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Realização
ISSN 1984–8706
Querido aluno da maturidade,
LITERATURA BATISTA
Ano XVII – Nº 68 Chegamos ao último trimestre de mais um ano
cheio de realizações e, mais uma vez, nossa equipe
Realização é uma revista dirigida a adultos da editorial trabalhou para que você possa ter um ma-
terceira idade, contendo lições para a Escola
Bíblica Dominical e outras matérias
terial rico de informações bíblicas e relevantes para
que favorecem a edificação do adulto enriquecer e abençoar cada vez mais a sua caminha-
Copyright © Convicção Editora da cristã.
Todos os direitos reservados
Neste trimestre, portanto, estudaremos os profe-
Proibida a reprodução deste texto total ou tas maiores: Jeremias, Ezequiel e Daniel, que tam-
parcial por quaisquer meios (mecânicos,
eletrônicos, fotográficos, gravação, estocagem
bém são conhecidos como profetas do exílio. Não
em banco de dados etc.), a não ser em breves estudaremos Isaías porque nosso currículo prevê
citações, com explícita informação da fonte
um trimestre exclusivo para ele. Os Profetas Maio-
Publicado com autorização res, assim denominados porque seus livros são mais
por Convicção Editora
CNPJ (MF): 08.714.454/0001-36 extensos que os dos 12 Profetas Menores, desempe-
nharam um importante papel entre os hebreus an-
Endereços tes e durante a invasão babilônica. Essas profecias
Caixa Postal, 13333
CEP: 20270-972 – Rio de Janeiro, RJ continuam vivas e o seu atual estudo, iluminado
Telegráfico – BATISTAS pelo Espírito Santo, é guia confiável para nós.
Eletrônico
literatura@batistas.com Além das lições, sempre acompanhadas de uma
breve aplicação para a faixa etária específica da ter-
Editor
Sócrates Oliveira de Souza
ceira idade, preparamos um conteúdo bastante di-
versificado para você desfrutar durante os seus es-
Coordenação Editorial tudos.
Solange Cardoso de Abreu d’Almeida
(RP/16897) Dando continuidade à jornada da história da
música evangélica, nesta edição recordaremos a dé-
Redação cada de 1980. Pensando também no seu lazer e coti-
João Oliveira Ramos Neto
diano, compartilhamos dicas para decorar sua casa,
Produção Editorial planejar sua viagem de avião e saber os seus direitos
Oliverartelucas como consumidor.
Produção e Distribuição
Por fim, não deixamos faltar a diversão por meio
Convicção Editora da cruzadinha e do caça-palavras, e a inspiração
Tel.: (21) 2157-5567
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com uma poesia do grande poeta Olavo Bilac e do
Sala 2 – 1o Andar texto especial do pastor Irênio Chaves.
Tijuca – Rio de Janeiro, RJ
CEP 20510-412
Que você tenha um trimestre bastante edificante
literatura@conviccaoeditora.com.br e abençoado.
REALIZAÇÃO • 1
Sumário
Estudos da EBD
Seções
1 – Editorial
3 – Liderança
43 – Hino do trimestre
44 – Para recordar
46 – Espaço light
48 – Utilidade
50 – Cotidiano
52 – Lazer
54 – Especial
56 – Poesia
2 • REALIZAÇÃO
Liderança
Neste trimestre, estudaremos os Profetas Maiores: Jeremias, Ezequiel e Daniel, também co-
nhecidos como profetas do exílio. Quem escreveu as lições foi o pastor Marcelo Rodrigues de
Aguiar. Ele é bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, e em Psico-
logia pela Universidade Federal do Espírito Santo; é Pastor Presidente da Igreja Batista em Mata
da Praia – Vitória, ES.
Como as nossas lições entrarão diretamente no estudo dos livros específicos, recomendamos
que, antes de iniciar o trimestre, você faça uma breve pesquisa sobre o papel dos profetas no An-
tigo Testamento e sobre o período histórico denominado cativeiro babilônico. O tema é relevante
porque uma forma de entendermos melhor os textos que chegaram até nós e nos colocarmos no
lugar do povo de Deus naquela época que, por estar longe de sua casa, vivendo numa terra estra-
nha, estava desolado, sofrendo profundamente e recebendo uma influência cultural estranha. O
papel dos profetas, portanto, foi fundamental para proporcionar esperança, a qual fez com que
os hebreus permanecessem persistentes diante de uma situação tão adversa.
Para estudar sobre o povo de Deus do ponto de vista histórico, a obra mais completa é a Histó-
ria de Israel no Antigo Testamento, de Samuel J. Schultz. Para uma introdução geral aos livros e aos
profetas, recomendamos que você estude uma obra de introdução ao Antigo Testamento, como o
livro Introdução ao Antigo Testamento, de Raymond Dillard e, para fundamentar ainda mais, uma
obra de Teologia do Antigo Testamento, como o livro homônimo de Walter C. Kaiser Jr.
Em linhas gerais, o profeta era aquele que falava em nome de Deus e não necessariamente
quem previa o futuro, apesar de que ele realmente fazia isso muitas vezes. Essa previsão não era
necessariamente ligada ao sobrenatural já que, muitas vezes, bastava, para prever o futuro, ler as
promessas que Deus havia deixado na Lei que revelara a Moisés. Em outras palavras, se Deus ha-
via dito que se o povo desobedecesse à sua lei, seria castigado, bastava o profeta constatar a deso-
bediência e interpretar o texto sagrado para saber que viria um castigo pela frente. O sobrenatural
se manifestava mais na precisão do profeta de como viria esse castigo, desmascarando assim os
falsos profetas, os quais erravam nos dados fornecidos.
Se você quiser aprofundar muito seu estudo, indicaremos alguns livros. O maior e mais impor-
tante clássico sobre o estudo dos profetas é o livro Profetismo em Israel, de José Luís Sicre. Trata-se
de uma leitura densa e profunda. Para uma leitura mais devocional, indicamos o livro O clamor
emocionado de Deus, do pastor Hernandes Dias Lopes, onde ele aplica a mensagem de Jeremias
para a igreja de hoje. Já para uma leitura devocional sobre esperança, recomendamos a obra Espe-
rança, de Jack Kuhatscheck. E uma leitura divertida é o romance A profecia da Babilônia, de Tim
Lahaye, onde o autor usa a fantasia para ensinar.
Na internet também há material disponível para uma boa pesquisa. No site do saudoso pastor
Isaltino Gomes Coelho Filho (www.isaltino.com.br) há um texto sob o título O profetismo em
Israel que vale a pena ser lido. Também a Faculdade Teológica Batista de Campinas (www.revista-
theos.com.br) disponibiliza o texto Introdução ao profetismo do professor Luciano R. Peterlevitz.
Por fim, como sempre fazemos, também sugerimos que a classe se reúna para assistir a um
filme. Nesse caso, a indicação é do filme Jeremias, produzido em 1998 pelo diretor Harry Winer.
REALIZAÇÃO • 3
EBD 1
O profeta Jeremias
Texto bíblico – Jeremias 1 a 10 • Texto áureo – Jeremias 6.16
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cisamos demonstrar a mesma compaixão reve- que forma todas as coisas, e Israel é a tribo da
lada por Jeremias. Ele não vociferou contra os sua herança” ( Jr 10.16). O profeta não se dei-
seus conterrâneos. Pelo contrário: chorou por xa intimidar pelo cenário sombrio. Exultante,
eles. Denunciar o pecado é tarefa nossa, mas ele declara: “Ninguém há semelhante a ti, ó
não é por aí que o trabalho do servo de Deus Senhor; és grande, e grande é o teu nome em
começa. Ele começa por amar o pecador. poder” ( Jr 10.6).
Nos capítulos 11 a 20 do livro de Jeremias, as- homens de Anatote, sua cidade natal, ameaça-
sistimos a um agravamento na situação enfrenta- ram-no, dizendo: “Não profetizes no nome do
da pelo profeta. Por um lado, a rebeldia do povo Senhor, para que não morras às nossas mãos”
continua a empurrá-lo na direção do desastre. Por ( Jr 11.21). Quantas vezes o cristão é persegui-
outro, o posicionamento firme daquele servo de do no seio da própria família por causa da sua
Deus passa a despertar uma violenta oposição. Je- fé em Jesus?!
remias enfrenta tempos difíceis. Em várias opor- Jeremias começou, então, a queixar-se
tunidades ele derrama o seu coração diante do diante do Senhor. Entretanto, a resposta
Senhor, expondo-lhe as suas queixas. que recebeu não foi a que ele esperava ou-
Mas aqueles foram, também, dias de cresci- vir. Deus não “passou a mão” pela cabeça do
mento espiritual para Jeremias. Deus lhe reve- profeta insatisfeito. Ele falou: “Se te fatigas
lou verdades profundas, e lhe fez promessas ma- correndo com homens que vão a pé, então,
ravilhosas. À semelhança de Cristo, Jeremias foi como poderás competir com cavalos? Se fo-
um homem “experimentado nos sofrimentos” ges numa terra de paz, como hás de fazer na
(Is 53.3). A Bíblia diz que Jesus, “ainda que era soberba do Jordão?” ( Jr 12.5). Em outras
Filho, aprendeu a obediência por meio daquilo palavras, Deus estava dizendo: “Meu servo,
que sofreu” (Hb 5.8). As horas difíceis podem você ainda não viu nada!”
ser preciosos momentos de aprendizado. Maiores lutas esperavam por Jeremias, e
ele precisaria estar preparado para elas. Te-
Perseguição (Jr 11 e 12) ria que entender que “por muitas tribulações
nos é necessário entrar no reino de Deus”
As primeiras pessoas que fizeram oposição (At 14.22). Entretanto, o Senhor estaria ao
a Jeremias foram os seus próprios parentes. Os seu lado e, por isso, ele seria vencedor. Essa
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é a certeza à qual nos apegamos quando en- oposição de seus ouvintes, exclamava: “Por que
frentamos tempos difíceis. é perpétua a minha dor, e incurável a minha fe-
rida, que se recusa a ser curada?” ( Jr 15.18).
A aproximação do castigo Dessa vez, a resposta do Senhor veio na
(Jr 13 e 14) forma de uma ordem: “Não tomarás a ti mu-
lher, nem terás filhos nem filhas neste lugar”
Embora os sofrimentos de Jeremias decor- ( Jr 16.2). Dessa maneira, Jeremias foi proibi-
ressem da sua fidelidade, o povo de Judá ex- do de constituir família. Qual a razão disso?
perimentaria dores resultantes da sua rebeldia Deus sabia que o profeta haveria de passar
– e isso seria muito pior. Num ato profético, o por duros momentos. Seria ainda mais difícil,
servo do Senhor foi orientado a esconder um para ele, enfrentar a perseguição assistindo ao
cinto de linho junto ao Rio Eufrates, o qual, sofrimento de seus entes queridos. Deus que-
depois de algum tempo, apodreceu. Deus fa- ria poupá-lo da dor.
lou: “Do mesmo modo farei apodrecer a so- Jeremias deveria manter-se concentrado
berba de Judá e a grande soberba de Jerusa- na sua missão e saber que, ainda que viessem
lém” ( Jr 13.9). dias de angústia, Deus seria a sua fortaleza ( Jr
Quando homens e mulheres se afastam do 16.19). Ele não deveria colocar a sua fé nas
Criador, o resultado é a deterioração. O espíri- outras pessoas, e nem mesmo em si próprio,
to adoece. O tecido de que são feitas as relações pois, como lhe disse o Altíssimo, “maldito o
humanas se esgarça. As civilizações entram em varão que confia no homem, e faz da carne
colapso. A sociedade apodrece. Esse triste esta- o seu braço (...) bendito o varão que confia
do de coisas é descrito por Jeremias. Também é no Senhor e cuja esperança é o Senhor” ( Jr
anunciado o fim inevitável. 17.5,7). Deus ensinou a Jeremias que o co-
A única coisa que poderia mudar o rumo ração humano era enganoso ( Jr 17.9). Só o
dos acontecimentos seria o arrependimento. Senhor era capaz de esquadrinhá-lo e, assim,
Por isso, pelo profeta, Deus clamou ao povo: operar a justiça ( Jr 17.10).
“Dai glória ao Senhor, vosso Deus, antes que
venha a escuridão e antes que tropecem vossos O vaso e a botija (Jr 18 e 19)
pés nos montes tenebrosos; antes que, esperan-
do vós luz, ele a mude em densas trevas e a re- Os capítulos 18 e 19 do livro de Jeremias são
duza a profunda escuridão” ( Jr 13.16). Aquele muito interessantes, e estabelecem um notável
que nos fez deseja o nosso bem. paralelismo. Dois objetos – feitos pelo mesmo
profissional, com a mesma matéria-prima, e
Jeremias torna a queixar-se igualmente quebrados – são usados para ensi-
(Jr 15 a 17) nar lições espirituais.
No capítulo 18, Jeremias vai à casa do olei-
As mesmas pessoas que viravam as costas ro. Ele o encontra ocupado sobre as rodas, fa-
para o Criador rejeitavam o seu mensageiro. zendo um vaso de barro. A certa altura, o vaso
Jeremias se ressentia da situação. Ele lamenta- se quebra, e o oleiro, então, o refaz. Vem a se-
va: “Ai de mim, minha mãe, porque me deste guir a lição espiritual: “Não poderei eu fazer
à luz, homem de rixas e homem de contendas de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?
para toda a terra” ( Jr 15.10). Abalado diante da Diz o senhor. Eis que, como o barro na mão
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do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa eu, e prevaleceste” ( Jr 20.7). Ao mesmo tem-
de Israel” ( Jr 18.6). po, Jeremias reconhecia não ser capaz de fugir
No capítulo 19, Jeremias se apresenta diante ao seu chamado. Ele escreveu: “Se eu disser:
dos líderes do povo. Ele denuncia a maldade na- Não farei menção dele e não falarei mais no
cional e, então, lança ao chão uma botija de barro, seu nome, então, há no meu coração um como
a qual fica reduzida a cacos aos pés dos anciãos e fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e es-
sacerdotes. E declara: “Assim diz o Senhor dos tou fatigado de contê-lo, e não posso mais”
exércitos: Deste modo quebrarei eu a este povo ( Jr 20.9).
e a esta cidade, como se quebra o vaso do oleiro, O autor desse capítulo é um homem em
de sorte que não pode mais refazer-se” (Jr 19.11). crise, cheio de altos e baixos, expondo corajo-
O que o Senhor quer nos ensinar nessas pas- samente as suas emoções perante o seu Deus
sagens bíblicas? Tanto o vaso quanto a botija, e os seus leitores. Há momentos em que se vê
obras das mãos de oleiro, foram quebrados. tomado por uma grande esperança, e abre seus
Mas o vaso (capítulo 18) pôde ser restaurado, lábios em hinos de triunfo ( Jr 20.11-14). Mas
pois o barro ainda estava mole. Já a botija (capí- logo em seguida é invadido pela depressão, e
tulo 19) tinha passado pelo forno, estava dura seu cântico se transforma em um lamento ( Jr
e, por isso, não teve conserto. A lição é clara: 20.15-18). Como somos frágeis e contraditó-
quando o coração do homem se apresenta ma- rios em nossa humanidade! Agradecemos ao
leável, receptivo à correção do Senhor, os peca- profeta por sua sinceridade, a qual permite que
dos são perdoados, e sua vida é restaurada. Mas nos identifiquemos com ele nas horas de pro-
quando o coração se mostra endurecido, e, ape- vação que, muitas vezes, nos sobrevêm.
sar das admoestações, o indivíduo se recusa a
arrepender-se, nada pode ser feito. Conclusão
As pessoas da época de Jeremias precisariam
fazer uma escolha: diante da correção, seriam Como devemos enfrentar os tempos difí-
maleáveis (como o vaso) ou inflexíveis (como ceis? Jeremias nos ensina que jamais devemos
a botija)? Ainda hoje, são essas as opções que nos afastar do Senhor. Mesmo sem entender
temos diante de nós. por que Deus permitia certas coisas, aquele
grande homem jamais renegou a sua fé.
As aflições de Jeremias (Jr 20)
Reflexão para a maturidade
Por causa de sua pregação ousada, Jeremias
viu a oposição ao seu ministério tornar-se ain- Ao longo dos anos, vamos acumulando do-
da mais intensa. Pasur, filho do sacerdote Imer, res, as quais transbordam na maturidade. Po-
ofendeu-o terrivelmente, prendendo o profeta rém, se dermos vazão e nos tornamos amargos,
em um cepo. Ao ser libertado, Jeremias falou nossa tendência é ficarmos isolados, o que au-
sobre o castigo que lhe sobreviria ( Jr 20.1-6). menta ainda mais a nossa dor. Então, o que fa-
Mas o profeta também se queixou com o Se- zer? Aprendamos com Jeremias: derramemos
nhor. Afinal, na opinião dele, só estava passan- nossas tristezas diante do Senhor. Assim, esta-
do por aquilo devido à sua obediência. remos com o coração leve quando encontrar-
“Seduziste-me, ó Senhor, e deixei-me sedu- mos nossos amigos e irmãos, e seremos uma
zir”, disse o profeta; “mais forte foste do que pessoa mais agradável.
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EBD 3
Sentenças e promessas
Texto bíblico – Jeremias 21 a 30 • Texto áureo – Jeremias 24.7
Quando chegamos aos capítulos 21 a 30 do rei Joaquim e vários nobres foram levados para
livro de Jeremias, as palavras do servo de Deus Babilônia. O novo rei, Zedequias, mandou con-
não podem mais ser ignoradas pelo povo. Suas sultar Jeremias, dizendo: “Pergunta agora por
predições começam a se cumprir, e as pessoas nós ao Senhor, por que Nabucodonosor, rei da
ficam preocupadas. Elas passam a levar o pro- Babilônia, guerreia contra nós; porventura, o
feta a sério, e até pedem a sua ajuda. Entretan- Senhor nos tratará segundo todas as suas mara-
to, não estão dispostas a se arrepender dos seus vilhas e fará que o rei se retire de nós?” (Jr 21.2).
pecados. Por isso, nenhum acordo é possível, e Os judeus queriam que a situação melhoras-
duras sentenças são proferidas. se, mas não estavam dispostos a mudar. Por isso,
Os primeiros judeus seguem para o cativeiro, e a resposta que Jeremias transmitiu foi dura. Ele
a destruição de Jerusalém se aproxima. Jeremias e falou que o próprio Senhor estaria guerreando
os seus contemporâneos estão no olho do furacão. contra Judá ( Jr 21.4-6), que o rei Zedequias
“Eis a tempestade do Senhor! A sua indignação já seria capturado ( Jr 21.7), e que o melhor que
saiu, uma tempestade varredora” (Jr 30.23). Ainda todos poderiam fazer era se render ao invasor
assim, eles recebem promessas de restauração e es- ( Jr 21.8,9).
perança. Essas promessas também nos fortalecem A seguir, Jeremias proferiu sentenças de jul-
quando enfrentamos nossas tempestades pessoais. gamento contra três reis. Salum (também co-
nhecido como Jeoacaz), que havia sido levado
Sentenças de julgamento para o Egito, jamais retornaria ( Jr 22.11,12).
(Jr 21 e 22) Jeoaiquim, que o sucedera, não teria honras na
sua morte ( Jr 22.18,19). E Conias (também
No ano 597 a.C., o reino de Judá foi invadido chamado Joaquim), morreria no exílio babi-
por Nabucodonosor, e Jerusalém capitulou. O lônico ( Jr 22.27,28). O castigo estava se cum-
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prindo, o fim se aproximava. Daí a seriedade do rão para mim de todo o seu coração” ( Jr 24.7).
alerta: “Ó terra, terra, terra, ouve a palavra do Na conversão somos transformados, e recebe-
Senhor” ( Jr 22.29). mos um coração capaz de agradar a Deus.
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