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O autor aborda como interpretar a marginalidade e sua relação com a escolarização sob as
óticas de diferentes teorias.
As Teorias Não-Críticas explicam o fenômeno tendo como base uma sociedade em estado
harmonioso e a marginalidade seria um fenômeno acidental dentro dessa sociedade
podendo ser corrigido e tratado como um desvio individual.
A educação teria a incumbência de contornar a marginalidade de forma a reintegrar o
indivíduo à sociedade.
Segundo Dermeval as Teorias Crítico-Reprodutivas explicam o fenômeno tendo como base
uma sociedade polarizada sendo dividida em classes dominante e dominado sendo a
marginalidade uma definição elaborada pela própria estrutura social; e neste caso a
educação desempenha uma função instrumental para a marginalização e é o reflexo da
sociedade.
O autor relaciona como teorias não-críticas:
Pedagogia Tradicional
O indivíduo excluído é aquele que não é dotado do conhecimento enciclopédico.
Reproduz grande volume de conteúdos e não os articula ou correlaciona conceitualmente
de forma a permitir críticas. A escola transmite e ensina um conhecimento engessado cujo
objetivo é dotar o sujeito de conhecimento enciclopédico
Pedagogia Nova
O indivíduo excluído é aquele que socialmente não se inclui diante às instituições
democráticas.
O Foco do conteúdo é direcionado para os processos de aprendizagem e, segundo Saviani,
ocorre a promessa de uma inclusão total e no entanto o seu desdobramento é uma pseudo-
inclusão social, onde há uma desvalorização do conteúdo, nessa visão a escola é
instrumento de ensino que promoveria uma inclusão.
Pedagogia Tecnicista
Excluí o indivíduo supostamente considerado incompetente para as funções produtivas
sofisticadas.
A capacidade instrumental de pensamento e de ação corporal são altamente valorizadas
além de disciplina comportamental conforme a demanda encontrada no modelo industrial.
Promove o detrimento de valor das ciências humanas e privilegia o enfoque em ciências
exatas. Nessa visão cabe a escola o ensino que capacite tecnicamente para o setor
produtivo.
O autor relaciona as teorias crítico-reprodutivas e descreve suas características principais:
Orientação marxista concebidas no campo da sociologia por teóricos europeus.
Desvelam os mecanismos sociais de segregação, de alienação e de dominação, colocando
a escola como um instrumento de reprodução de um modelo de segregação em uma
sociedade dividida em classes opostas e caracterizadas pela posse dos meios de produção
pela burguesia dominante e da força de trabalho pelo proletariado dominado.
Apontam que a função social da escola é a de atender ao capitalismo, excluindo conteúdos