Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
No início do século XV, o mundo conhecido pelos europeus resumia-se ao seu próprio continente (Europa) e partes da
África e da Ásia. Algumas cidades italianas, sobretudo Veneza e Gênova, dominavam grande parte do comércio
realizado no Mar Mediterrâneo. Era o comércio de especiarias e artigos de luxo (cravo, canela, noz-moscada, seda etc.)
que vinham do Oriente, principalmente da Índia e da China. Para também lucrar, alguns países europeus ambicionavam
entrar nesse comércio. Contudo, teriam de descobrir um novo caminho para chegar às Índias. Com esse objetivo,
começaram a navegar pelo Oceano Atlântico. As longas viagens marítimas foram facilitadas por uma série de invenções:
a bússola, a caravela, o astrolábio, a pólvora. Portugal foi o pioneiro das Grandes Navegações. Condições favoráveis
contribuíram para isso, como posição geográfica privilegiada, monarquia centralizada, a escola de sagres e as grandes
invenções como a bússola, a caravela, o astrolábio, a pólvora e outros. Os portugueses queriam chegar às Índias
contornando o continente africano. As etapas de suas navegações foram:
As grandes navegações foram um conjunto de viagens marítimas que expandiram os limites do mundo conhecido até
então. Mares nunca antes navegados, terras, povos, flora e fauna começaram a ser descobertas pelos europeus. E
muitas crenças passadas de geração a geração, foram conferidas, confirmadas, ou desmentidas. Eram crenças de que os
oceanos eram povoados por animais gigantescos ou que em outros lugares habitavam seres estranhos e perigosos. Ou
que a terra poderia acabar a qualquer momento no meio do oceano, o que faria os navios caírem no nada.
Os motivos
O motivo poderoso que fez alguns europeus desafiar o desconhecido, enfrentando medo, foi a necessidade de
encontrar um novo caminho para se chegar às regiões produtoras de especiarias, de sedas, de porcelana, de ouro,
enfim, da riqueza.
Outros fatores favoreceram a concretização desse objetivo:
• Comerciantes e reis aliados já estavam se organizando para isso com capitais e estruturando o comércio internacional;
• A tecnologia necessária foi obtida com a divulgação de invenções chinesas, como a pólvora (que dava mais segurança
para enfrentar o mundo desconhecido), a bússola, e o papel. A invenção da imprensa por Gutenberg popularizou os
conhecimentos antes restritos aos conventos. E, finalmente, a construção de caravelas, que impulsionadas pelo vento
dispensavam uma quantidade enorme de mão-de-obra para remar o barco como se fazia nas galeras nos mares da
antiguidade, e era mais própria para enfrentar as imensas distâncias nos oceanos;
Os pioneiros
Os dois primeiros países que possuíam essas condições favoráveis eram Portugal e Espanha.
Portugal foi a primeira nação europeia a dar início as Grandes Navegações. Este fato relaciona-se a uma série de fatores,
entre eles: a) sua posição geográfica privilegiada – a cidade de Lisboa era parte de uma rota comercial marítima que saía
da Península Itálica b)desenvolvimento das técnicas de navegação, incentivado pelo Infante D. Henrique ( ESCOLA DE
SAGRES )
Portugal, conhecedor de que as Índias (como genericamente era chamado o Oriente), ficava a Leste, decidiu navegar
nessa direção, contornando os obstáculos que fossem surgindo. Optou pelo Ciclo Oriental.
Já a Espanha apostou no projeto trazido pelo genovês Cristóvão Colombo, que acreditava na idéia da esfericidade da
terra, e que bastaria navegar sempre em direção do ocidente para se contornar a terra e se atingir as Índias. Era o Ciclo
Ocidental. E a disputa estava iniciada entre os dois países