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ANOTAÇÃO DE AULA
SUMÁRIO
2. Instrumentos
a) Plano diretor:
Revisão: Prevista no artigo 40, parágrafo terceiro da lei nº 10.257/2.001 – não pode passar de dez anos.
Plano diretor de São Paulo (lei municipal nº 16.050/2.014) – vai até 2.021 e pode causar improbidade
administrativa (artigo 52 da lei nº 10.257/2.001):
Extensivo Complementar
CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
Não pode deixar de rever acima de dez anos, mas não há previsão abaixo desse prazo.
Dar publicidade, acessibilidade aos interessados e permitir a participação popular através de audiências públicas.
Caso não sejam atendidas essas condicionantes, haverá improbidade administrativa (artigo 52 da lei nº
10.257/2.001):
Toda cidade que deva fazer o plano diretor também é obrigada a elaborar o plano de mobilidade urbana (artigo
24 da lei nº 12.587/2.012).
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Art. 24. O Plano de Mobilidade Urbana é o instrumento de
efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana e deverá
contemplar os princípios, os objetivos e as diretrizes desta Lei, bem
como:
I - os serviços de transporte público coletivo;
II - a circulação viária;
III - as infraestruturas do sistema de mobilidade urbana, incluindo as
ciclovias e ciclofaixas; (Redação dada pela Lei nº 13.683, de
2018)
IV - a acessibilidade para pessoas com deficiência e restrição de
mobilidade;
V - a integração dos modos de transporte público e destes com os
privados e os não motorizados;
VI - a operação e o disciplinamento do transporte de carga na
infraestrutura viária;
VII - os polos geradores de viagens;
VIII - as áreas de estacionamentos públicos e privados, gratuitos ou
onerosos;
IX - as áreas e horários de acesso e circulação restrita ou controlada;
X - os mecanismos e instrumentos de financiamento do transporte
público coletivo e da infraestrutura de mobilidade urbana; e
XI - a sistemática de avaliação, revisão e atualização periódica do
Plano de Mobilidade Urbana em prazo não superior a 10 (dez) anos.
§ 1o Em Municípios acima de 20.000 (vinte mil) habitantes e em
todos os demais obrigados, na forma da lei, à elaboração do plano
diretor, deverá ser elaborado o Plano de Mobilidade Urbana,
integrado e compatível com os respectivos planos diretores ou neles
inserido.
§ 2o Nos Municípios sem sistema de transporte público coletivo ou
individual, o Plano de Mobilidade Urbana deverá ter o foco no
transporte não motorizado e no planejamento da infraestrutura
urbana destinada aos deslocamentos a pé e por bicicleta, de acordo
com a legislação vigente.
§ 3o O Plano de Mobilidade Urbana deverá ser compatibilizado com
o plano diretor municipal, existente ou em elaboração, no prazo
máximo de 6 (seis) anos da entrada em vigor desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.406, de 2016)
§ 4º Os Municípios que não tenham elaborado o Plano de
Mobilidade Urbana até a data de promulgação desta Lei terão o
prazo máximo de 7 (sete) anos de sua entrada em vigor para elaborá-
lo, findo o qual ficarão impedidos de receber recursos orçamentários
federais destinados à mobilidade urbana até que atendam à
exigência desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.683, de
2018)
§ 5º O Plano de Mobilidade Urbana deverá contemplar medidas
destinadas a atender aos núcleos urbanos informais consolidados,
nos termos da Lei nº 13.465, de 11 de julho de
2017. (Incluído pela Lei nº 13.683, de 2018)
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§ 6º (VETADO). (Redação dada pela Lei nº 13.683, de 2018)
A lei municipal pode exigir o EIVI/RIVI (estudo de impacto de vizinhança e relatório de impacto de vizinhança).
EIA/RIMA EIV
Surgiu com a resolução Visa eliminar ou minimizar
CONAMA nº 01/1.986 (artigos impactos urbanos e só existe
6º e 9º) e visa os impactos na zona urbana. O artigo 37
causados ao meio ambiente do Estatuto da Cidade fixa
físico ou natural, bem como conteúdo mínimo do EIV, o
aspectos socioeconômicos. artigo 36 diz que cabe a lei
municipal definir as atividades
Existe na zona urbana e rural. que dependerão de referido
estudo.
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Artigo 6º - O estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo,
as seguintes atividades técnicas:
I - Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa
descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal
como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área,
antes da implantação do projeto, considerando:
a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os
recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos
d'água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes
atmosféricas;
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora,
destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor
científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de
preservação permanente;
c) o meio socioeconômico - o uso e ocupação do solo, os usos da
água e a socioeconomia, destacando os sítios e monumentos
arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de
dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a
potencial utilização futura desses recursos.
II - Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas,
através de identificação, previsão da magnitude e interpretação da
importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os
impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e
indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e
permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades
cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais.
III - Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre
elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de
despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.
IV - Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento
(os impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros
a serem considerados.
Parágrafo Único - Ao determinar a execução do estudo de impacto
Ambiental o órgão estadual competente; ou o IBAMA ou quando
couber, o Município fornecerá as instruções adicionais que se fizerem
necessárias, pelas peculiaridades do projeto e características
ambientais da área.
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operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia,
os empregos diretos e indiretos a serem gerados;
III - A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental
da área de influência do projeto;
IV - A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e
operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os
horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os
métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação,
quantificação e interpretação;
V - A caracterização da qualidade ambiental futura da área de
influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto
e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;
VI - A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras
previstas em relação aos impactos negativos, mencionando aqueles
que não puderam ser evitados, e o grau de alteração esperado;
VII - O programa de acompanhamento e monitoramento dos
impactos;
VIII - Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões
e comentários de ordem geral).
Parágrafo único - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e
adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas
em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros,
gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se
possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem
como todas as consequências ambientais de sua implementação.
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c) Instrumentos de indução: Ligado ao direito à moradia, desenvolvimento urbano e função socioambiental da
propriedade urbana.
Observação: A recomendação expedida pelo MP só é cabível para os casos em que haja o descumprimento de
uma obrigação.
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Art. 5o Lei municipal específica para área incluída no plano diretor
poderá determinar o parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
utilizado, devendo fixar as condições e os prazos para implementação
da referida obrigação.
§ 1o Considera-se subutilizado o imóvel:
I – cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo definido no plano
diretor ou em legislação dele decorrente;
II – (VETADO)
§ 2o O proprietário será notificado pelo Poder Executivo municipal
para o cumprimento da obrigação, devendo a notificação ser
averbada no cartório de registro de imóveis.
§ 3o A notificação far-se-á:
I – por funcionário do órgão competente do Poder Público municipal,
ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a
quem tenha poderes de gerência geral ou administração;
II – por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de
notificação na forma prevista pelo inciso I.
§ 4o Os prazos a que se refere o caput não poderão ser inferiores a:
I - um ano, a partir da notificação, para que seja protocolado o
projeto no órgão municipal competente;
II - dois anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras
do empreendimento.
§ 5o Em empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional,
a lei municipal específica a que se refere o caput poderá prever a
conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado
compreenda o empreendimento como um todo.
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§ 3o É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à
tributação progressiva de que trata este artigo.
1º:
Parcelamento;
Edificação; Compulsórios (artigos 5º, parágrafo primeiro e 6º da lei nº 10.257/2.001).
Utilização.
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Art. 6o A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis,
posterior à data da notificação, transfere as obrigações de
parcelamento, edificação ou utilização previstas no art. 5o desta Lei,
sem interrupção de quaisquer prazos.
Necessita incluir a área em questão no plano diretor e a posterior aprovação deste por lei municipal. Ainda,
carecerá de elaboração de outra lei municipal específica para tratar dos prazos e condições referentes ao instituto
do parcelamento edificação e utilização compulsórios.
Deverá ocorrer notificação pessoal ou via edital do proprietário do terreno e sua posterior averbação na matrícula
do imóvel. Trata-se de obrigação “propter rem”, logo, não há a interrupção do prazo ou extinção da obrigação
apenas pelo fato de transmissão “inter vivos” ou “causa mortis” do imóvel.
2º:
Caso não haja o atendimento das exigências legais, passará para a aplicação do IPTU progressivo (artigo 7º da lei
nº 10.257/2.001 – é dever do Poder Público).
3º:
É desapropriação sanção (artigos 8º e 7º, parágrafo segundo do Estatuto da Cidade).
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§ 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja
atendida em cinco anos, o Município manterá a cobrança pela
alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação, garantida a
prerrogativa prevista no art. 8o.
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