das doses por escrito, com desenhos dos comprimidos e datas subsequentes
de redução.
MEDIDAS NÃO-FARMACOLÓGICAS
Suporte psicológico deve ser oferecido e mantido tanto durante quanto após a
redução da dose, incluindo informações sobre os benzodiazepínicos,
reasseguramento, promoção de medidas não-farmacológicas para lidar com a
ansiedade.
42
Nesta fase, o paciente deve receber reasseguramento da capacidade de lidar
com estresse sem os benzodiazepínicos, bem como ênfase na melhora da qualidade
de vida. Deve-se oferecer apoio psicossocial, treinamento de habilidades para
sobrepujar a ansiedade, psicoterapia formal e psicofarmacoterapia de estados
depressivos subjacentes. Ajudá-lo a distinguir entre os sintomas de ansiedade e
abstinência e oferecer suporte por longo prazo21(D).
BIBLIOGRAFIA
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43
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44
17. Tyrer P. Dependence as a limiting factor in the clinical use of minor tranquillizers.
Pharmac Ther 1988; 36:173-88.
COCAÍNA
INTRODUÇÃO
A cocaína ressurgiu em nosso cotidiano nos últimos 20 anos1 (D). Desde lá,
novos padrões de consumo e apresentações da substância foram introduzidos2 (C).
O consumo da cocaína atinge hoje todos os estratos sociais3 (C).
A cocaína e o crack são consumidos por 0,3% da população mundial4 (C). A
maior parte dos usuários concentra-se nas Américas (70%). No Brasil, cerca de 2%
dos estudantes brasileiros já usou cocaína pelo menos uma vez na vida e 0,2% o
crack5 (C). Entre as maiores cidades do Estado de São Paulo, o uso na vida de
cocaína atinge 2,1% da população, constituindo-se na terceira substância ilícita mais
utilizada, atrás dos solventes (2,7%) e da maconha (6,6%). O consumo de crack ao
longo da vida foi de 0,4%6 (C).
45
Nas salas de emergência, a cocaína é responsável por 30% a 40% das
admissões relacionadas a drogas ilícitas7 (D), 10% entre todos os tipos de drogas8
(C) e 0,5% das admissões totais9 (C). A população de usuários é extremamente
jovem, variando dos 15 aos 45 anos, com predomínio da faixa etária dos 20 aos 30
anos10(C).
A cocaína é um alcaloide extraído das folhas da coca (Erythroxylon coca),
planta originária dos altiplanos andinos11(D). Genericamente, a obtenção da cocaína
passa por duas etapas e origina diversos subprodutos4 (C).
A maceração das folhas, misturada a determinados produtos químicos, produz
uma pasta de natureza alcalina, denominada pasta base de cocaína11(D). O refino
da pasta origina a cocaína em pó (cloridrato de cocaína), apresentação mais
conhecida em nosso meio. O crack e a merla são a cocaína em sua forma de base
livre12(D). Ambas apareceram em nosso meio a partir de meados dos anos 80 e
permanecem até os dias de hoje.
O consumo da substância pode dar por qualquer via administração, com rápida
e eficaz absorção pelas mucosas oral e nasal e pela via pulmonar13(D). A euforia
desencadeada reforça e motiva, na maioria dos indivíduos, o desejo por um novo
episódio de consumo, porém quanto mais rápido o início da ação, quanto maior a sua
intensidade e quanto menor a sua duração, maior será a chance de o indivíduo evoluir
para situações de uso nocivo e dependência. Esses fenômenos são todos
influenciados pela via de administração escolhida14(B). Desse modo, a via de
administração é um importante fator de risco para o uso nocivo e para dependência.
MANIFESTAÇÕES AGUDAS
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descartados, além do padrão de uso nocivo de várias substâncias (em especial o
álcool) realizado por esses indivíduos14(B). As complicações psiquiátricas são as que
mais levam os usuários de cocaína à atenção médica. Quadros agudos de pânico, os
transtornos depressivos e os psicóticos agudos são os mais relatados. O prognóstico
dos indivíduos portadores de comorbidades é mais comprometido17(C) e aumenta a
chance da procura de atendimento médico por estes18(C).
INTOXICAÇÃO AGUDA
OVERDOSE
SISTEMA CARDIOVASCULAR
47
As complicações cardiovasculares decorrentes do uso de cocaína são as mais
frequentes entre as complicações não-psiquiátricas22(C). A angina pectoris é a queixa
mais recorrente23(C). Não há particularidades clínicas entre a angina induzida pelo
consumo de cocaína e anginas ocasionadas por outras situações24(C). A angina
secundária ao consumo de cocaína atinge cerca de 10% dos casos de angina
admitidos para tratamento25(C). Desse modo, investigar o consumo de cocaína entre
esses indivíduos é extremamente importante26(C).
Os casos de infarto agudo do miocárdio, no entanto, são pouco prevalentes
entre esses indivíduos28(C). Estima-se que tal diagnóstico se confirme em menos de
10% dos usuários de cocaína que procuram salas de emergência com queixa de
angina pectoris29(C). Os acometidos têm geralmente tabagismo associado, são
coronariopatas e utilizaram cocaína nas últimas horas20(C).
A investigação laboratorial30(C) e eletrocardiográfica31(C) da angina pectoris
induzida pela cocaína produz habitualmente resultados que podem confundir o
diagnóstico. Desse modo, a baixa incidência de infarto entre esses indivíduos,
associada à alta incidência de resultados falso-positivos têm ocasionado o
aparecimento de diversos protocolos de tratamento, sem que haja um amplo
consenso sobre o tema. Ficam apenas contraindicados os beta-bloqueadores25(C),
por reduzirem o fluxo sanguíneo e aumentarem a resistência coronariana.
48
GRAVIDEZ
49
Sintomatologia de natureza ansiosa
COMPLICAÇÕES CRÔNICAS
BIBLIOGRAFIA
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