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Aula 06 - Parte 02
Aula 06 - Parte 02
AULA 06 - PARTE 2:
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS (E-BOOK) SOBRE A
LEI Nº 9.656/98 E SOBRE A LEI Nº 10.185/01.
SUMÁRIO PÁG
1. Introdução 2
2. Objetivos da aula 2
3. Saúde na Constituição Federal de 1988 3
3.1. Direito à saúde 3
4. Regulamentação do setor de saúde 5
5. Dos órgãos reguladores 5
5.1. Agência nacional de saúde suplementar - ANS 5
5.2. Conselho de saúde suplementar - CONSU 6
5.3. Câmara de saúde suplementar - CSS 6
6. Conceitos fundamentais 7
7. Das principais inovações trazidas pela Lei 9.656/98 8
7.1. Doenças e lesões preexistentes 8
7.1.1. Cobertura parcial temporária 13
7.2. Urgência e emergência 14
7.3. Cobertura diversa 19
7.4. Carência 20
7.4.1. Portabilidade de carências - o que é? 23
7.5. Isenção 27
7.6. Suspensão e rescisão 35
7.7. Reajuste 41
7.7.1. Faixa etária 42
7.7.2. Financeiro e técnico 47
7.7.2.1. Reajuste financeiro - reajuste anual 47
7.7.2.2. Reajuste por sinistralidade - reajuste técnico 49
7.8. Reembolso 50
7.9. Ressarcimento ao SUS 55
7.10. Manutenção da rede credenciada 62
8. Dos tipos de planos e suas coberturas 67
8.1. Plano referência 67
8.2. Plano ambulatorial 68
8.3. Plano hospitalar 68
8.4. Plano hospitalar com obstetrícia 72
8.5. Plano odontológico 74
9. Das exigências administrativas 74
9.1. Registro provisório da operadora e do produto 75
10. Da intervenção, liquidação extrajudicial e liquidação judicial 76
11. Do regime repressivo 78
11.1. Penalidades 79
12. Da adaptação dos planos antigos 80
12.1. Caso de não adaptação 81
13. Considerações finais 82
1. INTRODUÇÃO
FÉ NA MISSÃO!!!
2. OBJETIVOS DA AULA
OBJETIVOS DA AULA 06
Lei nº 9.656/98 - Dispõe sobre os planos e seguros
Ler previamente
privados de assistência à saúde e a parte 1 desta aula.
Estudar para a
Esta aula.
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Nos termos do art. 6º da CF/88 (ECs nos 26/2000 e 64/2010), o ser humano
apresenta-se como destinatário dos direitos sociais, que foram estabelecidos como
sendo educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a
assistência aos desamparados.
Nesse contexto, com razão, anota José Afonso da Silva que, juntamente com
o título dos direitos fundamentais, a ordem social forma o núcleo substancial do
regime democrático.
Consoante lição de Dirley da Cunha Jr. e Marcelo Novelino, 2013, por sua
íntima ligação com o direito à vida e com a dignidade da pessoa humana, o direito à
saúde possui um caráter de fundamentalidade que o inclui, não apenas dentre os
direitos fundamentais sociais (CF. art. 6º), mas também no seleto grupo de direitos
que compõem o mínimo existencial.
6. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Subsistem, entretanto, dúvidas sobre essa definição. Do ponto de vista médico, não
há como conceituar "preexistência" pela dificuldade de se identificar o momento em
quis se inicia a doença. Na verdade, as empresas do setor criaram esse termo como
mais um mecanismo para restringir a cobertura dos contratos, considerando a
doença já existente quando da contratação do plano. Diante dessa polêmica, os
representantes dos profissionais de saúde e dos órgãos de defesa do consumidor
submeteram à ANS questionamento formal quanto à ilegalidade do conceito,
obtendo como posição final: "... urge que as partes interessadas absorvam o
conceito de preexistência".
Julgamento: 08/11/1999
Ementa
Julgamento: 05/08/2009
Ementa
Julgamento: 28/03/2012
(...)
Julgamento: 22/06/2009
Publicação: 25/06/2009
Ementa
Processo: AC 70046474425 RS
Julgamento: 30/05/2012
Ementa
- Configurado dano...
Julgamento: 02/05/2012
Ementa
7.4. CARÊNCIA
Publicação: 31/10/2012
Ementa
Julgamento: 14/08/2012
Publicação: 14/08/2012
Ementa
Cabe ainda dentro deste tópico vermos as vedações impostas pela Lei
quanto ao tem carência.
Art. 13.
I - a recontagem de carências;
Julgamento: 06/11/2012
Publicação: 09/11/2012
Ementa
Julgamento: 06/11/2012
Publicação: 06/11/2012
Ementa
Julgamento: 05/09/2012
Publicação: 05/09/2012
Ementa
Julgamento: 21/03/2012
Ementa
7.5. ISENÇÃO
a) Recém-nascido filho natural ou adotivo (artigo 12, III, “a” e “b”): possui
atendimento garantido durante os 30 (trinta) primeiros dias a contar da data de seu
nascimento. Ingressará no plano sem carência se for incluído como dependente em
até 30 (trinta) dias do parto ou da adoção.
b) Filho adotivo menor de 12 (doze) anos (artigo 12, VII): tem direito ao
aproveitamento das carências já cumpridas pelo consumidor adotante.
c) Opção pelo contrato novo e adaptação às novas regras (artigo 35, § 3º): a lei
assegura ao consumidor o direito de optar por algum dos modelos novos de
contratos oferecidos pelas operadoras. Fazendo essa opção, o consumidor irá
encontrar previsões diferentes das contratadas anteriormente, entretanto não
poderá haver prejuízo no que concerne ao prazo de carência já cumprido.
Apenas para que não reste dúvida, considera-se contribuição qualquer valor
pago pelo empregado, inclusive com desconto em folha de pagamento, para custear
parte ou a integralidade da contraprestação pecuniária de seu plano privado de
assistência à saúde oferecido pelo empregador em decorrência de vínculo
empregatício, à exceção dos valores relacionados aos dependentes e agregados e
à coparticipação ou franquia paga única e exclusivamente em procedimentos, como
fator de moderação, na utilização dos serviços de assistência médica ou
odontológica.
Outrossim, bom que reste claro que além do próprio trabalhador demitido
sem justa causa e do aposentado, os seus familiares também gozam dos direitos
aqui tratados. Ainda, é garantida a inclusão de novo cônjuge e filhos nascidos no
período de manutenção da condição de beneficiário.
14/08/12
A operadora do plano, por sua vez, sustentava que, a partir de maio de 1999,
a manutenção do aposentado e seus beneficiários no plano de saúde somente seria
possível na modalidade individual, de maior custo mensal, e não mais na coletiva.
Julgamento: 16/01/2013
Ementa
Julgamento: 19/06/2012
Ementa
Considerando...
RESOLVE:
I - a recontagem de carências;
A Cassi terá que reincluir uma criança sob a guarda de dois associados no
plano de saúde em que figurava como dependente e do qual foi excluída. A 4ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) manteve decisão do
Juízo da 1ª Vara da comarca de Paço do Lumiar, por entender que a operadora
não poderia rescindir o contrato, sem comprovar haver realizado a notificação
prévia, independentemente do motivo apontado para a rescisão.
Processo: AC 215732006 MA
Julgamento: 26/04/2007
Ementa
Julgamento: 07/03/2012
Ementa
7.7. REAJUSTE
A Lei nº 9.656/98, em seu artigo 16, XI, exige que esteja previsto no contrato
dispositivo que indique com clareza os critérios de reajuste e revisão das
contraprestações pecuniárias. Todavia, permite a variação do preço estipulado em
contrato em razão de: a) mudança de faixa; b) reajuste financeiro; e c) reajuste
técnico.
ATENÇÃO: no caso de plano familiar o reajuste só pode ser aplicado sobre o valor
pago pelo consumidor que sofreu a mudança de faixa etária.
Julgamento: 24/05/2012
Ementa
1. A lei n.º 9.656/98 (Lei dos Planos de Saúde), em seu art. 15, faculta a
variação das contraprestações pecuniárias estabelecidas nos contratos de
planos de saúde em razão da idade do consumidor, desde que estejam
A lei que cuida dos aumentos dos contratos de assistência à saúde é a Lei do
Real - Lei nº 9.069/95. Segundo ela, os contratos com duração de 1 (um) ano ou
mais só poderão sofrer reajuste por ano, e este deve se basear em índice oficial da
inflação ou em custos específicos do selar.
O critério de reajuste anual deve ser o que está previsto no contrato, desde
que seja claro e específico. O grande problema é que muitos contratos trazem
expressões vagas e genéricas, como "variações monetárias" e "aumento de acordo
com os custos médico-hospitalares", tornando os aumentos sempre uma surpresa
para o consumidor - prática considerada ilegal.
Portanto, se você tem contrato antigo sem critério claro e objetivo, deve ser
aplicado o mesmo índice de reajuste anual autorizado pela ANS para os contratos
novos. Outro problema é que, em 2004, as operadoras Sul América, Bradesco,
Itauseg, Golden Cross, Amil e Porto Seguro conseguiram da ANS autorização para
os chamados reajustes residuais, para compensar supostas perdas pela falta de
aumento nos planos antigos. Isto gerou aumentos acima do "teto" fixado para os
contratos novos. Por causa disso, foram movidas diversas ações civis públicas
contra os planos pelo Idec e pelo Ministério Público, que ainda tramitam na Justiça.
O entendimento do Idec é o de que o reajuste residual é ilegal e fere o Código de
Defesa do Consumidor.
Os reajustes desses contratos não são controlados pela ANS. Essa omissão,
no entendimento do Idec, não tem respaldo legal. A Agência pressupõe que nesta
modalidade de contrato o poder de negociação é mais equilibrado, o que nem
sempre reflete a verdade. Por isso, as operadoras se interessam tanto pelos
contratos coletivos. No vácuo da legislação, as empresas de planos de saúde
apenas exigem a apresentação de um número de CNPJ (Cadastro Nacional de
Pessoas Jurídicas) para que o contrato seja coletivo. Famílias e pequenos grupos
têm adquirido contratos assim, sem saber dos riscos de reajustes altos. Esta prática
é abusiva.
Os reajustes nesse tipo de contrato, por serem livres, variam de contrato para
contrato.
Essa forma de reajuste é considerada totalmente ilegal pelo IDEC, uma vez
que, como já dito, a Lei nº 9.069/95 (Lei do Real) estabelece que, nesse tipo de
Além do reajuste anual e do aumento por faixas etárias, o plano de saúde pode
tentar lançar mão de reajustes por sinistralidade ou por revisão técnica. Reajuste
por sinistralidade é o aumento imposto pela empresa sob a alegação de que o
número de procedimentos e atendimentos (ou "sinistros") cobertos foi maior do que
o previsto em determinado período.
Esse tipo de reajuste, uma criação do mercado de planos de saúde, é ilegal, porque
significa uma variação de preço unilateral, que não estava prevista no contrato. Já a
revisão técnica é um mecanismo criado pela ANS, que o Idec entende ser ilegal,
pois representa variação de preço unilateral, sem prévia e adequada previsão
contratual. Além do aumento da mensalidade, pode permitir redução da rede
credenciada de hospitais, redução de coberturas e coparticipação dos usuários no
pagamento de serviços utilizados.
7.8. REEMBOLSO
Julgamento: 11/04/2012
Ementa
Processo: AC 79292006 MA
Julgamento: 09/10/2006
Ementa
I - (...)
II - (...)
V - A nova teoria geral dos contratos flexibilizou o dogma do pacta sunt servanda,
porquanto, em nome da função social dos contratos, da probidade, da boa-fé e do
equilíbrio, busca-se dimensionar, assegurar, proteger uma relação justa de modo a
impedir que o contrato sirva de instrumento para práticas abusivas, in casu,
facilmente retratada pela indiferença (desrespeito) com que foi tratado o estado
clínico do apelado, de onde mesmo após a cirurgia, tem que enfrentar as vias
(angústias) do processo judicial, para então, ver consagrado um direito que já lhe
pertencia, conforme reza o art. 1º c/c art. 12, VI, da Lei 9.656/98.
Julgamento: 01/10/2001
Ementa
Decisão
Julgamento: 09/12/2008
Ementa
Julgamento: 26/09/2005
Ementa
TJSP
Julgamento: 17/01/13
Ementa
Voto
TJSP
Apelação Nº 0126432-75.2011.8.26.0100
Voto
Por outro lado, esse novo padrão de cobertura propiciou uma elevação de
preços ao consumidor estimada em até 78,5% (setenta e oito e meio por cento).
Esta foi a principal crítica que se fazia ao projeto de lei: que o plano referência teria
um valor tão elevado que poucos poderiam pagá-lo.
O plano deve cobrir, ainda, uma série de eventos previstos nas alíneas do
inciso II do art. 12 da Lei n- 9.656/98. As exclusões admitidas são apenas as
descritas nos incisos do artigo 10, como por exemplo: tratamento experimental,
procedimentos ou tratamentos para fins estéticos, bem como o uso de próteses ou
órteses para esse fim, tratamentos ilícitos ou antiéticos.
Com isso, a lei impede a prática comum de inserção de limite de prazo, valor
ou quantidade de dias de internações, que dava margem à impugnação judicial,
especialmente quando o paciente, mesmo esgotado o prazo definido no contrato,
necessitava continuar internado.
Plano de saúde não pode se negar a pagar por medicamentos, esteja ele ou
não previsto no rol de remédios obrigatórios da Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS). Com esse entendimento, o juiz Daniel Ovalle da Silva Souza,
da 8ª Vara Cível do Fórum Central de São Paulo, em 08 de agosto de 2012,
determinou que a Golden Cross reembolsasse uma paciente e pagasse todas as
despesas futuras , sem limite, com o uso do medicamento Lucentis, sob pena de
multa diária de R$ 1 mil.
O juiz explica que a limitação contratual e legal visa impedir que o segurado,
por conta de enfermidades outras, solicite exames ou tratamentos desnecessários,
experimentais ou de efetividade duvidosa, o que certamente acarretaria sério
desequilíbrio econômico-financeiro na gestão do contrato.
Processo: 0147213-84.2012.8.26.0100
Julgamento: 20/02/2006
Publicação: 14/03/2006
Julgamento: 31/07/2012
Publicação: 01/08/2012
Julgamento: 15/06/2012
Publicação: 119
Prevê, ainda, a Lei nº 9.656/98 (artigo 23, § 1º) que as operadoras poderão
sujeitar-se ao regime judicial, quando no curso da liquidação extrajudicial for
verificada uma das seguintes hipóteses: a) o ativo da massa liquidanda não for
suficiente para o pagamento de pelo menos a metade dos créditos quirografários; b)
o ativo realizável da massa liquidanda não for suficiente sequer para o pagamento
das despesas administrativas e operacionais inerentes ao regular processamento da
liquidação extrajudicial (caso ocorra essa hipótese a liquidação extrajudicial ficará
suspensa até a decisão do juízo); c) nas hipóteses de fundados indícios de
condutas previstas nos artigos 186 a 189 do Decreto-Lei na 7.661, de 21 de junho
de 1945.
Vale ressaltar que a opção de alteração cabe ao consumidor e não pode ser
adaptada unilateralmente pela operadora (artigo 35, § 4º). Deve-se repudiar a
coação da empresa, que, agindo nesse sentido, induz o associado a renunciar ao
contrato antigo, aderindo ao novo por um custo mais elevado.
da aula? Creio que ela foi muito esclarecedora em muitos pontos. Caso tenham
A aula foi batida no detalhe para que vocês cheguem mega preparados na
prova. Cremos que ela não vá resistir aos conhecimentos aqui adquiridos.
Até logo!
Rumo à ANS!
FÉ NA MISSÃO!!!
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