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NILSON MASCOLO
&
CINTHIA MASCOLO

Continuação ao

Método de
Inicialização
em
Flauta Transversal
Teoria e pratica passo a passo

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Método de Inicialização em Flauta Transversal - Volume 2
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Índice
Introdução............................................................................................................................................3

Parte I: Introdução Teórica


Respiração e exercícios para amentar capacidade e controle do ar.....................................4

Parte II: Lições progressivas:


Lições progressivas ...............................................................................................................8
Duetos...................................................................................................................................11
Lições progressivas ...............................................................................................................12
Lições com variações rítmicas...............................................................................................16
Sonata para Flauta.................................................................................................................21
Apogiatura.............................................................................................................................24
Notita.....................................................................................................................................24
Trinado...................................................................................................................................25
Mordent.................................................................................................................................26
Grupeto..................................................................................................................................26
Musica....................................................................................................................................27
Estudo Sonoridade.................................................................................................................27
Musica....................................................................................................................................34
Vibrato...................................................................................................................................34
Musica....................................................................................................................................35
Estudo da Dinâmica...............................................................................................................36
Musica....................................................................................................................................37
Estudo de intervalos...............................................................................................................38
Musica.....................................................................................................................................40
Lições progressivas .................................................................................................................41
Estudo da terceira...................................................................................................................49
Articulação Dublo....................................................................................................................50
Musica.....................................................................................................................................55
Articulação Tripla....................................................................................................................55
Escalas Cromáticas..................................................................................................................57

Parte III – Estudos Diários


Estudo de Escala ....................................................................................................................58
Estudo de Intervalo................................................................................................................62
Estudo de tríades (intervalos / arpejos).................................................................................67

Apêndices
Pontos de sustentação (apoio) da Flauta.............................................................................80
Posições Corretas das mãos.................................................................................................81
Posições Corretas do Corpo.................................................................................................83
Embocadura ........................................................................................................................84
Digitações de trinados.........................................................................................................86

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Introdução

Neste método de Inicialização em Flauta Transversal - Volume II, você continuará se desenvolvendo
para um nível ainda maior, abordando conhecimentos e elementos mais avançados na performance da
flauta. Com o mesmo principio do Volume I, continuamos avançando com lições de forma progressivas,
analisando as dificuldades intrínsecas do instrumento.

A sequência do Volume II deste método de Inicialização em Flauta Transversal está dividida em três
partes, na primeira parte a introdução teórica e exercício sobre respiração, na segunda parte contém as
lições progressivas, musicas e novos conhecimentos e técnicas não abordados no Volume I; na terceira
parte temos os estudos diários de escalas, intervalos e tríades (intervalos/arpejos) e por fim um
Apêndice com as corretas posições na performance da flauta.

Esperamos que este método por nós produzido o envolva, seguindo todas suas instruções e executando
cuidadosamente suas lições e que, ao final deste percurso, você se sinta ainda mais motivado para
aprofundar os conhecimentos adquiridos, não há segredo e nem fórmula mágica, basta apenas que você
se coloque em atitude, disposição, curiosidade, determinação e interesse.

Cinthia Mascolo e Nilson Mascolo

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Parte I
Introdução Teórica

Respiração e exercícios para amentar capacidade e controle do ar

Como todos os instrumentos de sopro, para ter um lindo som com sua flauta, sua qualidade respiratória
é muito importante.

A qualidade respiratória se refere a dois pontos, a capacidade pulmonar (maior quantidade de ar) e o
controle na emissão de ar. Na capacidade pulmonar devemos exercitá-lo de modo a conseguir usar
maior quantidade de ar nos pulmões e no controle da emissão de ar, saber direcionar e dosar a
quantidade, volume e velocidade do ar.

Capacidade Pulmonar
No inicio do estudo de Flauta Transversal, é comum o iniciante sentir tonturas, isso acontece por estar
acostumado a fazer respirações curtas de pouco ar. À medida que avança em seus estudos, sua
capacidade pulmonar vai aumentando de modo a não sentir mais tonturas. Para que sua capacidade
pulmonar aumente são necessários alguns exercícios que veremos neste tópico.

Controle da emissão de ar
O controle da emissão de ar é muito importante tanto quanto a capacidade pulmonar. O flautista
precisa ter um controle voluntário sobre a emissão da coluna de ar que assopra na flauta, esse controle
permite uma sonoridade mais bonita e que consiga fazer variações de dinâmica, como som fortíssimo,
forte, médio-forte, piano, pianíssimo, som mais alegre, mais doce... Esse controle você adquirir com os
exercícios apresentados neste tópico e na execução das lições apresentadas neste método.

O diafragma
O diafragma é um músculo no qual temos um controle voluntário. O diafragma quando relaxado, tem a
forma de um prato fundo de cabeça para baixo, veja figura 1, e quando contraído, ele passa a ter uma
forma mais plana, mais reta, veja figura 2. Através dessa contração do diafragma, todos os órgãos
abaixo são empurrados para baixo e a parede do abdômen para fora, veja figura 3. Para que o
diafragma volte a sua posição original (relaxada), os músculos do abdômen empurram de volta o
diafragma a seu estado original. Observe que em toda essa ação, os músculos envolvidos, nós temos
controle voluntário e que ao ficar contraído o diafragma, obtemos um maior espaço, um maior
reservatório para ser preenchido de ar. O uso do diafragma na execução de instrumento tem nome
popular “respiração diafragmática”, “respiração pelo diafragma”. Veja figura 3.

Figura 01 Figura 02
Diafragma relaxado Diafragma contraído

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Algumas observações importantes do uso no Diafragma.


O diafragma deve ser exercício de forma mais natural possível, sem exercer excessiva força e
compressão, e também deve se tomar cuidado em não confundir o tencionar dos músculos do
Abdômen com uso do diafragma. Preste atenção no uso do diafragma e verifique se a região do
diafragma esteja verdadeiramente se enchendo de ar. Mas se lembre sempre: use o diafragma de forma
mais natural possível, semelhante ao uso quando estamos deitados. Nas oitavas mais agudas na flauta,
tencionamos mais o diafragma para sustentar as notas e em notas mais graves tencionamos menos.

Diafragma e abdômen Diafragma e abdômen


em posição original contraídos
Figura 03

* Exercícios
Segue abaixo dois tipos exercícios para adquirir uma melhor qualidade respiratória, um com simples
exercício livre com corpo e o outro com o aparelho Breath Builder.

Antes da explicação destes exercícios, vamos relembrar o que é Inspiração e Expiração.

Inspiração: A inspiração é o processo de sugar o ar para dentro do organismo, é Introduzir o ar


atmosférico nos pulmões.

Expiração: Expiração é liberar o ar contido nos pulmões para fora do corpo, é Expelir o ar dos pulmões.

1 - Exercício de Inspiração e Expiração

Exercício 1 (inspiração)
Em posição ereta, inspirar profundamente tanto quanto possível, expandindo
a caixa torácica através da contração dos músculos intercostais e da elevação
do osso esterno, e também da contração do diafragma. Expirar todo o ar dos
pulmões, relaxando-se todos os músculos utilizados para a inspiração
(expiração passiva) e contraindo os músculos da parede abdominal.

Exercício 2 (expiração)
Expirar todo o ar contido nos pulmões, comprimindo a caixa torácica através
da ação dos músculos da parede abdominal e dos intercostais. Inspirar
relaxando-se estes músculos (inspiração passiva) e contraindo-se o diafragma, provocando assim uma
expansão da parede abdominal, que projeta a barriga para baixo e para fora.

Obs: Os exercícios 1 e 2 demonstram as forças elásticas de retração do sistema respiratório, nos


momentos de expiração (exercício 1) e inspiração (exercício 2). Essas forças elásticas são geradas com
maior ou menor intensidade dependendo da quantidade de ar nos pulmões, assim como sua ação
depende de uma maior ou menor contração dos músculos respiratórios.

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Exercício 3 (expiração controlada)


Inspirar profundamente e expirar vagarosamente todo o ar dos pulmões. Para tanto, manter os
músculos inspiratórios contraídos, relaxando-os gradativamente para se manter um fluxo de ar
contínuo. Aspectos físicos da emissão sonora. Para o êxito deste exercício, é necessário "brecar" a
expiração por meio dos músculos inspiratórios que, mantendo-se contraídos, evitam que o volume
torácico decaia rapidamente devido à sua própria força elástica de retração (expiração passiva).
Continuando a expirar vagarosamente, atingiremos um ponto onde a musculatura estará relaxada. A
partir desse ponto, necessitamos "empurrar" o ar para fora dos pulmões. Através da contração dos
músculos da parede abdominal, que empurram o diafragma para cima e para dentro da caixa torácica,
fazemos com que o ar seja expelido dos pulmões, mantendo-se assim a mesma razão de expiração.

Exercício 4 (inspiração forçada)


Em posição ereta, com a boca semiaberta, colocar a mão em posição vertical e encostar o dedo
indicador junto aos lábios. Inspirar profundamente, como demonstrado no Exercício 1, provocando
uma sucção acompanhada de ruído grave e contínuo. Esta sucção deverá ser a mais duradoura possível,
pois enquanto houver sucção haverá trabalho muscular para manter a expansão da caixa torácica.
Expirar todo o ar, como visto no Exercício 2, sem forçar, deixando que tanto a caixa torácica quanto o
abdômen retornem à sua posição inicial de repouso.

Obs: A repetição excessiva deste exercício poderá causar sensações como tonturas ou náuseas, devido a
hiperventilação que é provocada pela troca de gases, que acontece em proporções acima dos
parâmetros normais, considerando-se uma respiração normal. Na ocorrência destas sensações,
interromper o exercício e sentar, permanecendo nessa posição até os sintomas cederem e só então
prosseguir, procurando não forçar a sucção e sim mantê-la continuamente, mesmo não sendo em
intensidade tão grande.

Estes excelentes exercícios fazem parte do artigo do grande Flautista Sávio Araújo, Aspectos físicos da
emissão sonora. A embocadura e a respiração na qualidade do som. Sávio Araujo é flautista da OSESP e
professor de Flauta da Unicamp.

* Araújo, Savio, Aspectos físicos da emissão sonora. A embocadura e a respiração na qualidade do som.
Ano 2000.

Exercício com Breath Builder

O que é Breath Builder: Breath Builder é um simples aparelho para exercícios respiratórios utilizado em
fisioterapias e músicos de instrumentos de sopro. Breath Builder permite um aumento na capacidade
pulmonar e o controle muscular de todo o sistema. Breath Builder é formado por um tubo de plástico
com uma bola de ping-pong dentro, acompanhado com duas mangueiras de diâmetro fino e grosso. A
parte inferior é fechada e a parte superior tem o encaixa da mangueira por onde expiramos e três furos
para variar a dificuldade na execução do aparelho ao serem tapados.

Funcionamento do Breath Builder: Coloque a mangueira entre os dentes na parte superior da língua, em
seguida assopre (Expire) ou sugue (inspire); ao assoprar ou sugar o ar, à bola de ping-pong subirá até a
parte superior. Inicialmente utilize a mangueira mais grossa por ser mais fácil, posteriormente poderá
usar a mangueira mais fina e/ou tampar os furos na parte superior para aumentar a dificuldade.

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Nos exercícios que se seguem, use o diafragma, mas de forma mais natural possível, sem exercer
excessiva força e compressão, também teme cuidado em não confundir o tencionar dos músculos do
abdômen com uso do diafragma, verifique se a região do diafragma esteja verdadeiramente se
enchendo de ar. Use o diafragma de forma mais natural possível, semelhante ao uso quando estamos
deitados, dormindo.

Exercício 1 – Apenas Expirar todo o ar dos pulmões:


Sugue o máximo de ar que conseguir (Inspiração) e em seguida sopre todo ar para dentro do Breath
Builder (Expiração) de tal forma que a bolinha de ping-pong suba até a parte superior do Breath Builder.
Repita este processo o quanto julgar necessário, sugestão de 5 minutos.

Exercício 2 – Expirar e Inspirar:


Sugue o máximo de ar que conseguir (Inspiração) e em seguida sopre todo ar para dentro do Breath
Builder (Expiração) de tal forma que a bolinha de ping-pong suba até a parte superior do Breath Builder,
e quando o ar dos pulmões estiver acabando, sugue novamente o ar para dentro (Inspiração), mas sem
retirar a boca do Breath Builder e sem deixar a bolinha de ping-pong cair. Repita este processo o quanto
julgar necessário, sugestão de 7 minutos.

Exercício 3 – Com Articulações:


Sugue o máximo de ar que conseguir (Inspiração) e em seguida sopre todo ar para dentro do Breath
Builder (Expiração) de tal forma que a bolinha de ping-pong suba até a parte superior do Breath Builder
e faça duas articulações com a língua, ‘TE’ ‘TE’, e quando o ar dos pulmões estiver acabando, sugue
novamente o ar para dentro (Inspiração), mas sem retirar a boca do Breath Builder e sem deixar a
bolinha de ping-pong cair e, faça novamente as duas articulações com a língua, ‘TE’ ‘TE’. Repita este
processo o quanto julgar necessário, sugestão de 7 minutos.

Exercício 4 – Com Articulações:


Com o mesmo processo do Exercício 3, faça com as seguintes articulações indicadas:

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Parte II
Nesta segunda parte estão a continuação das lições de forma progressiva do Método de inicialização em
Flauta Transversal, Volume 1, por está razão se inicia na lição 131. Daremos aqui continuidade no
desenvolvimento dos estudos e técnicas da flauta transversal.

131.

132.

133.

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134.

135.

136. Escala de Sol maior

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137. Intervalos em Sol maior

*Refaça a lição 137 oitavando.

138. Allegro

139. Allegro

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140. Dueto Musica 1: Bach, Menuet in G major

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141. Devienne, Duo 2, Op. 82 – Moderato

142. Tríades em Sol maior

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143. Tríades em Mi menor

144. Duo Flute Sol maior

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145. Inspirado em Tragic Overture de Brahms

146.

147.

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148. Trechos da Sinfonia N. 6 de Beethoven - Execute com staccatos suaves.

149.

150. Duo Flute Fá maior

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Das lições 151 a 161, apresentamos uma seriam de lições com simples variações rítmicas, não siga para
próxima lição se não tiver compreendido e executado com perfeição.

151. Variações rítmicas 1

152. Variações rítmicas 2

153. Variações rítmicas 3

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154. Variações rítmicas 4

155. Variações rítmicas 5

156. Variações rítmicas 6

157. Variações rítmicas 7 - Sambalelê

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158. Variações rítmicas 8

159. Variações rítmicas 9

160. Variações rítmicas 10

161. Variações rítmicas 10

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162. Concentre-se na sincronização perfeita entre os dedos, e para isso comece o estudo de forma lenta
e aumente a velocidade à medida que se sentir seguro até atingir um andamento Allegro.

Refaça com os seguintes acidentes:

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163. Na execução desta lição concentre-se na sincronização perfeita entre os dedos e uma sonoridade
bela e musical. Comece o estudo de forma lenta e aumente a velocidade à medida que se sentir seguro
até atingir um andamento Allegretto. Este estudo deve ser feito nas opções de tonalidades indicadas
abaixo.

Allegretto

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164. Benedetto Marcello, Sonata para Flauta e Piano, No. 2 in Dó menor.

I. Adagio

II. Allegro

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III. Largo

IV. Allegro

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165. Apogiatura é uma nota acrescentada a uma nota principal, e seu valor é executado igual ou metade
da nota principal. O símbolo da Apogiatura é uma pequena nota antes da nota principal. Apogiatura
vem do Italiano, 'Apoggiare', e significa apoiar. A Apogiatura tem o objetivo de reforçar uma
determinada nota na frase musical. Para ficar mais clara e fácil a compreensão, observe as pautas abaixo
onde demonstra a forma de se escrever a Apogiatura e de ser executada.

Como Escrito

Como executar

Gluck, Dance of the Blessed Spirits

166. Notita, também chamado de Petite Note, Grace Note, é uma nota acrescentada a uma nota
Principal, e sua execução é muito rápida antes da nota principal. O símbolo da Notita é uma pequena
colcheia cruzada por um traço. Para ficar mais clara e fácil a compreensão, observe as pautas abaixo
onde demonstra a forma de se escrever a Notita e de ser executado.

Como Escrito

Como executar

Gossec, Gavotte
Allegretto

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167. Trinado, também chamado de Trino, Trill, Trille, é um adorno, um “enfeite” executado com
frequência na música. O Trinado são repetições regulares e rápidas a partir de uma nota principal e sua
próxima nota superior. O símbolo do trinado é o tr acima da nota principal do trinado e a duração do
trinado é igual ao tempo de duração da nota principal. Para ficar mais clara e fácil a compreensão,
observe as pautas abaixo onde demonstra a forma de se escrever o Trinado e a forma de ser executar.
Observe dois exemplos de trinados e faça os exercícios proposto. Para conferir as posições da digitação
no trinados, veja a Tabela das digitações dos trinados na página 86.

Exemplo 1
Como Escrito

Como executar

Exemplo 2

Como Escrito

Como executar

Exercício 1

Exercício 2

*Existem centenas de trinados e no decorrer dos estudos você poderá conferir a digitação a ser usada na Tabela das
digitações dos trinados. 25
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168. Mordente, como o trinado, ele é um adorno, um enfeite executado com frequência na música.
Mordente é uma digitação rápida (batimento rápido) de uma nota principal a sua nota superior ou
inferior, e de volta a nota principal. O símbolo do mordente é acima da nota principal. Para ficar
mais clara e fácil a compreensão, observe as pautas abaixo onde demonstra a forma de se escrever o
Mordente e a forma de ser executar. As posições da digitação do mordente são as ‘mesmas’ do trino,
portanto, para conferir as posições da digitação no mordente, veja a Tabela das digitações dos trinados
na página 86.

Como Escrito

Como Executar

Marcello, Flute Sonata No. 1 in F major, 3º Mvto: Largo.

169. Grupeto ou como também é chamado, Gruppetto, Doublé e Boblado, é um pequeno grupo de
notas acrescentado a uma nota Principal, executado rapidamente antes de seguir a nota seguinte. O
simbolo do Grupeto é e fica na parte de cima e entre a nota principal e a seguinte. Para ficar mais
clara e fácil a compreensão, observe as pautas abaixo onde demonstra a forma de se escrever o Grupeto
e a forma de ser executar.

Como Escrito

Como Executar

Lento

Como Executar

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Quando no Grupeto há um acidente acima do símbolo , isso indica que a primeira nota

superior do conjunto de notas será com aquele acidente indicado; quando abaixo , isso indica
que a nota mais inferior do conjunto de notas será com aquele acidente indicado. Veja exemplos abaixo.

Lento

Como Executar

170. Saint-Saëns, Le Cygne from Le Carnaval des Animaux

171. Breve Estudo de sonoridade: O estudo de sonoridade tem como objetivo melhorar o nosso som,
deixando-o mais bonito. Ele se baseia em notas longas, e deve ser executado de forma lenta e com
muita atenção. Cada flautista tem sua própria sonoridade. Ouça todos com frequência e em cima do que
tem ouvido e apreciado construa sua própria sonoridade, com sua personalidade. No site Estudantes de
Flauta-Transversal encontre na seção de Áudios/Vídeos centenas de gravações com grandes mestres da
flauta. Uma observação importante é que sua embocadura deve ser o mais natural e confortável

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possível, sem tensões excessivas nos cantos dos lábios, como sorriso do coringa. É importante manter a
garganta sempre aberta, para livre fluxo do ar. Propriedades como cor, brilho, projeção, volume,
afinação e pureza do som são tratadas no estudo de sonoridade; procure melhorar o som em cada uma
destas propriedades. É essencial homogeneizar todas as notas com a mesma intensidade e qualidade,
não deixe seu som ficar piano (baixo) nas notas mais graves ou estridente nas mais agudas.
No começo o estudo de sonoridade pode ser difícil, cansativo e monótono, mas persista porque esse é o
caminho para obter um belo som. Ao estudar sonoridade não o faça de modo mecânico: envolva-se com
cada nota, pense nela como sendo a nota mais importante e bela de um concerto.

Primeira Oitava:
1) Faça lentamente

* Somente Flauta com Pé em Si


2) Faça lentamente

* Somente Flauta com Pé em Si


3) Faça lentamente.

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Lembre-se de homogeneizar todas as notas com a mesma intensidade e qualidades.

Segunda Oitava:
Antes de continuar o estudo da segunda oitava, é importante desenvolver a sonoridade apenas com o
bocal. Tocando apenas com o bocal, sem tapar sua extremidade, a nota que soará será o Sol sustenido.
Toque apenas com o bocal a nota Sol sustenido em duas oitavas, conforme as lições 1 a 3 abaixo. Nestes
exercícios é necessário produzir as notas das duas oitavas sem assoprar mais forte, apenas controlando
a embocadura.

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1) Faça lentamente usando apenas o bocal, sem tapar sua extremidade.

2) Faça lentamente usando apenas o bocal, sem tapar sua extremidade, respeitando a ligadura.

3) Faça lentamente usando apenas o bocal, sem tapar suas extremidade, respeitando a ligadura.

É importante executar intervalos apenas com o controle da embocadura, sem assoprar mais forte. No
entanto, para homogeneizar o som, é necessário em algumas notas assoprar mais ar e em outras
menos. Mas isso só poderá ser feito corretamente se antes for adquirido o domínio de fazer intervalos
sem assoprar mais forte, apenas com o controle da embocadura.

Agora com a flauta completa, faça as seguintes lições:

1) Faça lentamente

2) Faça Lentamente

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3) Lento e Ligado: Lembre-se de homogeneizar todas as notas com a mesma intensidade e qualidades.

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Terceira Oitava:
Antes de continuar o estudo da terceira oitava, é importante desenvolver a sonoridade de intervalos
com notas harmônicas ( ). No exercício com notas harmônicas, com apenas uma única digitação
tocamos três notas diferentes, sem assoprar mais ar, apenas controlando a embocadura. Por exemplo, o
primeiro exercício com nota Sol, com apenas a digitação da nota Sol e com a mesma coluna de
ar, tocamos as três notas: Sol da primeira oitava, Sol da segunda oitava e Ré da terceira oitava.
Faça todos os exercícios primeiramente com as notas harmônicas e depois com seus dedilhados
correspondentes, conforme indicado na partitura.

É importante executar intervalos apenas com o controle da embocadura, sem assoprar mais ar. No
entanto, para homogeneizar o som, é necessário em algumas notas assoprar mais ar e em outras
menos. Mas isso só poderá ser feito corretamente se antes for adquirido o domínio de fazer intervalos
sem assoprar mais forte, apenas com o controle da embocadura.

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1) Lento e Ligado

2) Lento e Ligado

3) Lento e Ligado

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172. Bach, Arioso - Largo from Harpsichord Concerto No.5 in F Minor, BWV 1056
Adagio

173. Vibrato. O vibrato é importante para dar mais sentimento a nossa sonoridade. O vibrato deve ser
feito com controle; você precisa saber executá-lo com ondas mais longas e curtas, mais rápido e lento.
Todos os flautistas tem seu próprio vibrato, com suas próprias caraterísticas; é possível reconhecer um
flautista em função de seu vibrato. Você deve construir o seu próprio vibrato a seu gosto pessoal. Uma
observação importante é que o vibrato não deve ser a razão do som, devemos saber tocar qualquer
frase musical com ou sem o vibrato.

Como Fazer o Vibrato: O Vibrato é a variação da coluna de ar através da garganta. No vibrato o ar se


alterna entre uma maior e menor quantidade, como se fossem pulsos de ar, mas com a coluna de ar
sempre continua, sem interrupção de seu fluxo.

Para poder aprender o vibrato, podemos usar algumas semelhanças e ele é semelhante ao tossir
suavemente com a garganta aberta, sobrando a vogal “Ô”. Outra semelhança é o rou rou rou do Papai
Noel. No vibrato é muito importante manter a garganta sempre aberta para livre fluxo de ar. Para o
aprendizado do vibrato, faça o exercício com papel antes de fazê-lo em sua flauta.

1) Exercício com papel


Utilizando um pequeno papel de tamanho aproximado de 8x8cm, segure pela sua parte inferior e
assopre na parte superior do papel como se estivesse executando o vibrato na flauta. Observe a
oscilação do papel que se curvará para frente com o fluxo de ar e voltará a sua posição original quando

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diminuído o fluxo de ar. Faça este exercício de modo que a oscilação do papel seja uniforme e regular.
Comece com ritmo lento e aumente sua velocidade aos poucos.

2) Exercício com a flauta


O pentagrama representa a nota a ser executada e os pontos abaixo as oscilações do vibrato.

* Refaça a lição 171 de Sonoridade como exercícios de vibrato.

Um bom exercício no aprendizado do vibrato é ouvir atentamente os grandes mestres da flauta


prestando muita atenção em seus vibrato. No site Estudantes de Flauta procure gravações dos Mestres:
Jean-Pierre Rampal, Shigenori Kudo, Claudi Arimay, James Galway, Maxence Larrieu, Peter-Lukas Graf,
András Adorján, Julius Baker, Emmanuel Pahud, Aurelio Nicolet, Alan Marion, Patrick Gallois, Formisano
Davide, Philippe Bernold, Philippe Boucly, William Bennett, Denis Bouriakov, Raffaele Trevisani, Juergen
Franz, Wolfgang Schulz, Amy Porter e muitos outros...

174. Pietro Mascagni, Intermezzo from Cavalleria rusticana

Andante Sostenuto

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175. Estudo de dinâmica: Para boa interpretação e musicalidade, a variação do volume do som é
essencial, você precisa adquirir o domínio de tocar mais forte e mais baixo(piano) com sua flauta. Este
exercício lhe ajudará a adquirir a capacidade de variar o volume de sua sonoridade nas diversas formas
de dinâmica. Neste estudo de dinâmica, é importante procurar uma bela sonoridade, limpa, clara e
muito bem projetada no forte e piano. Faça o exercício de forma lenta e atente a afinação, quando mais
forte o som, mais tende a uma afinação alta e quando mais piano o som tende a uma afinação baixa e,
você deve corrigir isto com sua embocadura. Quando crescendo ao forte, você deve aumentar
espaçamento entre lábios por onde assopramos e cobrir um pouco mais o bocal, assoprando mais para
dentro da flauta, - mas com muito muito cuidado guiado por sua percepção da afinação; quando
decrescendo ao piano, o volume da coluna de ar deve ser menor, diminuindo o espaçamento entre
lábios, mantendo a mesma pressão e velocidade, assoprando mais para fora, - mas tudo com muito
muito cuidado guiado por sua percepção da afinação.

Faça lento e com seguintes articulações:

Exercício A

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Exercício B

Exercício C

Exercício D

176. Puccini, O mio babbino caro from Gianni Schicchi


Andantino ingenuo

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177. Estudo de Intervalos:


Faça lento e com seguintes articulações:

1) Fá maior

2) Si b maior

3) Mi B maior

4) Lá b maior

5)Ré b maior

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6) Sol maior

7) Ré maior

8) Lá maior

9) Mi maior

10) Si maior

11) Do maior

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178. Bach, Sarabande from Partita in A minor for solo flute - BWV 1013

179. Bach, Menuetto I and II from Sonata No. 4 in C major for flute - BWV 1033

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180. Faça-o lento e muito cantado, com a garganta aberta como se você fosse um tenor cantando ‘Ô Ô
Ô’. Propriedades como cor, brilho, projeção, volume, afinação e pureza do som deve ser procurados no
estudo de sonoridade; neste estudo procure melhorar o seu som em cada uma destas propriedades. O
primeiro passo é homogeneizar a intensidade de todas as notas, concentre-se em seu som e não deixe
que as notas mais graves fiquem piano (baixa) e as agudas estridentes. Depois de obter progresso na
homogeneização da intensidade das notas, concentrem-se nas demais propriedades.

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181. Andante Cantabile

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182. Andante

183. Andante

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184. R. Schumann, Traumerei from Kinderszenen, Op. 15, No. 7

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185. Andante

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186. Concentrar-se na sincronização perfeita entre os dedos e a mais bela e musical sonoridade.
Moderato

187. Allegretto

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188. Moderato

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189. Neste temos com intervalos variados para que desenvolva sua sonoridade, lembre-se dos princípios
de sonoridade já passados e na sincronização perfeita entre os dedos e a mais bela e musical
sonoridade.

Andante

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190. Estudo de terceira segunda e terceira oitava: Este estudo com escala e arpejos tem o objetivo de
desenvolver sua técnica-motos na segunda e terceira oitava. Na execução deste estudo concentra-se na
sincronização perfeita entre os dedos e uma sonoridade bela e musical. Comece o estudo de forma lenta
e aumente a velocidade à medida que se sentir. Este estudo deve ser feito nas várias opções de
tonalidades indicadas abaixo.

Allegretto

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191. Articulação Dupla: Até aqui utilizávamos da articulação simples com apenas um movimento da
língua (Te, De, Du...) no ataque das notas. Esse tipo de ataque simples é ineficiente em musicas rápida,
portanto é necessário usar outro tipo de articulação no qual chamamos de ‘articulação de golpe dublo’.
O Golpe Duplo funciona com a pronúncia das silabas “De – Gue”, “De – Gue” que permite que por um
pequeno, leve e curto movimento da língua, se ataque rapidamente duas notas, uma na ponta da língua
(De) e outra atrás (Gue). A dificuldade do Golpe Duplo está na sincronização com as notas a serem
articuladas e na igualdade na qualidade do ataque entre ambos os movimentos “De” e “Gue”. No inicio
a sonoridade da silaba “Gue” soa oca e sem qualidade, por isso devemos trabalhar bem os exercícios de
Golpe Duplo com intento de adquirir igualdade em qualidade sonora e clareza em ambas as silabas “De
– Gue”. Inicialmente faça os exercícios com movimento lentos para adquirir força, sincronia e boa
sonoridade do “Gue”. Além do uso do De – Gue, é comum o uso de silabas como: “Te – Ke”, “Tu – Ku”
e “Du – Gu”.

Exercícios A

Exercícios B: Um proveitoso fora de estudo de Golpe Duplo é estudar separados o “De” e o “Gue”.
Com apenas “De”

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Com apenas “Gue”

Exercite o até “Gue” com muita atenção, procurando uma bela sonoridade e clareza no ataque.

Exercícios C

Exercícios D

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Exercícios E

Exercícios F

Exercícios G

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Exercícios G

Exercícios H

Exercícios I

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Exercícios J

Exercício K

Exercício L

Faça agora as escalas das lições 195 na pagina 58 como exercícios de golpe dublo.

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192. Paganini, Moto perpetuo, Op. 11 (Trecho) – Use neste musica golpe dublo.

193. Articulação Tripla: O golpe triplo não é uma nova forma de golpe de língua, mas simplesmente a
mistura entre o golpe simples e o dublo em ritmos ternários de execução muito rápidos. Veja abaixo
exemplo e exercícios.

Exercício A

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Exercício B

Exercício C

Exercício D

Exercício E

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194. Escala cromática

* Refaça esta lição de escala cromática oitavando.

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Parte III – Estudos Diários


Nesta terceira parte estão os estudos diários de escalas, intervalos e arpejos. Estudos essenciais no
desenvolvimento do flautista.

“Ao executar qualquer exercício, por mais difícil que seja, recorde sempre que antes de se preocupar com
os dedos, se preocupe com a pureza do som e uma rigorosa afinação”. Taffanel & Gaubert

195. Estudo de Escala: Este estudo deve ser feito nas seguintes formações de claves:

Além das claves acima, faça este estudo com as seguintes variações de articulações:

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196. Estudo de Intervalos: Estudo de intervalos em escalas maiores.

Faça o estudo de intervalos com as diferentes formas de articulação indicadas abaixo:

1) Escala de Fá maior

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2) Escala de Si b maior

3) Escala de Mi b maior

4) Escala de Lá b maior

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5) Escala de Ré b maior

6) Escala de Sol maior

7) Escala de Ré maior

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8) Escala de Lá maior

9) Escala de Mi maior

10) Escala de Si maior

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11) Escala de Fá # maior

12) Escala de Dó maior

* Executar Dó para flauta pé em Dó e Si para flauta Pé em Si

* Refaça este estudo de intervalos oitavando.

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197. Estudo de intervalos em tríades

Faça os intervalos com as diferentes formas de articulação indicadas abaixo:

1) Tríade Dó maior

2) Tríade Lá menor

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3) Sol maior

4) Mi menor

5) Ré maior

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6) Si menor

7) Lá maior

8) Fá # menor

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9) Mi maior

10) Dó# menor

11) Si maior

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12) Sol# menor

13. Fá# maior

14. Ré# menor

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15. Fá maior

16. Ré menor

17) Si b maior

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18) Sol menor

19) Mi b maior

20) Dó menor

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21) Lá b maior

22) Fá menor

23) Ré b maior

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24) Si b maior

25) Sol b maior

26) Mi b menor

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198. Estudo de intervalos em tríades maior, menor

1) Tríades Maior

2) Tríades Menor

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3) Tríades Maior com Bemol

4) Tríades Maior com Sustenidos

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5) Tríades Menor com Bemol

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5) Tríades Menor com Sustenido

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Apêndices
Pontos de sustentação (apoio) da Flauta:
Existem quatro pontos de apoio para segurarmos a flauta, o polegar da mão direita, o dedo mínimo da
mão direita, o dedo indicador da mão esquerda e a região do queixo.

1 – Polegar da mão direita: O primeiro apoio de sustentação é o polegar da mão direta. O polegar da
mão direta é o apoio mais firme para segurar a flauta, ele deve estar abaixo da chave do ‘Fá’.

2 – Dedo mínimo da mão direita: O segundo apoio de sustentação é o dedo mínimo da mão direita. O
dedo mínimo da mão direita na maioria das notas permanece apertando a chave do (Ré#/Mib):

3 – Dedo indicador da mão esquerda: O terceiro apoio de sustentação é à base do osso falange proximal
do dedo indicador, podemos dizer também que é a base
inferior do dedo indicador.
Observe a figura ao lado, o tubo da flauta fica apoiado
sobre a base do osso falange proximal do dedo
indicador da mão esquerda. Neste lugar há um
pequeno degrau onde a flauta encontra apoio.
Podemos dizer também que o início da terceira parte
macia do dedo indicador da mão esquerda deve ser o
apoio do tubo da flauta.

É importante observar que diferente da mão direita, o polegar da mão esquerda não tem função de
apoio e sustentação da flauta.

4 – Região do queixo e lábio inferior: O quarto apoio de sustentação é a região do queixo e do lábio
inferior.

É importante não cometer o erro de pressionar excessivamente a flauta contra o


queixo, machucando a parte interna dos lábios pressionada contra os dentes
inferiores.

Questões:
1) Quais são os quatros pontos de apoio para segurarmos a flauta?
2) Porque não podemos pressionar excessivamente a flauta contra o nosso queixo?

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Posições corretas das mãos


As mãos têm um papel fundamental na performance da Flauta Transversal, é por ela que seguramos a
flauta e obtemos a digitação das notas. Quanto mais perfeita for à posição das mãos do flautista, maior
e melhor resultado técnico e sonoro se obterá, além de aumentar a vida útil do flautista por se prevenir
lesões. Vamos analisar separadamente a mão direita e a esquerda.

Mão Direita
A mão direta tem funções primordiais, nela está o ponto de sustentação mais firme para segurar a flauta
e o apertar da chave de apoio. Ter uma postura correta desta mão direita é essencial para evolução dos
estudos. Uma postura incorreta da mão direita implicará em dificuldades em segurar a flauta, rigidez na
movimentação dos dedos e dores musculares.

1) A mão direita precisa ter a posição da Letra ‘C’.

Esta posição em ‘C’ da mão direita é uma posição confortável porque os tendões
da mão não ficam esticados e nem retraídos demasiadamente.

2) A mão direita precisa estar alinhado perpendicularmente a Flauta.

Manter a mão perpendicular à flauta permite que fique alinhada com o


punho e antebraço e os dedos tenham livre ação e flexibilidade. A mão
direta nesta posição permite um conforto para os tendões, músculos da
mão e punho.

Inclinar a mão direita para o lado, debruçando sobre a flauta é


incorreto porque o pulso é forçado, os dedos ficam rígidos e o antebraço
é tencionado.

3) As chaves da flauta devem ser apertadas em sua parte central, pela polpa dos dedos.

4) O Polegar da mão direta é o apoio mais firme para segurar a flauta, ele deve estar abaixo da chave do
‘Fá’.

5) O dedo mínimo da mão direita não pode estar esticado e tensionado. Observe a posição correta do
dedo mínimo na foto abaixo.

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O dedo mínimo permanece na maioria das notas apertando a chave de apoio (Ré#/Mib), mas quando
não estiver apertando, ele deve ficar próximo à chave. Não levante o dedo mínimo para cima como uma
antena de rádio.

6) Quando os dedos não estiverem apertando as chaves, deixe-os próximo a ela em torno de um
centímetro.

Não deixe os dedos elevados para cima.

Mão Esquerda
A Mão esquerda precisa de uma atenção especial visto que geralmente entre os iniciantes duas
dificuldades sempre estão presentes: o apoio de sustentação e a posição do polegar.

1) A mão esquerda tem um formato diferente em relação à direita, posso ilustrar como um formato em
‘C‘ mais quadrado:

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2) A base inferior do dedo indicador é o apoio de sustentação da flauta na mão esquerda.


O tubo da flauta deve fica apoiado sobre a base do osso
falange proximal do dedo indicador da mão esquerda.
Neste lugar há um pequeno degrau onde a flauta
encontra apoio. Podemos dizer também que o início da
terceira parte macia do dedo indicador da mão
esquerda deve ser o apoio do tubo da flauta. É
importante observar que diferente da mão direita, na
mão esquerda o polegar não tem função de apoio e
sustentação da flauta.

3) O Polegar da mão esquerda fica um pouco inclinado para dentro .

É frequente entre iniciantes o erro de usar o polegar da mão esquerda


como um apoio para sustentação da flauta, apertando demais a chave do
Si. Portanto, tenha cuidado para não usar o polegar da mão esquerda como
um apoio, lembre-se, o polegar da mão esquerda não serve de apoio.

4) O dedo médio, anelar e mínimo deve estar curvado sobre a flauta e sua polpa apertando a parte
central das chaves.

Quando os dedos não estão apertando as chaves, eles devem ficar próximos, em
torno de um centímetro e tome cuidado especial com o dedo mínimo que tende
a ficar elevado para cima como uma antena de rádio.

Para finalizar minhas instruções aqui sobre a boa postura das mãos ao tocar
Flauta Transversal, nunca tencione os dedos e mãos, sempre os deixe relaxado e
com toques suaves sobre as chaves. Toque com Suavidade.

Questões:
1) Porque precisamos ter uma correta posição das mãos ao tocar a flauta?
2) Como é feita a posição correta da mão direita e da mão esquerda?
3) Qual é o apoio mais firme para segurar a flauta?

Postura Correta do Corpo


A posição do corpo deve ser confortável, evitando posturas que cause dores musculares e de coluna.

Para que sua coluna permaneça reta, é necessário inclinar o


corpo aproximadamente 15 graus à direita em relação à
partitura, virando-se somente o pescoço e com o instrumento
um pouco para frente.

Postura de Pé:
Na posição de pé, a coluna deve permanecer reta, os pés devem estar um pouco afastados, e o peso do
corpo distribuído igualmente entre as duas pernas. Os braços devem estar afastados do tórax e a cabeça
elevada como se observasse a linha do horizonte. Embora o bocal da flauta se apoie sobre o queixo, a

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cabeça deve estar como se estivesse flutuando, sem tencionar os músculos do pescoço para segurá-la. É
comum tencionar os músculos do pescoço e ombros, por isso, esteja sempre atento a estes músculos.

Postura Sentada:
Na posição sentada, vale o que descrevemos sobre a postura de pé e acrescentamos que, o abdômen e
a parte lombar das costas devem estar eretos, evitando posturas curvadas. Analise as figuras abaixo.

Ombros e Antebraços:
A flauta é um instrumento leve e em função disso não há necessidade de forçar os músculos dos ombros
e antebraços para segurá-la. Se você tencionar os músculos dos ombros e antebraços, isto afetará
diretamente seu som, sua digitação, além de causar dores musculares.

Cabeça e pescoço:
A cabeça deve estar como se estivesse flutuando, sem tencionar os músculos do pescoço para segurá-la.

Questões:
1) Como podemos obter uma posição correta do corpo e confortável, evitando posturas que
cause dores musculares?
2) Descreva a postura correta de pé e sentada ao tocar a flauta?

Embocadura
Para formar a Embocadura da Flauta, repousamos nosso lábio
inferior sobre o porta-lábio da flauta cobrindo 1/4 do furo do
bocal e com o lábio superior mais a frente, assopramos para
dentro da flauta, de modo que a
maior parte do ar se choque com a
parede da chaminé do furo do bocal
(Riser) e a menor parte do ar vá ao ar
livre. Veja figuras ao lado.

Os Lábios devem estar centralizados no furo do bocal e ter um formato natural, sem esticar os cantos
com excessiva tensão, ou comprimi-lo. Veja ilustração abaixo.

Errado Correto Errado

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Para emitir notas graves e agudas, algumas modulações na embocadura são necessárias; nas notas
graves o sopro precisa de maior volume, menor velocidade, direcionando para baixo e com a
embocadura mais relaxada. Nas notas mais agudas o sopro precisa de menos volume, maior velocidade,
direcionando o sopro para frete. À medida que as notas vão ficando mais agudas, o lábio inferior vai
cobrindo mais o bocal e a embocadura vai ficando mais firme, no entanto, sem excesso de tensão nos
lábios sem exprimir os lábios e o som. É importante que a garganta esteja sempre aberta para o livre
fluxo de ar e a língua repousada sobre dente inferior. Veja figura em corte da correta embocadura.

Questões:
1) Explique como formamos a correta embocadura da flauta?
2) Como emitimos os sons graves e agudos?
3) Qual é a função da nossa garganta para produzirmos o som na flauta?

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* Tabela das digitações do Trino


A tabela abaixo mostra tanto a nota inferior como a nota superior de um trinado. Você deve procurar
ambas as notas que se alternam no Trinado. As chaves a serem executados os trinados são indicadas
em vermelho. Quando há mais de uma chave em vermelho, isso indica que ambas deve ser executadas
simultaneamente. A página 25 contem o ensino e exercícios sobre Trinado.
A = Lá
B = Si
C = Dó
D = Ré
E = Mi
F = Fá
G = Sol

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* Original: “Trill fingerings — Includes instructions on how to play trills”. Essa tabela foi copiada com
permissão do excelente site Flute Tunes. Flute Tunes é um dos melhores sites de partituras para flauta
transversal - www.flutetunes.com.

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Nilson Mascolo e Cinthia Mascolo

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