CORRENTES DE TRANSMISSÃO:
Tipos, vantagens e como dimensionar
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GABRIEL MATHEUS DELINI SILVA
CORRENTES DE TRANSMISSÃO
Ribeirão Preto
2017
Tipos, vantagens e como dimensionar
CORRENTES DE TRANSMISSÃO:
BANCA EXAMINADORA
Ribeirão Preto
2017
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1.3 Vantagens
Correntes podem trabalhar com cargas muito elevadas, podem ser fabricadas
com materiais especiais para resistirem a ambientes com condições de trabalho não
convencionais, como ambientes extremamente abrasivos e/ou corrosivos. Para uma
razão de velocidade angular e potência, as transmissões por correntes são mais
compactas se comparadas com as correias (COLLINS, 2006, p.617). Muitas vezes a
transmissão feita por corrente é mais simples e com menor custo se comparado com
a transmissão por engrenagens. As correntes não exigem um alinhamento tão preciso
quanto as engrenagens (ACA, 2006, p.38/39). Permite acionamento simultâneo de
vários eixos, a partir de um motor. (RAMOS DE SOUZA CRUZ, 2008, p.57).
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cargas moderadas, ou quando as distâncias entre centros são maiores. (ACA, 2006,
p.22).
1.5 Componentes
A norma ASME B29.1 classifica as correntes de acordo com seu passo, e sua
capacidade de trabalho. O passo é a medida mais importante de uma corrente, a
norma padronizou todas as dimensões das correntes em função de seu passo, a fim
de facilitar a padronização, e processo produtivo. Por exemplo o diâmetro do rolo
corresponde a aproximadamente 62,5% do passo de uma corrente pertencente a esta
norma, já na medida correspondente a espessura da placa, se tem uma proporção de
12,5% do passo desta corrente. (ACA, 2006, p.135).
Caso a seleção de uma corrente com uma fileira de dentes não satisfaça as
exigências do projeto, é necessário selecionar uma corrente com múltiplas fileiras.
Devido a um carregamento não-uniforme entre as fileiras, deve-se multiplicar a
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potência efetiva pelo fator contido na tabela abaixo de acordo com o número de fileiras
desejado:
O número de dentes da roda dentada maior ou movida pode ser calculado com a
equação abaixo:
𝑵𝟏. 𝒏𝟏
𝑵𝟐 =
𝒏𝟐
Onde:
N2 = número de dentes da roda dentada maior
n1 = velocidade angular da roda dentada menor
n2 = velocidade angular da roda dentada menor
As razões de velocidade não podem ser maiores que 7:1, admitindo-se no máximo
10:1, se a razão de velocidade de projeto exceder o limite proposto, uma transmissão
de redução dupla (2 estágios) deve ser adotada. (COLLINS, 2006, p.641).
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Após esta etapa, deve-se calcular a velocidade linear da corrente, para isso:
𝒑. 𝑵𝒏
𝒗= 𝒇𝒕/𝒎𝒊𝒏
𝟏𝟐
Onde:
p = passo em polegadas
N = número de dentes da roda dentada
N = velocidade angular da roda dentada em rpm
A velocidade linear da corrente v, não deve ser maior que 9000 ft/min (45,7 m/s),
porém a faixa mais utilizada encontra-se entre 2000-3000 ft/min (10,2-15,2 m/s).
(COLLINS, 2006, p.641).
𝑁2 + 𝑁1 (𝑁2 − 𝑁1)2
𝐿=( ) + 2𝐶 +
2 4𝜋 2 𝐶
Correntes de Rolos tem falha mais frequente por excesso de uso (fadiga) do
que por ruptura nas placas, isso quando corretamente dimensionadas. Para Budynas
& Nisbett ( 2011), a falha real se deve ao desgaste que ocorre na área de articulação
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entre buchas e pinos, ou fadiga na superfície dos roletes. Para Rexnord (2014), pode-
se verificar o desgaste de uma corrente quando o alongamento excessivo, oriundo do
atrito da área de contato entre pino e bucha, impedem o engrenamento da roda
dentada com a corrente; se este desgaste atinge valores máximos, a corrente começa
a encavalar na roda dentada, quando isso ocorre a corrente é considerada desgastada
e deve ser substituída.
Para Collins (2006), em transmissões de baixas velocidades predomina-se
falha devido fadiga das placas de ligação, enquanto para altas velocidades a falha
ocorre por fadiga das buchas e pinos. A velocidade máxima visando uma vida útil mais
duradoura seria em torno de 9000 ft/min (45,7 m/s), sendo a velocidade ideal de
trabalho 2500 fit/min (12,7 m/s).
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3 RODAS DENTADAS
𝒑
𝑫𝒑 =
𝟏𝟖𝟎
𝒔𝒆𝒏 𝒛
Onde:
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p = passo
z = Número de dentes da roda dentada
𝑫𝒓 = 𝑫𝒑 − 𝒅(𝒓𝒐𝒍𝒐)
𝟗𝟎
𝑫𝒓 = 𝑫𝒑 𝑪𝒐𝒔 − 𝒅(𝒓𝒐𝒍𝒐)
𝒛
𝑫𝒆 = 𝑫𝒑 + 𝟏, 𝟐𝟓𝒑 − 𝒅(𝒓𝒐𝒍𝒐)
𝟏𝟖𝟎°
𝑫𝒉 = 𝒑 (𝒄𝒐𝒕 − 𝟏) − 𝟎, 𝟕𝟔
𝒛
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Rodas dentadas para correntes de passo longo podem ser de duas formas, uma
é a single-cut, e a outra é a double-cut, o que diferenciam as duas é o passo, e
consequentemente o perfil do dente. As correntes de passo longo obedecem uma
relação com as correntes simples. Por exemplo, a corrente ASA 40, tem passo de ½’,
já a corrente ASA 2040, tem o dobro do passo da ASA 40, porém tem exatamente o
mesmo diâmetro de rolo da asa 40. Desta forma pode-se utilizar uma roda dentada
do tipo double-cut para trabalhar com a corrente de passo longo, neste caso, cada elo
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de passo longo envolve 2 dentes da roda double-cut, que nada mais é que uma
engrenagem padrão ASA 40. No caso de o projetista optar pelo tipo single cut, o perfil
da roda dentada será alongado, assim cada elo envolverá um dente apenas. (ACA,
2006, p.91).
Figura 16- Roda dentada Single-Cut
Este tipo de roda dentada tem o mesmo nível de individualidade que uma
corrente de engenharia. São rodas que não seguem um padrão internacional para
produção em lote, mas atende as medidas de sua corrente, visto que a corrente varia
muito de uma aplicação para outra.(ACA, 2006, p.92).
Embora não esteja inserida na ASME, o perfil do dente deste tipo de roda
dentada deve atender algumas especificações dimensionais, as quais estão contidas
na ASME B29-1. O formato adequado do dente, bem como as equações para cálculo
das dimensões principais estão contidos na figura abaixo: (ACA, 2006, p.112).
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Figura 19-Formato de dente roda dentada de engenharia
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 REFERÊNCIAS
Budynas, R. G., & Nisbett, J. (2011). Elementos de Maquinas de Shigley. São Paulo:
Bookman.
APÊNDICES
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APÊNDICE A
Nome do Apêndice
41
ANEXOS
42
ANEXO A
Título do Anexo