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Drenagem Urbana

Fundamentos
Evolução dos desastres naturais (ISDR, 2005)
2500
Biológico

2000 Geológico

Hidrometeorológico
média de eventos

1500

1000

500

0
1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000
década

ISDR - International Strategy for Disaster Reduction - ligada à ONU


Precipitações ciclônicas

Movimento de massas de ar de regiões de alta pressão


para de baixa pressão.

Frontal: tipo mais comum -


ascensão do ar quente sobre
o ar frio.

Não Frontal: é resultado de uma baixa barométrica, neste


caso o ar é elevado em conseqüência de uma convergência
horizontal em áreas de baixa pressão.

Precipitações ciclônicas são de longa duração e de


intensidade de baixa a moderada, em grandes áreas.
Importantes, para projetos em grandes bacias
hidrográficas
Fonte: http://tempoeclimanobrasil.blogspot.com.br
Precipitações Convectivas
De regiões tropicais.
O aquecimento desigual da superfície resulta em
camadas de ar com densidades diferentes e gera uma
estratificação térmica instável da atmosfera.
Equilíbrio quebrado por vento, superaquecimento, etc.,
provoca ascensão brusca e violenta do ar menos denso,
a grandes altitudes

Chuvas de verão:
Chuvas de grande intensidade e
curta duração em pequenas áreas

Importantes nos projetos de pequenas bacias.


Fonte: http://tempoeclimanobrasil.blogspot.com.br
Precipitações Orográficas

Ascensão de correntes de ar úmido horizontal sobre


barreiras naturais, tais como montanhas.
Intensidade elevada.

Andes, Serra do mar

Fonte: http://tempoeclimanobrasil.blogspot.com.br
DESERTO DO ATACAMA

Delimitado:
Oeste: Oceano Pacífico
Leste: Cordilheira dos Andes

O mais árido e seco do mundo.

Nele, existem regiões com até 4.000 anos sem chuvas


A função drenagem
Uma definição de drenagem:

Remover o excesso d’água de um local.


Drenagem urbana = Drenagem pluvial

Conjunto de medidas que visam atenuar


riscos decorrentes de inundações.

Riscos: do desconforto à perda de vidas


Obra
de
drenagem
controlar a energia controlar o fluxo
http://pedraapedra.weblog.com.pt/ http://aguapublica.no.sapo.pt/inicio.htm
arquivo/2005/03

na dimensão correta ou não controlar


http://nemtudooquesobe.blogspot.com/ http://notasoltasnumaceno.blogspot.com/
2008/06/mos-de-gua-fresca.html 2009/08/pus-o-meu-sonho-num-navio.html
ÁGUA
HIDROLOGIA
VAZÃO

CONTROLE
HIDRÁULICA
DISPOSITIVO
Responsabilidade pela drenagem
A drenagem urbana, de entendimento comum, é a do sistema
inicial de drenagem: das sarjetas, bocas-de-lobo e galerias.
Ela é pouco diante da verdadeira drenagem urbana.

Ordens da drenagem urbana (obras):


MINI - Cidadão - Drenagem de lote (Ex: Lei das piscininhas*/SP/2002).
MICRO - Município - Drenagem Urbana – dispositivos padrão
(álbuns, normas e manuais municipais) - obras Contém a MINI

MACRO - Município - Drenagem Urbana


- reservatórios, grandes galerias e canais emissários. Contém a MICRO

MAXI - Estado/Federação – Controle de cheias em grandes bacias


– barragem, transposição Contém a MACRO

* A imper. > 500m2 => V = 0,009 x A imper.


A vulnerabilidade
da sociedade
Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil (1997)

“Num exame retrospectivo, constata-se que, após


muitas décadas de esforço, foram poucos os avanços
alcançados na redução das vulnerabilidades da
sociedade brasileira aos desastres, mesmo contra aqueles
de natureza cíclica e de caráter sazonal, como as secas,
as inundações e os escorregamentos de solo.
Dentre as vulnerabilidades culturais da sociedade
brasileira destacam-se o deficiente senso de percepção
de risco, o fatalismo e o conformismo.”
Com 29,81 m, enchente em Manaus é a maior em 110 anos, 17/05/2012

Bairro da Glória / Manaus/AM Mai / 2012

FONTE: http://noticias.uol.com.br/album/2012/03/15/chuvas-pelo-brasil.htm?abrefoto=135
Todo tipo de detritos, materiais, lixo como plásticos, latas,
garrafas pets e até animais mortos (cachorro e gato) são
encontrados na tubulação e bocas de lobo, o que atrapalha o fluxo
das águas das chuvas.
No inicio de 2010, parte da Vila Leme foi tomada pelas enxurradas
que invadiu casas, derrubou muros e levou carros.

22 de março de 2011
Crédito: Jorge Finelli Fonte: www.paranapanema.sp.gov.br
Salvador/BA
Os muros das edificações confinaram o leito do rio restringindo as condições
de escoamento. Foi construído um pontilhão no meio da seção do rio que
estrangula o fluxo. Um morador indica o nível da enchente de Dez/2006.

Crédito: Edgar Álvares Neto, Problemática da Drenagem em Salvador


EVENTO MORTOS DESAPAR. Data OBS
Enxurrada RJ +900 137 Jan / 2011 Região Serrana
Terremoto Chile 521 56 Fev / 2010 8.8 escala Richter

Crédito: Isabela Bastos


Enxurrada – Região Serrana RJ
- um ano depois -

Teresópolis / RJ 11/01/2012
Impacto de Obras
ÁGUA A DRENAR
VAZÃO DE PROJETO
Cálculo da Vazão
a partir de Fluviômetro
nível Curva-chave

vazão
UM RIO
Modelo Chuva - Vazão

Entrada Sistema Saída


(precipitação) (Bacia) (Hidrograma)
Cálculo da Vazão
a partir da precipitação

Início

Levantar Calcular
O Tempo Tempo de
de Recorrência Concentração

Calcular
Chuva de Projeto

Levantar o
Delimitar Calcular
Coeficiente
Bacia Vazão
de Deflúvio

Fim
TERMINOLOGIA
TERMINOLOGIA GERAL
GERAL

Tempo
Tempode
deRecorrência
Recorrênciaou
ouPeríodo
Períodode
deRetorno
Retorno(T
(TRR))
--Período
Período(T
(TRR))em
emque
quese
seaceita
aceitacorrer
correroorisco
risco(R
(R%)
%)de
defalhar
falhar--

Tempo
Tempode
deconcentração
concentração(t(tcc))
--Duração
Duração--
Tempo
Tempopara
paraescoar
escoaraapartícula
partículad’água
d’águamais
maisdemorada
demorada(longe)
(longe)da
daBacia.
Bacia.
Tempo necessário para que toda a Bacia contribua na Seção de Controle.
Tempo necessário para que toda a Bacia contribua na Seção de Controle.

ii––velocidade
velocidadede
deprecipitação
precipitação
Chuva
Chuvade deProjeto
Projeto
(tormenta
(tormenta ou chuvaintensa)
ou chuva intensa) hh––altura
alturade
deprecipitação
precipitação
Intensidade
Intensidade
ii==hh(mm)
(mm)/ /tt(min) tt––duração
(min)
duraçãoda
daprecipitação
precipitação
Coeficiente
Coeficientede
deescoamento
escoamentosuperficial
superficialou
oudeflúvio
deflúvioou
ourun-off(C)
run-off(C)
-Resulta
-Resultana
nachuva
chuvaefetiva
efetivaou
ouexcedente:
excedente:parcela
parcelaque
quechega
chegaààseção
seçãode
decontrole.
controle.
-(NÃO: infiltra, é interceptada, evapora, armazenada)
-(NÃO: infiltra, é interceptada, evapora, armazenada)

Bacia
Baciade
decontribuição
contribuição
Forma,
Forma,área,
área,comprimento
comprimentoeedeclividade
declividadedo
dotalvegue,
talvegue,
Vazão
Vazão de
de Projeto
Projeto
solo, cobertura vegetal, tendência de ocupação
solo, cobertura vegetal, tendência de ocupação
Fator de Segurança em Drenagem
- Tempo de Recorrência (TR) -

Estrutura
Hidráulica Caracterização T (anos)
Tráfego baixo 5-10
Bueiros
Tráfego intermediário 10-25
rodoviários
Tráfego alto 50-100
Pontes Vias secundárias 10-50
rodoviárias Vias principais 50-100
Galerias em pequenas cidades 2-25
Drenagem
Galerias em grandes cidades 25-50
urbana
Canalizações de córregos 50-100
Área rural 2-50
Diques
Área urbana 50-200
Pequenas Ausência de risco de perdas de vidas humanas 50-100
barragens Risco de perdas de vidas humanas 100-1.000
Grande
10.000
barragens
RIO
Profundidade X Tempo de Retorno

6
P (m)

2
0 10 20 30 40 50 60
T (anos)
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
CONSTITUÍÇÃO

- MICRODRENAGEM e

- MACRODRENAGEM
MACRODRENAGEM
Sistema de Macrodrenagem
É a parte de um sistema urbano de drenagem que
deve afastar as águas de escoamento superficial
resultante de uma chuva intensa de período de
retorno de 25, 50 a 100 anos.
A macrodrenagem inclui:
♦ toda a bacia onde se insere a área urbana a drenar;
♦ a microdrenagem;
♦ o leito das ruas;
♦ passeios;
♦ os condutos receptores ou coletores finais
(rio, corrego, canal ou galeria com D* > 1,5m).

Obs: * na transposição de talvegues (DNIT), 1,5m é a dimensão máxima para solução com
o uso de projetos-tipos de bueiros tubulares. A partir daí, parte-se para o uso de
bueiros celulares, outros especiais, pontilhões e pontes.
Chuva máxima de projeto - é a chuva considerada
para o projeto de um sistema de macrodrenagem,
com período de retorno de 25, 50, 100 anos.
MACRODRENAGEM
- Dique
- Reservatório
- Canal (rio)
- Túnel
- Pôlder
- Grandes Galerias (dutos D > 1, 5m)
- Retificação, alargamento e aprofundamento de calha de rio
- Contenção de margens de rios e encostas

Fonte: COSANPA
Dragagem com Drag Line Retificação de Canal Natural

Galeria Celular

Fundação Nacional de Saúde - FUNASA


MACRODRENAGEM DA BACIA DO RIO ATUBA / Curitiba

Projeto Executivo das Obras de Macrodrenagem a serem implantadas na


BACIA DO RIO ATUBA, região localizada na divisa de Curitiba e Pinhais.

Projeto Geométrico para o Detalhe


alargamento da calha do Rio Atuba

A bacia do rio Atuba possui 128,6 km2 de área de drenagem. As áreas em torno
desse rio, apresentam pouca declividade, com extensa planície de inundação.
Sua bacia está em franca ocupação urbana, com forte urbanização na sua parte
mais central e com densificação tanto a montante como a jusante.
Detalhe do Alargamento do Rio
Atuba

Ampliação do Detalhe Detalhe da ocupação urbana desordenada


às margens
Com o crescimento populacional na bacia do rio Atuba e o conseqüente aumento
da impermeabilização do solo, o risco de inundações tende a aumentar.

A estrutura básica adotada para o desenvolvimento do Estudo de


Viabilidade:

•Estudos Topográficos
•Estudos Geotécnicos
•Estudos Hidrológicos
•Estudos Hidráulicos
•Projeto Geométrico para Alargamento
•Projeto de Drenagem e OAC
•Projeto de Obra de Arte Especial
Obras em cidades e
interferência com o tráfego

Foto: Edson Chagas - NA


Belém / PA
Fonte: skyscrapercity
Estudos para Belém / PA
Agência Alagoas: obras da Macrodrenagem no Tabuleiro do Martins (AL)
(Foto_Robson Lima)
MICRODRENAGEM
Sistema de Microdrenagem
( Sistema Inicial de Drenagem )

É a parte de um sistema urbano de drenagem


que deve afastar as águas de escoamento
superficial resultante de uma chuva intensa
com período de retorno menor que 10 anos,
dependendo do tipo de ocupação da área.

A microdrenagem inclui:
♦ sarjetas;
♦ sarjetões; e
♦ sistema de galerias (D ≤ 1,5m).
Chuva inicial de projeto - é a chuva
considerada para o projeto de um sistema
inicial de drenagem (microdrenagem) e com
período de retorno menor que 10 anos.
Sistema de Galerias de Águas Pluviais

É o conjunto formado por:


♦ bocas coletoras (bocas de lobo);
♦ condutos de ligação;
♦ poços de visita;
♦ caixas de ligação; e
♦ galerias.

ou seja:
é a parte subterrânea de
um sistema de MICRODRENAGEM.
Sistema de Galerias de Águas Pluviais
BASICAMENTE

O
O sistema
sistema da
da microdrenagem
microdrenagem faz-se
faz-se necessário
necessário para
para
criar
criar condições
condições razoáveis
razoáveis de
de circulação
circulação de
de veículos
veículos ee
pedestres,
pedestres, por
por ocasião
ocasião de
de ocorrência
ocorrência dede chuvas
chuvas
freqüentes*,
freqüentes*, sendo
sendo conveniente
conveniente verificar-se
verificar-se oo
comportamento
comportamento do do sistema
sistema dede macrodrenagem
macrodrenagem para para
chuvas
chuvas intensas**,
intensas**, considerando-se
considerando-se os os possíveis
possíveis
danos
danos àsàs propriedades
propriedades ee os
os riscos
riscos de
de perdas
perdas humanas
humanas
por
por ocasião
ocasião de
de temporais
temporais mais
mais fortes.
fortes.
*Chuva
*Chuva freqüente
freqüente (microdrenagem)
(microdrenagem) -- período
período de
de retorno
retorno << 10
10 anos
anos
**Chuva
**Chuva intensa
intensa (macrodrenagem)
(macrodrenagem) -- período
período de
de retorno
retorno >> 25
25 anos.
anos.
Inundação admissível nas ruas
Inundação Máxima Admissível nas Ruas
Microdrenagem Macrodrenagem
Chuva inicial de projeto Chuva máxima de projeto
Tipo(1)
TR < 10 anos TR > 25 anos
transitar pessoas e veiculos preservar vidas e propriedades

EXPRESSA Nenhuma Na crista, até 15 cm para


(5)

permitir passagem de socorro


ARTERIAL(2) Preservar uma faixa por sentido de emergência
COLETORA(3) Preservar uma faixa por direção
(5)
LOCAL(4) Até a crista da rua
(1) Conforme o Código de Trânsito Brasileiro
(2) Grandes Avenidas
(3) Principal e avenidas
(4) Secundária
(5) Em todos as ruas:
1) Residências, edifícios públicos, comerciais e industriais não devem ser atingidos, a menos que sejam
a prova de inundação.
2) A profundidade da água na sarjeta não deve exceder 45 cm.
Microdrenagem

LOCAL COLETORA

ARTERIAL

EXPRESSA
CONCEITO
( EVOLUÇÃO )
CONCEITO

Drenagem Urbana Pluvial


1. Sistema destinado ao escoamento das águas de
chuva no meio urbano

2. Conjunto de medidas que têm como finalidade a


minimização dos riscos aos quais a sociedade está
sujeita e a diminuição dos prejuízos causados pelas
inundações, possibilitando o desenvolvimento urbano
da forma mais harmônica possível (inclusive com os
outros a jusante), articulado com as outras atividades
relacionadas à preservação do meio ambiente.
CONCEITO

Drenagem Urbana Pluvial

3. Conjunto de elementos destinados a recolher as


águas pluviais que escorrem sobre a superfície de
uma área, conduzindo-as a um destino adequado.
Evolução do conceito de
drenagem urbana pluvial
Século XIX

“Conceito Higienista”

Foto: UFSC Cesar Augusto Pompêo

“tudo ao esgoto”
A Partir de 1940
“Melhoria do Fluxo”

Foto: UFSC Cesar Augusto Pompêo

Técnicas tradicionais:
 controle do escoamento na calha do rio
 “melhoria do fluxo”: cortes de meandros de rios,
retificações e mudanças de declividade de fundo
 retirar rapidamente as águas acumuladas
 transferência do problema para outras áreas ou
para o futuro
1940
Mais obras
1940
Transferência do problema
A partir de 1960
 questionamento da abordagem tradicional
 planejamento de planícies de inundação
 restrições à ocupação e ao tipo de obras
 seção de escoamento
 minimizar perdas de carga hidráulica
1960
Planícies de inundação

Foto: UFSC Cesar Augusto Pompêo


1960
Restrições à ocupação do leito maior

Não ocupar planície de inundação


Foto: www.o2engenharia.com.br/
Na prática:
1960
Invasão

Foto: www.o2engenharia.com.br/
Jaboatão dos Guararapes / PE
Foto: Marcelo Ferreira
A partir de 1970

 atenuação de picos vazões


 medidas compensatórias
 bacias de detenção
 bacias de retenção
Tipos de reservatórios e 1970
tempo de armazenamento
Tipo Tempo de armazenamento / características

Curtíssimo. È realizado enquanto a água está sendo


conduzida. Resultado de aumento no tempo de
Condução concentração e da armazenagem dos condutores (aumento
de seção e meandros de rios) e reservatórios (várzeas)
naturais.

Curto. Vazão de saída no entorno de 1/3 do valor de entrada.


Detenção Esvazia em menos de um dia. Eficiente para pequenos
cursos d’água.

Retenção Maior que o de detenção. Possibilidade de pleno controle.

Depende da capacidade de absorção do solo e de haver


Infiltração situação que a favoreça. A saída é baseada na perda para o
lençol freático.
Estruturas de Armazenamento 1970

Ref: Prof. Oscar de Moraes Cordeiro Netto


1970
Bacia de detenção
Armazenamento temporário

Foto: www.o2engenharia.com.br/
1970
Bacia de retenção

Foto: UFSC Cesar Augusto Pompêo


Bacias de retenção 1970
Espelho d’água
permanente

Foto: www.o2engenharia.com.br/

Foto: UFSC Cesar Augusto Pompêo


A partir de 1980
“ Soluções desejáveis são aquelas que
atuam sobre as causas. ”

 controle de fluxos na origem


 redução de volumes escoados
 armazenamentos localizados no lote urbano
 sistemas para infiltração
 novas posturas tecnológicas
 manutenção permanente
 comprometimento dos cidadãos
1980
Controle da Drenagem Urbana
 Controle na fonte: = OSD (on site detention);
panos de infiltração e trincheiras, pavimentos
permeáveis e detenção.

 Na micro e macrodrenagem: detenção ou


retenção no sistema de drenagem.

 Aumento da capacidade da drenagem local,


minimizando os impactos de jusante.
Controle da drenagem na origem
Executado através de: 1980
áreas de infiltração e trincheiras, pavimentos permeáveis
ou detenção.

Princípio
Manter a vazão preexistente, não transferindo o impacto do
novo desenvolvimento para o sistema de drenagem.

A responsabilidade de operar o sistema e seu custo ficam para o


empreendedor, e não para a administração pública.
Controle inglês de fluxos na fonte 1980
OSD (on site detention)

Sistema Misto ou inglês - não adotado no Brasil


Esgoto recebe água de pátios e telhados
No Brasil é adotado o sistema separador absoluto:
• Águas pluviais
• Esgoto sanitário
Gravura: adaptação de UFSC Cesar Augusto Pompêo
1980
1980
Pavimentos Permeáveis

Pavimento permeável (Urbonas e Stahre, 1993)


1980
Pavimento permeável
1980
Trincheira de Percolação

Percolação: operação de passar um líquido através de um meio para filtrá-lo ou para extrair substâncias desse meio
1980
Trincheira de infiltração

Trincheira de infiltração (Schueler, 1987)


1980
Sistema de Infiltração
1980
Bacia de Infiltração

Foto: UFSC Cesar Augusto Pompêo


Tipos de obras de controle na fonte 1980
Obra Característica Função Efeito Principal

Pavimento com camada de Armazenamento temporário da chuva no local do Retardo e/ou redução do escoamento
Pavimento
base porosa como próprio pavimento. Áreas externas ao pluvial gerado pelo pavimento e por
Poroso reservatório pavimento podem também contribuir. eventuais áreas externas

Reservatório linear escavado no Infiltração no solo ou retenção, de forma


Trincheira de Retardo e/ou redução do escoamento
solo preenchido com concentrada e linear, da água da chuva caída
infiltração pluvial gerado em área adjacente
material poroso em superfície limítrofe.

Vala de Depressões lineares em terreno Infiltração no solo, ou retenção, no leito da vala, da Retardo e/ou redução do escoamento
infiltração permeável chuva caída em áreas marginais pluvial gerado em área vizinha

Infiltração pontual, na camada não saturada e/ou Retardo e/ou redução do escoamento
Poço de Reservatório vertical e pontual
saturada do solo, da chuva caída em área pluvial gerado na área contribuinte ao
Infiltração escavado no solo limítrofe poço

Reservatório de pequenas
Micro- Armazenamento temporário do esgotamento pluvial Retardo e/ou redução do escoamento
dimensões tipo caixa
reservatório de áreas impermeabilizadas próximas pluvial de áreas impermeabilizadas
d’água’ residencial
Telhado Telhado com função Armazenamento temporário da chuva no telhado da Retardo do escoamento pluvial da própria
reservatório reservatório edificação edificação

Bacia de Armazenamento temporário e/ou infiltração no solo Retardo e/ou redução do escoamento da
Reservatório vazio (seco)
detenção do escoamento superficial da área contribuinte área contribuinte

Bacia de Reservatório com água Armazenamento temporário e/ou infiltração no solo Retardo e/ou redução do escoamento da
retenção permanente do escoamento superficial da área contribuinte área contribuinte

Bacia Reservatório coberto, abaixo do Armazenamento temporário do escoamento Retardo e/ou redução do escoamento da
subterrânea nível do solo superficial da área contribuinte área contribuinte

Condutos de
Condutos e dispositivos com Armazenamento temporário do escoamento no Amortecimento do escoamento afluente à
armaze- função de armazenamento próprio sistema pluvial macrodrenagem
namento
Faixas Faixas de terreno marginais a Amortecimento de cheias e infiltração de
Áreas de escape para enchentes
gramadas corpos d’água contribuições laterais
Áreas /
Locais
FORMAS DE REDUÇÃO DO DEFLÚVIO DIRETO Vantagem
1.1 Telhado de superfície rugosa e com baixa
a) Aumentar o tempo de concentração.
Residência declividade
b) Estética e
1.2 Cobertura ( laje ) com jardim ou horta familiar
c) Horta para a família.

1.3 Armazenamento em cisterna unifamiliar, tanque d) Uso da água para: consumo, descarga de banheiro;
lavagem de veículos e pisos; irrigação; proteção contra
ou chafariz. fogo; processos industriais; e refrigeração.

2.1 Pavimento permeável: grama, concreto poroso, e) Recarga do lençol freático.


namento
Estacio-

f) Redução de custo do pavimento.


cascalho ou com furos. g) Manutenção da vegetação (árvores, arbustos e jardins).
2.2 Armazenamento em cisternas ou bacias h) Uso da água para: lavagem de pisos; irrigação;
temporárias. proteção contra fogo.
3.1 Cisternas coletoras para grupo de casas. d)
3.2 Calçadas permeáveis: grama, concreto poroso,
e) ; f) e g)
cascalho ou com furos.
Bairro

3.3 Praças, parques, jardins ou hortas públicas. b); c) e g)


3.4 Recarga do lençol subterrâneo: uso de dutos
perfurados ou porosos; cascalhos (areia); valetas;
e) e g)
poços secos; trincheiras, escoamento dirigido para
depressões gramadas.
3.5 Vielas c/ áreas em cascalho ou concreto poroso. e); f) e g)

4.1 Bacias de retenção ou detenção nos cursos i) Proteção à vida e aos bens;
d’água ou marginais ou em parques ( liberando j) Estética; irrigação, recreação; piscicultura; uso de
barcos de recreação; e valorização das propriedades
Macrodre-

pequenas descargas ). adjacentes.


nagem

j) e
4.2 Aumento de meandros e de seção transversal de
l) Aumento de área verde e integração paisagística com
cursos de rios.
valorização das áreas ribeirinhas
i) e Preservação de áreas superficiais valoradas e não
Túnel de armazenamento
interferência nas áreas densamente povoadas
Uso de água da chuva

Grau de
purificação Área de coleta Observações
Telhados
Se a água for purificada pode
A (lugares não ocupados por
ser consumida
pessoas e animais)
Telhados
B (lugares freqüentados por Usos não potáveis
animais e pessoas)
Terraços e terrenos
C impermeabilizados, áreas Mesmo para os usos não
de estacionamento. potáveis, necessita
tratamento.
D Estradas
A partir de 1990

Drenagem urbana sustentável*

SUSTENTABILIDADE
 Ecológica
 Econômica**
 Social
* Capaz de se manter mais ou menos constante, ou estável, por longo período sem prejudicar o futuro
** Escolher uma alternativa entre muitas, do que fazer com os recursos escassos disponíveis.
DRENAGEM URBANA SUSTENTÁVEL 1990
Desenvolvimento sustentável é a preservação para gerações
futuras de recursos auferidos pela geração atual. Ele é tratado
em três esferas: econômica, social e ecológica e foi
expresso por Pronk e Haq (1992) da seguinte forma:
1) O consumo atual não pode ser financiado de forma
prolongada levando a uma dívida econômica que outros
deverão pagar.
2) Deve haver suficiente inversão na educação e saúde da
população de hoje de maneira a não criar uma dívida social
para as gerações futuras.
3) Os recursos naturais devem ser utilizados de maneira a
não criar dívidas ecológicas por sobre-explotação da
capacidade de sustento e da capacidade produtiva da Terra”.

Explotar: tirar proveito econômico de (determinada área), sobretudo quanto aos recursos naturais.
1990

Drenagem urbana sustentável

Reconhecimento da complexidade das


relações entre:

 ecossistemas naturais;
 sistema urbano artificial; e
 sociedade
Drenagem urbana sustentável

MEIO AMBIENTE
♦ A preocupação com o meio ambiente físico, biótico e sócio-econômico
deve estar presente no desenvolvimento dos projetos.
No encaminhamento das águas drenadas aos cursos naturais, as obras dessa
ação devem ocorrer de forma a mitigar impactos ambientais.

♦ Impactação ambiental pela drenagem:


- poluição difusa conduzida pelas águas da drenagem das pistas;
- poluição ou contaminação ocasional, em decorrência de acidente;
- menores tempos de concentração - aceleração de tempos de concentração
por aumento de impermeabilização e conseqüente aumento de picos de
hidrogramas;
- energia mais concentrada no escoamento e com maior potencial de erosão;
- modificação do regime de inundações a montante de bueiros e eventual
abatimento de picos de hidrogramas;
- imposição de remansos diversos dos naturais, por obras transversais; e
- modificação no trânsito de sedimentos.
1990
Drenagem urbana sustentável
INTEGRAÇÃO DE POLÍTICAS
Para gestão dos recursos hídricos é necessária a
integração das diversas agendas que existem em uma
bacia e que estão associadas:

 aos recursos hídricos (agenda azul),


 ao meio ambiente (agenda verde) e
 à cidade (agenda marrom).

Essas políticas têm que ser compatibilizadas na unidade


de planejamento geral, a bacia hidrográfica.
1990
Drenagem urbana sustentável

 participação da sociedade
 legitimidade às decisões e ações
 tomada de decisão
 execução das ações
 tecnologias socialmente sustentáveis
 democrática
 educação ambiental
1990
A drenagem urbana moderna deve ter os seguintes
princípios (Tucci e Genz, 1995)
 Não transferir impactos para jusante.
 Não ampliar cheias naturais.

 Propor medidas de controle para o conjunto da bacia.

 Legislação e Planos de Drenagem para controle e

orientação.
 Constante atualização de planejamento por estudo de

horizontes de expansão.
 Controle permanente do uso do solo e áreas de risco ;

 Competência técnico-administrativa dos órgãos públicos

gestores.
 Educação ambiental qualificada para o poder público,

população e meio técnico.


Evolução do conceito de drenagem urbana pluvial
Século XIX “Tout à l’égout” ou “tudo ao esgoto”. Sistema único,
água e esgoto. Ainda é assim em alguns lugares.
1940  “Melhoria do fluxo”: Transferia o problema para outras áreas
ou para o futuro.
1960  “Planejamento da ocupação das planícies de inundação”:
Questiona o modelo tradicional e começa a impor restrições às ocupações e aos
tipos de obras.
1970  “Medidas compensatórias”: atenuação de picos de vazões, bacias de
retenção e bacias de detenção.
1980 “Soluções desejáveis são aquelas que atuam sobre as causas”:
controle de fluxos na origem, redução de volumes escoados, armazenamentos
localizados no lote urbano, sistemas para infiltração, novas posturas tecnológicas,
manutenção permanente, comprometimento dos cidadãos.

1990 “Drenagem urbana sustentável”: Visando a sustentabilidade


ecológica, a sustentabilidade econômica e a sustentabilidade social.
Deve-se apostar menos na solução tecnológica e mais na participação
direta dos cidadãos.
INUNDAÇÕES
As inundações devido a urbanização acarretam
os seguintes impactos principais (Tucci, 2002) :

• Aumento das vazões máximas e da sua freqüência;

• Aumento da produção de sedimentos devido à falta de


proteção das superfícies e à produção de resíduos sólidos
(lixo);

• Deterioração da qualidade da água superficial e


subterrânea, devido a lavagem das ruas, transporte de
material sólido e às ligações clandestinas de esgoto
cloacal e pluvial e contaminação de aqüíferos.
Urbanização progressiva:

Diminui
- capacidade de infiltração e
- tempo de concentração

Aumenta
- vazão a ser escoada
Evolução urbana e inundações em
Belo Horizonte (Ramos, 1998)

Coeficiente de escoamento e urbanização em Porto Alegre (Silveira, 2000)


Densidade populacional x impermeabilização
O gerenciamento da drenagem urbana é
fundamentalmente um problema de
alocação de espaços para a destinação
das águas precipitadas.

Todo espaço retirado pela urbanização,


outrora destinado ao armazenamento
natural, propiciado pelas áreas
permeáveis, várzeas e mesmo nos
próprios talvegues naturais, é substituído,
via de regra, por novas áreas inundadas
mais a jusante.
RIOS
RIO
Características de um rio:
 Nível (altitude)
 Profundidade
 Cota do fundo
 Leito maior
 Leito menor
 Declividade
 Vazão
RIOS

Leito menor: onde a água


escoa na maioria do tempo

Leito maior: que é inundado


com risco geralmente entre
1,5 a 2 anos .

Planície de inundação
+ 25 anos .

O impacto maior devido a inundação ocorre quando a população ocupa o


leito maior do rio, ficando sujeita a inundações frequentes;
Tucci (2002)
Blumenau

Outubro de 1911

Crédito: Adalberto Day


Blumenau 2011

Fonte: www.blumenau.sc.gov.br
Blumenau

Novembro de 2008

Em SC: 135 mortos e 5.617 desabrigados

Fonte: Zero Hora - Blog de Francisco Paulo Sant'Ana


Blumenau

2012

Em cidades ribeirinhas a bacias maiores que 1.000 km2


ocorrem enchentes a cada 1 a 3 anos.*

Foto: /www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2

*Fonte: Palestra Prof Kamel Zahed et Rubem La Lina


Principais fatores/condicionantes naturais e
ações antrópicas indutoras das inundações.
FATORES/CONDICIONANTES AÇÕES ANTRÓPICAS
NATURAIS INDUTORAS
· Chuvas: intensidade e duração · Eliminação da cobertura
· Planícies de inundação vegetal
· Rupturas negativas de declive: · Impermeabilização (aumento
bermas, terraços, patamares, etc. do escoamento superficial)
· Baixa declividade · Estrangulamento artificial do
· Cabeceiras de drenagem leito menor e maior (estruturas
mal dimensionadas, lixo, etc.)
· Lençol freático raso
· Construção de reservatórios
· Marés altas
(impactos a montante e a
· Grau de circularidade das bacias
jusante)
· Densidade de drenagem na bacia
· Capacidade de escoamento
(assoreamento, estreitamentos do
canal, soleiras, etc.)
Atividade Urbana em Cabeceira de drenagem
Foz do Rio das Pedras (junto à sede de praia do Esporte Clube Bahia) verifica-
se a condição do nível da água em dia de precipitação intensa em associação
com o nível da maré alta.
Com respeito às inundações ribeirinhas aponta-se o seguinte
• na quase totalidade das cidades brasileiras, mesmo com Plano Diretor, não
existe nenhuma restrição quanto ao loteamento de áreas de risco de inundação, e
uma seqüência de anos sem enchentes é razão suficiente para que empresários
loteiem áreas inadequadas;
• população de baixa renda invade com facilidade áreas ribeirinhas (várzeas) que
pertencem ao poder público ;
• áreas de médio risco, que são atingidas com freqüência menor, sofrem prejuízos
significativos quando as enchentes as atingem.

Desta forma, os principais impactos sobre a população são:

• prejuízos de perdas materiais e humanas;


• interrupção da atividade econômica das áreas inundadas;
• contaminação por doenças de veiculação hídrica como leptospirose e
cólera;
• contaminação da água pela inundação de:
• depósitos de material tóxico;
• estações de tratamentos, entre outros.
Tucci (2002)
RESERVATÓRIOS
Técnica apropriada
 Uso de armazenagem da água da chuva em reservatórios
de acumulação para posterior reuso (irrigação de jardins e
praças, etc). É necessário controlar a qualidade da água para
definir seu uso apropriado.

Melhor momento
A construção dos reservatórios em parques públicos e o
controle sobre a impermeabilização dos lotes e das vias
públicas podem ser adotados nos estágios iniciais da
urbanização e nesse caso, exigem recursos relativamente
limitados.
Reservatórios urbanos

Indicados como solução de drenagem compensatória


aos efeitos negativos que a crescente
impermeabilização das bacias hidrográficas e a
canalização dos afluentes causam nos córregos e rios
urbanos.

A impermeabilização e canalização levam à vazões de


cheias cada vez maiores e a adoção de reservatórios
atenua os picos dessas vazões, permitindo
compatibilizar as efluências com a capacidade de
escoamento da rede de drenagem natural ou artificial
existente a jusante.
Esquema de reservatório de detenção
PARA AMORTECER CHEIAS
NOS MUNICÍPIOS

“Piscinão”: reservatórios urbanos para


amortecimento de cheias .

Armazenamento das águas por estruturas


de detenção ou retenção.

Os locais devem ser adequados para a


implantação dos citados armazenamentos.
Piscinão TC2 - Casa Grande

DAEE /SP

DAEE - Departamento de Águas e Energia Elétrica.


Piscinão TM-7/ Canarinho
MEDIDAS DE CONTROLE
Classificação das medidas de controle da drenagem.

Não estruturais

-Aquelas que envolvem as práticas de gerenciamento e


mudanças de comportamento.

São as destinadas:
ao controle do uso e ocupação do solo (nas várzeas e
nas bacias)
a diminuir a vulnerabilidade dos ocupantes das áreas
de risco aos efeitos das inundações.
Exemplos de medidas não-estruturais
- Regulamentação do uso da terra:
zoneamento e parcelamento do solo
controle da ocupação das planícies de inundação
proteção dos “caminhos das cheias”
relocação da população ribeirinha
atuação sobre os vetores de expansão urbana:
- infraestrutura
- incentivos x desestímulo
re-estudo dos códigos de obras
criação de áreas de restrição à edificação
- Práticas construtivas adequadas:
definição de cotas de pisos de habitações
urbanização adequada
estímulos através da infraestrutura
orientação quanto a práticas construtivas
- Seguros contra danos causados pelas inundações
- Serviços públicos de emergência (previsão de cheias e avisos
+ medidas de proteção)
Classificação das medidas de controle da drenagem.

Estruturais
Obras de engenharia que alteram o escoamento das
águas, destinadas a desviar, deter, reduzir ou escoar
com maior rapidez e menores níveis as águas do
escoamento superficial direto.

Elas são direcionadas ao:


Alteração da condutividade hidráulica, (micro e
macrodrenagem)
Armazenamento temporário das águas no ponto de
origem, ou próximo deste, seguindo de uma liberação
lenta dessas águas para o sistema de galerias ou canais.
Ações Estruturais

Ações extensivas  na bacia hidrográfica,


visando modificar as relações entre chuva e
vazão;

Ações intensivas  nas calhas dos rios,


visando: acelerar o escoamento, retardar o
escoamento, desviar o escoamento ou proteger
planícies inundáveis;
Ações extensivas
Exemplos de ações estruturais extensivas

Reflorestamento;
Estabilização de taludes e contenção de encostas;
Recuperação de áreas de mineração;
Adoção de práticas agrícolas corretas;
Criação de parques e praças alagáveis (reservatórios de
detenção e retenção);
Criação de reservatórios de lote (lei);
Criação de trincheiras de infiltração;
Uso de pavimentos permeáveis;
Uso de jardins suspensos;
Coleta de resíduos sólidos e disposição final adequada;
Coleta e tratamento de esgotos domiciliares.
Exemplos de ações estruturais intensivas

Para acelerar o escoamento (drenagem) – estas medidas


provocam o abaixamento do nível de cheia sem modificação
apreciável da descarga de pique:
•desobstrução dos rios e canais;
•alargamento das calhas;
•dragagem e retificação;
•revestimento de canais / galerias;
•reconstrução de travessias.

Para retardar o escoamento (controle de cheias):


•terraços e reservatórios de amortecimento;
Exemplos de ações estruturais intensivas

Para desviar as águas (obras de desvio ou by-pass):


•Execução de diques;
•Construção de canais e túneis – abaixa o nível de cheia sem
modificação apreciável da descarga de pique.

Obras para proteção de áreas de baixada:


•Construção de diques ou muralhas marginais - dão apenas
proteção local à população e às propriedades que se localizam ao
alcance das águas da enchente. Destina-se a confinar as águas
no canal natural do rio. Assim, eles elevam o nível d'água nos
pontos à montante (pelo represamento das águas) e à jusante
(devido ao acréscimo de descarga).
•Execução de “Polders” – associados à diques sempre são
construídos pulmões para reterem as águas que afluem aos
diques até que a inundação passe, quando as comportas são
abertas para liberar o volume acumulado;
•Execução de aterros – aterros tiram as habitações das baixadas.
Dificuldades
 Desgaste político do administrador público, resultante do
controle não-estrutural (a população espera sempre por
obras hidráulicas).

 Não conhecimento da população sobre controle de cheias.

 Não conhecimento dos planejadores urbanos sobre


controle de cheias.

 Desorganização, em níveis Estadual e Municipal, sobre o


controle de inundações.

 Pouca informação técnica sobre o assunto em nível de


graduação em arquitetura e engenharia.
Drenagem Pluvial Urbana

A eficácia das soluções, está ligada a:

 política de ocupação do solo;

 meios legais, financeiros, técnicos e institucionais;

 organização institucional (tecnologia, critérios,


obras, comunicação social, participação pública,
aplicação de leis e normas);

 processo de planejamento (curto, médio e longo


prazo);

 campanhas educativas.
Drenagem Urbana
Aspectos:
-Técnicos ( pouco difundidos )
 Marcos Legais ( incompletos )
 Engenharias
 Ciências
- Não Técnicos ( muito deficientes )
 Vontade Política
 Cultura ( Comportamento, Mídia )
MARCOS LEGAIS
Legislação sobre drenagem urbana e
inundação ribeirinha em:

 Recursos hídricos
 Uso do solo
 Licenciamento ambiental.
 Serviços e materiais empregados
Recursos hídricos
Constituição Federal
Define o domínio dos rios,
Define a legislação de recursos hídricos a nível federal e
Estabelece os princípios básicos da gestão hídrica através de bacias
hidrográficas, que pode ser estadual ou federal.

Legislações Estaduais (algumas)


 Estabelecem critérios para a outorga (concessão) do uso da água.
 Não tratam da outorga do despejo de efluentes de drenagem.

Legislação Ambiental
Estabelece normas/padrões de qualidade da água dos rios (classes)
Não define restrições aos efluentes urbanos lançados nos rios.

Neste contexto o escoamento pluvial resultante das cidades deve ser


objeto de outorga ou de controle a ser previsto nos Planos de bacia.

Como isto ainda não está sendo exigido pelos Estados, não existe
pressão para reduzir os impactos resultantes da urbanização.
Uso do solo
Constituição Federal, artigo 30,
 A responsabilidade é municipal.
 Os Estados e a União podem disciplinar o uso do solo visando a proteção
ambiental, controle da poluição, saúde pública e segurança.

A drenagem urbana envolvendo o meio ambiente e o controle da poluição é


de competência concorrente entre Município, Estado e Federação.

Legislações Estaduais
Não tem tratado de drenagem e inundações no zoneamento para uso do solo.
São restritivas quanto à proteção de mananciais e áreas ambientais.

Licenciamento Ambiental
 São estabelecidos limites para construção e operação de canais de
drenagem ( Lei 6938/81 e resolução CONAMA n. 237/97).
 Licença ambiental para “obras hidráulicas para drenagem”
( resolução CONAMA 1/86 art 2o , VII ).
NORMAS / DNIT
 MANUAIS
Manual de drenagem de rodovias - 2006
Manual de hidrologia básica para estruturas de drenagem -2005
 ÁLBUM
Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem, 2006
Diretrizes básicas para elaboração de estudos e projetos
rodoviários – Escopos Básicos/Instruções de Serviço - 2006
Anexo B
IS-203: Estudos Hidrológicos
IS-210: Projeto de Drenagem
IS-239: Estudos Hidrológicos para Projeto Executivo de
Engenharia para Construção de Rodovias Vicinais
IS-242: Projeto de Drenagem para Projeto Executivo de
Engenharia para Construção de Rodovias Vicinais
Procedimento
DNER PRO 380/98 – Utilização de Geossintéticos em obras
rodoviárias
NORMAS / DNIT
ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAL
 EM DNIT 093/2006: Tubo de dreno PEAD (polietileno de alta densidade)
 EM DNIT 094/2006: Tubo de dreno PRFV (poliéster reforçado com fibra de vidro)
ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO
 ES 039/71 – Muros de arrimo
 ES 015/2006 – Drenos subterrâneos
 ES 016/2006 – Drenos sub-superficiais
 ES 017/2006 – Dreno sub-horizontal
 ES 018/2006 – Sarjetas e valetas de drenagem
 ES 019/2004 – Transposição de sarjetas e valetas
 ES 020/2006 – Meios-fios e Guias
 ES 021/2004 – Entradas e descidas d’água
 ES 022/2006 – Dissipadores de energia
 ES 023/2006 – Bueiros tubulares de concreto
 ES 024/2004 – Bueiros metálicos executados sem interrupção de tráfego
 ES 025/2004 – Bueiros celulares de concreto
 ES 026/2004 – Caixas coletoras
 ES 027/2004 – Demolição de dispositivos de concreto
 ES 028/2004 – Limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem
 ES 029/2004 – Restauração de dispositivos de drenagem danificada
 ES 030/2004 – Dispositivos de drenagem pluvial urbana
 ES 086/2004 – Recuperação do sistema de drenagem
 ES 096/2006 – Bueiros de concreto tipo minitúnel sem interrupção do tráfego
Normas da ABNT para projetos de
drenagem.

NBR 12266/85 - Projeto e execução de valas para assentamento de


tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana;

NBR 8216/85 - Irrigação e drenagem;

NBR 14145/85 - Drenagem agrícola - Terminologia e simbologia.


Municipais

Planos, Manuais, Álbuns, Normas,


Diretrizes Básicas, Instruções Técnicas

Outras Associações
Padronizações, Manuais
PLANO DIRETOR
Plano Diretor de Drenagem

Elaborado com o plano diretor de desenvolvimento de áreas urbanas e/ou


metropolitanas.

Baseiam-se:
• estudos hidrológicos específicos das bacias contribuintes;
• nas previsões de crescimento populacional; e
• nas taxas progressivas de ocupação do solo, para obtenção dos
coeficientes de escoamento superficial (crescentes com o tempo).

Forma de apresentação
Fluxogramas de escoamento ao longo dos cursos d’água principais, para
diferentes épocas, com previsões e indicações de obras de retificação e
canalização de córregos e rios e recomendações para a implantação das
futuras redes de drenagem superficial.
Estruturação de um
Plano Diretor de Drenagem
Plano Diretor de Drenagem
Informações necessárias
TIPO INFORMAÇÃO
rede pluvial
Cadastros bacias hidrográficas
uso e tipo de solo das bacias
Plano de desenvolvimento urbano da cidade
Plano de saneamento ou esgotamento sanitário
Planos
Plano de controle dos resíduos sólidos
Plano viário
Leg. municipal relacionada com o Plano Dir. Urbano e meio
ambiente
Aspectos
Legislação estadual de recursos hídricos
institucionais
Legislação federal
Gestão da drenagem do município
precipitação
Dados vazão
hidrológicos sedimentos
qualidade da água do sistema de drenagem

Fonte: Tucci, 2002


Adaptação: Silveira, 2002
CICLO PDCA
P (plan: planejar)
D (do: fazer, executar)
C (check: verificar, controlar)
A (act: agir, atuar corretivamente)

Identificar
o problema (PLAN): coletar dados e definir
plano de ação (metas a atingir – para um ano)

Por em prática o plano de ação (DO): resolver o problema


(preparo dos executantes)

Verificar e analisar os resultados obtidos (CHECK).

Refletirsobre as causas dos desvios e tomar as ações


corretivas (ACT).
Exemplo: extrato de Plano Diretor
Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, 1998
Face à demanda de um grande volume de obras de drenagem, aliada à
escassez de recursos, medidas dentre outras de caráter institucional e
legal:
Severa obediência às leis de ocupação e zoneamento urbanos;
Manutenção e preservação de áreas que tenham grande potencial de
riscos de erosão;
Controle rígido de desmatamentos;
Providências para minimizar o transporte de lixo e sedimentos;
Disseminação do conceito de reservatórios de detenção que, além de
reduzir picos de descarga, favorecendo o dimensionamento e os custos
de obras de melhoria e projetos de canalização a jusante, ainda podem
retardar a chegada dessas vazões aos cursos d´
´água receptores;
Medidas não estruturais e institucionais gerais visando a redução dos
picos máximos de cheias;
Limitação das velocidades de escoamento, onde possível, em 2,0 m/s
para futuros projetos de canalização dentro das sub-bacias integrantes do
sistema de drenagem da bacia do Alto Tietê.
Plano diretor
de
desenvolvimento
de
áreas urbanas
e/ou
metropolitanas.
Leis introduzidas no município de São Paulo
2002
a) Os estacionamentos em terrenos deverão ter 30% (trinta
por cento) de sua área com piso drenante ou com área
naturalmente permeável; e
b) Lei das “piscininhas” (2002): obriga a execução de
reservatório para as águas coletadas por coberturas e
pavimentos nos lotes, edificados ou não, que tenham área
impermeabilizada superior a 500m2. O volume do reservatório
deve obedecer a seguinte equação : V = 0,15 x A x I x d
V = 0,009 x A
Onde:
V = volume do reservatório (m3),
A = área impermeabilizada (m2),
I = índice pluviométrico igual a 0,06m/h ou 60mm/h,
d = tempo de duração da chuva igual a uma hora.
2009

Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São


Paulo publicou (Dez/2009)

Portaria que modificou as exigências para o licenciamento


de novas edificações.

Os imóveis precisam manter “características naturais de


permeabilidade do solo” em, no mínino, 20% da área total
do terreno.
Plano Diretor de Drenagem
Plano da Bacia Hidrográfica
Localização dos reservatórios na Bacia do Rio Aricaduva
CIÊNCIA / ENGENHARIA
e
DRENAGEM
Áreas do conhecimento de interesse ao ciclo hidrológico

Ref: GERENCIAMENTO DA DRENAGEM URBANA 2001 - UFRGS Carlos E. M. Tucci e André Silveira
Drenagem Urbana x Áreas do Conhecimento
CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
 Matemática
 Probabilidade e Estatística
 Física
 Ciência da Computação
 Geociências
ENGENHARIAS
 Civil
 Materiais e Metalurgia
 Transportes
 Mecânica
 Sanitária
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
 Ecologia
Drenagem Urbana x Áreas do Conhecimento
CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS
 Demografia
 Planejamento Urbano e Regional
 Arquitetura e Urbanismo
 Economia
 Direito
 Serviço Social
CIÊNCIAS HUMANAS
 Sociologia
 Educação
CIÊNCIAS AGRÁRIAS
 Recurso Florestais e Engenharia Florestal
CIÊNCIAS DA SAÚDE
 Saúde Coletiva
CANAIS
Resultado obtido em revestir canais:

- diminuição das perdas por infiltração;


- proteção das deformações nas bordas do canal;
- diminuição da freqüência da manutenção;
- aumento da velocidade da água;
- impede o crescimento de vegetação;
- Reduz a necessidade de dragagens.
Ampliação da Calha do Tietê
Canal de interligação

DAEE/SP
PÔLDER
Um pôlder é uma área conquistada do mar ou de um rio utilizada para agricultura
e pecuária. São altamente valorizadas.

Na figura vê-se a área conquistada ao mar (em verde) o que revela a importância dessas
construções para a economia. Muitas áreas eram constituídas de lagos ou pântanos e foram
cercados de diques e instalados os famosos moinhos para bombear a água.
No estado do Rio de Janeiro, o antigo DNOS e a SERLA construíram pôlderes para
proteção de áreas urbanas na Baixada Fluminense e rurais, como em Papucaia, o pôlder de
São José da Boa Morte.
TÚNEIS DE ARMAZENAGEM
TÚNEIS DE ARMAZENAGEM
Nos Estados Unidos uma forma alternativa de detenção de águas pluviais vem
sendo adotada em áreas urbanas, que são túneis de armazenagem de águas
pluviais. Esses túneis têm diâmetros por vezes superiores a 8 metros, e
frequentemente estendem-se por vários quilômetros.

A idéia por traz dessas alternativas é prover um ponto para que diversas redes
de microdrenagem possam descarregar a água durante chuvas intensas sem
interferir com construções existentes. Com isso, procura-se reduzir a
freqüência de alagamentos urbanos além de atenuar o pico de intensidade da
hidrógrafa de saída do sistema de drenagem das águas pluviais. Outro
benefício dos túneis de armazenagem de águas pluviais é o fato de ser possível
promover algum tipo de melhoria da qualidade das águas pluviais antes do
lançamento final das mesmas, assunto de suma importância nos Estados
Unidos, e que vem também ganhando projeção no Brasil. Porque esses túneis
tendem a ser construídos seguindo o arruamento de principais vias urbanas, a
interferência com fundações de edifícios é reduzida.

O custo de execução desse tipo de alternativa para atenuação de impacto de


chuvas intensas tende a ser bastante elevado.
Tunel de
armazenamento
– Chicago -

176 km de túneis com 3 a 10 m de diâmetro,


a 107 m abaixo da superfície
Túneis contra enchentes em Curitiba
Piscinão subterrâneo

Técnicas de escavação: como de metrô


Equivale a 10 piscinas semi-olímpicas
Diâmetro: 2,6 m
Profundidade: 8 a 12 m
Tunnel liner
Drenagem Urbana

Vontade Política
Política de
controle do
ciclo da
água das
cidades
Ecologia – Legislação Federal
Básica

 Lei nº 12.651/2012 (Código Florestal)

 Lei nº 6766/79 (Lei de Parcelamento); e

 Resolução do CONAMA nº 004/84


Áreas de Preservação Permanente - APP
Lei 12.651 / 25/05/2012
Recurso hídrico
(Código Florestal)

> 20ha 100m (APP)


Lagos e Rural
Lagoas < 20ha 50m (APP)
naturais
Urbana 30m (APP)
C < 10 30m (APP)
U L
R A 10 a 50 50m (APP)
S R
O G 50 a 200 100m (APP)
S U
D R 200 a 600 200m (APP)
Á A
G
U (m) > 600 500m (APP)
A
Nascentes > 50m de raio (APP)
Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos

Revitalização do sistema
de macrodrenagem,
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Ação Orçamentária: Apoio a Sistemas de Drenagem Urbana

www.portalsof.planejamento.gov.br
www.portalsof.planejamento.gov.br
Micro e macrodrenagem – 2000

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores


Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000.
Microdrenagem – 2000
CULTURA
GAZETA DE ALAGOAS
A empregada doméstica Jenir Vieira, de 41 anos, quando voltou do trabalho
encontrou a casa despedaçada no fundo da grota Bom Jesus, no Benedito
Bentes, depois de ter desmoronado de uma altura de quase 100 metros. A grota
esconde uma enorme cratera surgida de um rápido processo de erosão causado
pela paralisação de uma das etapas da obra de macrodrenagem.

Sem recursos, obra parou e chuva destruiu


o que foi feito
A grota Bom Jesus seria o ponto onde as
águas que transbordassem das lagoas
previstas no projeto de macrodrenagem
desembocariam com segurança depois de
descer por dois quilômetros de túnel.

Para conter a força da água, foi construído


o dissipador de energia, uma espécie de
escadaria para diminuir a velocidade com
que as águas recebidas pelo sistema
chegam ao fundo da grota, de onde
seguem para o Rio Jacarecica.

O objetivo era, justamente, evitar erosão e


agressões ao meio ambiente.
Incompleta e paralisada pelo Tribunal de Contas da
União (TCU), a macrodrenagem do Tabuleiro dos Martins

Jornal Extra Alagoas - AL

De um total de R$ 23,2 milhões liberados pela União, mais


de R$ 15 milhões foram desviados - quase dois terços do
custo da obra

Em 2012 o Congresso Nacional suspendeu os repasses de


recursos para obra com 63% das obras concluídas
Trechos do canal do Jordão

Estrangulamento da seção do canal,


agravado pelo acúmulo de lixo.

Trecho com seção obstruída pelo mato


devido à falta de limpeza periódica. Pernambuco

Fotos – Rodrigo Prada


Fotos – Rodrigo Prada

Pernambuco
Salvador / BA
- Adutora dificultando o fluxo
- Quantidade de lixo em direção às praias
POLUIÇÃO
( CONTROLE )
Poluição das Águas Pluviais
 Grande carga no início da precipitação

 Carga equivalente ao esgotamento sanitário

 Composição orgânica: DBO, N, P

 Composição com metais: Chumbo, Ferro, etc.

DBO: Demanda Bioquímica de Oxigênio


(parâmetro fundamental para o controle da poluição das águas por matéria orgânica)
Estruturas de controle para redução de poluição
Bacias para armazenar o escoamento superficial e ir liberando aos poucos

Bacias de detenção secas


Tempo de residência de 40 horas
Área da bacia é da ordem de 0,5 a 2,0 %
da área de contribuição
Remoção é boa para sedimentos e metais
e razoável para nutrientes.

Bacias de detenção alagadas


Tempo de residência de 12 horas
Drenagem de zonas residenciais,
comerciais, áreas de estacionamento
e até de algumas áreas industriais.
Taxas de remoção de poluentes de
moderadas a altas
Fonte: Urban Drainage and Flood District, 1992
Estruturas de controle para redução de poluição
Bacias para armazenar o escoamento superficial e ir liberando aos poucos

Alagadiços (Wetlands)

Eficientes para remover


compostos de fósforo e
nitrogênio, compostos
orgânicos, alguns metais
e sedimentos.

Fonte: Urban Drainage and Flood District, 1992

Manter profundidade média da água ao redor de 15 cm

Formam excelentes “habitats” para aves e outros animais


Bacias de Detenção Brasília/DF
CAPTAÇÃO DE CHORUME
EM BASE DE ATERRO SANITÁRIO

Prefeitura do Rio de Janeiro


Impacto urbano
 Contaminação dos mananciais superficiais e
subterrâneos com os efluentes urbanos (esgoto
cloacal, pluvial e resíduos sólidos).
 Disposição inadequada dos esgotos cloacais,
pluviais e resíduos sólidos nas cidades.
 Inundações nas áreas urbanas devido a
urbanização.
 Erosão e sedimentação gerando áreas
degradadas.
 Ocupação de áreas ribeirinhas com risco de
inundações e de grandes inclinações como morros
urbanos sujeitos a deslizamento.
Adaptação: IPH/UFRGS Gerenciamento da drenagem Urbana: Carlos E. M. Tucci e André Silveira
Assoreamento dos córregos Assoreamento do leito

Ribeirão Vidoca, São José dos Campos/SP

Erosão no talude Escorregamento do talude

Ref: Univap- Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento- IP&D


São José dos Campos- SP, Out /2002
Erosão nos loteamentos Erosão na ala da galeria

Rompimento da linha de tubos


Tubos carreados pelas águas
CONCLUSÃO
CAUSAS DOS PROBLEMAS
 Falta de conhecimento: a população e os profissionais de diferentes áreas
não possuem informações adequadas sobre os problemas e suas causas e
geralmente se movem da tomada de decisão para custos altos onde algumas
empresas se apoiam para aumentar seus lucros.
Exemplo: o uso de canalização para drenagem (aumenta problema e custos). A
população, quando de inundações pede um canal.
 Concepção inadequada dos profissionais de engenharia para o planejamento
e controle dos sistemas: uma parte dos engenheiros que atuam no meio urbano
estão desatualizados quanto a visão ambiental e geralmente buscam soluções
estruturais que alteram o ambiente com áreas impermeáveis que resultam em
aumento de temperatura, inundações, poluição, entre outros;
 Visão setorizada do planejamento urbano: O planejamento e o
desenvolvimento das áreas urbanas é realizado sem incorporar os aspectos
relacionados com os diferentes componentes da infra-estrutura de água (que
não é somente abastecimento e saneamento);
 Falta de capacidade gerencial: os municípios não possuem estrutura para o
planejamento e gerenciamento adequado dos diferentes aspectos da água no
meio urbano.

Adaptação: IPH/UFRGS Gerenciamento da drenagem Urbana: Carlos E. M. Tucci e André Silveira


Regras “básicas” para novas
urbanizações
 Escolha de um sítio pouco suscetível a impactos de
eventuais urbanizações a montante
 Proteção das áreas de cabeceiras
 Desenvolvimento de projeto integrado – com objetivo de
não alterar a drenagem natural nos trechos a jusante da
rede de drenagem
 Integrar soluções de esgotamento sanitário, de coleta e
disposição de resíduos sólidos e de drenagem urbana
 Promover a gestão da drenagem urbana sempre sob a
perspectiva da bacia hidrográfica
 Promover ações de educação e informação do usuário
para a gestão integrada em saneamento ambiental
BENEFÍCIOS DA DRENAGEM
• desenvolvimento do sistema viário;
• redução de gastos com manutenção das vias
públicas;
•valorização das propriedades existentes na área
beneficiada;
• escoamento das águas superficiais, facilitando o
tráfego por ocasião das precipitações;
• eliminação da presença de águas estagnadas e
lamaçais;
• rebaixamento do lençol freático, se adequado;
• recuperação de áreas alagadas ou alagáveis;
• segurança e conforto para a população habitante ou
transeunte pela área de projeto.

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