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Apostila de Hidráulica - Alexandre PDF
Apostila de Hidráulica - Alexandre PDF
Apostila de Hidráulica - Alexandre PDF
HIDRÁULICA
Aplicada em condutos
forçados
Prof. Dr. Alexandre Silveira
Hidráulica Básica – Rodrigo de Melo Porto, Escola de Engenharia da São Carlos – USP
A pressão é originada por uma força normal aplicada sobre uma superfície de um
fluido com uma área A, se Fn representa a força normal que age numa superfície de área
A, e dFn a força normal que age num infinitésimo de área dA, podemos constatar que a
pressão num ponto será:
dFn
p=
dA
Fn
p=
A
Se um fluido está em repouso, todos os seus pontos também deverão estar. Caso
apareça uma pressão diferente em alguma direção, isso resulta em um desequilíbrio no
ponto, provocando um deslocamento na direção onde a pressão for maior. Logo, se um
fluido está em repouso, todas as pressões atuantes no entorno de um ponto são iguais.
Teorema de Stevin
pb − pc = γ ( hb − hc )
e) nos gases, como o peso específico é pequeno, se a diferença de cota entre dois
pontos não for muito grande, pode-se desprezar a diferença de pressão entre eles.
Lei de Pascal
A lei de Pascal diz que a pressão aplicada num ponto de um fluido em repouso
transmite-se integralmente a todos os pontos do fluido.
Pela formula de Stevin foi observado que a altura e a pressão mantêm uma relação
constante para fluidos do mesmo tipo. Podendo expressar, então, a pressão num certo
fluido em unidade de comprimento lembrando que:
p
=h
γ
Como a escala relativa toma a pressão atmosférica como ponto inicial, os valores
abaixo da pressão atmosférica são registrados com valores negativos (conhecido como
vácuo parcial ou depressão). Já na escala absoluta todos os valores são positivos, pois,
como dito anteriormente ela toma como ponto de partida o vácuo perfeito ou total.
Pressão = Pa = N/m2
A partir da figura acima pode ser afirmado que:
m
ρ=
V
(ρ água = 1000kg / m 3 )
Peso específico
Viscosidade dinâmica
µ = 1,007.10-3 kg/(m.s)
Número de Reynolds
ρ⋅V⋅D
Re= µ
Vazão
Q = V⋅A
2 2
P1 V1 P V
+ + Z1 = 2 + 2 + Z 2
γ 2g γ 2g
P
= carga de pressão (m)
γ
V2
= carga cinética (m)
2g
2 2
P1 V1 P V
+ + Z1 = 2 + 2 + Z 2 + ∆H1−2
γ 2g γ 2g
P
Linha piezométrica = lugar geométrico dos pontos cujas cotas são dadas por + z.
γ
P
Cada valor + z é chamado de cota ou carga piezométrica.
γ
P V2
Linha de energia = lugar geométrico dos pontos cujas cotas são dadas por +z+ .
γ 2g
P V2
No caso de fluidos reais em escoamento permanente, a carga total, +z+ , diminui
γ 2g
ao longo da trajetória no sentido do escoamento.
OBSERVAÇÕES
P
b) Em cada seção da tubulação a carga de pressão disponível é γ , podendo ser
positiva, negativa ou nula.
d) A perda de carga entre dois pontos da trajetória é a perda de energia total e não
de perda de carga piezométrica.
3. Escoamento uniforme em tubulações - perda de carga distribuída
L V2
∆H = f ⋅ ⋅ ; substituindo Q = V.A
D 2g
L
∆H = 0,0827 ⋅ f ⋅ 5 ⋅ Q 2
D
f = fator de atrito
DIAGRAMA DE MOODY
Os valores da rugosidade absoluta para diversos materiais são apresentados na tabela a
seguir.
Exemplo 1: Calcule a perda de carga em um tubo de aço galvanizado com costura com
25mm de diâmetro e 160m de comprimento que transporta água a uma vazão de 30 litros
por minuto. ( ∆H = 11,8m )
Exemplo 2 - 2.6, pg 51
Exemplo 3 - 2.7, pg 52 – Solução da equação complexa – calculadora
Exemplo 4 – Tem-se um reservatório elevado com altura de água disponível de 15m
alimentando um reservatório enterrado através de uma tubulação de aço galvanizado
com costura de 40mm de diâmetro e 120m de comprimento. Calcule a vazão que pode ser
drenada por essa tubulação (chuta-se V, calcula Reynolds, obtém-se f do diagrama de
moody, calcula-se V. Repete-se até que V=Vn+1) – Q= 2,3L/s
Exemplo 5 – Tem-se um reservatório elevado com altura de água disponível de 15m
alimentando um reservatório enterrado através de uma tubulação de aço galvanizado
com costura de 120m de comprimento. Sendo necessária uma vazão de 5 L/s, determine o
diâmetro dessa tubulação para realizar esta tarefa. (chuta-se V, calcula o diâmetro, calcula
Reynolds, obtém-se f do diagrama de moody, calcula-se V. Repete-se até que V=Vn+1) –
D=0,055m
Q1,85
J = 10,65 ⋅ em que
C1,85 ⋅ D 4,87
J = perda de carga unitária (m/m)
Q = vazão (m3/s)
D = Diâmetro (m)
C = coeficiente de rugosidade que depende da natureza e do estado das paredes do tubo.
É valida para:
a) escoamento turbulento de transição
b) água a 20ºC
c) diâmetro maior ou igual a 4”
d) origem: experimental com tratamento estatístico
e) aplicação: redes de distribuição de água, adutoras, sistemas de recalque
Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao
Projetos de instalações prediais de água fria, recomendada pela ABNT para PVC e aço
galvanizado, em instalações prediais hidráulico sanitárias.
J(m/m), D(m) e Q(m3/s)
Q 1,88
J = 0,002021
D 4,88
Q 1,75
J = 0,0008695
D 4, 75
A perda de carga de uma singularidade pode ser equivalente a uma perda de carga
distribuída de uma tubulação com mesmo diâmetro e determinado comprimento Le.
Le
∆H = 0,0827 ⋅ f ⋅ ⋅Q2
D5
Basta somar os valores de Le das diversas singularidades ao comprimento real da
tubulação e resolver o problema de perda de carga distribuída.
Os valores de Le são obtidos analítica e experimentalmente para cada peça e variam
conforme o material e o diâmetro.
Os tubos roscáveis de PVC têm como referência de medida o seu diâmetro interno, por
exemplo:
O tubo roscável de ¾” (três quarto de polegada) tem a sua medida externa no valor de
aproximadamente 25,4mm, ou seja, uma polegada, porém apresenta a medida do seu
diâmetro interno de 19,05 mm, que na verdade convertendo para polegada é equivalente
a ¾”.
Por isso afirma-se que este tubo tem diâmetro ¾” (três quarto de polegada).
Os tubos soldáveis de PVC têm como referência de medida o seu diâmetro externo, por
exemplo:
O tubo soldável de 25 mm (vinte e cinco milímetros) tem a sua medida interna no valor de
aproximadamente 21 mm, ou seja, valor menor do que o mencionado pelo fabricante
como referência, porém ele apresenta a medida do seu diâmetro externo no valor de 25
mm.
Análise de Tubulações
O cálculo da vazão transportada em uma linha de tubulações com diâmetros diferentes e
diversos acessórios e sob pressão é um dos principais problemas da Hidráulica.
Obviamente esta vazão depende da energia disponível pelo sistema. È necessário calcular
as perdas distribuídas e as perdas localizadas produzidas pelos acessórios. Estas perdas
devem ser somadas e comparadas com a energia que o sistema dispõe.
Considerando o sistema abaixo e conhecido todos os elementos é possível traçar a linha
da energia (tracejada) e a linha piezométrica (contínua)
• Linha de energia corresponde às perdas de carga distribuídas e apresenta
descontinuidade provocada pelas perdas localizadas.
• Linha piezométrica, V2/2g abaixo da linha de energia
• As superfícies livres dos reservatórios apresentam pressão atmosférica e
representam condições energéticas limites. A diferença de cota entre as
superfícies representa a energia total que o sistema dispõe, para dependendo das
condições da linha veicular uma certa vazão (por gravidade)
• A, B, C, D, E, F, perdas localizadas
• Trecho retilineo a perda é distribuída e vale JiLi e cada singularidade a perda é
dada por K.V2/2g
• Possibilidade de haver elementos para fornecer ou retirar energia do sistema.
2 2
f ⋅L ⋅V Vj
∆H = ∆Z = ∑i i i i + ∑ j K j ⋅
D i ⋅ 2g 2g
Traçado 1
Traçado 4
Em que: Q m = Q j + q ⋅ L
Vazão Fictícia: vazão constante que produz a mesma perda de carga verificada na vazão
em marcha
Qm + Q j
Qf =
2
Caso Qj=0, ponta seca ou extremidade morta
Q
Qf = m
3
2
0,0827 ⋅ f ⋅ Q f
J=
D5
Exemplo 4.1
3. Condutos Equivalentes
Um conduto é equivalente à outro ou a um sistema de condutos se a perda de carga total
em ambos é a mesma, para uma mesma vazão transportada. Substituir um sistema
complexo de tubulações por outro mais simples ou mesmo por um único conduto
a. Conduto equivalente a outro
Dois condutos de comprimentos, diâmetros e rugosidades diferentes. Para que
∆H 1 = ∆H 2 e Q1 = Q 2 :
5
f D
L 2 = L1 ⋅ 1 ⋅ 2 ---------------------------Fórmula universal
f2 D1
1,85 4 , 87
C D
L 2 = L1 ⋅ 2 ⋅ 2 ------------------Hazen-Willians
C1 D1
b. Conduto equivalente a um sistema
Tubulações em série
Tubulações em paralelo
Tubulações ramificadas
Redes de tubulações
Analogia formal entre sistemas hidráulicos e os sistemas elétricos de corrente contínua.
Q=corrente, Perda de carga=DDP, e resistência hidráulica = resistência ôhmica.
Sistema em série
Para o conduto percorrido pela mesma vazão a perda de carga total entre as
extremidades é a soma das perdas de carga. Fixando um certo D, o comprimento L de
uma tubulação pode ser determinado transformando-se cada trecho da associação em
conduto equivalente de diâmetro D utilizando:
f ⋅L n
fi ⋅ Li
D 5
= ∑
i =1 D i
5
Fórmula Universal
L n
Li
1,85
C ⋅D 4, 87
= ∑
i =1 C
1, 85
Di
4, 87
Hazen-Willians
Sistema em paralelo
A vazão se distribui pelos trechos inversamente proporcional às resistências
hidráulicas. A perda de carga é a diferença entre as cotas piezométricas na
entrada e na saída do sistema, a perda de carga é a mesma em todos os
trechos e a vazão de entrada é igual à soma das vazões nos trechos.
0,0827 ⋅ f ⋅ L ⋅ Q 2 ∆H ⋅ D 5
∆H = ⇒Q=
D5 0,0827 ⋅ f ⋅ L
5 5 5
∆H ⋅ D 5 ∆H 1 ⋅ D1 ∆H 2 ⋅ D 2 ∆H 3 ⋅ D 3
Q = Q1 + Q 2 + Q 3 → = + +
0,0827 ⋅ f ⋅ L 0,0827 ⋅ f 1 ⋅ L1 0,0827 ⋅ f 2 ⋅ L 2 0,0827 ⋅ f 3 ⋅ L 3
Desenvolvendo:
2, 5 2 ,5 2 ,5
D 2 ,5 D1 D2 D3
= + +
f 0,5 ⋅ L0,5 f 1 0,5 ⋅ L1 0,5 f 2 0,5 ⋅ L 2 0,5 f 3 0,5 ⋅ L 3 0,5
Caso utilize Hazen-Williams
2 , 63 2 , 63 2 , 63
C ⋅ D 2,63 C1 ⋅ D1 C2 ⋅ D2 C3 ⋅ D3
= + +
L0,54 L1
0, 54
L2
0, 54
L3
0, 54
4. Sistemas ramificados
Um sistema é dito ramificado quando em uma ou mais seções de um conduto ocorre
variação da vazão por derivação de água para um reservatório ou para consumo direto
em uma rede de distribuição
a. Tomada de água entre dois reservatórios
O reservatório superior será sempre abastecedor enquanto o reservatório
inferior (de compensação) pode funcionar como abastecedor ou não.
Na figura, R1 e R2 com níveis constantes, ABC é a tubulação e B é a tomada de
água.
Situação 1
Se a vazão em B for nula, a vazão que sai de R1 chega a R2 e linha piezométrica
é dada por LB1M. Os trechos funcionam como condutos em série sujeitos a
uma perda de carga total igual a Z1-Z2.
∆H = Z1 − Z 2
f ⋅L f ⋅L
∆H = ∆H1 + ∆H 2 = 0,0827 ⋅ Q 2 ⋅ 1 5 1 + 2 5 2
D1 D2
∆H
Q=
f ⋅L f ⋅L
0,0827 ⋅ 1 5 1 + 2 5 2
D1 D2
Situação 2
Se a vazão em B aumenta, a linha piezométrica cai (diminui a cota piezométrica
em B) e a vazão que chega a R2 diminui, até que a cota piezométrica em B se
torne igual a Z2. neste ponto a LP é B3M e a vazão no trecho 2 é nula e
∆H
QB =
f ⋅L
0,0827 ⋅ 1 5 1
D1
Situação 3
Aumentando-se a retirada em B a cota piezométrica em B cai para B4, R2 passa
a funcionar como abastecedor e QB é a soma das vazões nos dois trechos
(Z 1 − B 4 ) (Z 2 − B 4 )
QB = +
f ⋅L f ⋅L
0,0827 ⋅ 1 5 1 0,0827 ⋅ 2 5 2
D1 D2
INTRODUÇÃO
A potência recebida pela bomba é fornecida pelo motor que aciona a bomba, daí o
nome conjunto moto-bomba. A potência é calculada pela expressão:
P = γ ⋅Q ⋅ H
Como a transformação de energia no processo não se dá em condições ideiais (sem
perdas de rendimento), a potência cedida por uma bomba é superior à que o
escoamento recebe. Definindo η como o rendimento da transformação (conjunto), a
potência é calculada pela expressão:
γ ⋅Q ⋅ H
P=
η
Em que:
P = Potência (W)
Q = Vazão (m3/s)
H = Altura manométrica (m)
γ = Peso específico do líquido (N/m3)
A unidade de potência normalmente utilizada é o cavalo-vapor (cv). A equivalência
entre Watt e cv é a seguinte:
1000 W = 1,36 cv
A expressão para o cálculo da potência em cv fica:
γ ⋅Q ⋅ H
P=
735 ⋅ η
Exemplo:
m
DIMENSIONAMENTO ECONÔMICO DA LINHA DE RECALQUE
D ( m) = K ⋅ Q ( m 3 / s )
Em que K depende, entre outros, dos custos de material, mão de obra, operação, e
manutenção do sistema. Em geral K assume valores na faixa de 0,7 a 1,3.
Exemplo:
PLANILHA PARA O CÁLCULO DO DIÂMETRO ECONÔMICO DE UM SISTEMA ELVATÓRIO
Q (l/s) Hg (m) L (m) e (mm) T (h) N (dias) A (R$/ h (%) hm (%) t (%)
kW*h)
80 48 880 0,4 16 365 0,031 0,7 0,85 0,12
Diâmetro Reynolds J H=Hg+JL Custo bom Custo tubu Custo anu Custo total
(mm) (m/m) (m) beamento lação tubulação anual
150 6,79E+05 0,1790 205,50 49022,232 41139,568 4936,75 53959
200 5,09E+05 0,0396 82,84 19761,825 61542,333 7385,08 27147
250 4,07E+05 0,0124 58,87 14042,806 84110,066 10093,21 24136
300 3,40E+05 0,0048 52,21 12455,111 108567,97 13028,16 25483
350 2,91E+05 0,0022 49,90 11902,686 134718,5 16166,22 28069
400 2,55E+05 0,0011 48,95 11677,557 162411,19 19489,34 31167
450 2,26E+05 0,0006 48,52 11574,416 191526,77 22983,21 34558
500 2,04E+05 0,0003 48,30 11522,696 221967,8 26636,14 38159
CURVAS CARACTERÍSTICAS
Curva característica de uma bomba
Os fabricantes de bombas apresentam nos catálogos, as curvas de uma bomba por
meio de um gráficos que relacionam: a altura manométrica com a vazão, H=f(Q)
indicando também as linhas de igual rendimento, da potência necessária em função da
vazão, Pot=f(Q) e do rendimento em função da vazão η =f(Q). As curvas características
são obtidas experimentalmente em um banco de ensaio. Para a escolha da bomba
adequada, os fabricantes também apresentam o gráfico da variável NPSH requerido
(discutidas mais aditante).
Exemplos:
Uma bomba centrífuga, com rotação igual a 1750rpm e curva característica dada pela
tabela a seguir, está conectada a um sistema de elevação que consta de duas
tubulações em paralelo, dois reservatórios superiores e um reservatório inferior. Uma
tubulação de 0,10m de diâmetro, comprimento de 360m e f=0,015 está ligada ao
reservatório com nível de água na cota 800,00m. A outra de 0,15m de diâmetro,
comprimento de 900m e f=0,030, está ligada ao reservatório com nível de água na cota
810,00m. O reservatório inferior tem nível de água na cota 780,00m. Determine:
Associação de bombas em série e em paralelo
A bomba é usada para elevar água a uma altura geométrica de 6,5, por meio de
uma tubulação de 0,10m de diâmetro, 65m de comprimento e f=0,020.
a) Determine a vazão recalcada e a potência consumida pela bomba
b) Sendo necessária aumentar a vazão pela adição de uma segunda bomba
idêntica, investigue se nova bomba deve ser instalada em série ou em paralelo
com a bomba original.
Escolha do conjunto motor-bomba.
Quando um líquido em escoamento passa por uma região de baixa pressão, chegando
a atingir a sua pressão de vapor, naquela temperatura, formam-se bolhas de vapor do
líquido. Estas bolhas são arrastadas pelo escoamento e podem atingir regiões em que a
pressão é maior do que àquela na região em que as bolhas se formaram. Esta brusca
variação de pressão provoca o colapso das bolhas por um processo de implosão. Este
processo de criação e colapso das bolhas é chamado cavitação.
A cavitação que pode ocorrer nas paredes da tubulação e nos rotores das bombas
provoca a destruição gradativa do material.
No caso dos sistemas de bombeamento, o ponto mais crítico, em termos de baixa
pressão, ocorre na tubulação de sucção. A queda de pressão que ocorre desde a
superfície livre do líquido até a entrada do flange de sucção, depende da vazão, do
diâmetro, do comprimento da tubulação, da rugosidade do material e principalmente
da altura estática de sucção que é a distância vertical do eixo da bomba até o nível de
água da onde se está bombeando.
2
P V P
NPSH d = 2 + 2 − v
γ 2.g γ
Em que Pv é a pressão de vapor da água em uma dada temperatura.
Aplicando-se Bernoulli entre a superfície livre do reservatório e a entrada da bomba (1
e 2), têm-se:
2 2
P1 V1 P V
+ + Z1 = 2 + 2 + Z 2 + ∆H S
γ 2⋅g γ 2⋅g
2
Patm P2 V2
= + + Z + ∆H S
γ γ 2⋅g
2
Patm P V
− Z − ∆H S = 2 + 2
γ γ 2⋅g
Comparando as equações em destaque, têm-se:
Pv Patm
NPSH d + = − Z − ∆H S
γ γ
Patm Pv
NPSH d = − − Z − ∆H S
γ γ
Para bomba afogada, ou seja, se o eixo da bomba estive abaixo da linha de água, o
mesmo raciocínio leva a:
Patm Pv
NPSH d = − + Z − ∆H S
γ γ
N.P.S.H. Requerido – (Net Positive Suction Head) – NPSHr
É uma característica da bomba, definida como a energia requerida pelo líquido para
chegar, a partir do flange de sucção e vencendo as perdas de carga dentro da bomba,
ao ponto onde ganhará energia e será recalcado.
O NPSHr é fornecido pelo fabricante através de uma curva em função da vazão, uma
das curvas características da bomba.
Observa-se que o NPSHr aumenta com a vazão, enquanto o NPSHd diminui com a
vazão. Para um bom funcionamento do sistema elevatório é necessário que, para a
vazão recalcada:
NPSHd > NPSHr
Colocando estes duas funções em um mesmo gráfico pode-se observar a faixa de
segurança, em termos da vazão recalcada, em que o fenômeno da cavitação não
ocorre.
O ponto A representa o limite em que o NPSH disponível pela instalação é igual ao
NPSH requerido pela bomba e esta condição deve ser evitada. A esquerda do ponto A
tem-se uma região segura em que há folga na disponibilidade energética da instalação
que supera a necessidade da bomba. Na prática, devemos ter uma folga entre o NPSHd
e o NPSHr, de no mínimo 0,5m para a vazão recalcada.
P P
Z MAX = − NPSH r − ∆H S + atm − v
γ γ
Para bombas afogadas:
Patm Pv
− + Z − ∆H S = NPSH r
γ γ
P P
Z MAX = NPSH r + ∆H S − atm − v
γ γ
Determinação da pressão atmosférica
A pressão atmosférica varia com a altitude e com as condições climáticas. Para locais
acima do nível do mar e até 2000m de altitude pode-se estimar a pressão atmosférica
pela expressão (em que h é a altitude local expressa em metros):
Patm 760 − 0,081 ⋅ h
= 13,6 em (m.c.a.)
γ 1000
Exemplo:
A bomba da figura deve recalcar uma vazão de 30m3/h e para esta vazão o NPSH
requerido é de 2,5m. A temperatura média da água é de 20ºC. Determinar o valor de X
pra que a folga entre o NPSH disponível e requerido seja de 3,8m. Diâmetro da
tubulação de 3”, Coeficiente de Hazen Willians C=150, existe uma válvula de pé com
crivo e um joelho de 90º.
∆H S = 1,48m
O comprimento equivalente da válvula de pé com crivo e o joelho vale 30,7m.
O comprimento virtual vale então X+30,7+0,5
Utilizando Hazen-Willians
10,65 ⋅ L ⋅ Q1,85
∆H =
C1,85 ⋅ D 4,87
10,65 ⋅ (30,7 + 0,5 + X ) ⋅ 0,008331,85
1,48 =
1501,85 ⋅ 0,075 4,87
X=3,2m
BIBLIOGRAFIA: