Você está na página 1de 25

TIERRY SOARES DA SILVA

ERGONOMIA NOS PROCESSOS PRODUTIVOS DA


CONSTRUÇÃO CIVIL

Belo Horizonte
2018
TIERRY SOARES DA SILVA

ERGONOMIA NOS PROCESSOS PRODUTIVOS DA


CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Engenharia de Produção.

Orientador: Diego Costa

Belo Horizonte
2018
TIERRY SOARES DA SILVA

ERGONOMIA NOS PROCESSOS PRODUTIVOS DA


CONSTRUÇÃO CIVIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Engenharia de Produção.

Orientador: Diego Costa

BANCA EXAMINADORA

Profª.

Profª.

Prof.

Belo Horizonte,09 de Maio de 2018


SILVA, Tierry Soares da. Ergonomia nos Processos Produtivos da Construção
Civil. 2018. 24. Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia de Produção –
Faculdade Pitágoras, Belo Horizonte, 2018.

RESUMO

Considerada como uma ciência multidisciplinar, a ergonomia atua nas empresas com
o objetivo de melhorar as condições de trabalho, promovendo melhor adaptabilidade
dos recursos usados para o desempenho das atividades diversas. Este trabalho visa
apresentar o tema ergonomia sob a ótica do cenário da construção civil através da
explanação de conceitos e metodologias presentes neste tema. A relevância da
história da ergonomia proporcionará um melhor entendimento de suas atribuições, e
consequentemente, será mais fácil a compreensão das aplicações de suas
ferramentas. Com isso, um dos objetivos a ser alcançado é encontrar e apresentar as
vantagens e possíveis desvantagens que a ergonomia pode promover as
corporações, seja na saúde dos colaboradores (vantagem) ou no custo de
implantação (desvantagem). Por fim, o presente trabalho busca esclarecer através
das ferramentas da ergonomia, as melhores maneiras e formas de proporcionar um
ambiente de trabalho mais adequado e flexível aos colaboradores. promovendo locais
com melhores acessos e integração do maquinário e operário.

PALAVRAS-CHAVE: Ergonomia; NR 17; Saúde Ocupacional; LER; DORT.


SILVA, Tierry Soares da. Ergonomics in the Productive Processes of Civil
Construction. 2018. 24. Completion work of Production Engineering Course -
Pitágoras College, Belo Horizonte, 2018.

ABSTRACT

Considered as a multidisciplinary science, ergonomics operates in companies with the


objective of improving working conditions, promoting better adaptability of the
resources used for the performance of diverse activities. This paper aims to present
the theme of ergonomics under the perspective of the civil construction scenario
through the explanation of concepts and methodologies present in this theme. The
relevance of the history of ergonomics will provide a better understanding of your
assignments, and as a result, it will be easier to understand the applications of your
tools. Therefore, one of the objectives to be achieved is to find and present the
advantages and possible disadvantages that ergonomics can promote the
corporations, either in the health of the employees (advantage) or in the cost of
implantation (disadvantage). Finally, the present work seeks to clarify through the tools
of ergonomics, the best ways and ways to provide a more adequate and flexible work
environment for employees. promoting places with better access and integration of
machinery and workers.

KEY-WORDS: Ergonomics; NR 17; Occupational Health; LER; DORT.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Estrutura sintetizada do EWA ................................................................. 14


Figura 2 – Posições usuais...................................................................................... 18
Figura 3 – Alcance dos braços ................................................................................ 19
Figura 4 – Esquemático de uma cadeira de escritório ............................................. 19
Figura 5 – Dimensões recomendadas para cadeiras de escritório .......................... 20
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
2 ERGONOMIA....................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.9
2.1 HISTÓRIA DA ERGONOMIA. ..........................ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.9
2.2 OBJETIVOS DA ERGONOMIA.........................................................................10
2.3 NR 17 - ERGONOMIA.......................................................................................11
2.3.1 ESTRUTURA DA NR 17...................................................................................12
3 MÉTODOS E FERRAMENTAS ERGONÔMICAS ........................................... 13
3.1 AET - ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO............................................13
3.2 EWA - ERGONOMICS WORKPLACE ANALYSIS............................................13
3.3 NIOSH - NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND
HEALTH……………………………………………………………………………………..14
3.4 OWAS - OVAKO WORKING POSTURE ANALYSING SYSTEM…..................15
3.5 RULA – RAPID UPPER LIMB ASSESSMENT..................................................15
3.6 REBA – RAPID ENTIRE BODY ASSESSMENT...............................................16
3.7 JOB STRAIN INDEX……………………………..................................................16
4 ERGONOMIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ........................................................ 17
4.1 PERIGOS ERGONÔMICOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL...................................17
4.2 ALGUMAS DAS APLICAÇÕES DA ERGONOMIA NO LOCAL DE TRABALHO
…………………....................................................………………………......................17
4.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ERGONOMIA NA CONSTRUÇÃO
CIVIL...........................................................................................................................21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 22
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 23
7

1. INTRODUÇÃO

O crescimento da tecnologia possibilitou a otimização de diversos serviços, tais


como de confecção e fabricação de materiais e equipamentos diversos. Portanto, a
indústria se beneficiou fortemente dos avanços tecnológicos, promovendo agilidade e
qualidade nos produtos e materiais fabricados. No cenário da construção civil também
pode-se notar um forte desenvolvimento tecnológico através de máquinas capazes de
realizar inúmeras tarefas em um curto intervalo de tempo. Com isso, a mão de obra
comum tem cedido lugar para a especializada capaz de se adequar a essa evolução
da tecnologia.
Mesmo com a presença de máquinas nos diversos postos de trabalho, os
operários continuam sendo ferramentas essenciais para a realização das atividades.
No entanto, as dores nas costas, nos pulsos, problemas de visão, de audição, e até
mesmo sedentarismo, estão presentes cada vez mais na vida de funcionários de
qualquer empresa. Tais problemas têm chamado a atenção dos empresários,
direcionando o foco para a saúde ocupacional de seus colaboradores. Sabendo que,
uma vez que um trabalhador adquiri problemas de saúde, seu rendimento pode ser
afetado automaticamente, provocando relativa baixa de produção.
Com foco no tratamento dos problemas de saúde ocupacional, no tratante de
assuntos sobre esforços repetitivos, a ergonomia pode ser considerada como
ferramenta essencial para as empresas adotarem medidas necessárias para o
combate destes problemas. Pois suas técnicas e processos tendem a apresentar ao
colaborador que existem maneiras e modos corretos para operar seus instrumentos
de trabalho, a fim de evitar o desgaste físico por parte do empregado. Portanto, é de
suma importância realizar estudos voltados a essa ferramenta, com enfoco na
manutenção da saúde dos trabalhadores.
Com o problema da queda de produção e um considerável índice elevado de
absenteísmo, provocado pela má qualidade dos postos de trabalhos com relação a
saúde ocupacional. Como a ergonomia pode influenciar na solução desses
problemas? Essa é a pergunta chave que o presente trabalho visa responder através
de argumentos que serão apresentados e explicados.
Com relação aos objetivos do presente trabalho, será realizado um estudo com
base na revisão bibliográfica de dissertação de mestrado, artigos científicos e
8

materiais literários com foco nos assuntos sobre a ergonomia. Com isso, de forma
clara e sucinta, este trabalho possui como objetivos específicos conceituar o tema
ergonomia, com foco na sua aplicabilidade na construção civil. Realizar a explanação
dos diversos tipos e métodos ergonômico. E, por fim, apresentar as possíveis
vantagens e desvantagens da ergonomia no ramo da construção civil.
Para melhor compreensão do desenvolvimento deste trabalho, será adotada
uma metodologia de pesquisa composta de quatro etapas distintas e sequenciais. A
primeira será uma revisão bibliográfica de materiais com alta credibilidade, localizados
em bibliotecas e sites confiáveis. Em seguida, a segunda se dará no levantamento
das informações obtidas da etapa anterior. Já a terceira compreenderá a tabulação e
apresentação das informações adquiridas, e por fim, a última etapa apresentará o
resultado destas informações, com análise, discussões do resultado obtido.
9

2. ERGONOMIA

2.1. HISTÓRIA DA ERGONOMIA

Segundo FRANCESCHI (2013), no cenário da história mundial, o termo


ergonomia foi utilizado pela primeira vez na publicação do artigo “Ensaios de
ergonomia ou ciência do trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência sobre a
natureza” de 1857 pelo polonês Wojciech Jastrzebowski. Já no Brasil, em 1983, foi
criada a Associação Brasileira de Ergonomia, e em 1989, foi implantado na
Universidade Federal de Santa Catarina, o primeiro mestrado na área de ergonomia.
Conforme BRASIL (2013), em 23 de novembro de 1990 foi instituída a Portaria n.
3.751, a qual baixou a Norma Regulamentadora 17 (NR-17) que trata dos assuntos
intrínsecos da ergonomia.
De acordo com MURRELL (1965), no tratante a etimologia, o termo
ERGONOMIA, surgido em 1950, é composto pelos termos grego ergon = trabalho e
nomos = regras. Contudo, somente após da fundação Ergonomics Reseach Society
na Inglaterra, que a ergonomia adquiriu status de uma disciplina mais formalizada.
Alguns pesquisadores pioneiros, ligados diretamente a essa sociedade, começaram
a difundir seus conhecimentos com objetivo na aplicação industrial. Com o tempo, a
ergonomia tornou capaz de fornecer sustentação positiva às formas modernas de se
administrar a produção. No entanto, seu foco principal está voltado a auxiliar as
fábricas a reduzir a incidência de problemas, principalmente no que se trata das lesões
por esforços repetitivos e traumas cumulativos.
De acordo com COUTO (1995), ergonomia pode ser definida como um conjunto
de ciências e tecnologias que procura a adaptação confortável e produtiva entre o ser
humano e seu trabalho, objetivando a adequabilidade das condições de trabalho
concomitantemente às características do ser humano. Com isso, os estudos mais
profundos sobre este tema devem considerar uma série de variáveis de condições de
trabalho, para assim conseguir chegar em métodos ergonômicos mais precisos.
Segundo LIDA (2005), a ergonomia também se expandiu horizontalmente,
envolvendo alguns tipos de atividades humana. Tal expansão atuou principalmente
no setor de serviços (saúde, educação, transporte, lazer e outros) e até mesmo no
10

estudo de trabalhos domésticos. Com isso, o trabalho que exigia considerável esforço
físico repetitivo, foi reajustado para que estes esforços fossem amenizados.

2.2 OBJETIVOS DA ERGONOMIA

Conforme LIDA (2005), a ergonomia tem uma visão significativamente ampla


ao envolver atividades de planejamento e projeto que ocorrem antes do trabalho ser
realizado, e aqueles de controle e avaliação, que acontecem durante e após esse
trabalho. O mesmo autor afirma que a atividade principal da ergonomia se inicia com
o estudo das características do trabalhador, e depois projeta o trabalho adequado que
ele poderá executar, preservando a sua saúde. Com isso, qualquer atividade
ergonômica visa em conhecer o colaborador, a fim de ajustá-lo ao trabalho a ser
desenvolvido, de acordo com suas capacidades e limitações.
Ainda segundo LIDA (2005), existem três domínios especializados de trabalho
que ergonomia possui, sendo eles:
a) ergonomia física: é destinada as características da anatomia humana,
antropometria, fisiologia e biomecânica, relacionados com a atividade física. Tendo
como relevância a postura no trabalho, manuseio e operação de materiais,
movimentos repetitivos, distúrbios musculoesqueléticos.
b) ergonomia cognitiva: destina-se dos processos mentais, tal como a
percepção, memória, raciocínio e resposta motora, relacionados diretamente com as
interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema.
c) ergonomia organizacional: é voltada para otimização dos sistemas
sócio técnicos, com abrangência nas estruturas organizacionais, políticas e
processos. Os pontos relevantes incluem comunicações, projeto de trabalho,
programação do trabalho em grupo, projeto participativo, trabalho cooperativo, cultura
organizacional, organizações em rede, teletrabalho e gestão da qualidade.
Conforme DUL & WEERDMEESTER (2004), a ergonomia busca a
adaptabilidade da capacidade e limitações físicas e psicológicas do homem com
relação à eliminação das condições de insegurança, desconforto, ineficiência e
insalubridade. Com isso, através de vários aspectos como postura, movimentos
corporais, fatores ambientais e outros elementos, a ergonomia se baseia nestes
fatores para o seu estudo mais detalhado.
11

De acordo com LIDA (2005), a ergonomia possui cinco objetivos principais,


sendo eles:
a) eficiência: este objetivo é resultado de um bom planejamento e
organização do trabalho, promovendo a saúde, segurança e satisfação ao
trabalhador;
b) saúde: este objetivo visa preservar a saúde do trabalhador em função
das exigências do trabalho e do ambiente. Portanto, tais exigências não podem
ultrapassar os limites enérgicos e cognitivos do colaborador, preservando-o de
situações de estresse, riscos de acidentes e doenças ocupacionais;
c) satisfação: no modo geral, satisfação é o resultado pleno do
atendimento das necessidades e expectativas do trabalhador. Portanto, é possível
que colaboradores satisfeitos tendem a adotar comportamentos mais seguros,
tornando mais produtivos que os demais;
d) segurança: a segurança é adquirida através de projetos de posto,
ambiente e organização do trabalho. Devendo estes estarem enquadrados nas
especificações de capacidades e limitações do trabalhador, de modo que se reduza
os erros, acidentes, estresse e fadiga.

2.3 NR 17 – ERGONOMIA

Segundo NEKATSCHALOW, HIAR e GUIMARÃES (2009), devido ao


crescente número de casos de tenossinovite ocupacional entre digitadores em 1986,
foi necessário constituir uma equipe de engenheiros e médicos da DRT/SP (Delegacia
Regional do Trabalho em São Paulo) em conjunto com representantes sindicais para
analisar as condições de trabalho sob a ótica ergonômica. Através do minucioso
trabalho realizado por esta equipe, foi constado a presença de fatores que contribuíam
para o aparecimento das Lesões por Esforço Repetitivo – LER: o pagamento de
prêmios de produção, a ausência de pausas, a prática de horas-extras e a dupla
jornada de trabalho, dentre outros (BRASIL, 2013).
Conforme NEKATSCHALOW, HIAR e GUIMARÃES (2009), a Associação de
Profissionais de Processamento de Dados (APPD nacional) realizou, no período entre
1988 a 1989, reuniões com representantes da Secretaria de Segurança e Medicina
do Trabalho - SSMT em Brasília, da FUNDACENTRO e da DRT/SP. A principal pauta
12

dessas reuniões era criar um projeto de norma que vetasse o ressarcimento de


prêmios de produtividade, como também o estabelecimento de critérios de conforto
para trabalhadores, como mobiliário adequado, conforto térmico, ambiente com
iluminação aceitável e nível regular de ruído.
Em meados de 1989, a SSMT pediu à equipe de fiscalização das empresas de
processamento de dados da DRT/SP que elaborasse uma nova redação da NR-17
(NEKATSCHALOW, HIAR e GUIMARÃES, 2009). Com isso, essa redação abrangeria
diversas situações de trabalho de maneira sucinta, pois um maior ajuste seria feito
após a realização de estudos detalhados de outras atividades além de processamento
de dados.
De acordo com NEKATSCHALOW, HIAR e GUIMARÃES (2009), em março de
1990, a então Ministra do Trabalho Dorathéa Werneck assinou a portaria que alterava
a NR-17, publicando no Diário Oficial da União (DOU). No entanto, devido alguns
ajustes, a portaria teve que ser adiada e, somente em junho do mesmo ano foi
autorizada sua publicação.

2.3.1 Estrutura da NR-17

Segundo MANUAL DE APLICAÇÃO DA NR 17 (2002), a Norma


Regulamentadora n° 17 possui a seguinte estrutura:
a) item 17.1: Apresentação da norma;
b) item 17.2: Levantamento, transporte e descarga individual de materiais;
c) item 17.3: Mobiliário dos postos de trabalho;
d) item 17.4: Equipamentos dos postos de trabalho;
e) item 17.5: Condições ambientais de trabalho;
f) item 17.6: Organização do trabalho.
Conforme MANUAL DE APLICAÇÃO DA NR 17 (2002), além destes pontos, a
NR-17 apresenta dois anexos sobre as condições ergonômicas nas seguintes áreas
de trabalho:
a) Anexo I: Trabalho dos Operadores de Check Outs;
b) Anexo II: Trabalho em Teleatendimento/Telemarketing.
13

3. MÉTODOS E FERRAMENTAS ERGONÔMICAS

3.1. AET – ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO

Segundo STRABELI e NEVES (2015), a Análise Ergonômica do Trabalho


(AET) tem origem na escola franco-belga de ergonomia, e visa compreender e
transformar as variadas situações de trabalho. O principal objetivo dessa ferramenta
está na aplicação dos conhecimentos da ergonomia, objetivando a análise,
diagnóstico e correção de determinadas situações de trabalho.
De acordo com STRABELI e NEVES (2015), a ideia central da AET é analisar
o local de trabalho a fim de assegurar a saúde do colaborador. Sendo assim, o
trabalhador poderá executar suas funções adequadamente, respeitando o seu limite
físico, em outras palavras, preservando a sua saúde. Os mesmos autores realçam
que deve haver melhorias contínuas para assegurar o objetivo principal dessa
ferramenta.

3.2. EWA - ERGONOMICS WORKPLACE ANALYSIS

Conforme SHIDA e BENTO (2012), o método Ergonomics Workplace Analysis


(EWA) foi desenvolvido pelo Finnish Institute of Occupational Health na Finlândia. Ele
é considerado um manual de auxílio no entendimento das situações de trabalho. Este
manual possui uma estrutura sistemática que permite verificar a qualidade das
melhorias realizadas em um posto de trabalho ou nas tarefas.
De acordo com SHIDA e BENTO (2012), o desenvolvimento do EWA foi
baseado na fisiologia do trabalho, biomecânica ocupacional, aspectos psicológicos,
higiene ocupacional e em um modelo participativo da organização do trabalho. Com
isso, este método tornou-se uma ferramenta bem completa, pois além dos aspectos
ambientais e físicos, ele permite também avaliar aspectos psicossociais e mentais dos
trabalhadores. Fatores de avaliação, tais como, a comunicação entre os
colaboradores na execução das atividades, são apresentados na Figura 6.
14

Figura 1 – Estrutura sintetizada do EWA

Fonte: STRABELI e NEVES (2015)

Segundo BATAGIN e PATROCÍNIO (2015), em um caso prático de análise da


ergonomia no ambiente de trabalho com uso de tratores, o método EWA requer que
os dados dos itens iluminação, temperatura e ruído ambiental sejam coletados e
posteriormente comparados com valores de referências, com o objetivo de gerar nota
de parâmetros para estes itens.

3.3. NIOSH - NATIONAL INSTITUTE FOR OCCUPATIONAL SAFETY AND HEALTH

Conforme SHIDA e BENTO (2012), em 1981 a National Institute for Occupation


Safety and Heath (NIOSH), publicou o manual Work Practices Guides for Manual
Lifting. Este manual tinha como objetivo prevenir ou até mesmo reduzir a ocorrência
de dores causadas por levantamento manual de cargas. Portanto, no mesmo ano foi
desenvolvida uma equação para calcular o peso limite recomendável para tais
atividades repetitivas.
Segundo SHIDA e BENTO (2012), para compor as variáveis da equação foi
levantado os seguintes critérios: biomecânico, fisiológico e psicofísico. O produto
15

principal dessa equação é o RWL (Recommended Weigth Limit), que é formado por
um conjunto de condições de atividades, como o peso de um objeto que qualquer
trabalhador saudável conseguiria trabalhar em um período de tempo, sem aumentar
o risco de desenvolver uma lombalgia.

3.4 OWAS - OVAKO WORKING POSTURE ANALYSING SYSTEM

Segundo SHIDA e BENTO (2012), o método Ovako Working Posture Analysing


System (OWAS) foi desenvolvido na Finlândia em 1977, com o objetivo de avaliar as
posturas assumidas pelos trabalhadores, que somam um número de 72 posturas
típicas admitidas. Este é um método simples de observação da análise postural, mas,
porém, bem funcional na prática.
Conforme SHIDA e BENTO (2012), a postura, após identificada, é classificada
em quatro categorias que apontam níveis distintos de desconforto e necessidade de
intervenção:
a) classe 1: postura normal, que não necessite de cuidados, salvo em
casos especiais;
b) classe 2: postura a ser verificada com a revisão dos métodos de
trabalho;
c) classe 3: postura que merece atenção a curto prazo;
d) classe 4: postura que merece atenção de caráter imediato.

3.5. RULA – RAPID UPPER LIMB ASSESSMENT

De acordo com STRABELI e NEVES (2015), o método Rapid Upper Limb


Assessment (RULA) foi desenvolvido na University of Nottingham’s por Lynn
McAtammey e Nigel Corlett, em 1993. Este método compreende como objetivo
providenciar uma avaliação rápida de uma população trabalhadora, expostas a riscos
de lesões musculoesqueléticas. Sua finalidade é avaliar situações que possam levar
os colaboradores a riscos de disfunções, relacionadas a força excessiva e atividades
musculares.
Segundo STRABELI e NEVES (2015), o método RULA inicia na observação da
atividade do colaborador por ciclos de trabalho. Com isso, o avaliador poderá
16

selecionar e listar as posturas mais significantes numa escala de 1 a 7, onde as


pontuações altas indicam grave nível de risco. Portanto, o RULA é um método rápido
de análise postural, com foco nos esforços repetitivos dos membros superiores.

3.6. REBA – RAPID ENTIRE BODY ASSESSMENT

Conforme SHIDA e BENTO (2012), REBA (Rapid Entire Body Assessment) é


um método desenvolvido com o objetivo de avaliar as posturas de trabalho
imprevisíveis. Criado em 2000, este método permite a análise das posturas adotadas
no trabalho, como tipos de movimentos, ações realizadas, trabalho repetitivo e os tipos
de pega adotada pelo colaborador na realização de suas tarefas.
Segundo SHIDA e BENTO (2012), este método possibilita ao avaliador planejar
ações corretivas sobre determinadas posturas. Um ponto positivo seria a divisão do
corpo em segmentos, propiciando uma avaliação mais apurada e individual. Por outro
lado, o REBA não leva em consideração aspectos de vibração e dispêndio, assim
como o OWAS.

3.7. JOB STRAIN INDEX

De acordo com SHIDA e BENTO (2012), Job Strain Index foi desenvolvido por
J. S. Moore e A. Garg, publicado na revista American Industrial Hygiene Association
Journal em 1995. Este método analisa se os colaboradores estão expostos a riscos
de doenças musculoesqueléticas dos membros superiores, quando executar suas
funções rotineiras de trabalho. Ainda segundo os mesmos autores, este método é
semi-quantitativo de avaliação de lesões musculoesqueléticas. Com isso, o indicador
baseia-se em interações multiplicativas entre funções, com base em princípios
fisiológicos.
Conforme SHIDA e BENTO (2012), este método foca principalmente nos
membros superiores, verificando cargas aplicadas em músculos e tendões, e
analisando as possíveis sobrecargas funcional. No entanto, não é recomendado para
ocorrência de descolamentos.
17

4. ERGONOMIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

4.1. PERIGOS ERGONÔMICOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo MEDEIROS (2013), o ramo da construção civil apresenta níveis


considerados baixos de segurança e saúde. Seja no canteiro de obras ou até no
escritório, o ambiente da construção civil é caracterizado pela presença de elementos
prejudiciais à saúde do colaborador. Tais elementos são encontrados nas diversas
formas, como aparelhos, maquinário, ferramentas e locais da execução dos serviços.
De acordo com MEDEIROS (2013), as atividades ocupacionais que estão
presentes na construção civil, tais como pedreiro, servente, pintor, ajudante, auxiliar
de serviços gerais, borracheiro e outros, tem ligação direta com o excesso de
solicitações dos músculos e ligamentos por parte dos colaboradores. Com isso, é
notável a elevação do número de casos de doenças ocupacionais relacionados as
lesões por esforços repetitivos. O mesmo autor ressalta que a necessidade de
promover ações preventivas baseadas nos métodos e ferramentas ergonômicas,
podem indicar antecipadamente locais onde há possíveis perigos a saúde física do
colaborador.
Conforme MEDEIROS (2013), o agravamento de lesões musculoesqueléticas
por parte dos trabalhadores tem relação direta com as posturas incorretas, peso
excessivo, movimentos repetitivos, vibrações nos músculos dos membros superiores.
Com isso, estudos apontam que 80,4% dos trabalhadores entrevistados, da faixa
etária entre 30 e 46 anos, da construção civil apresentavam DORT (MEDEIROS,
2013). Neste quadro, o mesmo autor indica que boa parte deste percentual se refere
as mulheres, devido as questões hormonais, pela dupla jornada de trabalho e também
pela ausência de preparo muscular para os tipos de tarefas elevado nível de esforço
físico.
Segundo MEDEIROS (2013), a invariabilidade de tarefas, jornadas
prolongadas de trabalho sem ocorrência de pausas programadas, movimentos
repetitivos e elevado esforço físico, tem sido importantes indícios de deterioração dos
músculos e ligamentos do corpo humano. Tarefas como levantar, empurrar, exige o
emprego de certo esforço, com a intensidade do peso, este esforço é aumentado.
Neste cenário, o prolongamento de posturas inadequadas sob estes esforços,
18

promovem lesões características, favorecendo o metabolismo anaeróbico muscular e


constante irritação dos receptores do sistema nervoso (MEDEIROS, 2013).

4.2. ALGUMAS DAS APLICAÇÕES DA ERGONOMIA NO LOCAL DE TRABALHO

Segundo CASTRO (2013), o espaço de trabalho é um volume imaginário onde


o organismo se encaixa para realizar os movimentos requeridos pelas atividades
desempenhadas. Alguns locais de trabalho exigem mais deslocamentos do corpo,
seja andando pelos corredores, subindo e descendo escadas, seja também sentado
com uso excessivo dos membros superiores. Estes locais devem ser condicionados e
preparados para proporcionar melhor acomodação dos colaboradores, a fim de
resultar melhoria na saúde dos trabalhadores.
Conforme CASTRO (2013), um dos focos que mais é solicitado pelas empresas
a fim de assegurar a ergonomia do local de trabalho é a postura dos colaboradores.
No entanto, corrigir e eliminar problemas provenientes da má postura não é uma tarefa
fácil, devido a sua necessidade de adequar tanto o ambiente quanto a disciplina de
trabalho dos colaboradores. O mesmo autor relata que existem três posturas básicas
para o corpo: deitada, sentada e de pé. Conforme mostra a Figura 7, os espaços de
trabalho recomendados são baseados em registros de antropometria dinâmica,
favorecendo o melhor uso do corpo em atividades comuns.

Figura 2 – Posições usuais

Fonte: CASTRO (2013)


19

De acordo com CASTRO (2013), as dimensões das mesas de trabalho devem


seguir duas variáveis importantes, a sua altura e superfície do trabalho. Com relação
à altura das mesas, é usualmente recomendado dimensionar com base na posição do
cotovelo, determinado após o ajuste da cadeira. Em número, é habitual conceder 3 a
4 cm acima do nível do cotovelo, na posição sentada. No caso da área de alcance
máximo deverá ser atendido o giro dos braços estendidos, entre 55 a 65cm de raio,
como mostra a Figura 8.

Figura 3 – Alcance dos braços

Fonte: CASTRO (2013)

Segundo CASTRO (2013), para os assentos é recomendado ajustar a altura


das cadeiras entre 42 e 50 cm, conforme ilustra as Figuras 9 e 10. Caso a cadeira ter
altura fixa, ultrapassando o limite de altura poplítea, deve ser adotado o apoio dos pés.
Mesmo apresentando algumas vantagens em se trabalhar na posição sentada, como
redução da fadiga em relação ao trabalho em pé, redução da pressão mecânica sobre
os membros inferiores, facilitar o equilíbrio sob um ponto de referência, possibilidade
do uso simultâneo dos pés (pedais) e mãos.

Figura 4 – Esquemático de uma cadeira de escritório

Fonte: CASTRO (2013)


20

Figura 5 – Dimensões recomendadas para cadeiras de escritório

Fonte: CASTRO (2013)

De acordo com CASTRO (2013), sobre os assentos, há uma desvantagem no


aumento considerável da pressão sobre as nádegas e a restrição dos alcances. Um
mal dimensionamento dos assentos pode provocar estrangulamento da circulação
sanguínea nos membros inferiores. Segundo CASTRO (2013), é recomendável que
os assentos promovam melhores acomodações e redução dos problemas físicos do
colaborador, seguindo seis princípios básicos gerais, oriundos de estudos anatômicos,
fisiológicos e clínicos da postura sentada:
a) princípio 1: as dimensões do assento devem adequar as dimensões
antropométricas do usuário;
b) princípio 2: o assento deve permitir posturas variadas;
c) princípio 3: o assento deve promover resistência, estabilidade e
durabilidade;
d) princípio 4: para cada função, há um assento adequado;
e) princípio 5: o encosto e o apoio devem auxiliar no relaxamento do
braço;
f) princípio 6: o assento e a mesa formam juntos um conjunto integrado.
Conforme CASTRO (2013), com relação as atividades que envolvem o uso de
manetes e controles, o ideal é que estes equipamentos estejam numa distância entre
5 e 6 cm do operador. Com isso, as tarefas simples de apertar o botão destes
21

equipamentos podem ser melhor ajustadas de acordo com a postura do operador,


sem força-lo a alongar-se demasiadamente.

4.3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ERGONOMIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Segundo RODRIGUES (2003), o papel da ergonomia está associado a


prevenção direta e indiretamente das lesões por esforço repetitivo, promovendo
assim, condições adequadas de trabalho no tocante a saúde ocupacional. Por se
tratar de uma ciência multidisciplinar, a aplicação da ergonomia pode proporcionar
resultados satisfatórios no quadro financeiro das empresas.
Conforme RODRIGUES (2003), a aplicação de medidas ergonômicas no local
de trabalho produz uma série de vantagens para os diferentes níveis hierárquico de
uma corporação, pois a produção tende a melhorar com um ambiente mais ajustado
e melhor adaptado. Com isso, o índice de absenteísmo tende a diminuir, devido a
manutenção do quadro de saúde dos colaboradores, provocada pela eficiência dos
métodos ergonômicos bem aplicados.
Segundo MEDEIROS (2013), os fatores de risco relacionado ao ambiente da
construção civil proporcionam o aumento gradativo das ocorrências de lesões
características. Pensando nisso, a ergonomia entra como uma solução eficaz para a
redução de casos de problemas de saúde ocupacional. Uma vez que o local de
trabalho é melhor dimensionado para promover condições adequadas de saúde para
os colaboradores, as corporações tendem reduzir o gasto com despesas médicas de
seus funcionários, promovendo considerável vantagem do uso da ergonomia.
Conforme MEDEIROS (2013), são poucas construtoras que adotam o uso dos
serviços de ergonomistas (profissional capacitado para orientar e estabelecer
métodos ergonômicos adequados para as empresas) em suas atividades. Com isso,
as técnicas ergonômicas tendem a sofrer certa defasagem por falta de instrução
adequada dos funcionários. Portanto, como desvantagem, a qualificação dos
profissionais para melhor aplicar as ferramentas ergonômicas, tende ser oneroso,
proporcionando elevação dos custos operacionais com as adequações necessárias.
22

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Retomando ao objetivo geral deste trabalho que pretendia realizar um estudo


sobre a ergonomia e sua influência no cenário da construção civil, através de pesquisa
acadêmica e bibliografia de autores conceituados sobre o tema proposto. O presente
trabalho discorreu dos conceitos de ergonomia através da apresentação da história e
objetivos deste tema. O conhecimento das origens dessa ciência, a ergonomia,
propiciou o melhor entendimento das ferramentas e suas aplicabilidades.
O capítulo seguinte contemplou a apresentação dos métodos e ferramentas
ergonômicas necessárias para implantação nos locais de trabalho. Cada método e
ferramenta citado mostraram suas propriedades e funcionalidades, a fim de
proporcionar melhores engajamento dos equipamentos, mobiliários, espaço de
trabalho concomitantemente as características físicas dos colaboradores.
O derradeiro capítulo apresentou a aplicabilidade da ergonomia no cenário da
construção civil, discorrendo dos perigos ergonômicos presentes neste ambiente. As
técnicas apresentadas de dimensionamentos dos mobiliários em função das
condições físicas dos operários, auxiliou na explanação das possíveis vantagens e
desvantagens da ergonomia. Com isso, pode-se entender melhor como essa ciência
é aplicada na prática, e como os seus efeitos são vistos pelas corporações, a fim de
que se promova a continuidade de suas aplicações.
Através dos assuntos abordados, técnicas apresentadas, conceitos
explanados, pode concluir que a ergonomia possui atributos favoráveis que, ao ser
inserida nos processos da construção civil, tende a modificar positivamente o local de
trabalho. Tais mudanças podem promover as corporações ganhos econômicos e na
saúde dos funcionários, estabelecendo melhor harmonia nas atividades exercidas no
ambiente de trabalho. Portanto, é interessante elaborar mais pesquisas que abordem,
com detalhes aprimorados, os efeitos da aplicação da ergonomia na construção civil,
a fim de estabelecer melhores métodos que contribuem para a harmonia das
atividades com o corpo humano e melhores ganhos de produção.
23

REFERÊNCIAS

BRASIL, Ministério do Trabalho. Manual de legislação, segurança e medicina do


trabalho. 71. ed. São Paulo: Atlas, 2013. 52 p.

BATAGIN, F. G. R. ; PATROCINIO, A. B. D. Análise Ergonômica do Posto de


Trabalho pelo Método Ergonomic Workplace Analysis - E.W.A. Revista Eletrônica
de Ensino REGENT , v. 2, p. 1, 2016.

CASTRO, Eduardo B. P. de. Ergonomia em uma abordagem prática e


contemporânea. 2013. 182 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduado em
Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2013.

COUTO, Hudson de Araújo. Ergonomia aplicada ao trabalho. O manual técnico da


máquina humana. 2. ed. Belo horizonte: Ergo, 1995. 383 p.

DUL, Jan; WEERDMEESTER, Bernard. Ergonomia prática. 1. ed. São Paulo: Edgar
Blücher, 2004. 137 p.

FRANCESCHI, Alessandro de. Ergonomia. 1. ed. Santa Maria: Colégio Técnico


Industrial de Santa Maria, 2013. 155 p.

LIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2005.
340 p.

MANUAL DE APLICAÇÃO DA NR 17. Manual de aplicação da Norma


Regulamentadora n° 17. 2. ed. Brasília: MTE, 2002. 101 p.

MEDEIROS, Dário Moreira de. A importância da ergonomia na construção civil:


uma revisão. 2013. 25 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialista em
Ergonomia) – Faculdade Cruzeiro do Sul, Goiânia, 2013.

MURREL, K.F. H. Ergonomics: man in his working environment. 1. ed. Londres:


Chapman and Hall, 1965. 496 p.

NEKATSCHALOW, Alexandre Francisco; HIAR, Cristiano Preto; GUIMARÃES, José


Antônio Bernadelli. Análise da altura das mesas de trabalho para escritório em
conformidade com a norma regulamentadora NR 17 e as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas NBR 13965 e NBR 13966 para usuários da cidade
de Ponta Grossa-PR. 2009. 122 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialista em
Engenharia de Segurança do Trabalho) – Universidade Estadual de Ponta Grossa,
Ponta Grossa, 2009.

RODRIGUES, Alessandra Cordeiro. Aspectos da ergonomia que contribuem na


prevenção das LER/DORT num setor da indústria cerâmica: um estudo de caso.
2003. 194 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade
Federal de Santa Catarina, 2003.

SHIDA, Georgia Jully; BENTO, Paulo Eduardo Gomes. Métodos e ferramentas


ergonômicas que auxiliam na análise de situações de trabalho. Disponível em:
24

http://www.inovarse.org/sites/default/files/T12_0496_3097.pdf>. Acesso em: 27 mar.


2018.

STRABELI, Geovana L.; NEVES, Érica P. Ferramentas, métodos e protocolos de


análise ergonômica do trabalho. Disponível em:
<https://www.proceedings.blucher.com.br/download-pdf/250/19046>. Acesso em: 29
mar. 2018.

Você também pode gostar