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1) Tipo legal (artigo completo) “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”;
2) Conduta (descrita no tipo) subtrair (apropriar-se de; pegar para si) coisa alheia - crime
comissivo e omissivo próprio – simples – básico (caput) e qualificado (§§4º e 5º) –
plurissubsistente;
3) Bem jurídico patrimônio - crime uniofensivo;
4) Objeto material (sobre o qual recai a conduta) coisa alheia móvel – res furtiva – com valor
econômico e utilidade (ex: talão de cheques) - equiparação energia (§3º); coisas sem dono não
são objeto de furto! Furto de semoventes: forma qualificada (§6º);
5) Sujeito Ativo qualquer pessoa - crime comum e unissubjetivo;
- Se for o proprietário: art. 346, CP (Greco e Bitencourt questionam)
6) Sujeito passivo (vítima, titular do bem jurídico tutelado) qualquer pessoa – proprietário,
possuidor ou detentor da coisa móvel;
7) Meios e modos de execução não previstos no caput: de forma livre; meios e modos
qualificam o crime (§4º);
8) Circunstâncias de tempo e lugar não previstas no caput – de forma livre; Causa de
aumento prevista no §1º em razão de circunstância de tempo;
9) Relação de Causalidade (art. 13, CP - analisar a existência no caso concreto).
10) Resultado crime de dano e material; é possível a tentativa;
Teses sobre a consumação (segundo Greco):
a)Teoria da contrectatio: basta tocar na coisa com a finalidade de subtrair;
b)Teoria da illactio: quando a coisa subtraída era levada para o lugar destinado;
c) Teoria da amotio: com o deslocamento da coisa;
d)Teoria da ablatio: com a apreensão e deslocamento da coisa;
evolução e variações da teoria:
i. inversão da posse da coisa alheia, com a retirada da esfera de disponibilidade e vigilância
da vítima, ainda que sem a posse mansa e tranquila Tribunais Superiores!
ii. inversão da posse da coisa alheia, com a retirada da esfera de disponibilidade e vigilância
da vítima, com a posse mansa e tranquila pelo agente, ainda que por pouco tempo Greco,
Nucci, Mirabete e Bitencourt;
11) Elemento subjetivo dolo (direto ou eventual) + especial fim de agir (“para si ou para
outrem” – finalidade de se tornar dono da coisa - delito de intenção); não há previsão de tipo
culposo;
Furto de uso: subtração para apenas usufruir momentaneamente - figura atípica; previsto no
CP militar (art. 241)
Ladrão que rouba (no caso furta) ladrão, tem 100 anos de perdão?
Achado não é roubado?
Sobre crítica à pena do furto qualificado: “É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo
concurso de agentes, a majorante do roubo”. (STJ, Súmula 442, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
28/04/2010, DJe 13/05/2010)
B) Furto de coisa comum (art. 156)
1) Tipo legal (artigo completo) “Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para
outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum”;
2) Conduta (descrita no tipo) subtrair (apropriar-se de; pegar para si) coisa comum - crime
comissivo e omissivo próprio – simples – básico – plurissubsistente;
3) Bem jurídico patrimônio - crime uniofensivo;
4) Objeto material (sobre o qual recai a conduta) coisa comum;
1) Tipo legal (artigo completo) “Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante
grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência”;
2) Conduta (descrita no tipo) subtrair (apropriar-se de) coisa alheia - crime comissivo e
omissivo próprio – simples – básico (caput) e qualificado (§3º) – plurissubsistente;
conduta equiparada: §1º (roubo impróprio);
3) Bem jurídico patrimônio + integridade física e psíquica e vida da pessoa (violência ou grave
ameaça) - crime completo e pluriofensivo;
4) Objeto material (sobre o qual recai a conduta) coisa alheia móvel – res furtiva – com valor
econômico e utilidade + pessoa que sofre a violência ou grave ameaça;
5) Sujeito Ativo qualquer pessoa - crime comum e unissubjetivo;
6) Sujeito passivo (vítima, titular do bem jurídico tutelado) qualquer pessoa – proprietário,
possuidor ou detentor da coisa móvel e também aquele atingido pela violência, grave ameaça ou
redução da capacidade de resistência;
7) Meios e modos de execução meios não previstos no caput: de forma livre; quanto aos
modos: violência a pessoa, grave ameaça ou redução da capacidade de resistência; meios e
modos majoram a pena do crime (§2º);
8) Circunstâncias de tempo e lugar não previstas no caput – de forma livre;
9) Relação de Causalidade (art. 13, CP - analisar a existência no caso concreto).
10) Resultado crime de dano e material; é possível a tentativa;
Teses sobre a consumação:
i. Inversão da posse da coisa alheia, com a retirada da esfera de disponibilidade e vigilância da
vítima, ainda que sem a posse mansa e tranquila Tribunais Superiores + Bitencourt!
ii. Inversão da posse da coisa alheia, com a retirada da esfera de disponibilidade e vigilância da
vítima, com a posse mansa e tranquila pelo agente, ainda que por pouco tempo + cessação da
violência ou grave ameaça Mirabete, Greco e Nucci (não abordam a violência);
§1º - consumação com o emprego de violência ou grave ameaça após a subtração; Divergência
sobre a possibilidade de tentativa!
§3º - lesão e morte decorrem da violência! Súmula 610 do STF: “Há crime de latrocínio, quando o
homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima.” (DJ de
29/10/1984, p. 18114; DJ de 30/10/1984, p. 18202; DJ de 31/10/1984, p. 18286.) Crime
hediondo (art. 1º, II, da Lei nº 8.072/1990)
11) Elemento subjetivo dolo (direto ou eventual) + especial fim de agir (caput - “para si ou
para outrem” – finalidade de se tornar dono da coisa; §1º “a fim de assegurar a impunidade do
crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro” - delito de intenção); não há previsão de
tipo culposo;
§§2º e 2º-A (causas de aumento): alterações pela Lei nº 13.654/0218 (entrou em vigor em
24/04/2018) Arma X Arma de fogo!
- atenção para não incorrer em bis in idem! O mesmo elemento não pode configurar a violência ou
grave ameaça do tipo básico e também majorar a pena!
- Critério para majoração: “O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo
circunstanciado exige fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a
mera indicação do número de majorantes.” (STJ, Súmula 443, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em
28/04/2010, DJe 13/05/2010)
- Sobre LATROCÍNIO:
a) Morte e roubo consumados = latrocínio consumado (Mirabete)
b) morte consumada e roubo tentado = latrocínio consumado, em razão da súmula! (Hungria e
STF) Era para ser tentado – Greco;
SÚMULA 610 - "Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não
realize o agente a subtração de bens da vítima. (STF, Data de Aprovação Sessão Plenária
de 17/10/1984; Fonte de Publicação; DJ de 29/10/1984, p. 18114; DJ de 30/10/1984, p.
18202; DJ de 31/10/1984, p. 18286.)
c) Morte e roubo tentados = latrocínio tentado;
d) Morte tentada e roubo consumado = latrocínio tentado; Greco
Não aplicação do art. 9 da Lei nº 8.072/1990 (CA relacionada ao art. 224 do CP – foi revogado
pela lei nº 12.015/2009) (Nucci e Greco)
Concurso de crimes: crime único – patrimônio de marido e mulher; assalto a várias pessoas –
concurso formal;
Se a intenção era de retenção da coisa até que seja saldada dívida: exercício arbitrário das
próprias razões (art. 345 do CP);
Se a vítima se colocou em condição que dificultou a resistência (embriaguez) não configura
roubo, mas sim furto! (Greco);
Se ao ser pego furtando, abandona as coisas e usa de violência para fugir, não é roubo
impróprio (Greco e Bitencourt);
Não há que se falar em princípio da insignificância (crime complexo), roubo de uso (Greco
discorda) e crime impossível pela inexistência do bem a ser subtraído (Bitencourt discorda e
depois concorda – seria impropriedade relativa do objeto), diferentemente do FURTO;
Crimes hediondos (art. 1º da Lei nº 8.072/1990): (Incisos incluídos pela Lei nº 8.930, de 1994)
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
B) Extorsão (art. 158, CP)
1) Tipo legal (artigo completo) “Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e
com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que
se faça ou deixar de fazer alguma coisa”;
2) Conduta (descrita no tipo) Constranger (forçar) - crime comissivo e omissivo próprio –
simples – básico (caput) e qualificado (§§2º e 3º) – plurissubsistente;
3) Bem jurídico patrimônio e integridade física e psíquica da pessoa (violência ou grave
ameaça) - crime pluriofensivo;
4) Objeto material (sobre o qual recai a conduta) alguém;
5) Sujeito Ativo qualquer pessoa - crime comum e unissubjetivo;
6) Sujeito passivo (vítima, titular do bem jurídico tutelado) qualquer pessoa;
7) Meios e modos de execução não previstos no caput: de forma livre; meios e modos
majoram a pena do crime (§1º);
8) Circunstâncias de tempo e lugar não previstas no caput – de forma livre; Relação de
Causalidade (art. 13, CP - analisar a existência no caso concreto).
9) Resultado crime de dano e formal; é possível a tentativa; Consumação com a conduta
pratica pelo sujeito passivo (fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer)
10) Elemento subjetivo dolo (direto ou eventual) + especial fim de agir (“intuito de obter para
si ou para outrem indevida vantagem econômica” – finalidade de proveito econômico - delito de
intenção); não há previsão de tipo culposo;
1) Tipo legal (artigo completo) “Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem,
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”;
2) Conduta (descrita no tipo) Sequestrar (privar a liberdade) - crime comissivo e omissivo
próprio – simples – básico (caput) e qualificado (§§1º, 2º e 3º) – plurissubsistente;
3) Bem jurídico patrimônio e integridade física e psíquica da pessoa (violência ou grave
ameaça) - crime pluriofensivo;
4) Objeto material (sobre o qual recai a conduta) pessoa;
5) Sujeito Ativo qualquer pessoa - crime comum e unissubjetivo;
6) Sujeito passivo (vítima, titular do bem jurídico tutelado) qualquer pessoa;
7) Meios e modos de execução não previstos no caput: de forma livre;
8) Circunstâncias de tempo e lugar não previstas no caput – de forma livre; circunstância de
tempo qualifica o crime (§1º);
9) Relação de Causalidade (art. 13, CP - analisar a existência no caso concreto).
10) Resultado crime permanente, de dano e formal; é possível a tentativa; Consumação com
privação da liberdade, independente da obtenção da vantagem;
11) Elemento subjetivo dolo (direto ou eventual) + especial fim de agir (“com o fim de obter,
para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate” – finalidade de
proveito econômico e indevido, segundo a doutrina - delito de intenção); não há previsão de tipo
culposo;
1) Tipo legal (artigo completo) “Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da
situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou
contra terceiro”;
2) Conduta (descrita no tipo) Exigir (ordenar) ou receber (aceitar) como garantia de dívida
documento que pode gerar processo criminal - crime comissivo e omissivo impróprio – misto
alternativo – básico - plurissubsistente;
3) Bem jurídico patrimônio e integridade física e psíquica da pessoa - crime pluriofensivo;
4) Objeto material (sobre o qual recai a conduta) documento que pode dar cuasa a processo
criminal;
5) Sujeito Ativo qualquer pessoa – o credor da dívida - crime comum e unissubjetivo;
6) Sujeito passivo (vítima, titular do bem jurídico tutelado) qualquer pessoa – o devedor;
7) Meios e modos de execução meios não previstos no caput: de forma livre; modo:
abusando da situação de alguém;
8) Circunstâncias de tempo e lugar não previstas no caput – de forma livre;
9) Relação de Causalidade (art. 13, CP - analisar a existência no caso concreto).
10) Resultado crime de formal (divergência quanto ao receber, que seria material – Greco e
Bitencourt) e dano (Bitencourt); é possível a tentativa; Consumação com exigência ou com o
recebimento;
11) Elemento subjetivo dolo (direto ou eventual) + especial fim de agir (finalidade de garantir
o pagamento pelo sujeito passivo, pela ameaça de processo penal); não há previsão de tipo
culposo;