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Livro de Paulo Freire

Padagogia da autonomia

Capitulo 2 Ensinar não é transferir conhecimento

O capitulo fala que educar não se resume somente em transferir, repassar o seu
conhecimento, seja ele qual for, mas sim influenciar na produção do mesmo, e isto é verídico,
pois o saber e construído individualmente em cada um de nós.
Cabe ao educando ter ciência de como deve ser direcionada essa construção de
conhecimento, reitera que o saber deve ser testemunhado e vivido, e não simplesmente
transmitido. Deve haver uma junção, no ato de ensinar algo, entre pratica e teoria, ao falar de
teoria já deve estar envolvido nela, e na construção já devem estra envolvidos os alunos.
Também menciona que é preciso não haver contradição, que além da teoria deve ter
resultados práticos, e faz uma comparação entre essa questão e o fingimento para com o racismo
implícito que há em nossa sociedade, onde muito se fala em combate, mas o que vemos é outra
face. Ter consciência plena de que ensinar não é somente transferir conhecimento é uma ideia
correta, sensata e necessária. Reitera que não podemos menosprezar as pessoas somente pelo
simples fato delas não nos agradar, e não se deve deixar dominar pela raiva, pois esta pode
permitir que se faça ideias falsas e errôneas.
Fala que a experiência humana muda o a qualidade de vida em relação ao suporte, onde
menciona que o é suporte o meio ambiente, onde a pessoa adquire suas experiências, aprende
instruções para a vida, para sua independência, e que tudo isso é da essência natural do homem,
e isso que o diferencia dos outros animais, no suporte à linguagem conceitual, inteligibidade.
A existência envolve linguagem, cultura, comunicação, a questão da ética também, onde
só seres que se tornaram éticos podem romper com ética. A partir da linguagem o homem pode
dar nome as coisas, à medida que foram se habilitando a inteligir o mundo, pela existência é
necessário assumir o direito e dever de optar, lutar, decidir, etc.
O autor fala que gosta de ser homem, ser decente, justo, pois sabe que sua passagem no
mundo não é predeterminada, e que seu destino é algo de sua pura responsabilidade.
Ensinar exige o reconhecimento de ser condicionado, fala neste tópico da diferença entre
um ser condicionado e um ser determinado, e que ele prefere ser inacabado, condicionado, pois
sabe que sempre pode ir mais além, que pode construir sua presença no mundo, sua história,
luta para não ser objeto, mas sim sujeito também da história.
Fala que os obstáculos da vida, não devem ser empecilhos para a superação, e que um
ser inacabado permanece num estado de processo social de busca da produção de conhecimento.
A consciência do inacabado torna homens e mulheres responsáveis. Em outro tópico fala da
questão do respeito e igualdade, que o inacabamento nos faz seres éticos, respeito a autonomia
e dignidade. Que deve haver respeito mútuo, sem racismos, sem soberania de patrões sobre
empregados, pois qualquer discriminação.
Menciona que ensinar exige bom senso, que tem importância para a avaliação, o bom
senso age na execução de tarefas, na autoridade na classe, na tomada de decisões, na cobrança
de produção individual e coletiva. O bom senso orienta que se deve respeito a autonomia,
dignidade e identidade do educando.
Devemos colocar em pratica nossa capacidade de indagar, levantar questões, saber
responde-las, aperfeiçoando nossa curiosidade.
Ensinar exige humildade tolerância e luta pelos direitos, aborda a luta vivida por
educadores, em prol da valorização da educação e dos professores, que defendem suas práticas
docentes.
Fala da questão da pratica afetiva, onde os professores são chamados ‘tios e tias’, e pelo
dever de praticar bem sua profissão, e que deve haver uma reformulação de como prosseguir
com as lutas, reinventando a forma de lutar.
O professor deve ter clareza da sua pratica docente, conhecendo as diferentes dimensões
da sua natureza a fim de tornar-se seguro de seu desempenho.
A capacidade de aprender, que qual depende a de ensinar, implica a aprender a
substantividade do objeto aprendido. Que são os únicos seres que se tornaram capazes de
aprender, social e historicamente. É importante discernir que a simples memorização não
imputa aprendizado verdadeiro, assim somente são alvos da transferência de conhecimento.
Toda pratica educativa demanda existência de sujeitos, onde um aprende e pode ensinar
o outro, envolvendo o uso de técnicas, materiais. Daí a importância da pratica educativa tender
ser neutra e não política.
Cabe ao professor ter bastante competência no âmbito geral, requerendo saberes
especiais ligados à sua para pratica docente.
Na posição de professora não se pode igualar-se a ingenuidade do aluno, se
desprendendo da tarefa de educador, e tampouco não reconhecer a importância do papel do
aluno como artífice contribuindo também na sua formação.
Se o trabalho for com crianças, cabe ao educador a tarefa e responsabilidade de ser
auxiliador na busca inquieta dos educandos, e sua posição de respeito para com o aluno, caso
aceite ou se recuse a mudar. E não é necessário omitir sua opinião política somente pelo fato de
ser professor, e essa omissão se torna um ato de desrespeito com o aluno. Cabe ao professor
assumir suas limitações, e suas convicções.
O autor fala que sempre manteve sua pratica educativa com alegria, e que há uma relação
entre a alegria necessária ao exercício da educação e a esperança. Pois juntos, o professor e
educando podem aprender, ensinar, e resistir aos obstáculos à nossa alegria. A esperança é
necessária a experiência histórica.
Alguém que não aceita discriminação, se sente mal com injustiças, se diz progressista, mas não
deixa de ser esperançoso, se torna algo contraditório.
Ensinar exige ter em mente que a mudança é possível, porem difícil. Também é necessária a
estimulação da curiosidade, a questão das perguntas em sala de aula, e faz perceber que a aula
está rendendo descobertas, e cabe ao professor saber conduzir corretamente, pois a construção
do conhecimento implica no exercício da curiosidade.

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