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GERENCIAMENTO DE

CUSTOS DE PROJETO
Conceitos, Processos e Estudos de Caso

Antonio S. Branco Jr. Lissa Gomes


CONCEITOS

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CONCEITOS
• CUSTO UNITÁRIO: somatória dos custos dos recursos diretos
aplicados na execução de uma unidade de trabalho da
atividade.
• CUSTO DA ATIVIDADE: Custo Unitário multiplicado pela
quantidade de trabalho da atividade.
...

Alvenaria

Pedreiros e Serventes Betoneira Cimento, cal, areia e tijolos

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CONCEITOS
CUSTO DIRETO CUSTO INDIRETO
Diretamente associável à Desassociado à execução;
execução do trabalho de proveniente da logística,
uma atividade. infraestrutura e gestão
Proporcional ao quantitativo necessária para realização da
produzido. obra.
Materiais. Salários, comunicações.

CUSTO FIXO CUSTO VARIÁVEL


Independente da Varia
produtividade, com proporcionalmente
limites. conforme a produção.
Salários, aluguéis. Materiais.
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SOBREPREÇO SUPERFATURAMENTO
Se verifica após a regular
Ocorre quando uma cotação
liquidação da despesa, ou
de um bem ou serviço é
seja, depois da aquisição,
superior ao valor praticado
faturamento e pagamento de
pelo mercado.
um bem ou serviço.
Fonte: Acórdão TCU – Plenário nº 310/2006

O sobrepreço também ocorre quando o valor de uma


proposta de um bem ou serviço é superior ao praticado no
mercado, seja por preço, quantidade ou baixa qualidade.

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CONCEITOS

• CUSTO DAS LEIS SOCIAIS


• CUSTO DOS TRIBUTOS
• CUSTO, LUCRO E PREÇO
• CUSTO DA QUALIDADE
• CUSTO DA OPORTUNIDADE
.
.
.

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DISCUSSÃO

• A importância dada aos custos


• Alta disponibilidade de ferramentas e recursos
• A mentalidade do gerenciamento de custos
- As possibilidades e as ações
- A disseminação para todas as áreas de
conhecimento
• Riqueza de detalhes

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QUALIDADE

QUALIDADE
TEMPO CUSTO

ESCOPO RISCOS

TEMPO CUSTO
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DISCUSSÃO
“O gerenciamento dos custos do projeto preocupa-
se principalmente com o custo dos recursos
necessários para completar as atividades do
projeto.”

E as despesas indiretas?
E a inserção do projeto em um programa ou
portfólio?

RATEIO

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PROCESSOS
1. Planejar o Gerenciamento de Custos
2. Estimar os Custos
3. Determinar o Orçamento
4. Controlar os custos

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1. PLANEJAR O GERENCIAMENTO DE CUSTOS
• Estabelecer as políticas, os procedimentos e a documentação
necessários para o planejamento, gerenciamento, despesas, e
controle dos custos do projeto.
• Orientação e instruções sobre como os custos do projeto
serão gerenciados ao longo de todo o projeto.

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1. PLANEJAR O GERENCIAMENTO DE CUSTOS

12
1. PLANEJAR O GERENCIAMENTO DE CUSTOS

• Linha de Base do Escopo


- EAP do projeto
• Linha de Base do Cronograma
• Plano de Gerenciamento do
Projeto
- Riscos e comunicações
• Termo de Abertura
- Orçamento de Resumo
- Requisitos
• Fatores ambientes
- Condições de mercado 13
1. PLANEJAR O GERENCIAMENTO DE CUSTOS

• Técnicas Analíticas
- Financiamento com capital
próprio
- Financiamento com capital de
terceiros
- Aluguel ou arrendamento
- Reembolso
- Investimentos: retorno e análise
de compensação
- Taxa interna de retorno
- Fluxo de caixa descontado
- Valor presente líquido
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VALOR PRESENTE LÍQUIDO TAXA INTERNA DE RETORNO
(VPL) (TIR)
Não se pode simplesmente somar ou
subtrair valores futuros que entrarão e A TIR é a taxa que zera o VPL e vem do
sairão do caixa (fluxo de caixa) em um inglês Internal Rate of Return – IRR.
projeto de investimento. Deve ser Como analisar se a TIR de um projeto
considerado o valor do dinheiro no é boa? Para interpretar o resultado da
tempo! taxa interna de retorno é preciso fazer
O VPL é um método que consiste uma comparação com a TMA. A TMA
em trazer para a data zero todos os representa o percentual mínimo de
fluxos de caixa de um projeto de retorno que um projeto deve gerar
investimento e somá-los ao valor do para ser aceito.
investimento inicial, usando como Na pessoa física, a TMA poderia ser a
taxa de desconto a taxa mínima de rentabilidade gerada por um
atratividade (TMA) da empresa ou investimento de baixo risco, como uma
projeto. aplicação em Tesouro SELIC (antiga
A TMA é uma taxa de desconto LFT), por exemplo. Já para empresas, a
utilizada nos métodos de análise de TMA costuma ser o custo de capital,
investimento que representa o mínimo ou seja, o custo de a empresa ter
de retorno que o executor do projeto recursos próprios e de terceiros em
de investimento – seja a empresa ou o suas mãos.
investidor – deseja obter. 15
VALOR PRESENTE LÍQUIDO

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FLUXO DE CAIXA RETORNO SOBRE
DESCONTADO INVESTIMENTO
Por meio dele é possível Em inglês, return on
trazer para o presente, investment ou ROI, também
mediante uma taxa de chamado taxa de retorno, é a
desconto, o fluxo de caixa relação entre a quantidade
futuro da sua empresa. de dinheiro ganho (ou
Esta taxa de desconto perdido) como resultado de
costuma ser composta por um investimento e a
todos os custos do capital e quantidade de dinheiro
pelos riscos do investido.
empreendimento.

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1. PLANEJAR O GERENCIAMENTO DE CUSTOS
• Unidades de medida
• Nível de precisão da estimativa de
custos
• Nível de exatidão
Retroalimentação • Associações com procedimentos
para este e outros organizacionais
processos!!
- EAP e contas de controle
Plano de gerenciamento de custos é
um componente do plano de
• Limites de controle
gerenciamento do projeto e
descreve como os custos do projeto
• Regras para medição de
serão planejados, estruturados,
controlados. Descreve também
desempenho (EVM)
quais os recursos a serem
atribuidos a cada atividade da EAP.
• Formatos de relatórios
• Descrição dos processos
• Detalhes adicionais 18
2. ESTIMAR OS CUSTOS
Onde as estimativas não deram certo
• Opera House em Sydney - custo
inicial de 7 milhões de dólares -
custo final de 102 milhões – 14
anos para conclusão
• Aeroporto Internacional de
Denver - custo inicial de 1.7 bi de
dólares – custo final de 4.8 bi

• Olimpíadas de Londres - estimativa


inicial: 4 bilhões de libras - valor
final: 10 bilhões 19
2. ESTIMAR OS CUSTOS

20
2. ESTIMAR OS CUSTOS

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2. ESTIMAR OS CUSTOS
• Prognóstico baseado na
informação conhecida num
determinado momento.
• Incluem a identificação e a
consideração das alternativas de
custo para iniciar e terminar o
projeto.
• Comparações de custos e riscos
devem ser consideradas, tais
como fazer versus comprar,
comprar versus alugar etc. 22
2. ESTIMAR OS CUSTOS

As estimativas de custos devem ser refinadas durante o


curso do projeto, conforme as premissas forem
testadas;

A precisão da estimativa de um projeto aumentará


conforme o mesmo progride no seu ciclo de vida.

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2. ESTIMAR OS CUSTOS

Fonte: AACE International Recommended Practice nº 18R-97


24
2. ESTIMAR OS CUSTOS

Fonte: AACE International Recommended Practice nº 18R-97


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2. ESTIMAR OS CUSTOS

Fase do Avaliação de Recursos para


Referências Precisão
Empreendimento custo avaliação

Custos por m2 ou
Inicial Expedita Baixa Pouco
km
Orçamento
Intermediária Resumida estimado dos Média Médio
serviços
Orçamento
Final Detalhada detalhado dos Alta Elevado
serviços

Fonte: Altounian (2016)

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2. ESTIMAR OS CUSTOS
Classificação por grau de detalhamento ou precisão

Avaliação expedita com base em custos históricos e


comparação com projetos similares. Ex: CUB (NBR
12.721/2006) ou custo por MW de potência instalada,
Estimativa de Custo custo por km. Utilizada em etapas iniciais do
empreendimento, serve para avaliar a viabilidade
econômica do empreendimento.
Mais detalhado que a estimativa de custos, pressupõe
o levantamento de quantidades de serviços mais
Orçamento Preliminar expressivos e requer pesquisa de preços dos principais
insumos.
Elaborado com composições de custos e pesquisa de
preços dos insumos. Procura chegar a um valor próximo
Orçamento Discriminado
do “real”. Feito a partir de especificações detalhadas e
ou Detalhado composições de custos. Necessita de projetos
detalhados.
Fonte: Baeta (2012)
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2. ESTIMAR OS CUSTOS
Estimativa Paramétrica:
Utiliza relação estatística entre dados
históricos relevantes e outras variáveis (ex:
metros quadrados) para calcular uma
estimativa de custos para o projeto.
Pode produzir altos níveis de precisão
dependendo da sofisticação e dos dados
básicos colocados no modelo.
Podem ser aplicadas a um projeto inteiro
ou aos segmentos do mesmo, em
conjunto com outros métodos de
estimativa. 28
2. ESTIMAR OS CUSTOS
Estimativa de três pontos:
Considera-se a incerteza e o risco nas estimativas;
Usa-se três estimativas para definir uma faixa aproximada do
custo da atividade:
• Mais provável (cM) • Otimista (cO) e Pessimista (cP)

• Distribuição Triangular.
cE = (cO + cM + cP) / 3
• Distribuição Beta (da análise PERT tradicional).
cE = (cO + 4cM + cP) / 6

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2. ESTIMAR OS CUSTOS
Reservas de Contingências:
• Utilizada para considerar os custos das incertezas.
Fazem parte da linha de base dos custos.
• São vistas como parte do orçamento que aborda as
"incógnitas conhecidas" que podem afetar um
projeto.
• À medida que informações mais precisas sobre o
projeto são disponibilizadas, a reserva para
contingências pode ser usada, reduzida ou
eliminada.
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2. ESTIMAR OS CUSTOS
Reservas Gerenciais:
• Valor retido para fins de controle de
gerenciamento e são reservadas para o
trabalho inesperado que está dentro do
escopo do projeto.
• As reservas gerenciais abordam as "incógnitas
desconhecidas" que podem afetar um
projeto.
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2. ESTIMAR OS CUSTOS
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS - Regime Diferenciado de
Contratações – RDC (Lei nº 12.462/2011)
Art. 9o Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no
âmbito do RDC, poderá ser utilizada a contratação integrada
§ 1o A contratação integrada compreende a elaboração e o
desenvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução
de obras e serviços de engenharia, a montagem, a realização
de testes, a pré-operação e todas as demais operações
necessárias e suficientes para a entrega final do objeto.

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2. ESTIMAR OS CUSTOS
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS - Regime Diferenciado de
Contratações – RDC (Lei nº 12.462/2011)
§ 2o No caso de contratação integrada:
I - o instrumento convocatório deverá conter anteprojeto de
engenharia que contemple os documentos técnicos destinados a
possibilitar a caracterização da obra ou serviço...
II - o valor estimado da contratação será calculado com base nos
valores praticados pelo mercado, nos valores pagos pela
administração pública em serviços e obras similares ou na
avaliação do custo global da obra, aferida mediante orçamento
sintético ou metodologia expedita ou paramétrica.
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2. ESTIMAR OS CUSTOS
CONTRATAÇÕES PÚBLICAS - Regime Diferenciado de Contratações – RDC (Lei
nº 12.462/2011)
§ 4o Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada, é vedada a
celebração de termos aditivos aos contratos firmados, exceto nos seguintes
casos:
I - para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro decorrente de caso
fortuito ou força maior; e
II - por necessidade de alteração do projeto ou das especificações para
melhor adequação técnica aos objetivos da contratação, a pedido da
administração pública, desde que não decorrentes de erros ou omissões por
parte do contratado, observados os limites previstos no § 1o do art. 65 da Lei
no 8.666, de 21 de junho de 1993.

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2. ESTIMAR OS CUSTOS

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2. ESTIMAR OS CUSTOS

CUSTO DE CUSTO DE
OPORTUNIDADE QUALIDADE
Benefício de uma ou Custo incorrido para
mais oportunidades obtenção da
de negócio qualidade ou
renunciadas com atribuído à falta de
base na escolha de qualidade do produto
uma oportunidade. ou serviço do projeto.

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CUSTO DE QUALIDADE
Custo incorrido para obtenção da qualidade ou
atribuído à falta de qualidade do produto ou serviço do
projeto.

Corretivos
Preventivos

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COMPOSIÇÕES SINAPI, SICRO E TCPO
SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil
• Implementado em 1969
• 1994: Ampliação exigida pelo FGTS
• 2003: Balizador de custos para OGU
• 2009: Banco Referencial – Principal fonte de consulta pública
de custos da construção civil
• 2013: Decreto 7.983 – Indicado como principal referência de
custos para obras urbanas.
SICRO – Sistema de Custos Rodoviários
As obras rodoviárias devem ser balizadas pelo SICRO, mantido
pelo DNIT, conforme o mesmo decreto. 38
COMPOSIÇÕES SINAPI, SICRO E TCPO
• Insumos classificados em famílias homogêneas:
representativo (mais recorrente), e representados
No relatório de insumos:
• C – Correspondente a preço coletado pelo IBGE adotado para
o mês de referência do relatório;
• CR – Correspondente a preço obtido por meio do coeficiente
de representatividade do insumo (metodologia família
homogênea de insumos);
• AS – Correspondente a preço atribuído com base no preço do
insumo para a localidade de São Paulo (devido à
impossibilidade de definição de preço para localidade em
função da insuficiência de dados coletados).
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COMPOSIÇÕES SINAPI, SICRO E TCPO
ÁRVORES DE FATORES
• Aferição prevê a identificação dos
fatores que impactam na
produtividade (mão de obra e
equipamentos) e consumo
(materiais) de cada grupo de
serviços, os quais são observados e
mensurados durante a coleta de
dados em obra.
COMPOSIÇÕES
• Principais
• Auxiliares
• De Custo Horário de Equipamentos
• De Custo Horário de Mão-de-Obra
• De Transporte de Materiais dentro
do Canteiro de Obra
COMPOSIÇÕES REPRESENTATIVAS

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COMPOSIÇÕES SINAPI, SICRO E TCPO
Previamente a efetivação das manutenções, a
Caixa disponibiliza em Consulta Pública, durante
o período de 60 dias os Cadernos Técnicos das
composições para obter contribuições dos
usuários do SINAPI.
A Caixa Econômica Federal disponibilizou o
acesso às composições analíticas de 3.200
serviços do Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa
de Custos e Índices da Construção Civil).

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COMPOSIÇÕES SINAPI, SICRO E TCPO
TCPO - Tabela de Composições e Preços para
Orçamentos
• O TCPO - Tabela de Composições e Preços para
Orçamentos é a principal referência de
engenharia de custos do Brasil. Lançado há mais
de 60 anos, em 1955, quando reunia 100
serviços de construção anteriormente
publicados na revista "A Construção" em São
Paulo.
• Mais de 8.500 composições de Serviços, Preços
de Referência calculados pelo departamento de
Engenharia da PINI e Composições de Empresas
da indústria de materiais e serviços de
construção civil.
• A base TCPO alimenta diversas ferramentas
disponibilizadas pela PINI para o mercado da
Construção Civil Brasileira.
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BDI
• Somatória dos benefícios (lucros) com as
despesas indiretas previstas e tributos do projeto.
• Transformado em uma taxa que é aplicada sobre
o custo da atividade.
• Fatores: características da obra, do contrato, da
empresa contratada e da tributação incidente.

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BDI
• Para obras públicas, o BDI vem sendo balizado por seguidas
decisões do TCU. O Acordão mais recente à tratar do tema é o
2.622/2013 – Plenário, que apresenta, em planilhas
diferenciadas por tipo de obra, alíquotas médias.
• Os itens Administração Local, Instalação de Canteiro e
acampamento e Mobilização e desmobilização devem
constar na planilha orçamentária e não no BDI.
• Conforme o Decreto 7.983/2013, assim como as parcelas de
custo, os componentes do BDI de uma obra podem ser
praticados e aceitos mesmo quando se apresentam superiores
à referência, desde que haja justificativa técnica coerente por
parte do profissional habilitado responsável pelo orçamento.
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2. ESTIMAR OS CUSTOS
Estimativas de custos das atividades:
Podem ser apresentadas em formato resumido
ou detalhado (sintético ou analítico). Os custos
são estimados para todos os recursos aplicados
na atividade. Isso inclui, mas não se limita a:
• mão de obra direta, materiais,
equipamentos, serviços, instalações, a
tecnologia da informação e categorias
especiais tais como custos de financiamento
(incluindo taxas de juros), provisão para
inflação, taxas de câmbio e reservas de
contingência.
• Os custos indiretos, se incluídos na
estimativa do projeto, podem ser incluídos
no nível da atividade ou em níveis mais altos.
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2. ESTIMAR OS CUSTOS
Base das estimativas:
A documentação de suporte que sustentas as
estimativas devem fornecer um entendimento
claro e completo a respeito de como a
estimativa de custos foi realizada.
Podem incluir:
• Documentação das bases para a estimativa;
• Documentação de todas as premissas
adotadas;
• Documentação de quaisquer restrições
conhecidas;
• Indicação da faixa das estimativas possíveis
(por exemplo, R$10.000 (±10%), e
• Indicação do nível de confiança da estimativa
final. 46
3. DETERMINAR O ORÇAMENTO
1. Processo de agregação bottom-up das estimativas de custos
do projeto. Se inicia com a agregação das estimativas de
custos das atividades formando o custo dos pacotes de
trabalho.

2. A agregação dos custos dos pacotes de trabalho formará o


custo das contas de controle. A agregação das contas de
controle formará o custo do projeto.

3. A somatória do custo do projeto com a reserva de


contingência formará a linha de base de custo do projeto.

4. A linha de base de custo somada à reserva de


gerenciamento formará o orçamento final do projeto.
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3. DETERMINAR O ORÇAMENTO

Fonte: Gerenciamento de Projetos


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PLANO DE CONTAS DO PROJETO
Sistema de numeração
utilizado para monitorar os
custos do projeto por categoria
(por exemplo, mão-de-obra,
suprimentos, materiais e
equipamentos). O plano de
contas do projeto
normalmente se baseia no
plano de contas empresarial da
organização executora
principal.

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3. DETERMINAR O ORÇAMENTO

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3. DETERMINAR O ORÇAMENTO

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3. DETERMINAR O ORÇAMENTO
Calendários de recursos:
Fornecem informações sobre quais
recursos são designados para o
projeto e quando eles são alocados.

Registro dos riscos:


Deve ser revisto para considerar
como agregar os custos de resposta
aos riscos. As atualizações no registro
dos riscos são incluídas com as
atualizações nos documentos do
projeto. 52
3. DETERMINAR O ORÇAMENTO
Acordos:
Informações contratuais aplicáveis e custos
relacionados a produtos, serviços ou resultados
que foram ou serão comprados são incluídos
durante a determinação do orçamento.

Ativos de processos organizacionais:


Os ativos de processos organizacionais que
influenciam esse processo incluem, mas não se
limitam, a:
• Políticas, procedimentos e diretrizes existentes,
formais ou informais, relacionadas ao orçamento
de custos;
• Ferramentas para orçamento de custos; e
• Métodos de elaboração de relatórios.

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3. DETERMINAR O ORÇAMENTO
Agregação de custos:
As estimativas de custos são agregadas
por pacotes de trabalho de acordo com
a EAP. A partir daí são agregadas para os
níveis de componentes mais altos da
EAP e finalmente para o projeto todo.
Análise de reservas:
A análise de reservas de orçamento
pode estabelecer tanto as reservas de
contingência como as reservas
gerenciais para o projeto.

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3. DETERMINAR O ORÇAMENTO
Reconciliação dos limites de recursos
financeiros:
Deve ser feita a conciliação dos fundos
utilizados com os limites previstos de
utilização de recursos alocados ao projeto.
Uma variação entre os limites de recursos e
os gastos planejados pode provocar a
necessidade de reagendamento do trabalho
visando o nivelamento das taxas de gastos.
Isso pode ser atingido através da colocação
de restrições de datas impostas no
cronograma do projeto.
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PLANILHA ORÇAMENTÁRIA CRONOGRAMA FÍSICO-FINANCEIRO
Todos os serviços e seus Distribuição dos valores
respectivos quantitativos, unidades monetários da execução dos
de execução, preços unitários e serviços no período de duração do
preços totais. empreendimento.
1. Decomposição e quantificação
dos serviços
2. Geração da lista de insumos e
multiplicação pelos serviços
3. Pesquisa de preço
4. Inserção do BDI

Serviços Unidade Quantidade Preço Unitário (R$) Preço Total (R$)


Concreto m³ 250,00 200,00 50.000,00
Escavação Manual m³ 400,00 25,00 10.000,00
Forma m² 800,00 50,00 40.000,00
TOTAL 100.000,00
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CURVA ABC GRÁFICO DE PARETTO
Participação percentual de cada
componente de custo no valor
total da obra. “20% das atividades custam 80%
“Grupos de insumos de menor percentual do valor do projeto.”
representam valor monetário
significativo.”

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3. DETERMINAR O ORÇAMENTO
Linha de base dos custos:
É a versão aprovada do
orçamento do projeto
referenciado no tempo, excluindo
quaisquer reservas de
gerenciamento, que só pode ser
mudada através de
procedimentos formais de
controle de mudanças e usada
como base para comparação com
os resultados reais. 58
3. DETERMINAR O ORÇAMENTO

Fonte: Guia PMBOK, 5ª edição, 2013.


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3. DETERMINAR O ORÇAMENTO

Fonte: Guia PMBOK, 5ª edição, 2013.


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4. CONTROLAR OS CUSTOS
• Atualizar o orçamento
• Gerenciamento de mudanças na linha de base de
custos

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4. CONTROLAR OS CUSTOS

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4. CONTROLAR OS CUSTOS
• Linha de base dos custos x
resultados reais: mudança, ação
corretiva ou ação preventiva
• Informações sobre o andamento
do projeto, entregas iniciadas,
progresso e entregas concluídas;
custos autorizados e incorridos.
• Políticas, procedimentos e
diretrizes, formais ou informais

63
4. CONTROLAR OS CUSTOS

L 64
GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO
Practice Standard for Earned Value Management
• Execução é uma questão de fazer o trabalho
planejado e manter trabalhadores e gestores
informados.
• Controle é o processo de manter a performance e
os resultados nos limites planejados toleráveis.
• EVM e suas práticas críticas: medir, analisar,
prever e reportar dados de performance de custo
e tempo.
EXECUTÁVEL, GERENCIÁVEL E RESPONSÁVEL
L 65
GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO

L 66
GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO

L 67
GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO
• Estabelecer uma linha de base de medição de performance
- Decompor o escopo do projeto em um nível gerenciável
- Delegar responsabilidade de gerenciamento inquestionável
- Desenvolver um orçamento baseado no tempo para cada tarefa
- Selecionar técnicas de medição de valor agregado para todas as tarefas
- Manter a integridade da linha de base ao longo do projeto
• Medir e analisar performance comparada à linha de base
- Registrar uso de recursos durante a execução do projeto
- Medir objetivamente o progresso do trabalho físico
- Creditar o valor agregado de acordo com as técnicas
- Analisar e prever performance de custo e tempo
- Reportar problemas de performance e agir.

L 68
GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO

• Valor Planejado: orçamento autorizado designado ao trabalho


agendado. Linha de base que servirá de comparação para o
progresso real do projeto. Uma vez estabelecida, será alterada
somente caso o escopo seja alterado.
• Valor Agregado (Custo Orçado de Trabalho Executado):
orçamento associado ao trabalho que foi concluído. Medida
do trabalho executado expressa em termos do orçamento
autorizado para tal trabalho.
• Custo Real: nível de recursos que foram gastos para atingir o
trabalho real executado até a presente data.

L 69
GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO

• Variação de Prazos: Adiantamento ou Atraso =


VA – VP
- Índice de desempenho de prazos = VA/VP

• Variação de Custos: Déficit ou Excedente


Orçamentário = VA-CR
- Índice de desempenho de custos = VA/CR

L 70
GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO

71
GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO

72
GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO
Índice de Desempenho para Término (IDPT)
Índice de Desempenho de Custos calculado que é
alcançado no trabalho restante para alcançar uma meta
de gerenciamento especificada, como o ONT ou a ENT.
IDPT = (ONT – VA)/(ONT – CR)

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GERENCIAMENTO DO VALOR AGREGADO

Análise de Desempenho
• Análise de Variação
• Análise de Tendências
Software de gerenciamento de projetos

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4. CONTROLAR OS CUSTOS
Análise de reservas:
• As reservas de gerenciamento e contingência são monitoradas
a fim de verificar se ainda são necessárias ou se reservas
adicionais devem ser solicitadas.
• À medida que o projeto avança, essas reservas podem ser
usadas como planejado, para cobrir os custos de mitigação
dos eventos de riscos ou outras contingências.
• Caso os eventos de riscos não ocorrerem, as reservas de
contingência não usadas podem ser removidas do orçamento
do projeto para liberar os recursos para outros projetos ou
operações.

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4. CONTROLAR OS CUSTOS
• Comunicação dos achados do
EVM
• Uso do processo “Realizar o
controle integrado de
mudanças”
• Atualização da linha de base de
custos, limites de controle ou
níveis de exatidão
• Atualização da estimativa de
custos e bases das estimativas
• Causas das variações, ação
corretiva escolhida, banco de
dados fincanceiros, etc. 76
4. CONTROLAR OS CUSTOS
E o controle realizado nas obras públicas?
(C.F./1988) Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e
indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder.
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens
e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta,
assuma obrigações de natureza pecuniária.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido
com o auxílio do Tribunal de Contas da União ...
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno...
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DOCUMENTOS

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79
80
81
82
83
DOCUMENTOS
• Plano de Gerenciamento de Custos: define o
formato e estabelece as atividades e os critérios
de planejamento, estruturação e controle dos
custos do projeto.
• Estimativa de Custos da Atividades: Considerar
todos os recursos (diretos e indiretos) a serem
usados na mesma. Para alocar os custos
indiretos, normalmente, usa-se critérios de
rateio.
• Base de estimativas: documentar como as
estimativas foram feitas, principais fontes de
informação, premissas, restrições e nível de
confiança.
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DOCUMENTOS
• Requisitos de recursos financeiros do projeto:
gerados a partir da linha de base do desempenho
de custos. Considera-se o fluxo de caixa previsto e
as necessidades de financiamentos, o que pode
implicar em reservas de gerenciamento.
• Linha de Base de Custos: orçamento do projeto
aprovado pelo seu patrocinador no término do
planejamento.
• Informações sobre o desempenho do trabalho
• Previsões do Orçamento: uso do EVM.
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ESTUDOS DE CASO
1.Estimativa de Custos
2.Controle de Obras Públicas
3.Gerenciamento de Valor Agregado

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A. Estimativa de Custos
A empresa X solicitou aos engenheiros que definissem a
melhor alternativa sob o ponto de vista econômico para a
execução do concreto (fck=15MPa) em determinada obra com
base nas seguintes opções: compra junto à empresa
especializada na produção de concreto ou execução na
própria obra.

O engenheiro pesquisou tabelas de composição de custos e


encontrou as seguintes informações:

A 87
A. Estimativa de Custos
Serviço: Preparo de concreto com betoneira (1m3)
Serviço: Concreto pré-misturado (1m3) Insumos Coeficiente Unidade
Insumos Coeficiente Unidade Cimento 340,20 Kg
Areia média 0,6222 m3
Concreto pré- Brita 1 0,263 m3
1,02 m3
misturado Brita 2 0,615 m3
Betoneira 0,714 H
Servente 6,00 h

Insumos Unidade Preços (R$)


Concreto pré-misturado m3 155,42
Cimento Saco de 50 kg 16,78
Areia Média m3 27,06
Brita 1 m3 23,85
Brita 2 m3 23,85
Servente h 1,32
Considerar o custo do lançamento similar nos dois casos; custo da
A betoneira nulo e leis sociais de 125%. 88
A. Estimativa de Custos: RESOLUÇÃO
Serviço: Concreto pré-misturado (1m3)
Insumos Coeficientes Unidade Preço insumo Custo Total
(R$) (R$)
Concreto pré- 1,02 m3 155,42 158,52
misturado

Serviço: Preparo de Concreto com betoneira (1m3)


Insumos Coeficientes Unidade Preço insumo Custo Total
(R$) (R$)
Cimento 340,20 Kg 16,78/50 114,17
Areia Média 0,6222 m3 27,06 16,84
Brita 1 0,263 m3 23,85 6,27
Brita 2 0,615 m3 23,85 14,66
Betoneira 0,714 H 0 -
Servente 6,00 h 1,32 7,92
Leis sociais 125% 9,90
Total 169,76
A 89
B. Controle de Obras Públicas
A execução de obras de drenagem em uma cidade foi prevista para o
prazo de 1 ano, sendo o volume aproximado de escavação de 230.000 m3.
No final da obra, a equipe de auditoria solicitou os documentos utilizados
na licitação, cópia dos diários de obra e medições, constatando os
seguintes pontos:
a) A primeira medição (realizada no primeiro mês de obra) apresentava
o volume pago de 100.000m3 de escavação;
b) Durante os doze meses de obra, o diário apresentava a utilização de
quatro retroescavadeiras.
Pergunta-se: existe algum indício de irregularidade no processo?
Considerar as seguintes características: 10h máquina/dia e 26 dias
trabalhados no mês.
Serviço: Escavação mecanizada de valas (1m3)
Insumos Coeficiente Unidade
Retroescavadeira 0,055 h

A 90
B. Controle de Obras Públicas: RESOLUÇÃO
A execução de obras de drenagem em uma cidade foi prevista para o
prazo de 1 ano, sendo o volume aproximado de escavação de 230.000 m3.

a) Cálculo da produção de uma retroescavadeira em 1 mês:


P = 10h x (26 dias) = 4.727,21 m3
0,055h

b) Cálculo do prazo de execução do serviço com 4 retroescavadeiras:


Prazo = 230.000 = 12,15 meses ou 1 ano
4 x 4.727,21

c) Cálculo do número de equipamentos necessários para realizar a quantidade


Medida no 1º mês (100.000m3):
n = 100.000 = 21,15 equipamentos
4.727,21

A 91
C. GERENCIAMENTO DE VALOR AGREGADO

L 92
C. GERENCIAMENTO DE VALOR AGREGADO
“A substituição do custo pelo HH torna a Análise de Valor
Agregado uma ferramenta para a medição do esforço
desprendido na realização das tarefas. Em termos de
planejamento e controle, essa é uma maneira bastante eficaz de
acompanhar a equipe e as entregas do projeto. Dessa forma,
pode-se acompanhar melhor o andamento do projeto e seu
prazo contratual pode ser monitorado.”

• HH Planejado = HH estimado para o trabalho


• HH Agregado = Percentual Físico Executado * Horas Planejadas
• HH Real = HH gasto na realização do trabalho

L 93
C. GERENCIAMENTO DE VALOR AGREGADO
“A substituição do custo pelo HH torna a Análise de Valor
Agregado uma ferramenta para a medição do esforço
desprendido na realização das tarefas. Em termos de
planejamento e controle, essa é uma maneira bastante eficaz de
acompanhar a equipe e as entregas do projeto. Dessa forma,
pode-se acompanhar melhor o andamento do projeto e seu
prazo contratual pode ser monitorado.”

• HH Planejado = HH estimado para o trabalho


• HH Agregado = Percentual Físico Executado * Horas Planejadas
• HH Real = HH gasto na realização do trabalho

L 94
C. GERENCIAMENTO DE VALOR AGREGADO

95
C. GERENCIAMENTO DE VALOR AGREGADO

• Variação de HH = HH Agregado – HH Real


• Variação da Agenda = HH Agregado – HH Planejado
• Índice de HH = HH Agregado/HHReal
• Índice de Avanço Físico = HH Agregado/HH Planejado
• Tempo de Conclusão = Duração Planejada/Índice de Avanço Físico
• Variação Final de HH = HH Planejado – HH estimado de término
96
Obrigado!

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