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TEXTO BARREIRAS AO ATO DE LER

Aula 4: 13 e 20/08/2018 . 1) Relações sociais restritas – ligadas às condições de


vida, a nível pessoal e social.
COMO E QUANDO COMEÇAMOS A LER . 2) Não entender o que se vê. (“Para entender
televisão tem que saber ler. Eu não sei ler, então não
PRIMEIRA LEITURA entendo nada.” – comentário de uma mulher de 37
. A primeira leitura feita pelo ser humano passa pelas anos apresentado pela Revista Isto É.
sensações. O mundo dos sentidos. . Pergunta: Seria diferente nos dias atuais?
. Aprender a ler via sentidos é o primeiro passo para
que se aprenda a ler. CERTO OU NÃO?
. É uma leitura de confronto entre o que sentimos e o . “... Ao condicionar a leitura da TV à leitura do texto
que percebemos. escrito, assemelhando a linguagem das imagens à dos
signos linguísticos; rompe com o comportamento
PAULO FREIRE usual que vê ambas as linguagens independentes e
. “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém também exigindo capacidades diferentes para
se educa a si mesmo: os homens se educam em compreendê-las”.
comunhão, mediatizados pelo mundo”.
. “ninguém ensina a ninguém a ler; o aprendizado é, ESCRITA
em última instancia, solitário, embora se desencadeie . “Leitura da escrita como ponte para outro
e se desenvolva na convivência com os outros e com o entendimento, o que é comum à maioria das
mundo”. (Maria Helena). pessoas”.

INDIVIDUALIDADE NA FORMA DE LER PARA PENSAR


. Ler e compreender ultrapassa só conhecimento da . A imagem ou a letra (leitura escrita) fixam de igual
língua, mas envolve um sistema em que as relações modo, ou são diferentes, concorrentes ou
interpessoais, as várias e diferentes áreas de complementares?
conhecimento, e as variadas formas de expressões
humanas nos permitem ler não só textos, mas a LEITURA E SABER LER
própria vida. . A leitura liberta?
. Saber ler liberta?
TARZAN E O APRENDIZADO DA LEITURA . Não ler aprisiona?
. É a leitura aprendida a partir do contexto pessoal no . Ler errado aprisiona?
qual se esteja inserido. (Sartre) . Não ler nada liberta e aprisiona?

SARTRE APRENDER A LER


. Jean Paul Charles Aymard Sartre (1905-1980) . Só se aprende ler, lendo. Não existe atalho para se
Filósofo francês, existencialista. aprender ler.
. O leitor pré-existe à descoberta do significado das . Como desenvolver a leitura?
palavras escritas; foi-se configurando no decorrer das . Ler é igual pegar um cardápio no restaurante.
experiências de vida, desde as mais elementares e Escolhemos o que desejamos e que melhor nos
individuais às oriundas do intercâmbio de eu mundo agrade o paladar.
pessoal e universo social e cultural circundante.” . Para aquele que desejar aprender a ler, o melhor
combustível é ler sem preconceito.
IMPORTANTE . A leitura de textos antagônicos ao que pensamos
. “Quando começamos a organizar os conhecimentos reforça nossa convicção daquilo que entendemos ser
adquiridos, a partir das situações que a realidade o certo, ou não.
impõe e da nossa atuação nela; quando começamos a
estabelecer relações entre as experiências e a tentar Síntese literária do processo de aprendizagem da
resolver os problemas que se apresentam – aí então leitura
estamos procedendo leituras, as quais nos habilitam . Leitura ficcional
basicamente a ler tudo e qualquer coisa. . Leitura autobiográfica
LEITURA FICCIONAL AUTOBIOGRAFIA
. Ficção é o termo usado para designar uma narrativa . A autobiografia é um gênero literário que existe há
imaginária, irreal, ou para redefinir obras (de arte) muito tempo e continua sendo atual.
criadas a partir da imaginação. . É um fenômeno atemporal e mundial, que pode ser
. Em contraste, a não-ficcção reivindica ser uma inteiramente literal ou possuir ingredientes ficcionais.
narrativa factual sobre a realidade. . O precursor desse modelo de escrita é Santo
. Os temas são em geral invenções ou descobertas Agostinho, durante a Idade Média, com as Confissões.
secretas, autômatos dotados de inteligência, . Além deste, vale lembrar grandes obras
monstros espaciais ou de laboratório, guerras autobiográficas conhecidas mundialmente, como por
intergalácticas etc. exemplo, Diário de Anne Frank.
. Foi H. G. Wells, autor de A Guerra dos Mundos (War
of the Worlds, 1898), que coube o título de criador da Diário de Anne Frank
ficção científica. . Anne Frank é uma menina judia que, durante a
Segunda Guerra Mundial, teve que se esconder para
Eu, Robô – Isaac Asimov escapar dos nazistas.
. A criação de máquinas inteligentes e poderosas . O pai de Anne, Otto Frank, é o único das oito pessoas
como so robôs da ficção científica levanta uma que sobrevive.
questão crucial para a sobrevivência da humanidade: . Depois de sua morte, Anne torna-se famosa no
como evitar que essas criaturs, tal como o monstro do mundo inteiro por causa do diário que escreveu
Dr. Frankenstein, se voltem contra os seus criadores? quando ainda estava escondida.

Eu, Robô 2 FUGINDO DA LEITURA


. Isaac Asimov conseguiu uma boa solução para esse . “... melhor nem entender (ler), porque isso
dilema ao estabelecer as célebres Três Leis da significaria para o leitor novas exigências, ruptura com
Robótica: a passividade, enfrentamento de uma situação,
podendo causar-lhe maiores frustrações em face da
. 1) Um robô não pode ferir um ser humano ou, por realidade”.
inação, permitir que um ser humano seja ferido.
JÁ PENSAVA SARTRE E BURROUGHS
. 2) Um robô deve obedecer ordens de seres . “... o conhecimento da língua não é suficiente para a
humanos, exceto aos que entrem em conflito com a leitura se efetivar”.
primeira lei. . Você concorda com essa afirmativa? Por quê?

. 3) Um robô deve proteger a si mesmo, exceto se isso SUBJETIVIDADE X OBJETIVIDADE


entrar em conflito com a primeira e/ou com a . “ Com o exemplo de leitores tão diferenciados –
segunda lei. criança na primeira infância, Tarzan, Sartre, mulher da
roça – o propósito foi enfatizar algo sempre influente
Eu, Robô 3 no ato de ler: a interação das condições interiores
. Tais regras, escritas de modo indelével nos cérebros (subjetivas) e das exteriores (objetivas).
dos robôs de Asimov, garantem em sua obra uma . Elas são fundamentais para desencadear e
coexistência harmoniosa entre seres humanos e desenvolver a leitura.
robóticos. . Seja quem for o leitor, o ato de ler sempre estará
. Em eu, Robô, uma coletânea de contos inter- ligado a essas condições, precárias ou ideiais.”
relacionados, o autor explora as possibilidades de
falha das três leis e apresenta o fascinante imaginário INTERESSANTE
dos cérebros positrônicos criados pelo homem – . “A psicanálise enfatiza que tudo quanto de fato
desde os primeiros autômatos rudimentares impressionou a nossa mente jamais é esquecido,
construídos para trabalhar na exploração espacial até mesmo que permaneça muito tempo na obscuridade
um mundo e uma época em que os robôs estão tão do inconsciente.”
antromorfizados que não podem ser diferenciados de . “Essa constatação evidencia a importância da
um ser humano sem um exame demorado. memória tanto para a vida quanto para a leitura.”
. O esquecimento pode ser um mecanismo de defesa
para não ter que encarar aquilo que causa
desconforto.
RESUMINDO
. 1) Tarzan e criança – naturalidade – descoberta
natural
. 2) Sartre – Intelectualidade – Reflexão profunda
sobre o que seria leitura.
. 3) camponesa – Simplicidade. Significado prático do
que se sabe sem “ler” o que está escrito, mas a penas
o que se vive.

QUEM LÊ
1- Tem o que falar
2- Tem o que responder
3- Prepare-se melhor
4- Fundamenta suas opiniões
5- Sabe o que está acontecendo
6- Aumenta sua compreensão
7- Melhora o vocabulário
8- Tem mais chances
9- Absorve experiência
10- Compara ideias
11- Pensa melhor
12- Sabe mais

QUEM LÊ, SABE MAIS


Quem não gosta de ler, se torna um cego cultural,
pois é através de leituras que ficamos sabendo de
tudo nesta vida. Antigamente, havia mais interesses
das escolas públicas em que os alunos lessem em
salas de aulas e tinham o dever de trazer de casa
leituras programadas a fim de os mesmos
habituassem em leituras e, também, passassem a
conhecer os nossos grandes escritores e suas grandes
obras literárias. No entanto, nos dias de hoje,
infelizmente, não vemos muito disso, pois se fizermos
uma grande pesquisa nos alunos da rede pública,
veremos uma inércia de conhecimento muito grande.
É claro que há exceções, pois temos colégios públicos
de alto nível em nosso país. Mas, contudo tem que h
aver, a nosso entender, uma grande campanha de
conscientização dos brasileiros, principalmente, no
meio dos mais jovens, de incentivo à leitura.

pauloromano

Enviado por Paulo romano em 02/10/2007


Código do texto: t677252

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