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Rio de Janeiro
Abril de 2018
Salles, Halina dos Santos
Projeto ótimo de um pórtico tridimensional de concreto
armado utilizando Algoritmos Genéticos/ Halina dos
Santos Salles. – Rio de Janeiro: UFRJ/COPPE, 2018.
XIV, 68 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Franciane Conceição Peters
Dissertação (mestrado) – UFRJ/ COPPE/ Programa de
Engenharia Civil, 2018.
Referências Bibliográficas: p. 66-68.
1. Otimização estrutural. 2. Algoritmos genéticos. 3.
Concreto armado. I. Peters, Franciane Conceição II.
Universidade Federal do Rio de Janeiro, COPPE, Programa
de Engenharia Civil. III. Título.
iii
A Salles e Gesete, minha estrutura.
iv
Agradecimentos
v
A todos os alunos, professores e funcionários do LAMEMO, por serem exemplo
de profissionalismo e diversão. Minha timidez foi perdendo o sentido a cada manhã de
bom humor e estudo. Muito obrigada por terem me acolhido de braços abertos no
laboratório, sem o qual não seria possível a realização deste trabalho.
À engenheira Eduarda Pinheiro, mãe e eterna chefinha. Serei eternamente grata
por ter compartilhado todos seus ensinamentos sobre engenharia e a vida. A sua paciência,
humor e carinho estão em meu coração. O Escritório Laico transformou trabalho em
sinônimo de alegria. Muito obrigada a todos.
Ao professor Roberto Fernandes de Oliveira por ter me acolhido como um pai,
sempre disponível com os melhores conselhos. Admiro sua dedicação à docência e,
principalmente, sua busca pelo conhecimento.
Aos membros da banca por aceitarem o convite e pelas contribuições.
A Ansys Inc. pelo fornecimento da versão acadêmica do programa comercial
usado neste trabalho.
À CAPES e FAPERJ pelo apoio financeiro.
Aos docentes que contribuíram para minha formação.
A todos aqueles que de alguma maneira me fizeram crescer e aprender.
Serei eternamente grata.
vi
Resumo da Dissertação apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências (M.Sc.)
Abril/2018
vii
Abstract of Dissertation presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for the degree of Master of Science (M.Sc.)
April/2018
viii
Sumário
1 Introdução.................................................................................................................. 1
ix
3 Metodologia ............................................................................................................ 22
5 Conclusões .............................................................................................................. 63
xi
Lista de Figuras
Figura 2.2: Modelos estruturais adotados para os pórticos planos (TORRES, 2001). ... 12
Figura 3.1: Concreto de envolvimento da armadura (ABNT NBR 6118, 2014). ........... 31
Figura 3.2: Esquema para os comprimentos das armaduras longitudinais nas vigas. .... 34
........................................................................................................................................ 39
Figura 3.4: Fluxograma do programa desenvolvido, com detalhe à direita para a avaliação
Figura 4.1: Pórtico tridimensional que terá seus elementos estruturais otimizados. ...... 44
Figura 4.3: Erro relativo médio obtido nas combinações dos parâmetros 𝑁𝑝𝑜𝑝 , 𝑃𝑐 e 𝑃𝑚 .
........................................................................................................................................ 50
Figura 4.4: Erro relativo médio ordenado obtido nas combinações dos parâmetros 𝑁𝑝𝑜𝑝 ,
𝑃𝑐 e 𝑃𝑚 . ........................................................................................................................... 51
xii
Figura 4.9: Custos dos pórticos referentes à situação 2. ................................................. 55
Figura 4.16: Comparação entre os custos dos insumos dos pilares referentes as situações
1, 2 e 3. ........................................................................................................................... 60
Figura 4.17: Comparação entre os custos dos insumos das vigas referentes as situações 1,
2 e 3. ............................................................................................................................... 60
Figura 4.18: Influência do aumento dos insumos no custo total do pórtico. .................. 62
xiii
Lista de Tabelas
Tabela 4.2: Preço dos insumos considerados na otimização dos elementos estruturais. 46
Tabela 4.5: Custo mínimo e erro relativo médio do pórtico para as 10 rodadas
........................................................................................................................................ 49
xiv
1 Introdução
1
de uma população inicial, realizam todas as verificações necessárias, gerando populações
novas a partir da anterior, até alcançar a estrutura que possui o menor custo.
Diante do exposto, e conforme os resultados promissores de trabalhos na área de
estruturas com emprego de Algoritmos Genéticos para otimização, optou-se por utilizar
este método como ferramenta de otimização. Assim, o procedimento aplicado neste
estudo visa otimizar as dimensões da seção transversal, dimensionando as armaduras, de
um pórtico tridimensional de concreto armado utilizando Algoritmos Genéticos, a fim de
obter projetos de custo mínimo.
Para isso, um programa de Algoritmos Genéticos foi desenvolvido, contendo as
especificações para o dimensionamento das armaduras dos elementos estruturais,
incorporando diversas restrições para a solução. A construção do modelo computacional
é realizada no programa ANSYS, onde são aplicadas técnicas de discretização, via
método dos elementos finitos, para a análise e obtenção dos esforços e deformações na
estrutura. A função objetivo a ser minimizada é composta pelo custo do concreto, da
forma e do aço. Utiliza-se também penalização multiplicativa dos custos quando
restrições previstas na norma brasileira NBR 6118:2014 (Projeto de Estruturas de
Concreto - Procedimento) são violadas.
1.2 Motivação
2
a mais para auxiliar o projetista. Dessa forma, o engenheiro pode testar de forma
automática diversas soluções, até mesmo uma solução diferente da prática na construção
civil. Por consequência, o engenheiro pode adequar seu projeto as restrições
arquitetônicas, estruturais, materiais disponíveis e demais projetos complementares,
motivando assim o estudo sobre tal tema.
1.3 Objetivos
3
2 Revisão Bibliográfica
4
e seções transversais de dois projetos: uma viga em balanço com seção contínua e outra
com seção variada.
PONTE (2015) aplicou técnicas de otimização do programa ANSYS, com o
objetivo de estudar o comportamento de uma edificação de concreto armado com 47
metros de altura e 15 pavimentos, considerando casos de cargas diferentes. A função
objetivo possui apenas o propósito de reduzir o volume da seção transversal. Dessa forma,
o autor conseguiu modificar e aprimorar o desempenho estrutural do edifício.
É possível observar que as pesquisas sobre otimização de estruturas de concreto
armado têm apresentado resultados promissores, assim como a utilização dos Algoritmos
Genéticos.
Neste capítulo é feita uma apresentação sobre otimização estrutural aplicada em
Engenharia Civil e de forma sucinta alguns trabalhos já desenvolvidos, a fim de aferir
sobre as características, comportamento e a formulação empregada nos problemas
investigados.
ARORA (2016) explica que a otimização de projeto tem por objetivo a melhoria
das peças estruturais, buscando um projeto ideal, ou seja, que atenda a todos os requisitos
especificados, mas com custo mínimo de alguns fatores, tais como peso, superfície e
volume, sempre obedecendo aos limites impostos, como por exemplo, as tensões
máximas admissíveis.
O projeto estrutural é resultado de atividades que englobam a arquitetura,
concepção estrutural e o dimensionamento dos elementos. Esse resultado deve garantir a
segurança e, se possível, o menor custo. Na otimização de projetos é importante a
distinção entre análise e projeto. A análise está relacionada ao processo de determinação
das respostas da estrutura diante de um carregamento aplicado, enquanto que o projeto se
refere a definição do sistema estrutural, como por exemplo o posicionamento dos
elementos estruturais (PONTE, 2015).
Este trabalho aborda especificamente a aplicação em estruturas de concreto
armado na engenharia civil, onde é comum almejar resultados com redução do consumo
de matéria prima e os custos de produção. Portanto, para melhor entendimento da
5
importância da otimização de estruturas é fundamental entender as diferenças entre
projeto ótimo e projeto convencional.
O projeto estrutural convencional sofre influência direta do projetista, visto que
as soluções são referentes a procedimentos de tentativa e erro, dependentes da experiência
do profissional. Assim, a solução alcançada pode não ser a melhor para os critérios
estabelecidos. O projeto estrutural ótimo é obtido aplicando métodos de otimização na
representação do problema por modelo matemático bem definido, com parâmetros,
variáveis, objetivos e restrições, encontrando soluções por processos sistemáticos.
ARORA (2016) mostra projeto convencional e projeto ótimo, conforme a Figura 2.1.
Analisa-se o sistema
Estima-se uma configuração
inicial tendo por base
Verificam-se as restrições experiência/ heurística
Analisa-se o sistema
Não
Sim A estrutura atende
Modifica-se a configuração ao critério de
tendo por base convergência?
experiência/heurística
Não
Projeto
Modifica-se a configuração
Concluído
empregando-se um método de
otimização
Projeto
Concluído
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A otimização pode ser uma importante ferramenta na tomada de decisões e na
análise de projetos estruturais. Partindo da identificação de algum objetivo, a meta é
encontrar valores para as variáveis que aprimorem o objetivo. Existem inúmeros
algoritmos de otimização, cabendo ao projetista escolher o mais apropriado para o
problema em análise. Depois da aplicação do método de otimização no projeto, pode-se
identificar, analisar e estudar a solução encontrada.
7
As variáveis de projetos foram: altura (ℎ) e largura (𝑏) da seção transversal de
concreto; número de camadas de aço dentro da seção de concreto (𝑛𝑐 ); número de barras
em uma mesma camada de aço (𝑛𝑏 ) e diâmetro (∅) das barras na mesma camada. As
primeiras variáveis citadas determinam a área total de concreto na seção (𝐴𝑐 ) e as demais
são responsáveis por fornecer a área total de aço na mesma seção (𝐴𝑠 ). As restrições
impostas são relativas à resistência da seção transversal e aos limites para taxa de
armadura da norma.
A estrutura do programa de Algoritmos Genéticos foi do tipo geracional, com 100
indivíduos em 80 gerações, as variáveis foram representadas de forma discreta com
codificação binária, os operadores genéticos foram cruzamento de um ponto com
probabilidade de 80% e taxa de mutação de 0,3% e para as restrições foi empregado a
técnica de penalização.
O autor comparou os resultados obtidos no programa com alguns exemplos
encontrados na literatura. Inicialmente, foi realizado o dimensionamento de uma seção
transversal fixa (300 mm x 700 mm) para três diferentes pares de 𝑀𝑆 e 𝑁𝑆 , encontrando
uma economia de até 26%. Para seção transversal variável a economia foi de até 30%.
Em seguida, os resultados do programa foram comparados com outros trabalhos da
literatura que aplicaram otimização em seções transversais de concreto sem utilizar
Algoritmos Genéticos, obtendo uma economia de até 12% em relação aos outros autores.
Além disso, o autor também avalia a influência do aumento de 50% do custo dos
materiais, de forma individual, no resultado final do custo da seção transversal. Com o
aumento no custo do concreto, aço e forma, o custo total aumentou 14,06%, 12,37% e
16,57% respectivamente, demostrando que o insumo que mais afeta o custo final é a
forma, mesmo sendo utilizada apenas como molde.
8
de esforços e que tivessem o menor custo. A função objetivo utilizada neste exemplo foi
a Equação 2.2.
9
serem eliminados da população. Desta forma, para o problema de minimização do custo
do pórtico plano de concreto armado, foi desenvolvido o módulo de verificação a FCN,
fornecendo uma informação a mais que o módulo de FCO, que é a distância em relação
ao Estado Limite Ultimo (ELU), servindo para penalizar os indivíduos que infringirem a
esta restrição. Assim, para cada uma das restrições do problema foi associada uma função
de penalização e desta forma nenhum indivíduo é descartado ao longo do processo de
otimização.
No problema para aplicação de pórtico plano se desejou obter uma estrutura de
concreto armado de menor custo e que resista a um determinado carregamento. A função
objetivo utilizada foi a Equação 2.3.
As variáveis de projeto escolhidas são: altura (ℎ) da seção e área de aço (𝐴𝑠 ), da
viga e do pilar. As restrições do problema, para vigas e pilares, foram: dimensões
máximas e mínimas das seções transversais, espaçamento máximo e mínimo da
armadura, taxas de armadura máxima e mínima, flechas horizontais e verticais máximas
e equilíbrio das seções transversais. Essas restrições foram impostas através de funções
de penalização.
O pórtico plano modelo possui 1 térreo e 4 pavimentos, vigas com vãos de 4,5 m
e balanço de 1,0 m, pé direito de 3,0 m e apenas dois lances de pilares. O autor observou
10
que a divisão do cromossomo principal em 4 (cada um deles com informação sobre uma
variável), permitiu uma convergência mais rápida do método e uma maior facilidade de
codificação e descodificação das variáveis. Além disso, o método de penalização se
revelou muito eficiente, permitindo que os indivíduos que não atendem as restrições
continuem cruzando e transmitindo suas características que não devem ser eliminadas nas
gerações seguintes.
O autor também projetou uma solução para o pórtico plano através do programa
comercial EBERICK, buscando uma estrutura de concreto armado mais econômica
possível, obtendo uma economia de 22,7% no resultado obtido pelo Algoritmo Genético,
em relação à solução obtida com o programa comercial, confirmando a eficiência do
método empregando. Assim, o autor conclui que a utilização dos Algoritmos Genéticos
nos problemas de otimização é bastante promissora, devido às suas características de
robustez, flexibilidade e relativa facilidade de implementação.
𝐹 = 𝐶𝑆 + 𝐶𝑐 + 𝐶𝑓 (2.4)
onde,
𝐶𝑠 é o custo do aço por unidade de peso;
𝐶𝑐 é o custo do concreto por unidade de volume;
𝐶𝑓 é o custo da forma por unidade de área;
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parâmetros constantes no problema foram: geometria, cargas, propriedades dos materiais
e valores dos custos dos materiais e mão-de-obra.
As restrições impostas foram baseadas nos critérios para projetos de concreto
armado da norma americana, ACI. Para os pilares as restrições consideradas foram:
capacidade de resistência da coluna e armadura máxima. Para as vigas as restrições
impostas foram: capacidade de resistência a flexão, armadura máxima e capacidade de
resistência ao cisalhamento.
Para o cálculo das armaduras adotou-se a hipótese feita pelo guia da ASCE e a
norma americana, ACI. Nas vigas a armadura foi controlada por um dos dois fatores: (1)
a resistência à flexão ou (2) a condição de armadura mínima. Nos pilares: (1) a armadura
foi controlada pela resistência da coluna ou (2) pela taxa de armadura mínima.
Após o cálculo do custo total do pórtico bem como o cálculo das restrições
impostas ao projeto, entra-se no módulo de otimização do programa ANSYS. O
otimizador selecionado para a otimização do pórtico de concreto armado foi o de primeira
ordem (Steepest Descent).
Diferentes modelos estruturais foram utilizados para representar pórticos planos
de concreto armado, conforme a Figura 2.2. O modelo 2 foi dividido em: modelo 2A onde
os pilares externos e interno possuem as mesmas variáveis de projeto e modelo 2B com
diferentes variáveis projeto para os pilares externos e interno.
Figura 2.2: Modelos estruturais adotados para os pórticos planos (TORRES, 2001).
12
em cada andar do pórtico. O caso de carga (2) consistiu nas cargas verticais, definidas
como carga uniformemente distribuída para cada andar. No caso de carga (3) combinou-
se os casos (1) e (2). Para o caso de carga (1) o objetivo da otimização foi minimizar
apenas o volume total do pórtico, enquanto que, para os casos (2) e (3) o objetivo foi
minimizar o custo total do pórtico.
Além disso, também foram consideradas três situações diferentes para as variáveis
de projeto. Na situação (1) o pórtico tinha apenas um grupo de variáveis de projeto do 1º
ao 22º andar. Para a situação (2) quatro grupos de variáveis de projeto foram definidos ao
longo do pórtico. Enquanto que para a situação (3) oito grupos de variáveis de projeto
foram definidos.
O autor concluiu que, na maioria dos casos, quanto maior a quantidade de
variáveis de projeto maior a redução da função objetivo, porém no otimizador disponível
no ANSYS nem sempre foi observado esse comportamento. Para todos os modelos
estudados, as bases das vigas permaneceram praticamente constantes para qualquer
situação de variáveis de projeto. Nos modelos do caso de carga horizontal, as alturas das
vigas e pilares foram as quantidades que mais apresentaram variações com diferentes
arranjos das variáveis de projeto. Os modelos 1 e 2A foram os mais econômicos,
considerando todos os casos de cargas.
13
O autor comparou uma seção fixa (400 mm x 600 mm) com resultados obtidos na
literatura, o programa desenvolvido apresentou uma economia de até 13%. Já na
comparação de resultados extraídos da literatura, para o caso de FCO utilizando outros
métodos de otimização, o programa conseguiu uma economia de até 34%.
Também foi realizado um estudo de sensibilidade dos custos dos materiais, onde
diferentemente do observado por ARGOLO (2000), o insumo que mais impactou o custo
final foi o aço. Porém, o autor ressalta que para a primeira configuração de preço a taxa
de armadura ficou próxima da mínima prescrita pela norma, impedindo sua diminuição.
Caso essa restrição fosse desconsiderada, o custo de forma passaria a ser o parâmetro de
maior influência.
onde 𝐶𝑡𝑐 , 𝐶𝑡𝑠 e 𝐶𝑡𝑓 é o custo total referente ao concreto, aço e forma, respectivamente.
Sendo cada custo da Equação foi formulado de acordo com as Equações 2.6, 2.7 e 2.8.
𝑛𝑣 𝑛𝑠 (2.7)
𝐶𝑡𝑠 = ∑(∅𝑗 𝐿𝑣,𝑗 𝜌𝑠 𝐶𝑠 (∅𝑗 )) − [∑(∅𝑖 𝐿𝑠,𝑖 𝜌𝑠 𝐶𝑠 (∅𝑖 ))] 𝐹𝑟
𝑗=1 𝑖=1
𝑛𝑏
+ ∑(𝐿𝑏,𝑘 𝐶𝑠′(∅𝑘 ))
𝑘=1
𝑛𝑣 ′ (2.8)
𝐶𝑡𝑓 = (2 ℎ 𝑙 + ∑ 𝑏 𝐿𝑣,𝑚 ) 𝐶𝑓 (ℎ)
𝑚=1
sendo,
14
𝑏 é a largura da seção transversal;
ℎ é a altura da seção transversal;
𝐿 é o comprimento total da viga;
𝐿𝑣,𝑗 é o comprimento da j-ésima vara de aço;
𝐿𝑠,𝑖 é o comprimento da i-ésima sobra de barro de aço;
𝐿𝑏,𝑘 é o comprimento da k-ésima barra de aço;
𝐿𝑣,𝑚 é o comprimento entre as faces dos pilares do m-ésimo vão de viga;
𝐶𝑠 (∅) é o custo do aço por kg, em função da bitola;
𝐶𝑠′ (∅) é o custo da mão-de-obra por m, em função da bitola;
𝐶𝑐 (𝑓𝑐𝑘 ) é o custo do concreto por m³, em função da sua resistência a compressão;
𝐶𝑓 (ℎ) é o custo da forma por m², em função da altura da viga;
𝑁𝑏 é o número de barras de uma determinada bitola viga ou pilar;
𝑏 é a largura da seção transversal viga ou pilar;
ℎ é a altura da seção transversal viga ou pilar;
𝐿𝑣 é o comprimento do trecho da viga em metros;
𝐿𝑝 é o comprimento do trecho do pilar em metros.
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mutação; e o valor do fator de escalonamento não afeta de forma determinística a
convergência para a solução ótima.
Na comparação com outros trabalhos de otimização encontrados na literatura, com
a finalidade de avaliar a eficiência do programa desenvolvido, o autor observou que: a
seção ótima obtida considerando somente o dimensionamento à flexão difere da obtida
considerando o dimensionamento à flexão e ao cisalhamento; a geometria da seção ótima
é influenciada pelos custos da armadura transversal e construtiva.
Para avaliar o desempenho prático do programa piloto, fez-se a otimização de uma
viga que seria executada. O autor ressaltou que a simplificação do detalhamento da viga
tem um grande impacto econômico em seu custo final. E por fim, na análise de
sensibilidade, verificou que o custo de forma foi o mais representativo, seguido pelo custo
de concreto, aço e armador, respectivamente.
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Assim, baseado no princípio da sobrevivência (Darwinismo), o operador genético segue
selecionando apenas os indivíduos com maior aptidão e desconsidera os indivíduos
menos aptos para a reprodução, uma vez que os progenitores são bons, isto é, as soluções
determinadas são as melhores para resolver o determinado problema proposto naquela
geração, então é esperado que seus filhos também o sejam conduzindo a boas soluções.
Por fim, do mesmo modo que ocorre na natureza, os processos são repetidos até se
alcançar indivíduos cada vez mais aptos.
Dessa forma, os AGs a partir de uma população de indivíduos, cada um com um
valor de adaptabilidade associado, desenvolvem, através de operações genéticas como
cruzamentos e mutações, uma nova geração de indivíduos usando os princípios
Darwinianos de reprodução e sobrevivência dos mais aptos. Cada indivíduo na população
representa uma possível solução para um dado problema. O que o Algoritmo Genético
faz é procurar aquela que seja muito boa ou a melhor, visando à otimização da função
objetivo (SILVA, 2001).
O método AGs é uma metáfora desses processos de seleção natural, por isso eles
possuem diversos termos gerados da biologia. Conforme é possível encontrar na
literatura, os fundamentos referentes ao Algoritmo Genético (nomenclatura, codificação,
população inicial, número de gerações, operadores genéticos, entre outros) não foram
abordados neste trabalho, pois se entende que os mesmos já foram exaustivamente
discutidos nos trabalhos de ARGOLO (2000), BASTOS (2004), CASTRO (2001), LIMA
(2011), PIRES (2014), SILVA (2001), entre outros.
17
devam ser considerados somente extremizadores de funções. Assim como outros
métodos, por não empregarem o cálculo de derivadas, mas sim atuarem diretamente na
busca das soluções no espaço viável, ele é classificado como método direto ou de ordem
zero (SILVA, 2001).
Como método de otimização, os AGs se diferenciam dos métodos clássicos
matemáticos sobretudo por trabalharem com as possíveis soluções, utilizam sempre uma
população de indivíduos ou soluções e trabalham com técnicas probabilísticas. Assim, os
AGs não se prendem tão facilmente a extremos locais, já que operam com uma população
de indivíduos e realizam a busca dentro de toda a região viável.
Como principais vantagens dos AGs, podemos citar: fácil implementação,
realizam buscas simultâneas em várias regiões do espaço de busca, funcionam para
parâmetros contínuos ou discretos, e também com combinação deles, são versáteis e
dificilmente se prendem a ótimos locais. Além disso, dispensam o cálculo do gradiente
da função objetivo em relação aos parâmetros de otimização. Por essas razões, os AGs
apresentam bom desempenho na solução de muitos problemas complexos,
principalmente, com múltiplos mínimos ou máximos.
Apesar das vantagens mencionadas, os AGs demandam bastante esforço
computacional, por causa do grande número de análises das funções aptidão e suas
restrições, podem convergir lentamente para o ótimo global e demandam inúmeras
escolhas de parâmetros de configuração, o que pode tornar complexa a sua utilização. Por
outro lado, o emprego de computação paralela na função objetivo para os inúmeros
indivíduos da população pode reduzir substancialmente o tempo de computação.
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de obter dados presentes nas soluções encontradas e exploration significa exploração por
percorrer pontos desconhecidos no espaço de busca para alcançar novas soluções.
O cruzamento e a mutação são dois mecanismos de busca dos AGs que levam à
exploração de pontos inteiramente novos do espaço de busca (exploration). Enquanto a
seleção dirige a busca em direção aos melhores pontos do espaço de busca (exploitation),
a taxa da seleção, dada pela razão entre aptidão máxima da população e a aptidão média,
influencia a quantidade de exploitation e exploration (SILVA, 2001). Na prática, é difícil
estabelecer o equilíbrio ideal para a taxa de seleção. No momento em que a aptidão é
praticamente a mesma para toda a população, ou seja, a taxa de seleção é muito baixa, o
AG apresenta um comportamento aleatório, pois não há seleção, fazendo com que o
algoritmo realize em sua busca muita exploration. Porém, quando a taxa de seleção é
muito alta, o AG admite o comportamento dos métodos exploitation.
Conforme apresentado anteriormente, um algoritmo genético parte de uma
determinada população inicial, que é um conjunto de possíveis soluções do problema
analisado, ou soluções candidatas. Ao longo do processo evolutivo, a população é
avaliada através de notas. Essa avaliação dos indivíduos permite que os mais aptos
influenciem mais o comportamento da convergência para uma solução, tendo maior
probabilidade de darem origem a novos indivíduos. Os indivíduos podem sofrer
modificações por meio dos operadores de cruzamento e mutação, produzindo
descendentes para a próxima geração. Este procedimento é repetido até que uma solução
seja encontrada. O algoritmo a seguir apresenta um pseudocódigo que representa um AG.
Início
Inicialize a população 𝑃 aleatoriamente
Avalie indivíduos na população 𝑃
Ordene a população 𝑃 de acordo com a aptidão
Repita
Selecione operador genético
Selecione indivíduo(s) para reprodução
Aplique operador genético
Avalie indivíduo(s) gerado(s)
Selecione indivíduo 𝑥 para sobreviver
Se 𝑥 é melhor que o pior elemento de 𝑃 então
Insira 𝑥 em 𝑃 de acordo com seu “ranking”
Até critério de parada satisfeito
Fim
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2.4 Considerações
20
metodologia especifica para obtenção dos esforços solicitantes e resistentes da estrutura.
As restrições consideradas foram, basicamente, a resistência ao momento fletor e ao
esforço cortante e taxas de armadura mínima e máxima, prescritos pela norma brasileira.
A maioria dos critérios construtivos, como o espaçamento entre barras longitudinais,
foram considerados nas rotinas para gerar apenas soluções factíveis. As análises de
sensibilidade dos custos demonstraram a importância de se considerar o custo da forma
no custo total de estruturas moldadas “in loco”.
De maneira geral, todos os trabalhos apresentados se preocuparam em estudar
individualmente as situações de Flexão Simples, Flexão Composta Normal (FCN) e
Flexão Composta Oblíqua (FCO), seja em elementos estruturais isolados ou pórtico
plano. Na construção civil, principalmente em edificações, as estruturas (vigas e pilares)
trabalham de forma solidária, isto é, atuam como um único conjunto estrutural. Desta
forma, em uma única estrutura encontra-se mais de uma situação de projeto, tais como
pilar de extremidade e pilar de canto em situação de FCN e FCO, respectivamente.
Assim, com o objetivo de ampliar o estudo da aplicação de métodos de otimização
em estruturas de concreto armado, esse trabalho busca otimizar as dimensões da seção
transversal e armadura de um pórtico tridimensional, utilizando Algoritmos Genéticos,
obtendo projetos de custo mínimo e avaliando o emprego de métodos de otimização em
estruturas.
21
3 Metodologia
22
3.2 Formulação do problema de otimização
23
𝐶𝑇 = 𝐶𝑉 + 𝐶𝑃 (3.1)
𝑚 𝑘 (3.2)
𝐶𝑉 = ∑ [∏ 𝑃𝑒𝑛𝑟 (𝐶𝑉𝑐 + 𝐶𝑉𝑎 + 𝐶𝑉𝑓 )]
𝑖 𝑖 𝑖
𝑖=1 𝑟=1
𝑛 𝑝
(3.3)
𝐶𝑃 = ∑ [∏ 𝑃𝑒𝑛𝑠 (𝐶𝑃𝑐 + 𝐶𝑃𝑎 + 𝐶𝑃𝑓 )]
𝑗 𝑗 𝑗
𝑗=1 𝑠=1
ésima restrição e 𝑘 é a quantidade de penalizações. Na Equação 4.3, 𝐶𝑃𝑐 , 𝐶𝑃𝑎 e 𝐶𝑃𝑓 são
𝑗 𝑗 𝑗
𝐶𝑉𝑐 = 𝐶𝑐 𝐿𝑣 𝑏 ℎ𝑣 (3.4)
𝑖
𝐶𝑉𝑓 = 𝐶𝑓 𝐿𝑣 (𝑏 + 2 ℎ𝑣 ) (3.6)
𝑖
As Equações 3.7, 3.8 e 3.9 mostram as parcelas dos custos referentes aos pilares.
𝐶𝑃𝑐 = 𝐶𝑐 𝐿𝑝 𝑏 ℎ𝑝 (3.7)
𝑗
24
𝐶𝑃𝑎 = 𝐶𝑎 𝑦𝑎 𝐿𝑙 ∗ 𝑁𝑏 + 𝐶𝑎 𝑦𝑎 𝐿𝑤 (𝐿𝑝 /𝑠) (3.8)
𝑗
𝐶𝑃𝑓 = 𝐶𝑓 𝐿𝑝 2 (𝑏 + ℎ𝑝 ) (3.9)
𝑗
Por simplicidade, uma vez que o problema a ser resolvido é relativamente simples
com apenas dois parâmetros independentes, o critério de parada adotado está relacionado
ao número de gerações. Assim, nos resultados aqui apresentados, o número total de
soluções candidatas testadas ao longo do processo foi escolhido de tal forma que fosse
representativo o número de soluções candidatas no espaço de busca.
25
As condições de equilíbrio devem ser necessariamente respeitadas de acordo com
o item 14.3.1 da NBR 6118:2014.
O pórtico tridimensional desse estudo trata da representação de uma estrutura de
pequeno porte, sobre a influência de carregamento vertical uniformemente distribuído nas
vigas e o peso próprio da estrutura, ou seja, não sofre influência de carregamentos
horizontais. Em virtude disso, foi empregada a análise linear para a verificação do ELU
e ELS, conforme o item 14.5.2 da NBR 6118:2014 que afirma que os esforços solicitantes
decorrentes de uma análise linear podem servir para o dimensionamento dos elementos
estruturais no ELU, mesmo que esse dimensionamento admita a plastificação dos
materiais, desde que se garanta uma dutilidade mínima às peças.
Por esse motivo, os elementos estruturais são dimensionados apenas para a ruptura
convencional por encurtamento-limite do concreto no domínio 3, ou seja, flexão simples
(seção subarmada) ou composta com ruptura à compressão do concreto e com escoamento
do aço, obedecendo ao limite de comportamento dúctil presente no item 14.6.4.3 da NBR
6118:2014, garantindo uma boa dutilidade, de forma que uma eventual ruína ocorra de
forma suficientemente avisada.
Para as vigas, a armadura referente a resistência à flexão é calculada através da
Equação 3.10.
𝑀𝑑 (3.10)
𝐴𝑠𝑣 =
𝑓𝑦𝑑 (𝑑 − 0,4 𝑥)
onde,
𝐴𝑠𝑣 é a área de aço da seção transversal da viga;
𝑀𝑑 é o momento fletor de cálculo;
𝑓𝑦𝑑 é a tensão de cálculo do aço;
𝑑 é a altura útil da seção transversal da viga;
𝑥 é a altura da linha neutra da seção transversal da viga.
26
Ao contrário do caso das vigas, para efeito de simplificação, foram utilizadas
tabelas de dimensionamento de pilares sujeitos à Flexo-Compressão Normal e Flexo-
Compressão Oblíqua obtidas pelo “software” PACON, desenvolvidas por ARAÚJO
(2006). Assim, após verificação da situação de projeto que o pilar se encontra, o programa
busca nas tabelas correspondentes, através de parâmetros obtidos pelos esforços, a taxa
mecânica (𝜔), com a qual se calcula a área da armadura, através da Equação 3.11.
𝑏 é a espessura do pilar;
ℎ𝑝 é a altura do pilar;
𝑓𝑐𝑑 é a tensão de cálculo do concreto;
𝑓𝑦𝑑 é a tensão de cálculo do aço.
Para satisfazer a NBR 6118:2014, devem ser impostas restrições relativas às taxas
de armadura. Para a seção retangular com armadura simples, considerando o diagrama de
tensões retangular para o concreto, o item 17.3.5.2.1 da NBR 6118:2014 define que a
armadura mínima pode ser considerada atendida se forem respeitadas as taxas mínimas
de armadura conforme a Equação 3.12, considerando o uso de aço CA-50, uma viga com
altura útil de 80% a altura da seção.
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 (3.12)
𝜌𝑚í𝑛 ( ) ≥ 0,15%
𝐴𝑐
onde,
𝜌𝑚í𝑛 é a taxa geométrica mínima de armadura longitudinal;
𝐴𝑠,𝑚í𝑛 é a área da seção transversal da armadura longitudinal de tração;
𝐴𝑐 é a área da seção transversal de concreto.
27
compressão (𝐴𝑠 + 𝐴′𝑠 ) não pode ter valor maior que 4%𝐴𝑐 , calculada na região fora da
zona de emendas.
A taxa geométrica mínima de armadura transversal (Equação 3.13), estabelecida
no item 17.4.1.1.1 da NBR 6118:2014, garante a dutilidade à ruína por cisalhamento.
Apesar de não existir uma limitação para a taxa geométrica máxima de armadura
transversal, no item 18.2.1 da NBR 6118:2014 é definido que os espaços dos estribos
devem ser projetados para a introdução do vibrador e de modo a impedir a segregação
dos agregados e a ocorrência de vazios no interior do elemento estrutural.
No item 17.3.5.3 da NBR 6118:2014 são especificados os valores-limites para
armaduras longitudinais de pilares. A armadura longitudinal mínima é definida pela
Equação 3.14 e a máxima armadura permitida em pilares é conforme a Equação 3.15,
considerando inclusive a sobreposição de armadura existente em regiões de emenda.
28
3.2.5.3 Distribuição das armaduras
𝜙𝑡2 1 (3.17)
𝑠𝑚á𝑥 = 90000 ( )
𝜙 𝑓𝑦𝑘
onde,
𝑠𝑚á𝑥 é o espaçamento máximo da armadura transversal;
𝜙 é o diâmetro das barras da armadura;
𝜙𝑡 é o diâmetro das barras de armadura transversal;
𝑓𝑦𝑘 é o valor característico da resistência ao escoamento do aço.
29
barras longitudinais, medido no plano da seção transversal, deve ser igual ou superior ao
maior dos seguintes valores:
Na direção horizontal (𝑎ℎ ): 20 mm; diâmetro da barra, do feixe ou da luva; 1,2
vez a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
Na direção vertical (𝑎𝑣 ): 20 mm; diâmetro da barra, do feixe ou da luva; 0,5 vez
a dimensão máxima característica do agregado graúdo.
O arranjo transversal da armadura longitudinal dos pilares é realizado segundo o
item 18.4.2.2 da NBR 6118:2014 que apresenta o espaçamento mínimo livre entre as
faces das barras longitudinais, diz que a região deve ser igual ou superior ao maior dos
seguintes valores: 20 mm; diâmetro da barra, do feixe ou da luva; 1,2 vez a dimensão
máxima característica do agregado graúdo.
30
De acordo com o item 17.3.3.2 da NBR 6118:2014, o valor característico da
abertura de fissuras 𝑤𝑘 , determinado para cada parte da região de envolvimento, é o
menor entre os obtidos pelas Equações 3.18 e 3.19.
𝜙𝑖 𝜎𝑠𝑖 4 (3.19)
𝑤𝑘 = ( + 45)
12,5𝜂1 𝐸𝑠𝑖 𝜌𝑟𝑖
onde,
𝑤𝑘 é o valor característico da abertura de fissuras.
𝜙𝑖 é o diâmetro da armadura considerada;
𝜂1 é o coeficiente de conformação superficial da armadura considerada;
𝐸𝑠𝑖 é o módulo de elasticidade secante do aço da barra considerada;
𝜌𝑟𝑖 é a taxa de armadura em relação à área de concreto de envolvimento da
armadura considerada (𝐴𝑐𝑟𝑖 );
𝜎𝑠𝑖 é a tensão de tração no centro de gravidade da armadura considerada,
calculada no Estádio II.
Estas equações aplicam-se a todas as barras tracionadas, sendo que para cada barra
analisada, deve ser considerada uma área (𝐴𝑐𝑟𝑖 ) do concreto de envolvimento, constituída
por um retângulo cujos lados não distem mais de 7,5𝜙 do eixo da barra da armadura
(Figura 3.1).
31
cobre-se todas as demais possibilidades. No item 17.3.5.2.3 da NBR 6118:2014 define
que em vigas com altura igual ou inferior a 60 cm, pode ser dispensada a utilização da
armadura de pele em toda a pele tracionada, bastando realizar a verificação descrita
acima.
𝑏 2 𝐸𝑠 𝐸𝑠 (3.20)
𝑥𝐼𝐼 + 𝐴𝑠 𝑥𝐼𝐼 − 𝐴 𝑑=0
2 𝐸𝑐𝑠 𝐸𝑐𝑠 𝑠
𝑏 𝑥𝐼𝐼2 𝐸𝑠 (3.21)
𝐼𝐼𝐼 = + 𝐴 (𝑑 − 𝑥𝐼𝐼 )2
3 𝐸𝑐𝑠 𝑠
onde,
𝐴𝑠 é a área de camada de aço considerada;
𝐸𝑠 é o módulo de elasticidade do aço de armadura passiva;
𝐸𝑐𝑠 é o módulo de deformação secante do concreto;
𝑑 é a distância da camada considerada a fibra mais comprimida;
𝑏 é a espessura da seção transversal da viga considerada.
32
De acordo com o item 17.3.2.1.1 da NBR 6118:2014 para uma avaliação
aproximada da flecha imediata em vigas, pode-se utilizar a expressão de rigidez
equivalente dada pela Equação 3.22.
𝑀𝑟 3 𝑀𝑟 3 (3.22)
𝐼𝑒𝑞 = ( ) 𝐼𝑐 + [1 − ( ) ] 𝐼𝐼𝐼 ≤ 𝐼𝑐
𝑀𝑎 𝑀𝑎
onde,
𝐼𝑐 é o momento de inércia da seção bruta de concreto;
𝐼𝐼𝐼 o momento de inércia da seção fissurada de concreto no Estádio II;
𝑀𝑟 é o momento de fissuração do elemento estrutural;
𝑀𝑎 é o momento fletor na seção crítica do vão considerado.
33
da área de aço necessária calculada. Adota-se o aço CA-50 e são consideradas que todas
as barras da armadura possuem o mesmo diâmetro em cada elemento estrutural analisado.
Além disso, os estribos permanecem com mesmo espaçamento e diâmetro em todos os
elementos estruturais.
Não foram consideradas as armaduras de montagem e suplementares, somente as
armaduras principais longitudinal e transversal.
A ancoragem das armaduras é realizada com o comprimento de ancoragem básico
(item 9.4.2.4 da NBR 6118:2014). Apesar do comprimento de ancoragem necessário
ocasionar menor consumo de aço, aplicando o comprimento de ancoragem básico há
maior padronização no tamanho das barras e, por consequência, ganhos na produção.
Figura 3.2: Esquema para os comprimentos das armaduras longitudinais nas vigas.
34
3.2.7 Definição final do problema
Minimizar 𝐶𝑇 = 𝐶𝑉 + 𝐶𝑃 (3.23)
𝑀𝑆𝑑
Submetido a 𝑃𝑒𝑛1 = 𝑚á𝑥 (1, )
𝑀𝑅𝑑
𝑁𝑆𝑑
𝑃𝑒𝑛2 = 𝑚á𝑥 (1, )
𝑁𝑅𝑑
𝑉𝑆𝑑
𝑃𝑒𝑛3 = 𝑚á𝑥 (1, )
𝑉𝑅𝑑2
𝑥
𝑃𝑒𝑛4 = 𝑚á𝑥 (1, )
𝑥𝑙𝑖𝑚
𝐴𝑠
𝑃𝑒𝑛5 = 𝑚á𝑥 (1, )
𝐴𝑠,𝑚á𝑥
𝑠
𝑃𝑒𝑛6 = 𝑚á𝑥 (1, )
𝑠𝑚á𝑥
𝑤𝑘
𝑃𝑒𝑛7 = 𝑚á𝑥 (1, )
𝑤𝑙𝑖𝑚
𝛿𝑚á𝑥
𝑃𝑒𝑛8 = 𝑚á𝑥 (1, )
𝛿𝑙𝑖𝑚
35
3.3.1 Metodologia computacional
Algoritmo de
otimização
Projeto
Programa Dimensiona-
comercial para mento pela
análise norma ABNT
estrutural NBR 6118
36
3.3.1.1 Análise estrutural
37
Uma das vantagens do procedimento adotado é a sua flexibilidade. Existe a
completa liberdade de poder serem incorporadas rotinas que chamem outros programas
ao sistema, enquanto a otimização permanece inalterada. Com a ajuda dessa metodologia,
o engenheiro pode executar uma análise de otimização de projeto contando com a sua
experiência e o seu conhecimento em um programa comercial de elementos finitos, o qual
é chamado externamente à estrutura principal das rotinas de otimização.
38
Entrada de Dados Avaliação dos
Geometria/Cargas
indivíduos da
População
Inicialização da População
Ansys
Esforço/Deformação
Avaliação dos
indivíduos da
População Dimensionamento
Vigas
Pilares
Ordenação da População
“ranking”
Verificação do ELU
Verificação do ELS
Geração do Novo Indivíduo
Cruzamento e Mutação
Verificação do Detalhamento
Avaliação dos
indivíduos da
População
Fim da Sub-rotina
Indivíduo selecionado
Sim
é mais apto que o Substituir o menos apto pelo mais apto
menos apto?
Não
Fim do Programa
39
Assim, após a avaliação da população, o AG colocará os indivíduos em ordem
(ranking) de acordo com a aptidão e então irá repetir as seguintes etapas, até o critério de
parada ser satisfeito: selecionar os indivíduos para reprodução, aplicar os operadores
genéticos de cruzamento e mutação, avaliar os indivíduos gerados e selecionar o que
sobreviverá na população. Nesta última etapa, se o indivíduo gerado for melhor que o
pior elemento da população atual, então este indivíduo será inserido na população, de
acordo com sua classificação, gerando a população da nova geração.
40
3.3.2.2 Descrição das sub-rotinas principais
41
dos arquivos de saída do ANSYS e armazenamento dos esforços e deslocamentos
dos elementos estruturais.
Sub-rotina Objetivopenalidades: Esta sub-rotina é responsável pela
determinação da função objetivo, armazenando a cada interação os valores já
penalizados dos custos do concreto, aço e forma dos elementos estruturais. O
cálculo das armaduras das vigas e pilares são chamados através das sub-rotinas
dimensionamento_viga e dimensionamento_pilar, respectivamente,
necessárias para a determinação dos custos já penalizados da estrutura.
42
4 Aplicação numérica e resultados
43
forma a restringir os pilares tridimensionalmente nas direções dos eixos globais 𝑥, 𝑦 e 𝑧,
representando apoios de terceiro gênero (engaste).
Foram utilizados elementos finitos de barras para a modelagem das vigas e pilares,
através do elemento tridimensional BEAM188. Este é um elemento uniaxial definido
internamente por dois nós de seis graus de liberdade em cada um (translações e rotações
em 𝑥, 𝑦 e 𝑧). A malha de elementos finitos do modelo foi refinada com dimensão de 25
cm para cada elemento.
𝑧 𝑥
Figura 4.1: Pórtico tridimensional que terá seus elementos estruturais otimizados.
44
Em relação aos carregamentos foram considerados o peso próprio da estrutura
(𝑃𝑃) e sobrecarga (𝑆𝐷) de 15 kN/m. A resistência característica à compressão do concreto
é (𝑓𝑐𝑘 ) de 30 MPa, módulo de deformação secante do concreto (𝐸𝑐𝑠 ) de 27 GPa, massa
específica do concreto equivalente a 2500 kg/m³, resistência ao escoamento do aço de
armadura passiva (𝑓𝑦 ) de 500 MPa, módulo de elasticidade do aço (𝐸𝑠 ) igual a 210 GPa,
cobrimento (𝑐) de 30 mm e coeficiente de Poisson (𝜈) igual a 0,2.
No programa desenvolvido a largura da seção transversal (𝑏) é 20 cm e as
variáveis independentes de projeto são as alturas da seção transversal das vigas e pilares.
O mínimo para altura dos elementos é 25 cm e o máximo 50 cm. Como as variáveis de
projeto são dimensões em centímetros, optou-se em manter a codificação real dos
cromossomos. Entretanto, posteriormente, decidiu-se considerar a realidade da prática da
construção civil e os valores das variáveis fornecidas pelo AG são transformados em
números inteiros antes do dimensionamento das armaduras.
O modelo estrutural para a realização da otimização foi elaborado para explorar
várias concepções estruturais. As situações de variáveis de projeto consideradas são:
Situação 1: O pórtico em função de 2 variáveis, considerando que todas as vigas
têm a mesma altura da seção transversal, bem como os pilares.
Situação 2: O pórtico em função de 4 variáveis, sendo duas referentes aos pilares,
com um grupo com mesma altura da seção transversal do 1º ao 3º andar e outro
do 4º ao 5º andar, e as demais para as vigas transversais e outra para as
longitudinais.
Situação 3: O pórtico em função de 7 variáveis, sendo cinco referentes aos pilares,
com um grupo com mesma altura da seção transversal por andar, e as demais as
vigas transversais e longitudinais.
A Tabela 4.1 apresenta a organização dos grupos de variáveis de projeto.
45
Foram realizadas 4.000 avaliações em cada situação, com probabilidade de
cruzamento (𝑃𝑐 ) de 60% e taxa de mutação (𝑃𝑚 ) de 40%. No item 4.2, uma discussão
sobre a influência dos parâmetros no funcionamento do AG é apresentada. Nesta
discussão está incluída a justificativa da escolha dos valores para 𝑁𝑝𝑜𝑝 , 𝑃𝑐 e 𝑃𝑚 .
Os valores utilizados para os preços de concreto, forma e aço (Tabela 4.2) foram
extraídos do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
(SINAPI), referente ao mês de julho de 2017 para a cidade do Rio de Janeiro.
Tabela 4.2: Preço dos insumos considerados na otimização dos elementos estruturais.
Insumo Unidade Valor
Concreto R$/m³ 325,94
Viga 60,67
Forma R$/m²
Pilar 47,98
𝜙 5,0 mm 20,65
𝜙 6,3 mm 19,32
𝜙 8,0 mm 18,71
𝜙 10,0 mm 15,20
Aço R$/kg
𝜙 12,5 mm 12,48
𝜙 16,0 mm 9,39
𝜙 20,0 mm 8,50
𝜙 25,0 mm 9,37
46
A quantidade de indivíduos avaliados deve ser relativamente menor do que o
espaço de busca total para conseguir estimar o desempenho do AG, pois caso contrário o
esforço computacional será semelhante ao se realizar a otimização por busca exaustiva.
Na situação 1 o número de soluções candidatas do espaço de busca corresponde a 252,
desta forma optou-se por realizar a otimização com a avaliação de 400 indivíduos, o que
corresponde a aproximadamente 64% das soluções candidatas do espaço de busca.
A quantidade de indivíduos a serem avaliados pode ser distribuída em diferentes
valores de tamanho da população e número de gerações. Para avaliar a influência desta
distribuição são feitas análises conforme as combinações descritas na Tabela 4.3.
Os valores da Tabela 4.3 e 4.4 foram combinados entre si tendo sido obtidas 30
combinações possíveis. Como o método dos Algoritmos Genéticos não apresenta um
47
comportamento determinístico, resultados diferentes podem ser encontrados a cada
rodada realizada. Logo, as comparações a seguir são feitas com valores médios obtidos
para 10 rodadas para cada combinação. Dessa forma, com cada arranjo de 400 indivíduos
em 10 rodadas, o programa AG foi executado 4.000 vezes.
Os resultados obtidos nas 10 rodadas independentes do AG, realizadas para as 30
combinações de parâmetros, são apresentados na Figura 4.2.
127.000,0
126.500,0
126.000,0
125.500,0
Custo (R$)
125.000,0
124.500,0
124.000,0
123.500,0
123.000,0
122.500,0
10X40 16X25 20X20 25X16 40X10
População X Gerações
Inicialmente o pórtico foi estudado para que fosse possível conhecer a solução que
apresentasse o custo mínimo global exato, obtido pela verificação de todas as seções
candidatas que compõem o espaço de busca. Em seguida, foi conhecido os custos
mínimos de cada uma das (𝑛) 10 rodadas. Por fim, foi calculado o erro relativo médio,
conforme a Equação 4.1.
onde, 𝐸𝑟𝑟𝑜𝑚 é o erro relativo médio, 𝐶𝑚í𝑛 é o custo mínimo de cada rodada independente,
𝐶𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 é o custo mínimo global exato e 𝑛 é o número de rodadas.
48
Sintetizando os resultados obtidos na Figura 4.2, a Tabela 4.5 apresenta o custo
mínimo (𝐶𝑚í𝑛 ), o erro relativo médio, e a quantidade de convergência por rodada, obtidos
entre as 10 rodadas realizadas para cada combinação de parâmetros considerada.
Tabela 4.5: Custo mínimo e erro relativo médio do pórtico para as 10 rodadas
independentes do programa AG realizadas com as combinações de parâmetros 𝑃𝑐 e 𝑃𝑚 .
População X
𝑃𝑐 (%) 𝑃𝑚 (%) 𝐶𝑚í𝑛 (R$) Errom (%) Convergência
Gerações (𝑁𝑝𝑜𝑝 )
0 100 123.891,04 0,63 5
20 80 123.891,04 0,50 5
40 60 123.891,04 0,36 4
10 X 40
60 40 123.891,04 0,53 3
80 20 123.891,04 0,86 1
100 0 124.310,30 0,89 0
0 100 123.891,04 0,51 4
20 80 123.891,04 0,49 4
40 60 123.891,04 0,16 7
16 X 25
60 40 123.891,04 0,53 2
80 20 123.891,04 0,26 6
100 0 124.614,32 1,00 0
0 100 123.891,04 0,52 3
20 80 123.891,04 0,32 6
40 60 123.891,04 0,32 4
20 X 20
60 40 123.891,04 0,44 3
80 20 123.891,04 0,61 4
100 0 123.891,04 0,68 2
0 100 123.891,04 0,45 3
20 80 123.891,04 0,45 1
40 60 123.891,04 0,19 5
25 X 16
60 40 123.891,04 0,29 4
80 20 123.891,04 0,34 5
100 0 123.891,04 0,34 5
0 100 123.891,04 0,32 5
20 80 123.891,04 0,33 6
40 60 123.891,04 0,11 8
40 X 10
60 40 123.891,04 0,03 9
80 20 123.891,04 0,23 5
100 0 123.891,04 0,27 8
49
Os resultados da Tabela 4.5 estão ordenados na Figura 4.3 e, pode-se observar
que, de todas as 30 combinações (𝑁𝑝𝑜𝑝 − 𝑃𝑐 − 𝑃𝑚 ) a que produziu os melhores resultados
foi a combinação 40X10/60/40, com 0,03% de erro relativo médio. A pior combinação
de parâmetros foi 16X25/100/0 que resultou em um erro relativo médio de 1,00%.
1,00%
0,80%
Percentual do Erro
0,60%
0,40%
0,20%
0,00%
10X40 16X25 20X20 25X16 40X10
População X Gerações
Figura 4.3: Erro relativo médio obtido nas combinações dos parâmetros 𝑁𝑝𝑜𝑝 , 𝑃𝑐 e 𝑃𝑚 .
Através da Figura 4.3, nota-se que os casos onde a população inicial é maior que
o número de gerações tendem a fornecer menores erros. Assim, se observa que conforme
a população aumenta e o número de gerações diminui os resultados melhoram.
Além disso, os arranjos 40/60 e 60/40 foram responsáveis pelos melhores
resultados, verificando que o AG utilizado no estudo funciona com 𝑃𝑐 e 𝑃𝑚 próximas,
demostrando que o melhor arranjo obtido no AG pode ser empregado nas demais
situações de variáveis de projeto que serão analisadas.
Observa-se também que na análise 40X10 todos os arranjos apresentaram menor
erro e discrepância entre si, sendo o melhor com arranjo de 60/40. Dessa forma, pode-se
dizer que o melhor resultado foi obtido com probabilidade de cruzamento maior que a de
mutação e população inicial maior do que o número de geração, o que garante uma
diversidade genética inicial maior.
Ordenando pelo erro relativo médio os resultados da Figura 4.3, verifica-se pela
Figura 4.4 que, nos resultados das 10 piores combinações (10 combinações que
resultaram em maior erro relativo médio) em 6 delas foi com 𝑃𝑐 ou 𝑃𝑚 com 100%. Então,
50
não se mostrou uma boa estratégia utilizar essas probabilidades em 100%. Isso pode ser
justificado pelo fato de haver uma grande descaracterização da população em
probabilidades elevadas, tornado mais difícil a convergência do algoritmo para um ponto
ótimo.
1,20%
1,00%
Percentual de Erro
0,80%
0,60%
0,40%
0,20%
0,00%
10X40/100/0
20X20/60/40
25X16/80/20
16X25/40/60
40X10/60/40
16X25/100/0
10X40/80/20
20X20/100/0
10X40/0/100
20X20/80/20
16X25/60/40
10X40/60/40
20X20/0/100
16X25/0/100
10X40/20/80
16X25/20/80
25X16/0/100
25X16/20/80
10X40/40/60
25X16/100/0
40X10/20/80
20X20/40/60
40X10/0/100
20X20/20/80
25X16/60/40
40X10/100/0
16X25/80/20
40X10/80/20
25X16/40/60
40X10/40/60
Combinação dos parâmetros do AG
Figura 4.4: Erro relativo médio ordenado obtido nas combinações dos parâmetros 𝑁𝑝𝑜𝑝 ,
𝑃𝑐 e 𝑃𝑚 .
Diante dos resultados obtidos e das análises realizadas, verificou-se que são
muitas as variáveis que devem ser combinadas para que se chegue a melhor combinação
de parâmetros nos Algoritmos Genéticos. Neste trabalho, a configuração dos parâmetros
que será utilizada na aplicação a seguir adotará a combinação dos parâmetros 𝑃𝑐 = 60%
e 𝑃𝑚 = 40%.
4.3 Aplicação
O modelo estrutural desse estudo foi analisado para três situações, onde as
variáveis de projeto para cada uma delas estão apresentadas na Tabela 4.1.
O programa AG foi processado 4.000 vezes, na primeira situação distribuídos com
400 indivíduos em 10 rodadas independentes. A escolha representativa na situação 1 foi
possível em virtude do número de soluções candidatas no espaço de busca ser 252, porém
51
as situações 2 e 3 apresentam o equivalente a 254 e 257, respectivamente, de soluções
candidatas no espaço de busca, o que torna inviável manter a representação de 64%.
Portanto, para fins comparativos, optou-se por permanecer com 4.000 avaliações nas
situações 2 e 3, distribuídas com 200 indivíduos em 20 gerações em uma única rodada,
garantindo uma diversidade genética inicial maior.
Além da apresentação dos resultados obtidos pelo AG para cada situação, será
exposto uma solução próxima a ótima do AG e múltipla de 5 (denominada neste estudo
de solução prática). Essa comparação permite analisar a diferença entre as soluções do
AG e a prática da construção civil.
Na primeira análise, Figuras 4.5 e 4.6, considerada a situação 1 de distribuição das
variáveis de projeto da Tabela 4.1, as alturas ótimas da seção transversal para os pilares
pelo programa AG foi ℎ𝑝1 = 32 cm e para as vigas ℎ𝑣1 = 30 cm. O valor do custo ótimo
foi de R$ 123.891,04. Na configuração do AG para a solução prática, foi modificado
apenas a altura do pilar, haja vista que a solução obtida pelo AG para as vigas é múltipla
de 5, sendo utilizada a altura para a seção dos pilares ℎ𝑝1 = 35 cm, obtendo um valor do
custo prático do pórtico de R$ 124.368,11.
Deve-se ressaltar que ambas as soluções não violam as restrições. Aqui cabe frisar
que a experiência do projetista naturalmente descartaria a solução de 32 cm, embora
critérios diversos aos custos, como os estéticos, pudessem induzir a escolha desta solução.
AG Prático
Forma 29.563,53
30.327,97
Concreto 12.692,10
13.102,79
Aço 81.635,41
80.937,35
Total 123.891,04
124.368,11
52
AG Prático
37
35
33 32
31 30 30
29
27
25
23
hp1 hv2
53
𝑏 = 20𝑐𝑚 𝑏 = 20𝑐𝑚 𝑏 = 20𝑐𝑚 𝑏 = 20𝑐𝑚
ℎ = 32𝑐𝑚 ℎ = 32𝑐𝑚 ℎ = 32𝑐𝑚 ℎ = 32𝑐𝑚
4º Pavimento 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4
∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚
𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4
∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚
𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 6
∅𝑙 = 12.5𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 12.5𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 15𝑐𝑚
𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 6
∅𝑙 = 16𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 12.5𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 15𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 15𝑐𝑚
54
AG Prático
Forma 28.850,05
29.308,72
Concreto 12.308,80
12.555,21
Aço 80.723,32
80.189,24
Total 121.882,17
122.053,17
AG Prático
37
Altura da seção transversal (cm)
35
35
33 32
31 30 30 30 30
29
27
25 25
25
23
hp1 hp2 hv1 hv2
55
Na Figura 4.11 são apresentados os detalhamentos dos pilares obtidos pelo AG.
O dimensionamento das vigas permanece conforme a situação 1. É interessante observar
que a armadura dos pilares é menor nos andares superiores e para as vigas a armadura
permanece constante para todos os andares. Tal comportamento é condizente com os
esforços atuantes nas peças.
𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4
∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚
𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4
∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚
𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 6
∅𝑙 = 12.5𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 12.5𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 15𝑐𝑚
𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 6
∅𝑙 = 16𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 12.5𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 15𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 15𝑐𝑚
56
próxima a ótima múltipla de 5, obtendo um valor do custo prático do pórtico de R$
120.412,38. Deve-se ressaltar que ambas as soluções não violam as restrições.
AG Prático
Forma 28.544,27
28.799,09
Concreto 12.144,52
12.281,42
Aço 79.406,08
79.331,87
Total 120.094,87
120.412,38
AG Prático
37
35 35
Altura da seção transversal (cm)
35
33
31 30 30 30 30 30 30
29 28
27
27
25 25 25 25
25
23
hp1 hp2 hp3 hp4 hp5 hv1 hv2
57
A situação 3 apresentou uma menor redução da diferença entre os insumos do AG
e o prático, acompanhando a tendência da situação 2. Isto se deve, também, ao uso de
mais variáveis de projeto para a seção dos pilares, permitindo dimensões mais coerentes
com os esforços atuantes.
O detalhamento dos pilares obtidos pelo AG para cada trecho do pórtico está
ilustrado na Figura 4.14. Tal como esperado, as dimensões dos pilares são maiores para
os andares mais baixos da estrutura e as dimensões das vigas permaneceram constantes.
Ambos os comportamentos aqui destacados estão condizentes com as solicitações.
𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4
∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚
𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4
∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚
𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 4 𝑁𝑏 = 6
∅𝑙 = 12.5𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 12.5𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 15𝑐𝑚
𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 6 𝑁𝑏 = 6
∅𝑙 = 16𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 10𝑚𝑚 ∅𝑙 = 12.5𝑚𝑚
∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚 ∅𝑤 = 5𝑚𝑚
𝑠 = 15𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 10𝑐𝑚 𝑠 = 15𝑐𝑚
58
o pórtico é discretizado em 7 variáveis (situação 3). Neste caso, a solução obtida pelo
programa AG foi 3,16% mais econômica do que a proposta inicial na situação 1. Tal
resultado deve-se ao fato de ocorrer uma maior flexibilidade à medida que o número de
compartimentos aumenta e, portanto, o número de variáveis de projeto cresce.
120.094,87
Situação 3 12.144,52
79.406,08
28.544,27
121.882,17
Situação 2 12.308,80
80.723,32
28.850,05
123.891,04
Situação 1 12.692,10
81.635,41
29.563,53
Os custos totais de insumos dos pilares e das vigas estão apresentados nas Figuras
4.16 e Figura 4.17, respectivamente. Pode-se observar que, para os pilares e vigas, o custo
do aço constitui a maior parcela seguidos das parcelas correspondentes ao custo da forma
e do concreto.
A caracterização das vigas com seção constante é observada em todas as situações.
Isto é de certa forma previsível tendo em vista às solicitações uniformes nas vigas que
formam o pórtico e a simetria do mesmo.
59
Concreto Aço Forma
20.000,00
15.000,00
Custo (R$)
10.000,00
5.000,00
0,00
Situação 1 Situação 2 Situação 3
Figura 4.16: Comparação entre os custos dos insumos dos pilares referentes as situações
1, 2 e 3.
80.000,00
60.000,00
Custo (R$)
40.000,00
20.000,00
0,00
Situação 1, 2 e 3
Figura 4.17: Comparação entre os custos dos insumos das vigas referentes as situações
1, 2 e 3.
60
determinado tempo, pode não ser ótimo em regiões ou datas diferentes, pois estas
características influenciam os preços que por sua vez irão impactar a solução ótima.
Nesta seção será avaliada, a partir do resultado ótimo obtido para a situação 1 com
4.000 avaliações, a influência da variação independentemente dos custos dos insumos no
custo da solução ótima. Foram realizadas análises aumentando os custos em 25% e 50%.
Os resultados destas avaliações estão apresentados nas Tabelas 4.6, 4.7 e 4.8.
61
Concreto Aço Forma
35% 32,95%
30%
25%
20%
16,47%
15% 11,93%
10%
5,97% 5,12%
5% 2,56%
0%
125% 150%
A partir da Tabela 4.6 e da Figura 4.18, pode-se perceber que, para um aumento
de 25% e 50% no custo do concreto, há um acréscimo de 2,56% e 5,12%,
respectivamente, no custo total da solução ótima. Com base nos resultados apresentados
na Tabela 4.7 e na Figura 4.18, nota-se que para um incremento de 25% e 50% no custo
do aço, há um aumento de 16,47% e 32,95%, respectivamente, no custo final da solução
ótima. Já na Tabela 4.8 e na Figura 4.18, observa-se um aumento de 5,97% e 11,93%, no
custo final da solução ótima devido ao acréscimo de 25% e 50% no custo da forma,
respectivamente.
Nas Tabelas de 4.6 a 4.8 é possível perceber também que exceto o custo
relacionado ao preço do insumo que está variando, os demais custos não variam. Isto
significa que mesmo com alterações significativas nos custos dos insumos a solução
ótima não se altera. Portanto, para o pórtico analisado, pode-se dizer que a solução ótima
não varia com alterações de custos, ou seja, a solução ótima pode se manter por um bom
período de tempo, não sendo necessário esperar que o projeto deixe de ser ótimo devido
à variação sofrida nos custos dos insumos entre o início da elaboração do projeto e da
execução da obra.
É importante ressaltar este tipo de análise é essencial para auxiliar o detalhamento
de estruturas, já que evidencia o material que se pode tirar o maior ou menor proveito.
Isso representa mais uma vantagem do dimensionamento ótimo em relação ao
dimensionamento tradicional, pois as variáveis de custo dos materiais são levadas
diretamente em consideração no cálculo da seção.
62
5 Conclusões
63
empregado serve como uma ferramenta a mais para auxiliar o engenheiro no ambiente de
projetos, devido ao programa não fornecer apenas uma solução ótima, mas um conjunto
de soluções. Assim, caso necessário, o projetista pode utilizar uma solução diferente da
ótima, ou seja, uma outra cujo custo seja um pouco superior, mas que seja mais
conveniente.
É de relevância observar que, das mais de um milhão de soluções possíveis que
compõem o espaço de busca do problema, com o maior número de variáveis empregadas,
o AG encontrou um ponto ótimo ou na vizinhança do ponto ótimo explorando apenas
quatro mil soluções. Constatou-se, assim, que os AGs resultam em um procedimento
robusto que consegue trabalhar com muitas variáveis e foi facilmente adaptado ao
problema proposto.
Este trabalho também teve como objetivo desenvolver um programa para
otimização estrutural integrando rotinas de otimização com um programa comercial de
elementos finitos, gerando um procedimento flexível e amigável para usuário. A maior
vantagem do programa proposto é sua flexibilidade. É importante salientar já que o
procedimento não se limita a um único algoritmo de otimização e ao programa comercial
considerado, pois através de simples alterações das rotinas de interface pode-se empregar
outros algoritmos e/ou programas comerciais.
De uma maneira geral, este estudo se destaca por apresentar ao universo dos
engenheiros uma escolha ótima da concepção estrutural de projetos. Em geral, o projeto
é influenciado por vários aspectos externos, tais como a estética, funcionalidade e
construção dos projetos arquitetônicos e complementares. Assim, o engenheiro tem de
buscar, entre todas as possibilidades, a estrutura mais econômica. Utilizando métodos de
otimização, os projetistas podem comparar de maneira automatizada diversas soluções
que atendam melhor os aspectos do projeto investigado, e assim elaborar sua proposta.
Alguns temas de pesquisa podem ser sugeridos para a continuação deste trabalho:
Incluir ao projeto outros elementos estruturais, como lajes, escadas, dentre outros,
fazendo a total integração entre os elementos usuais de edifícios de concreto
armado;
64
Otimizar pórticos tridimensionais de concreto armado sob a ação de carregamento
dinâmico;
Otimizar pórticos tridimensionais de concreto armado considerando a não
linearidade geométrica e física exatos e comparar os resultados obtidos para o
mesmo problema considerando os métodos aproximados para a não-linearidade
física e geométrica propostos pela NBR 6118:2014;
Considerar o 𝑓𝑐𝑘 como variável de projeto, verificando diferentes faixas de
resistência do concreto.
Ampliar o procedimento de otimização para pilares e vigas com geometria de
seção transversal diferentes da retangular (seção I, seção L, seção T e outras);
Incorporar outro tipo de algoritmo ou paralelização das análises, objetivando
alcançar uma redução de tempo para o processamento.
65
Referências Bibliográficas
ARAÚJO, J. M. Custo de concreto armado. 4ed. Rio Grande, Editora Dunas, 2006.
BALLING, R. J. & YAO, X. “How to optimize reinforced concrete frames”. In: Guide to
structural optimization, The Society, pp. 123-137, 1996.
66
BASTOS, E. A. Otimização de seções retangulares de concreto armado submetidas à
flexo-compressão oblíqua utilizando Algoritmos Genéticos. Dissertação de Mestrado,
COPPE, Programa de Engenharia Civil, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro, 2004.
HEYMAN, J. “Plastic design of beams and plane frames for minimum material
consumption”, Journal of Quarterly of Applied Mathematics, v. 8, n 4, pp. 373-381, Jan,
1956.
67
MAIA, J. P. R. Otimização estrutural: estudo e aplicações em problemas clássicos de
vigas utilizando a ferramenta solver. Dissertação de Mestrado, Escola de Engenharia de
São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Estruturas, Universidade de
São Paulo, São Carlos, 2009.
68