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DIREITO CIVIL V
PROFESSOR: JOÃO PAULO LIMA CAVALCANTI
CASAMENTO
1.CASAMENTO – CONCEITO
Obs. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou nesta quarta-feira (8), por 17
votos a favor e uma abstenção, um projeto para permitir a união estável entre pessoas do
mesmo sexo e posterior conversão dessa união em casamento.
De autoria da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) e relatado pelo senador Roberto Requião
(PMDB-PR), o projeto altera pontos do Código Civil, que atualmente classifica como entidade
familiar "a união estável entre o homem e a mulher".
Pelo projeto, essa definição fica alterada para "união estável entre duas pessoas". Trechos da
lei que se referem a "marido e mulher" são alterados para "duas pessoas" ou "cônjuges".
O projeto foi aprovado em caráter terminativo (sem necessidade de ir ao plenário, a não ser
que algum senador recorra), mas ainda passará por um turno suplementar de votação na
própria comissão – provavelmente na sessão seguinte da CCJ, na próxima semana – antes de
ser encaminhado para a Câmara dos Deputados.
Ao mesmo tempo em que também foi aprovado o estatuto da família (PL-6583/2013) pelo CCJ,
de autoria de Anderson Ferreira - PR/PE, que apenas consideram válidas apenas as famílias
formadas entre homem e mulher.
VI - as pessoas casadas;
II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou
ato judicial que a supra;
Apesar de a lei referir que a habilitação deve ser feita pessoalmente (1.526,
CC), é autorizado que o requerimento seja firmado por procurador com
poderes especiais (1.525, CC).
CELEBRAÇÃO
Parágrafo único, 1.538, CC. O nubente que, por algum dos fatos mencionados
neste artigo, der causa à suspensão do ato, não será admitido a retratar-se no
mesmo dia. Essa regra será aplicada mesmo se a manifestação tiver sido feita
em tom de brincadeira.
5. ESPÉCIES DE CASAMENTO
5.1 CIVIL
Art. 1.542, CC. A procuração deve ser outorgada por instrumento público com
poderes especiais e vale pelo prazo de 90 dias. Por ausência de óbice legal,
ambos os noivos podem ser representados por procurador.
Art. 1.540, CC. Quando algum dos contraentes estiver em iminente risco de vida,
não obtendo a presença da autoridade à qual incumba presidir o ato, nem a de
seu substituto, poderá o casamento ser celebrado na presença de seis
testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na
colateral, até segundo grau.
Além disso, o nubente que não estiver em iminente risco de vida, poderá fazer-
se representar (art. 1542, § 2º do Código Civil), mediante procuração, por
instrumento público, com poderes especiais. No entanto, como bem ressalta
5.6 PUTATIVO
O Cônjuge enganado, por exemplo, poderá pleitear alimentos (art. 1561, §1º,
CC). Qual o período que estes alimentos serão devidos? Duas correntes:
apenas no período em que o cônjuge de boa-fé estava casado (da celebração
à sentença anulatória); que os alimentos devem persistir mesmo além desse
período, pois se trata de um direito existencial, em virtude da dignidade da
pessoa humana.
A partir da decisão do STF (ADI 4277 e ADPF 132, Rel. Min. Ayres Brito, j.
25/10/2011) que assegurou às uniões homoafetivas os mesmos direitos e
deveres da união estável, passou a ocorrer a conversão da união estável em
casamento. O STJ admitiu a habilitação para o casamento (STJ, REsp
1.183.378 –RS, 4ª T., Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 25/10/2011) e as
justiças de vários estados vêm regulamentando esses procedimentos.
REGRAS GERAIS
Embora o casamento no exterior seja válido, para que esteja apto a produzir
plenamente seus efeitos no Brasil, a certidão de casamento deve ser
trasladada/transcrita/registrada em Cartório no Brasil, nos termos da Resolução
nº 155/2012 do CNJ.
O traslado pode ser feito com base na certidão consular de casamento ou,
alternativamente, com base na própria certidão estrangeira de casamento -
TRASLADO DIRETO (caso o registro em Repartição Consular não tenha sido
feito pelos cônjuges).
5.9 DE ESTRANGEIROS
§ 1º Os assentos de que trata este artigo serão, porém, transladados nos cartórios
de 1º Ofício do domicílio do registrado ou no 1º Ofício do Distrito Federal, em falta
de domicílio conhecido, quando tiverem de produzir efeito no País, ou, antes, por
meio de segunda via que os cônsules serão obrigados a remeter por intermédio do
Ministério das Relações Exteriores.
Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o
começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.
Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se
autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não
atingida a maioridade civil.
Dos 16 até os 18 anos as pessoas são relativamente incapazes (art. 4º, CC) e
precisam ser assistidas para os atos da vida civil. Até completarem a
maioridade civil é necessária a autorização dos pais para casar (art. 1634, III,
CC). É indispensável a concordância de ambos os genitores, que deverá
ser apresentada no pedido de habilitação e é exigível ainda que vivam
separados. Somente poderá ser dispensada a autorização de um dos pais caso
da ausência ou perda do poder familiar. Quando o menor estiver sob tutela,
cabe ao tutor autorizar.
OBS. II.: Em 6 de julho de 2015, foi publicada a Lei Ordinária 13.146, que
institui a “Inclusão da pessoa com Deficiência” e se autodenomina “Estatuto da
Pessoa com Deficiência”.
Imaginemos uma pessoa que tenha deficiência profunda. Tal pessoa, em razão
da deficiência, não consegue exprimir sua vontade. Esta pessoa, hoje, passa
por um processo de interdição e é reconhecida como absolutamente incapaz.
Seu representante legal (normalmente um dos pais), na qualidade de curador a
representa para os atos da vida civil.
A segunda alteração é a seguinte “os que, mesmo por causa transitória, não
puderem exprimir sua vontade”, atualmente absolutamente incapazes, passam
para a categoria de relativamente incapazes (redação dada pelo Estatuto ao
artigo 4º, III, do CC).
O filho não pode ser casar com a mãe ou o neto com a avó. No caso do
parentesco natural (impedimento decorrente de parentesco cosanguíneo),
procura-se evitar problemas congênitos à prole.
Significa que, por exemplo, sogro e nora, sogra e genro, madrasta e enteado e
padrasto e enteada não podem constituir casamento ou união estável, mesmo
depois de dissolvido o vínculo anterior, uma vez que de acordo com o artigo
Princípio da monogamia.
Não exige que o cônjuge sobrevivente tenha participação no crime. Por outro
lado exige a condenação PR homicídio ou tentativa de homicídio. Os casos de
absolvição ou extinção de punibilidade não configuram impedimentos. Deve-se
Art. 1.489. A lei confere hipoteca: II - aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe
que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior;
Essa causa suspensiva é imposta tão somente à mulher e seu objetivo é evitar
a dúvida sobre a paternidade (turbatio sanguinis). Frisa-se que não deve
persistir caso a nubente provar nascimento de filho, ou inexistência de
gravidez, na fluência do prazo (art. 1523, § único).
Em razão de haver previsão de divórcio sem que haja previa partilha de bens
(art. 1.581, CC). Caso haja prova de não haver prejuízo patrimonial, o novo
casamento poderá ser celebrado por qualquer regime de bens (art. 1.523, §
único).
Busca afastar a coação moral que possa ser exercida por pessoa que tem
ascendência e autoridade sobre o ânimo do incapaz. Vale enquanto durar a
tutela ou curatela e enquanto não pagas e quitadas as respectivas contas. As
contas devem ser prestadas em juízo. Mais uma vez verifica-se que a causa
suspensiva poderá ser afastada caso se prove a inexistência de prejuízo para o
tutelado ou curatelado.