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ABSTRACT
The use of anaerobic digesters for the treatment of cattle manure has been
encouraged because it is a clean development mechanism combining financial
profitability of sustainable development, since, in addition to promoting the proper
treatment of agricultural waste produces biogas, an energy source Alternatively.
However, the biogas generated during fermentation contains hydrogen sulfide (H2S),
a highly toxic and corrosive gas, and CO2, which reduces the calorific value of the
biogas, and other waste, necessitating the use of filters for removing contaminants ,
thus avoiding damage to equipment and increased maintenance costs and
replacement. Given the above, the present work was the development of a study
based on the transformation of biogas enrichment process, removal of contaminants
and methane concentration in a cheap from the inserting purification technologies
available to all ranchers. To this end, three filtration systems were chosen for
effecting tests to prove their efficiency and their cost benefits. The first filter system
consists in inserting with FeCl3 to the manure in the mailbox, filtering the biogas in a
sprinkler system in a water solution - calcium hydroxide to 15%, followed by filtering
charcoal. The second filtering system it is filtering the biogas in a sprinkler system in
a water solution - calcium hydroxide to 15%, followed by filtering charcoal. The third
and final filtration system is based on the addition of 4% oxygen in the biogas,
followed by filtering a solution of water - mono-ethanolamine and 10%, followed by
filtering charcoal. For the production of biogas will be used in a tubular digester "plug
flow", implemented at the Federal University of São Francisco Valley, Campus of
Agricultural Sciences in Petrolina-PE, and the biogas is used as fuel to power a set
Construction: the generation of electricity.
1. INTRODUÇÃO
Durante a evolução humana a energia sempre foi reconhecida como um dos
pilares do desenvolvimento. Atualmente o mundo se encontra em franca procura de
novas formas de energia, uma vez que as fontes convencionais são não renováveis
e altamente poluidoras, contribuindo de forma significativa para as emissões de
gases de efeito estufa.
O Protocolo de Kyoto vem em busca de melhorias no clima do planeta, desta
forma, os países desenvolvidos devem reduzir suas emissões de gases efeito
estufa, podendo promover estas reduções fora do seu território. Para isso, podem
desenvolver a alternativa do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL, e esta
alternativa implica em assumir responsabilidade para reduzir as emissões de
poluentes e promover o desenvolvimento sustentável. São mecanismos de
investimentos pelos quais os países desenvolvidos têm metas de redução e
emissão, e aplicação de recursos financeiros em projetos que venham reduzir a
emissão de gases do efeito estufa. (GRZYBOWSKI 2005).
Acompanhando uma tendência mundial e especificações estabelecidas no
protocolo de Kyoto ratificado em 1997 foram criadas políticas para pesquisa,
desenvolvimento e incentivo de tecnologias que utilizam formas alternativas de
energia como: eólica, solar, hidráulica, biocombustível, biomassa, biogás e etc. O
agravamento das condições climáticas no planeta nas ultimas décadas, evidenciou a
necessidade de promover um desenvolvimento de forma sustentável.
O surgimento do mercado do crédito de carbono, a partir do Protocolo de
Kyoto, implantou limites de emissão dos gases efeito estufa para os países
industrializados. O acordo assinado em 1997 prevê a redução da emissão de gases
que produzem o efeito estufa, foi estipulada uma redução média de 5,2% para os
anos de 2008 até 2012, com base da emissão do ano de 1990. Os créditos de
carbono são certificados que autorizam empresas de países desenvolvidos o direito
de poluir, mas estas devem pagar por projetos (MDL) em países em
desenvolvimento GRZYBOWSKI (2005).
Tendo em vista o desenvolvimento de fontes limpas de energia o biogás
tornou-se uma das melhores alternativas pra tais fins. Sabendo que a matéria prima
para sua obtenção são dejetos que iriam poluir o meio–ambiente e que com
processos de digestão anaeróbica geram energia e biofertilizante, privando assim o
planeta de mais poluição.
Segundo SALOMON (2007), o processo de digestão anaeróbia apresenta-se
como uma interessante opção de tratamento de resíduos aplicada ao setor rural, nas
propriedades com criações de animais em confinamento. Como por exemplo,
bovinocultura, suinocultura, avicultura e etc.
O biogás consiste da fermentação de matéria orgânica e, é de cerca de 60%
de metano, 35% de dióxido de carbono e 5% de uma mistura de hidrogênio,
nitrogênio, amônia, ácido sulfídrico, monóxido de carbono, aminas voláteis e
oxigênio. (WEREKO-BROBBY; HAGEN, 2000).
Um dos grandes empecilhos para o uso em massa do biogás esta em sua
composição que além do metano, sua principal fonte de energia, apresenta os
demais componentes descritos acima que agem de forma a reduzir o seu potencial
energético, como o gás carbônico, e contaminantes, como o sulfeto de hidrogênio,
que é toxico e corrosivo. A partir disso em seu uso como combustível é necessário a
realização de um processo de purificação para a redução dos contaminantes antes
do processo de combustão.
A inserção de tecnologias de digestão anaeróbica está em alta, o Brasil deu
início a aplicação dessa tecnologia apenas nas últimas décadas, e principalmente
em regiões de alta produção agropecuária, como a região Centro-Oeste (34,6%) e
Norte (20,1%), maiores rebanhos bovinos do país, e as regiões Sul (47%) e Sudeste
(18%), maiores rebanhos suínos (IBGE, Censo Agropecuário 2010).
Segundo BECK (2007) as tecnologias mais sofisticadas de tratamento de
dejetos, como por exemplo, a separação de fases, tratamentos biológicos (lagoas
anaeróbias, e estabilizadoras), estão fora do alcance da grande maioria dos
produtores, visto seu custo de aquisição. Tendo em vista esses fatores, e a baixa
produção na agropecuária por causa do clima semiárido, a região Nordeste acaba
sendo privada, em parte, de investimentos em relação às demais regiões do país.
Desta forma uma implantação com uma baixa produção de biofertilizante e
principalmente biogás seria possível desde que, todo o processo, envolvendo
materiais, mão-de-obra e instalação fosse barateado, o que tornaria essa uma
solução viável, inserindo assim essa região castigada pela seca e miséria, no
contexto das novas tecnologias.
3. DIGESTÃO ANAÉROBICA
4. BIOGÁS
4.2.5. Temperatura
O2 (%) 0,1 - 1
CO 0 - 0,1
H 1- 3
Fonte: (Castanon, 2002).
5. ENRIQUECIMENTO DO BIOGÁS
2H2S + O2 = 2S + 2H2O
Fonte: www.scandinaviangts.com
• Para a sociedade:
Geração de empregos e eliminação ou redução de subempregos;
Geração descentralizada e próxima aos pontos de carga, a partir de uma fonte
renovável que vem sendo tratada como resíduo; e
Colaboração para a viabilidade econômica do saneamento básico.
• Para as prefeituras:
Possibilidade de receita extra, proveniente da energia gerada com biogás e
vendida às concessionárias;
Contribuição para a viabilidade econômica do tratamento do lixo;
Menor rejeição social das instalações de saneamento, uma vez que elas passam
a ser gerenciadas de forma melhor, representando um exemplo a ser seguido;
• Para as estações de tratamento de esgotos, gerenciadoras de aterros e
outras:
Redução na quantidade de eletricidade comprada da concessionária;
Possibilidade eventual de venda de eletricidade à rede; e
Possibilidade de uso de processos de cogeração, ou seja, a geração de
eletricidade tem como subproduto calor, a ser usado no tratamento do esgoto, ou
mesmo, ser vendido a terceiros.
• Para o meio ambiente:
Redução das emissões de metano para a atmosfera, pois este é um importante
gás de efeito estufa. O seu potencial de aquecimento global é muito maior que o de
CO2;
Redução do consumo de combustíveis fósseis, principais responsáveis pelo efeito
estufa;
Redução na geração de odor para as vizinhanças, de chorume e de contaminação
do lençol freático; e
Melhoria nas condições dos lixões, que representam mais de 70% da condição de
disposição nacional do lixo.
• Tecnológicos:
Limpeza do gás; e
Necessidade de planta de demonstração no país.
• Econômicos:
Investimento elevado, dependendo da fonte de biogás;
A análise econômica convencional, desconsidera benefícios ambientais (emissões
de metano – saneamento).
8. OBJETIVOS:
8.2. Específicos:
- Analisar a eficiência do biodigestor, quanto ao seu nível de produção de
metano, a partir de resíduos bovinos de leite;
- Testar a eficiência dos processos de purificação, utilizando equipamentos de
baixo custo;
- Avaliar o biogás já enriquecido, a partir de seu poder calorífico e
concentração de metano, além de seu rendimento na produção de energia;
- Comparar o rendimento do biogás no motor de combustão interna, em
relação ao biogás enriquecido a partir de processos mais caros, e com outros tipos
de combustíveis.
9. MATERIAL E MÉTODOS
O filtro de aspersão será composto por duas colunas de 1,5 m de altura e 100
mm de diâmetro, sendo ambas de PVC, onde o biogás terá entrada na parte inferior
da coluna em um volume de 1,8 m³/h, a 0,4 bar, alimentado por um compressor
bifásico, com potencia de 250 watts, enquanto a água com taxa de entrada de 0,5
m³/h, alimentada por uma bomba d`água, a água em sentido descendente será
levada a outra coluna, onde será filtrada, para retirada do CO 2, por meio de agitação,
e o produto da reação entre Ca(OH)2 e H2S, o CaS, que se sedimentará, e oxidado
formando CaSO4, para utilização como fertilizante agrícola.
9.4.
Análise de Dados
10. CRONOGRAMA
MS – Matéria Sólida
ppm – partes por milhão
GEE – Gases de Efeito Estufa
DBO – Demanda Biológica de Oxigênio
12. REFERÊNCIAS
BECK, A.M. O biogás de suínos como alternativa energética sustentável. In: XXVII
ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. A energia que move
a produção: um dialogo sobre integração projeto e sustentabilidade. Foz do
Iguaçu-PR, 2007.
DUBEY, A.K. Wet scrubbing of carbon dioxide. Annual report of CIAE, Bhopal,
India, 2000.
GOLUB, L., KRIEGER, A. S., HARVEY, J. W., & VAIANA, G. S. Sol. Phys., 53, 111,
1977.
HAGEN M, POLMAN E. Adding gas from biomass to the gas grid. Final report
submitted to Danish Gas Agency; 26–47, 2001.
LENS, L.; GALBUSERA, P.; BROOKS, T.; WAIYAKI, E.; SCHENCK, T. Highly
skewed sex ratios in the critically endangered Taita thrush as revealed by CHD
genes. Biodiversity and Conservation 7(7): 869-873, 1998.
LETTINGA, G. et al. Use of the upflow sludge blanket (USB) reactor concept for
biological wastewater treatment, especially for anaerobic treatment.
Biotechnology and bioengineering, v. 22, p. 699-734, 1996.
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value gas on spark ignition engines. Biomass e bioenergy, v. 18, p. 431-439,
2000.
OBERT, E.F. Motores de combustão interna. Porto Alegre: Editora Globo, 1971.
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Environmental Technologies to treat sulfur production. P. N. L. Lens and L. Hulshoff,
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TAYLOR, C.F. Análise dos motores de combustão interna. São Paulo: Edgard
Blucher,. v.1., 1971.