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Cristina Hodge Bohm

T I R I N H A S PSICOEDUCATIVAS
NA PERDA GESTACIONAL E
NEONATAL

Clarissa Lupi - Dayana Lima - Erica Quintans


Flávia Camargo - Helena Aguiar - Juliana Gregório
Kim Bohm - Larissa Lupi - Letícia Storto
Lotte Tem - Maíra Fernandes

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1ª Edição - Copyright© 2017 das organizadoras

Direitos de Edição Reservados às organizadoras

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Academia Brasileira de Letras, março de 2009.

É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sem autorização escrita das
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FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO - ARTE E PRODUÇÃO Letícia J. Storto
EDITORIAL Letícia J. Storto
ADMINISTRATIVO Larissa Lupi
DIAGRAMAÇÃO Letícia J. Storto
REVISORA Letícia J. Storto
CAPA Letícia J. Storto
COMITÊ EDITORIAL Clarissa Lupi
Dayana Lima
Erica Quintans
Flávia Camargo
Helena Aguiar
Juliana Gregório
Kim Bohm
Larissa Lupi
Letícia J. Storto
Lotte Tem
Maíra Fernandes
ILUSTRAÇÕES E ILUSTRAÇÕES DA CAPA Família em Tiras
Cristina Hodge Bohm (Kim)
TIRINHAS Família em Tiras
Cristina Hodge Bohm (Kim)

COMITÊ CIENTÍFICO

Prof. Dr. João Adalberto Campato Jr. (FAP)


Prof. Dr. Kleber Aparecido da Silva (UnB)
Profa. Dra. Ana Flávia Oliveira (UTFPR)
Profa. Dra. Cláudia Maris Tullio (UNICENTRO)
Profa. Dra. Eliana Merlin Deganutti de Barros (UENP)
Profa. Dra. Eliane Aparecida Miqueletti (UFGD)
Profa. Dra. Juliana dos Santos Barbosa (PITÁGORAS)
Profa. Dra. Raquel Gamero (UENP)
Profa. Dra. Tania Regina Montanha Toledo Scoparo (UEL)
Profa. Dra. Thais Priscilla Papa Jerônimo Duarte (FACNOPAR)
Profa. Dra. Vanessa Hagemeyer Burgo (UFMS)

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Este livro é dedicado a todas as mães de anjo e aos nossos bebês!

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AGRADECIMENTOS

M
uito obrigada ao Família em Tiras e à talentosa e
querida Cristina Hodge Bohm, a Kim, pela parceria
de sempre.

A dedicação e o talento de vocês dá forma à nossa luta e


muito nos ajuda a continuar quebrando o tabu da morte na perda
gestacional e neonatal.

Agradecemos também a todos que colaboram com o nosso


projeto, que responderam aos questionários, enviaram
comentários, histórias e outros.

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APRESENTAÇÃO

F
amília em Tiras em parceria com Do Luto à Luta:
Apoio à perda gestacional e neonatal e o Temos
Que Falar Sobre Isso promoveu, em 2016, uma
semana de sensibilização à perda gestacional e neonatal. Como
resultado, foram publicadas na página eletrônica do grupo1 tiras
psicoeducativas a respeito do tema.

As tiras apresentam como vivenciamos e como gostaríamos


de vivenciar a assistência prestada nesses casos, com o objetivo
de sensibilizar profissionais de saúde, familiares e amigos, já que
estudos apontam a falta de preparo e cuidado como prejudiciais
no processo de elaboração do luto.

Desejamos trazer possibilidades de atendimento sensível,


atencioso e cuidadoso que preserve a autonomia e dignidade
humanas nas suas escolhas, para que, assim, o luto possa ser
vivenciado, pois será reconhecido, autorizado e legitimado.

Convidamos a todos, pais, parentes, amigos e profissionais


de saúde, a refletir e aprender a lidar com esse tema de uma
forma mais humana, com mais sensibilidade e com mais empatia.

Abraços da equipe

Clarissa Lupi, Dayana Lima, Erica Quintans, Flávia Camargo, Helena Aguiar, Juliana
Gregório, Kim Bohm, Larissa Lupi, Letícia Storto, Lotte Tem e Maíra Fernandes

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Disponível em: <https://dolutoalutaapoioaperdagestacional.wordpress.com/familia-em-tiras/>.

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PARTE I: Família em Tiras

Tirinha 1

L
utamos por uma melhor assistência prestada nos casos de perda
gestacional e neonatal.

Convidamos a todos para acompanhar as tirinhas que fizemos e


desejamos servir de inspiração ao trazer o que gostaríamos de vivenciar.
Pedimos um maior cuidado com a perda gestacional e neonatal!

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Tirinha 2

A
valiamos que é preciso dar alternativas aos profissionais de saúde
para que deixem de presumir o que acreditam ser melhor para nós,
por isso expomos nas tirinhas como gostaríamos de vivenciar o
momento de perda no que se refere ao atendimento hospitalar. Isso porque
somos os protagonistas das nossas vidas! Logo, cabe à equipe médica e de
enfermagem apresentar os prós e os contras de cada possibilidade sem
juízo de valor.

Por um maior cuidado com a perda gestacional e neonatal!

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Tirinha 3

E
ssa tirinha é acerca da importância de se autorizar e se
reconhecer o luto da família que perdeu o seu filho(a), com
frases sensíveis, empáticas e solidárias à dor do luto do outro!

Não sabendo o que dizer, porém um gesto e atitude de acolhimento,


como um simples abraço, valem muito mais do que dizer qualquer coisa. O
silêncio é mais reconfortador do que palavras inapropriadas. Não sabe o que
dizer? Não diga nada! Dê-nos um forte abraço, entenderemos a mensagem.

Nós entendemos o seu silêncio. Então, respeite a nossa dor!

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Tirinha 4

U
m filho não pode ser substituído por outro. Cada filho é único e
insubstituível para sua mãe e seu pai. Deixe que eles chorem a
ausência da pessoa que mais amaram.

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Tirinha 5

Prematuridade

D
o Luto à Luta: Apoio à Perda Gestacional em parceria com
o Temos Que Falar Sobre Isso e com Família em
Tiras promovem campanha de sensibilização à prematuridade!

A prematuridade é marcada por perdas reais ou simbólicas; permeada


por sentimentos de angústia e temor frente à incógnita da sobrevivência do
filho.
Os pais a comparam com uma verdadeira montanha russa, devido às
oscilações constantes do quadro clínico de saúde do bebê e dos sentimentos
paternos!
Vamos juntos reconhecer e autorizar o sofrimento dessas famílias,
oferecendo apoio com qualidade e sensibilidade!

11
Tirinha 6

É
possível evitar sofrimento com intervenções desnecessárias,
que acabam causando danos secundários. Um tratamento focado
no respeito, empatia e liberdade de escolha do outro preserva-
nos a autonomia e a dignidade humana.

Esperamos mediante as tirinhas psicoeducativas, mais uma vez,


incentivar o empoderamento das famílias e todos que estão ao redor
vivenciando a situação, para ajudar que esse momento seja mais suave, com
um atendimento humanizado, pautado nos cuidados paliativos possíveis, com
menos dores e traumas para todos.

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Tirinha 7

E
ssa tirinha também trata da conscientização da importância
dos Cuidados Paliativos na perda gestacional e neonatal!

Acreditamos ser de suma relevância a atuação da equipe medica neste


momento difícil e solitário como a perda de um filho, sonhos, projetos e
desejos ligados a maternidade e paternidade.

Uma abordagem empática a dor e sofrimento do casal, ou mulher é


aquela que busca atender as necessidades destes, oferecendo o direito de
escolha de estar com o bebe para se despedir ou não, sem juízo de valor,
nem julgamentos, respeitando e preservando a autonomia e dignidade
humanas.

No entanto, escolhas como esta podem inclusive auxiliar na


elaboração do luto da família, pois independente do que diz a literatura
especializada nestes tipos de perda, há o singular e subjetivo que só serão
respeitados com a abertura para o diálogo!

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Tirinha 8

D
ando continuidade a nossa sequencia de tirinhas sobre a
conscientização da importância dos Cuidados Paliativos na
perda gestacional e neonatal, trazemos uma imagem que fala
sobre a hora de dar a noticia, que faz toda diferença para quem esta
vivendo esta situação.

Trata-se de um momento muito delicado para a família. Portanto, a


equipe medica precisa estar preparada para ter muito cuidado com os
sentimentos da mãe e do pai, ao serem informados sobre a partida da
pessoa mais importante de suas vidas.

A forma como o casal fica sabendo do que aconteceu,


respeitosamente, com empatia, sendo garantido também o direito de
escolha para ter a oportunidade de ficarem sozinhos com seu bebe, facilita
o processo de luto e evita aumentar ainda mais o seu sofrimento.

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Tirinha 9

E
sta é dedicada à importância e à conscientização dos Cuidados
Paliativos, na perda gestacional e neonatal. Queremos assim,
mostrar a importância e efeito positivo provocado da empatia
da equipe médica aos pais e familiares que passam pelo luto.

Hoje estamos publicando a nossa quinta tirinha, em que trazemos a


questão da proposta feita pela equipe médica, para que os pais e familiares
possam conversar com um líder espiritual, ou seja, sabemos que muitas
vezes precisamos de um acolhimento espiritual, religioso para que assim
possamos lidar um pouco melhor com a perda, e a ideia principal é que seja
proposto pela equipe a presença de um líder espiritual, mas acima de tudo
respeitando a decisão que o casal julgar ser melhor, e jamais como uma
imposição ou olhar aversivo caso a resposta seja não.

A ideia principal das nossas tirinhas são a adesão de melhores


cuidados paliativos e respeito acima de tudo!

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Tirinha 10

E
sta tirinha aborda uma questão fundamental que é o suporte
pós óbito. O cuidado existe desde o início e deve ser
oferecido as famílias mesmo depois da perda.

Lembrar da família, se disponibilizar para uma conversa e oferecer


conforto em um momento tão delicado é uma grande demonstração de afeto
e cuidado.

Compartilhem com seus amigos(as), afinal, alcançando mais e mais


pessoas podemos sensibilizar a sociedade e os profissionais de saúde para
oferecerem acolhimento e atenção às pessoas que enfrentam a perda no
período gestacional e neonatal.

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Tirinha 11

E
sta tira traz um exemplo de atuação empática, sensível,
solidária, acolhedora, respeitosa e humana, quando não se sabe
o que dizer se colocar disponível pode ser o melhor a ser feito!

Nos momentos mais difíceis e delicados, de extrema dor e


vulnerabilidade o que mais precisamos são atitudes gentis, de apoio e
acolhimento como a do médico da tirinha abaixo!

Além de se apresentar disponível para ouvir ou calar junto com o casal


(atender o desejo deles), o profissional também oferece material de grupo
de apoio à perda gestacional e neonatal!

Tal material pode ser de grande importância, pois quando o casal


avaliar que está preparado poderá buscar o reconhecimento e validação do
seu luto no grupo, através da identificação com as histórias e sentimentos
partilhados!

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Tirinha 12

P
or mais doloroso que possa ser falar sobre a nossa perda,
sabemos que quando podemos compartilhá-la com alguém que
está de fato disponível, o sofrimento se torna sustentável e
potência para uma significação da nossa história.

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Tirinha 13

E
stamos chamando a atenção para a importância do
reconhecimento da dor do luto, da autorização sem
comparação nem desqualificação, pois da sua dor só sabe
quem a vive!

19
Tirinha 14

E
ssas frases de sensibilização foram escritas por casais
ou mulheres que vivenciaram o drama da perda
gestacional ou neonatal em um encontro presencial
emocionante que tivemos!

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Tirinha 15

I
ndependentemente da opção do casal por ter ou não mais filhos
após uma perda gestacional ou neonatal, aquele filho que partiu
jamais será esquecido e ninguém vai ocupar o lugar especial que
ele ocupa dentro do seio da família.

21
Tirinha 16

E
stamos chamando a atenção para a importância do
reconhecimento de que o tempo contado no relógio é diferente
do tempo em relação ao sentimento de cada um.

A importância do acolhimento necessário independente do tempo


cronológico.

22
Tirinha 17

N
ossos filhos nascem junto com os sonhos, planos, projetos
e desejos pela maternidade e paternidade que
compartilhamos durante a gravidez com muito amor e
carinho! No momento da perda precisamos de muita escuta e acolhimento
para partilhar as nossas frustrações pela não realização e concretização
destes, vivemos uma dor dilacerante do luto e lutamos para continuar por
amor a eles!

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Parte II: Tiras da Kim

Cristina Hodge Bohm

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Tirinha 1

Cristina Hodge Bohm

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E
ssa tirinha foi elaborada pensado em mostrarmos um exemplo
de empatia entre um casal. Sabemos que cada um sente e
demonstra o seu luto de uma forma diferente e única. O homem
não precisa chorar para mostrar que se importa e está sofrendo. Mulheres
e homens lidam de modos distintos com sua dor, ainda que se trata da perda
de um filho. Precisamos permitir e compreender toda forma de expressão
do pesar!

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Tirinha 2

Cristina Hodge Bohm

D
ivulgamos a tirinha psicoeducativa que a nossa querida e
talentosa ilustradora Cristina Hodge Bohm (Kim) fez a partir
da interação com nossos colaboradores (já que somos uma
construção coletiva), sobre como se sentem e gostariam de ser tratados
pelas outras pessoas. Agradecemos a participação de todos, ajudando-nos a
quebrar o silêncio sobre a perda gestacional e neonatal!

Esperamos que o compartilhamento desta imagem ajude nossos


amigos e familiares a nos darem o acolhimento e a compreensão que
precisamos neste momento tão difícil e delicado como a perda de um filho!

Juntos somos mais fortes!

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Tirinha 3

Cristina Hodge Bohm

N
essa imagem, feita em colaboração com nossos seguidores, a
quem somos imensamente gratas pela contribuição,
exploramos o que costuma ser falado quando acontece a
perda gestacional ou neonatal, o que ouvimos quando falam isso e o que
gostaríamos que fosse dito.

Compartilhem com seus colegas, amigos e familiares, assim estaremos


contribuindo para quebrar este tabu e mostrar uma alternativa para àqueles
que não sabem o poder de suas palavras. Vamos juntos(as)!

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Tirinha 4

Cristina Hodge Bohm

E
ssa tirinha, Kim Hodge-Böhm fez a partir da sugestão dada na
nossa fanpage a respeito de como as pessoas se sentem e de
como gostariam de ser tratados pelos demais. Agradecemos a
participação de todos, ajudando-nos a dar voz a esse tema tão silenciado.

Esperamos que o compartilhamento dessa imagem ajude nossos


amigos e familiares a nos darem o acolhimento e a compreensão que
precisamos nessa situação difícil que é a perda gestacional e neonatal.

29
Tirinha 5

Cristina Hodge Bohm

E
ssa tirinha tem como objetivo mostrar que precisamos de falas
empáticas, acolhedoras e que podem vir de onde menos
esperamos. Queremos mostrar que mais importante do que o
que se diz é o COMO se diz, colocando-se disponível para ouvir e estar
presente.

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Tirinha 6

Cristina Hodge Bohm

E
sta é a nossa primeira tirinha desenvolvida pela querida e
talentosa designer gráfica Cristina Hodge Bohm, a quem somos
muito gratas pela doação de seu lindo trabalho.

Sabemos que muitas vezes as pessoas falam coisas da boca para fora,
às vezes sem pensar, ou até em uma tentativa de ajudar, mas nós ouvimos
com sentimentos de falta de empatia, um discurso vazio, vago e sem
acolhimento.

Ninguém conhece a dor do outro, ninguém sabe o que estamos


sentindo. Precisamos de espaço para falar dos sentimentos e nos sentirmos
acolhidas(os) e respeitadas(os)!

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Tirinha 7

Cristina Hodge Bohm

V
amos nos inspirar e deixar influenciar pela espontaneidade,
sensibilidade e ternura da infância! Precisamos também
adequar a nossa fala para quem estamos falando. Como neste
caso, numa linguagem direta, concreta (sem figuras de linguagem), terna e
objetiva (respondendo somente o que foi perguntado), a mãe atende a
necessidade do filho de saber o que houve com o futuro irmão e própria
necessidade dela, de falar sobre o luto!

E vocês que vivenciaram o drama da perda gestacional ou neonatal, o


que diriam ou fariam num caso análogo? Vamos nos empoderar, educar e
sensibilizar para o luto!

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Tirinha 8

Cristina Hodge Bohm

P
ara contribuir com a sensibilização do tema, compartilhamos
uma imagem que busca mostrar a forma como se sentem os pais
que veem seus filhos serem tratados como coisas possíveis de
serem substituídas, enquanto gostariam que os demais tivessem a
capacidade de enxergar que todo ser humano é único e especial,
independentemente da quantidade de tempo que tenham vivido.

Esperamos que a cada dia possa haver mais respeito pelo luto de mães
e pais que passam por essa experiência durante ou logo depois da gravidez.
Se você também se sentiu solitário e incompreendido na dor do luto,
sabemos que não podemos alterar essa sensação passada, mas podemos

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tentar sensibilizar a sociedade para uma postura mais acolhedora e
empática.

Nesse sentido, gostaríamos de perguntar o que você diria nos balões


da charge abaixo. Vamos juntos construir uma cultura mais respeitosa,
humana, solidária e acolhedora à perda gestacional.

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Tirinha 9

Cristina Hodge Bohm

U
ma das principais dificuldades vividas por quem sofre perda
gestacional/neonatal é o tabu que existe em torno da morte
de um bebê. Nossa cultura não nos ensina a lidar com este
fato. E quando ele acontece, descobrimos que poucos familiares e amigos
sabem o que fazer para ajudar.

Na maioria das vezes, ouvimos frases que aumentam a nossa dor,


ditas por aquelas pessoas que queriam consolar, mas acabam fazendo
justamente o contrário, por incompreensão.

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Costuma-se atribuir ao bebê uma importância menor do que aquela
que é dada a outras pessoas, só porque sua vida foi mais curta. E assim, por
engano, o consolo vem na forma de uma ofensa que quase ninguém consegue
perceber que está praticando, ao sugerir que a concepção de um novo filho
vai suprir a falta do que partiu.

Casais que enfrentam a morte de um filho antes ou logo após o


nascimento se sentem ainda mais solitários, quando não recebem da
sociedade autorização para o seu sofrimento.

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Até Logo...

E
speramos que vocês tenham gostado da nossa série de tirinhas
psicoeducativas, e desejamos acima de tudo que elas possam
sensibilizar, conscientizar e empoderar a sociedade! Bem como
servir de exemplo de boas práticas para os profissionais de saúde!

Muito obrigada a todos que nos acompanham e são sensíveis à nossa


causa e ao Família em Tiras!

Compartilhem nossa história e leve mais amor à sociedade!

Também convidamos vocês que desejam colaborar com o nosso


projeto para enviar para o nosso e-mail contatodolutoaluta@gmail.com seus
relatos, ilustrações, montagens, vídeos, artes, blogs, sites, dentre outros
talentos e formas que encontram de homenagear os seus filhos!

Desejamos, dessa forma, unir esforços em prol de um maior cuidado


com a perda gestacional e neonatal, por meio desse movimento coletivo e
colaborativo, em que nós estamos empoderados e somos protagonistas da
nossa dor do luto, luta e amor pelos nossos filhos!

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Com isso, vamos quebrar o silêncio e o tabu sobre a perda gestacional
e neonatal, sensibilizar a sociedade para a autorização e o reconhecimento
do nosso luto! Acreditamos que somos os verdadeiros especialistas em luto
na perda gestacional e neonatal, precisamos nos expressar como alternativa
para elaboração da dor e trazer reflexões para mudanças efetivas na
assistência prestada nos nossos casos!

Contamos com a sua valiosa contribuição para o nosso projeto coletivo


crescer e alcançar ainda mais pessoas!

Juntos somos mais fortes!

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