ESTE PLANO DE DISCIPLINA NÃO É VÁLIDO PARA ENTREGA NA COORDENAÇÃO

Data de emissão: 10-03-2019 03:28:34

IDENTIFICAÇÃO

Curso: LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA Turno: NOITE

Município: PARNAIBA - PI
Disciplina: TEORIA DA HISTÓRIA II Código: 8519
Carga Horária: 60 Bloco: 3 Período Letivo: 20191
Professor: FERNANDO BAGIOTTO BOTTON

EMENTA
Em primeira abordagem trabalharemos com os elementos teóricos fundamentais do fazer historiográfico tais como o
tempo, a narrativa, os conceitos e as fontes históricas. No segundo momento estudaremos as inovações
historiográficas de maior impacto teórico ocorridas no século XX e suas continuidades com tradições anteriores. No
terceiro bloco de nossa disciplina trabalharemos com alguns dos objetos históricos e abordagens privilegiadas pela
historiografia dos séculos XX e XXI. Por fim, encerraremos nossa discussão com alguns dissensos teóricos ainda
pertinentes aos dias contemporâneos, a saber, as abordagens de cunho mais racionalista e iluminista, em oposição às
vertentes de expressão mais desconstrucionistas, abrindo o debate, e não fechando-o para as discussões
contemporâneas vindouras.

OBJETIVOS
? Compreender os processos teóricos operacionais do fazer historiográfico
? Conhecer e se apropriar das discussões historiográficas contemporâneas
? Fundamentar os aportes teóricos de pesquisas

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
BLOCO I ? Elementos da história
O que é a História?
Tempo e História em Braudel e Koselleck
Verdade e função social da história em Proust

BLOCO II ? Novas escolas e antigas tendências

A nova história social inglesa

A micro-história italiana
A nova história política
A nova história cultural francesa
As histórias de(s)coloniais do eixo sul do mundo

BLOCO III ? Objetos e abordagens

Gênero e história das mulheres em Perrot e Scott

Ass. Professor(a) Ass. Coordenador(a) Ass. Diretor(a) do Centro

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História e Memória em Le Goff e Ricoeur

A representação em Chartier
A escrita da história em Certeau
História e Narrativa em White

Bloco IV ? Discussão final

Debates pela história em Rüsen e Jenkins

METODOLOGIA
A disciplina operará pela dinâmica de aulas expositivas sequenciadas de seminários temáticos e debates direcionados.
Tais seminários demandarão uma seleção e análise crítica de fontes historiográficas, articuladas à perspectiva teórica
estudada em questão e interpretadas à luz das contribuições proporcionadas pela ementa básica. Por fim será
realizado um debate direcionado em que os alunos-seminaristas proporão 5 questões a serem discutidas em sala junto
aos colegas.

RECURSOS DIDÁTICOS
Como recursos didáticos serão utilizados pincel e quadro de acrílico, projetor multimídia, fontes historiográficas e
documentários.

AVALIAÇÃO
A primeira avaliação será baseada na produção de um artigo dissertativo de no mínimo 6 laudas mais bibliografia que
demandará a leitura de um texto histórico a ser pesquisado e escolhido pelo grupo e a detecção argumentativa de suas
principais linhas teóricas à partir do emprego das leituras da disciplina (2 pontos pela correção do texto e adequação às
normas ABNT; 3 pontos pela resenha criteriosa do texto selecionado; 5 pontos pela articulação teórica do texto
selecionado com o texto de referência da disciplina em sala de aula, totalizando 10 pontos).
Também será avaliada a apresentação e discussão do seminário que contemplará o argumento do artigo trabalhado e
a proposição de 5 perguntas reflexivas sobre o texto de referência da aula para serem discutidos em plenária (2,5 da
apresentação e ½ pontos cada questão pertinente proposta, totalizando 5 pontos).

Cada debate realizado, aquele grupo que responder e discutir as questões (de acordo com as leituras realizadas,
citando as referências de onde as ideias foram tiradas) ganharão 1 ponto em cada apresentação (total de 9 pontos).

Por fim teremos uma prova discursiva (6 pontos)

A soma dos pontos será dividida por 3 atingindo assim a média final.

REFERÊNCIAS
BRAUDEL, Fernand. História e Ciências Sociais: a longa duração. In: Revista de História, V. 30 N. 62, 1965, 261-294.
Disponível em: http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/123422/119736 Acesso 04/03/2019
BURKE, Peter (org.). A Escrita da História ? novas perspectivas. São Paulo: UNESP, 1992.
CARR, Edward Hallet. Que é História? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

Ass. Professor(a) Ass. Coordenador(a) Ass. Diretor(a) do Centro

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CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982.
CHARTIER, Roger. O mundo como representação. In. Estudos Avançados. São Paulo, v. 5, n. 11, 1991, p. 173-191.
____________ A história ou a leitura do tempo. Tradução de Cristina Antunes. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
DUSSEL, Enrique. Hipótesis para el estudio de Latinoamérica en la historia universal. Disponível em
http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/otros/20120408102154/latino.pdf Acesso 04/03/2019
FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso. São Paulo: Loyola, 1996.
GINZBURG, Carlo. Sinais: Raízes de um paradigma indiciário. In: Mitos, Emblemas, Sinais: morfologia e história. 2ª ed.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 143-179
JENKINS, Keith. A História Repensada. São Paulo: Contexto, 2001.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado: Contribuição à semântica dos tempos históricos; tradução, Wilma Patrícia
Maas, Carlos Almeida Pereira; revisão César Benjamin. Rio de Janeiro: Contraponto-Ed. PUC-Rio, 2006
LE GOFF, Jacques. ?A Política: será ainda a ossatura da História?? In. O Maravilhoso e o Cotidiano no Ocidente
Medieval. Lisboa: Edições 70, 1975. p.221-242
____________ História e memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 1990
LEVI, Giovanni. A herança imaterial. Trajetória de um exorcista no Piemonte do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2000
MARTINS, Suely Aparecida. As contribuições teórico-metodológicas de E. P. Thompson In: Em Tese. Disponível em:
https://periodicos.ufsc.br/index.php/emtese/article/view/13539 Acesso 04/03/2019
MATTOS, Marcelo Badaró. A Formação da Classe Operária Inglesa: história e intervenção. In. Trabalho Necessário,
Ano 12, Nº 18, 2014. Disponível em www.uff.br/trabalhonecessario Acesso 04/03/2019
PERROT, Michelle. Minha História das Mulheres. São Paulo, editora Contexto, 2007
PESAVENTO, Sandra Jatahy. Mudanças epistemológicas: A entrada em cena de um novo olhar. In. História & História
Cultural. Disponível em:
http://www.edufrn.ufrn.br/bitstream/123456789/844/1/MUDAN%C3%87AS%20EPISTEMOL%C3%93GICAS%2C%20A
%20ENTRADA%20EM%20CENA%20DE%20UM%20NOVO%20OLHAR.%20Hist%C3%B3ria%20%26%20hist%C3%B
3ria%20cultural.%20PESAVENTO%2C%20Sandra%20Jatahy.pdf Acesso 04/03/2019
PROUST, Anoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica, 2017
RAGO, Margareth. Libertar a História. Disponível em:
https://historiacultural.mpbnet.com.br/pos-modernismo/Margareth_Rago-Libertar_a_Historia.pdf. Acesso 04/03/2019
RIC?UR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: Editora da UNICAMP, 2018
RÜSEN, Jörn. Razão histórica. Teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Tradução de Estevão de
Rezende Martins. Brasília: Ed. UNB, 2001
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. In: Educação e Realidade, Porto Alegre, v. 16, n. 2,
jul./dez, 1990, p. 5-22.
THOMPSON, Edward Palmer. A formação da classe operária inglesa, v. I, A árvore da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1987
WHITE, Hayden. Trópicos do discurso: Ensaios sobre a Crítica da Cultura. Tradução de Alípio Correia de Franca Neto.
São Paulo: Editora da USP, 1994 .

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