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Abstract - Despite the increasing use of numerical simulation of general casting problems, and its
well known efficiency, at the present it still exist relatively few studies on the efficiency of numerical
methods to simulate pressure casting. In such processes, the events associated with the filling front and
solidification take place under markedly different conditions from those found in gravity casting. This
work presents a comparison between experimental and numerical results of pressure casting of
Al6Si3Cu under the same conditions. Simulation was performed for several filling velocities in order
to create conditions of defects to occur, such as cold shut and pin holes. The results show that, for the
pressure casting conditions used, the software was able to predict correctly the occurrence of defects.
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Key-words: Pressure Die Casting, Simulation, Filling, Defects, Cold Shuts.
1. Introdução
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calor do metal líquido e conseqüente redução de sua temperatura levando a incidência de
solda fria [4,5]. Neste trabalho é proposto um estudo sobre a influência da velocidade de
injeção sobre a incidência de defeitos tipo solda e porosidade, usando como ferramentas a
observação experimental e a simulação via um software de CAE.
2. Metodologia
No desenvolvimento experimental foi utilizada uma peça com características
adequadas ao processo de fundição sob pressão, injetada usando uma máquina com recursos
para controle de parâmetros de processo, de forma a alimentar o software e tentar simular
as mesmas condições. A peça escolhida, em liga AlSi9Cu3, possui massa de 1,05 kg e
dimensões conforme a Figura 1.
169
As amostras foram fundidas em injetora de câmara fria com força de fechamento de 850
toneladas força, a temperatura do metal líquido no forno de espera se encontrava a 670°C e a
alimentação da câmara de injeção foi feita por braço mecânico. Foram injetadas algumas
peças, para aquecimento do molde, e a cada ciclo, a temperatura na superfície da cavidade foi
aferida através de um pirômetro a laser, segundos antes do fechamento do molde, até atingir a
temperatura de regime de trabalho em 255°C, na superfície da cavidade. As amostras foram
produzidas em 4 lotes de 5 peças, sendo cada lote, com variações na velocidade de injeção,
tendo sido utilizadas velocidades de 1,05 – 1,75 – 2,45 e 3,15 m/s. A peça mais
representativa de cada lote de cinco peças foi fotografada e também submetida ao exame de
raio X de modo a evidenciar, respectivamente, os defeitos de solda fria e porosidade. Para
análise dos resultados foram realizados mapeamentos das regiões com incidência de defeitos
tipo solda fria. Para a simulação os dados de processo foram alimentados no módulo HPDC
(high pressure die casting) do Magmasoft, onde foi construída uma malha com 3156736
elementos usando um tempo de processamento numérico de 36092 s para cada simulação.
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Para dar mais fidelidade às condições de processo, 8 pontos do molde foram estrategicamente
escolhidos para o controle da temperatura. Assim, para colocar o molde em temperatura de
regime de trabalho, foram necessários 5 ciclos usando cada condição de velocidade.
3. Resultados e Discussão
Os resultados da simulação são apresentados na forma de evolução do enchimento
para as velocidades de 1,05 e 3,15m/s, na figura 2.
Enchimento: 52 %
Enchimento: 64 %
Enchimento: 70 %
(a) Vinjeção = 1,05 m/s (a) Vinjeção = 3,15 m/s
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A análise destas seqüências de enchimento mostra que para o uso de uma menor
velocidade de injeção ocorreu um resfriamento acentuado na frente de avanço do metal, sendo
que para 52% de enchimento já se observa a ocorrência de temperaturas inferiores à
temperatura líquidus da liga em estudo, no caso a liga Al9Si3Cu que apresenta Tliquidus de
aproximadamente 6000C, indicando uma maior possibilidade de ocorrência do defeito tipo
“solda fria” em comparação com o comportamento apresentado para o uso de maior
velocidade de injeção. A figura 3 apresenta graficamente a distribuição de temperaturas nas
frentes de enchimento para as velocidades de injeção de 1,05 e 3,15 m/s, onde são
representadas as temperaturas mínima e máxima observadas na frente a cada estágio do
enchimento.
630
Frente de Enchimento ( C)
620
0
Temperatura da
610
600
590
580
570
V= 1,75m/s V = 3,15m/s Tliquidus
560
20 30 40 52 58 64 70 76 82 94 100
% de Enchimento
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totalidade abaixo da temperatura liquidus, enquanto que na condição onde foi utilizada
velocidade de injeção máxima (3,15m/s) a partir de 64% do enchimento começam a ocorrer
temperatura inferiores à líquidus na frente de enchimento, entretanto a maior parte desta
frente permanecia a temperaturas superiores à liquidus.
A figura 04 mostra ampliações da frente de enchimento para o uso da velocidade de
injeção de 1,05 m/s para 52% do enchimento (figura 4.a), onde fica evidenciada a
coexistência de temperaturas inferiores e superiores à liquidus ao longo da frente de
enchimento, enquanto que para 70% do enchimento (figura 4.b) praticamente toda a frente
apresenta temperaturas inferiores à liquidus, indicando a existência de uma grande quantidade
de material no estado semi-sólido, aumentando a tendência para o surgimento de “solda fria”.
Temperatura
Liquidus
(a) (b)
Figura 4: Detalhe ampliado de estágios do enchimento para a velocidade de injeção de 1,05
m/s, (a) 52% do enchimento, (b) 70% do enchimento.
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3,6
3,5
3,45
3,4
V = 1,05 m /s
3,35 V = 1,75 m /s
V = 3,15 m /s
3,3
100
20
30
40
52
58
64
70
76
82
94
% de Enchimento
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c
a b d e
f
a b c
a b c
d e f
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a b c
d e
Figura 7: Detalhamento da peça injetada com velocidade 1,75 m/s mostrando a ocorrência de
solda fria nas regiões críticas.
Outras publicações [6-9] apresentam com mais detalhe os resultados obtidos nesta
linha de pesquisa.
4. Conclusões
Embora o software não precise o local de ocorrência dos defeitos oriundos da fase de
enchimento da peça, ele mostra a distribuição de temperaturas e perfil da frente metálica
durante o enchimento. De posse dessas informações pode-se compor uma análise das
possíveis regiões com incidência de defeitos de solda fria, sendo que a comparação entre os
resultados experimentais e os simulados mostrou boa concordância para as condições testadas
neste trabalho.
No presente trabalho a incidência de solda fria aumentou em função da redução na
velocidade de injeção, o que pode ser atribuído ao aumento no tempo de enchimento e ao
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conseqüente resfriamento da frente no decorrer do enchimento, levando a ocorrência de
temperaturas inferiores à temperatura liquidus da liga em estudo.
5. Agradecimentos
Os autores agradecem à Magma Engenharia do Brasil pela disponibilização do
software para a realização das simulações, à Wetzel Divisão Alumínio pela contribuição na
execução das experiências e ao CNPq pela bolsa PIBIC concedida.
6. Referências
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[7] VERRAN, G. O. , REBELLO, M. A., OLIVEIRA, C. G. Simulação da Fundição Sob
Pressão de Ligas de Alumínio - Parte II: Estudo Experimental De Uma Peça Representativa.
Anais do SULMAT 2000, 740-752, 2000.
[8] VERRAN, G. O. , REBELLO, M. A., OLIVEIRA, C. G. Simulação da Fundição Sob
Pressão de Ligas de Alumínio - Parte I: Estudo do enchimento de peças de geometria simples.
Anais do SULMAT 2000, Joinville, 730-739, 2000.
[9] REBELLO, M.A. , VERRAN, G.O. , OLIVEIRA, C.G. A utilização de recursos
computacionais na análise da fundição de peças. Revista do IST, 23-32, V1(2), julho 2000.
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