Difração

Difração
Prof. Rodrigo da Costa Silva
Departamento de Ciências Naturais , Universidade Federal do Espı́rito Santo, São Mateus, ES.
Março de 2016
Prof. Rodrigo da Costa Silva (DCN - UFES) Óptica e Fı́sica Moderna - CEUNES Março de 2016 1 / 45
Exemplo
Difração numa fenda única
Localização dos mı́nimos
P1; Primeira
r1 franja escura
θ
r2
a/2
a θ P0
Eixo central δ
D>>a
Todos os pares de raios que chegam em

P1 possuem a mesma diferença de fase
δ = λ/2.
Os raios ao passar pela fenda estão
necessariamente em fase, pois são
originárias da mesma fonte.
Em P1 , todas as ondas estão
necessariamente fora de fase δ = λ/2, pois
neste ponto a região não é iluminada.
P1; Primeira Assim,

r1 franja escura
r2
a λ
δ= sen(θ) =
θ
2 2
a P0
Eixo central
λ
sen(θ) =
D>>a a
E quanto ao segundo mı́nimo?
P2
r1
r2
r3
θ
P0
r4 Eixo central
a/4 θ
D>>a
δ
a/4
δ
a/4
Difração numa fenda única: segundo mı́nimo
Assim,
a λ
δ= sen(θ) =
4 2
a/4 θ
δ 2λ
sen(θ) =
a/4 a
δ
a/4
Difração numa fenda única: posição dos mı́nimos
O terceiro mı́nimo é encontrado dividindo a fenda em 6 partes iguais, o quarto é
obtido ao dividir a fenda em oito partes e assim por diante. De maneira geral, as
franjas escuras, acima e abaixo do máximo central, são dadas pela equação:
asen(θ) = mλ; m = 1, 2, 3, · · ·
Difração numa fenda única: posição dos mı́nimos
Separação entre os mı́nimos
Δy
a θ
Δy
Padrão de Intensidade
(a)
(b)
(c)
Padrão de Intensidade e fasores
(a)
ER (c)
(b)
ER
Padrão de Intensidade e fasores
β/2
R
ER
2
sen(β/2)
I = I0
β/2
Sabemos que,

2π
(diferença de fase) = (diferença de percursso)
λ
Dessa forma,

β 2π a
= sen(θ)
2 λ 2
e,
2π
β= asen(θ) .
λ
Portanto, 2
sen(πasen(θ)/λ)
I = I0
πasen(θ)/λ
As franjas escuras da difração ocorrem nos pontos em que I=0. Logo:
sen2 (β/2) = 0






β


∗
 2 = mπ; m ∈ Z



 π
asen(θ) = mπ






 λ



asen(θ) = mλ
As franjas claras (máximos de intensidade) ocorrem nos pontos em que

I = I0 . Logo:
sen2 (β/2) = 1






β π


= (2m + 1) ; m ∈ Z






 2 2

π 1
 asen(θ) = m +
 mπ



 λ 2



1



 asen(θ) = m +
 λ
2
Difração por uma abertura circular
A análise do problema é muito

complexa, não sendo reproduzida aqui.
Entretanto, o primeiro mı́nimo da figura
de difração é:
λ
sen(θ) = 1, 22 ,
d
em que d é o diâmetro da abertura
circular.
Difração por uma Abertura Circular e Resolução
Difração por duas fendas
a
θ
d
d-a θ
Δx
Difração por duas fendas e fasores
ξ
E2
ER
E1
Difração por duas fendas e fasores
E2
φ/2 ξ
δ
ER
φ/2
E1
E2
φ/2 ξ
δ
ER
φ/2
E1
Difração por duas fendas e Intensidade
ε (d − a)sen(θ)
=
2π λ
ε π(d − a)
= sen(θ)
2 λ
φ πa
= sen(θ)
2 λ
ε+φ π(d − a) πa πd
= sen(θ) + sen(θ) = sen(θ)
2 λ λ λ

π − (ε + φ) ε+φ
ER = 2E1 sen = 2E1 cos
2 2
Padrão de Intensidade e fasores: relembrando
β/2
R
ER
ε+φ πd
= sen(θ) = β
2 λ
ER = 2E1 cos(β)
Podemos escrever E1 em termos de seu valor máximo Em , dado por:

sen(α)
E1 = Em ,
α
πa
em que α = sen(θ). Por fim:
λ

sen(α)
ER = 2Em cos(β)
α
como I ∝ |ER |2 , temos:

2
sen(α)
I = IM cos 2 (β)
α
2
2sen(α)
I = IM cos (β)
α
Redes de Difração e Espectros
Redes de difração
consiste de um arranjo com um número enorme de fendas paralelas.
Redes de Difração
Redes de difração
Haverá interferência construtiva sobre a tela se os raios chegarem em fase!
κ
(r2 − r1 ) = mπ; m ∈ Z
2
⇒ dsen(θ) = mλ.
d
δ= dsen(θ)
= mλ
Redes de Difração
Largura dos máximos

O brilho dos máximos principais conforme o número de fendas aumenta também
varia, como vamos mostrar em breve.
Máximo Central
N=2 N=5 N=8
Mínimo de Intensidade
N=2 N=5 N=8
Redes de Difração: largura dos máximos
A diferença de fase (φ) entre as ondas oriundas de fendas adjacentes deve

aumentar de uma maneira tal que o arranjo de fasores feche sobre si mesmo,
no ponto de intensidade nula. Assim, se N é o número de fendas da rede de
difração, a dif. de fase entre cada fasor é:
2π
∆φ =
N
Um aumento na diferença de fase entre as ondas adjacentes gera uma
diferença de caminho óptico (∆L), dado por:
∆φ ∆L
=
2π λ
Logo:
λ
∆L =
N
Entretanto, já mostramos
que ∆L = dsen(δθ), sendo
assim,
λ
sen(δθ) =
Nd
mas sen(δθ) ≈ δθ e, desse
modo,
λ
δθ = (máximo central)
Nd
Considere que o m-ésimo máximo ocorre em um ângulo θ. Devemos afastar

desse máximo até alcançar o mı́nimo, varrendo um ângulo δθ. No máximo, as
ondas estão em fase (⇒ mλ ), no próximo mı́nimo a diferença de caminho
óptico entre duas fendas adjacentes é mλ + λ/N. Sendo assim,

dsen(θ + δθ) = d sen(θ)cos(δθ) + sen(δθ)cos(θ) ≈ dsen(θ) + [dcos(θ)]δθ
λ
dsen(θ) + [dcos(θ)]δθ = |{z}
mλ +
N
=dsen(θ)
λ
δθ =
Ndcos(θ)
Redes de Difração: Disperssão e Resolução
Disperssão
Uma rede de difração é capaz de separar as linhas de difração associadas a
diferentes comprimentos de onda.
∆θ
D=
∆λ
Observe ainda que:
dsen(θ) = mλ
dcos(θ)dθ = mdλ
dθ m
=D=
dλ dcos(θ)
Resolução
Se uma rede de difração produzir linhas de grande largura, então os máximos das
linhas espectrais de comp. de ondas maiores irão se superpor, tornando-se difı́cil
determinar qual comprimento de onda de cada linha mcom muita precisão. O
limite de resolução da rede ocorre quando:
λ
δθ =
Ndcos(θ)
Definindo R = λ/∆λ, temos que:

δθ m
=
δλ dcos(θ)
mδλ
δθ =
dcos(θ)
λ mδλ
=
Ndcos(θ) dcos(θ)
λ
= R = Nm
δλ

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Prof. Rodrigo da Costa Silva

Localização dos mı́nimos

Todos os pares de raios que chegam em

P1; Primeira Assim,

E quanto ao segundo mı́nimo?

As franjas escuras da difração ocorrem nos pontos em que I=0. Logo:

As franjas claras (máximos de intensidade) ocorrem nos pontos em que

A análise do problema é muito

como I ∝ |ER |2 , temos:

Largura dos máximos

N=2 N=5 N=8

A diferença de fase (φ) entre as ondas oriundas de fendas adjacentes deve

Considere que o m-ésimo máximo ocorre em um ângulo θ. Devemos afastar

Definindo R = λ/∆λ, temos que:

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