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Almas Gêmeas

Jane Rochester
Depois que sua amiga lhe comprou um encontro no serviço de namoro de Madame
Evangeline, Nora não tem certeza de que ela pode ir até o fim.

Especialmente quando ela vê seu encontro chegar.

Ele é totalmente fora de seu circulo, e ainda mais do que parece. Angus MacInnes
sabe que seu tempo como Enforcer de seu clã de vampiros está lentamente deixando-o louco.
Quando seu irmão lhe enviou em um encontro, ele assumiu que seria um fracasso desde o
início. Ele não esperava encontrar a mulher que ele esteve esperando aparecer nos últimos
séculos. Mas pode um Enforcer vampiro suavizar suas arestas suficiente para convencer Nora
que eles são almas gêmeas?
Capítulo Um

— Eu não acho que posso fazer isso. — Agarrei meu celular na palma
suada da minha mão.

— Nora. Respire fundo. — Minha melhor amiga, Ana, riu no meu


ouvido. — Comprei isto para que você possa ter um bom tempo. Quem sabe...
Talvez você vá encontrar o Senhor Certo?

Vou. Claro. — Eu não pertenço aqui, Anna. Eu não sou rica. Esse cara
vai conseguir todas as ideias erradas sobre mim.

Anna ficou em silêncio do outro lado por um momento, e então sua


respiração soprou estática no telefone. Eu vacilei com o barulho.

— Pare de ser ridícula. Saia do carro e vá encontrá-lo. Tenha uma


aventura. Você esteve solteira sempre e eu estou tentando corrigir isso.

Quase contra a minha vontade, eu abri a porta do carro.

— Só porque felicidade conjugal combina com você não significa que


precisa ser empurrada em todos os outros. Estou muito contente como eu sou.
Ela aproveitou a palavra, logo que ouviu.

— Exatamente. Contente. Você deveria estar feliz. Contente é para


mulheres mais velhas com quarenta gatos.

— Tudo bem. — Eu respirei fundo e soltei lentamente. — Eu concordei


com isso. E posso desistir da coisa toda depois do jantar se eu quiser. — Ela
suspirou ao telefone. — Mas isso não importa, porque eu vou ser totalmente
selvagem por uma noite. Eu posso fazer isso.

— Essa é minha garota. Acabe com ele. — Ela riu de novo. — Eu


gostaria de poder estar lá. Mas ligue e deixe-me saber como fica!

— Certamente. Falo com você depois.

Ela desligou e joguei o telefone na pequena e bordada bolsa de mão que


eu trouxe. Cavei o amassado papel impresso com o e-mail da Madame Eva e reli
as instruções novamente.

Vá para o Hotel e Resort Castillo em Washington capital. Dentro tem o


Skyline Grill. Dê ao garçom o seu nome e ele levará você no lugar apropriado. Se
você chegar antes de seu companheiro, por favor, relaxe. Tome uma bebida e
divirta-se. O resto é com você.

Eu empurrei o papel de volta na bolsa e a fechei.

— Relaxe. Você pode fazer isso, — eu murmurei, alisando o vestido


preto e curto para baixo nas minhas coxas. O Hotel e Resort Castillo apareceu
diante de mim, a imagem da elegância. Uma noite em um quarto básico me
custou um mês de salário. Eu verifiquei quando Anna me disse que me colocou
em um encontro particularmente especial do serviço da Madame Evangeline.
Eu sabia que a conta bancária da Anna era vasta, mas depois de fazer
um pouco de pesquisa, decidi que só o serviço de namoro, provavelmente, custou
mais do que me importava em pensar. E ela queria que eu ficasse no hotel, até se
ofereceu para pagar o quarto, mas meu orgulho não me permitiria aceitar. Nem
mesmo como um presente de aniversário de trinta anos. Então, eu cheguei
vestida finamente de casa, distante cerca de uma hora em Winchester, dirigindo.
É claro que também me fez sentir como se tivesse controle sobre todo o
encontro.

Eu verifiquei meu reflexo no vidro matizado ao me aproximar das


portas. O vestido preto abraçou todas as curvas certas. Eu tentei não notar os
quatro quilos e meio que não conseguiram sair depois do verão. Meu cabelo
também estava começando a sair do coque francês em que consegui colocá-lo. Eu
sabia que não ia durar muito tempo, mas eu esperava fazer uma boa primeira
impressão.

O porteiro abriu a porta. — Bem-vinda ao Hotel e Resort Castillo.

— Obrigada. — sorri. — Eu estou indo para o Skyline Grill. Você pode


me dizer como chegar lá?

Ele acenou e fez sinal para o elevador de vidro, que correu até o interior
do hall de entrada maciço. — Basta pegar o elevador direto para o andar de
cima. É a sua direita quando você sair.

— Obrigada.

Outra respiração profunda e apertei o botão do elevador. As portas


abriram, o latão polido brilhando na luz baixa. Mais uma vez, eu me perguntava
por que decidi ir junto com isso. Eu nunca deveria ter permitido Anna misturar os
coquetéis da última vez que eu vi. Eu acabei bebendo demais e derramando
minhas tripas sobre o quão solitário eu era.

Agarrei minha bolsa apertando, tentando forçar as minhas mãos a


pararem de tremer. Um encontro. Jantar. Uma pequena refeição com o homem
misterioso. Isto não tem que ir mais longe, se eu não quiser. Pelo menos eu tive a
certeza de que todos são verificados e esclarecidos antes que a Madame Eva
defina os encontros.

O sino soou e as portas se abriram para revelar um corredor


acarpetado, que terminou em um conjunto de portas duplas e um pódio de
madeira escura. Um anfitrião de smoking estava atrás dele, com um par de
óculos de aros finos empoleirado no final do seu longo nariz.

— Você tem uma reserva senhora? — Ele olhou para minha roupa, e eu
me senti um pouco estranha. Mas havia apenas a indiferença em seu olhar.

— Meu nome é Nora Camden.

Imediatamente, um sorriso floresceu em seu rosto fino. — Ah! sim. Por


favor, siga-me.

Duas paredes tinham do chão ao teto um vista maravilhosa do Capitólio.


Ele deslizou um cardápio na dobra do braço e me levou para o restaurante mal
iluminado. As mesas eram pequenas, definidas com porcelana chinesa e toalhas
de linho, e a maioria dos clientes eram casais.

Ele se dirigiu em direção a uma parede, abrindo uma porta de vidro


fosco e movendo de lado para que eu entrasse. Tirei meus olhos da visão e entrei
na sala.
A única mesa, posta para dois, encontrava-se no centro de uma sala
com três paredes de vidro. Era como estar no telhado, sem o vento e o ruído.
Música suave vinha através de alto-falantes que eu não podia ver, e uma única
rosa vermelha em um vaso de cristal brilhava a luz de uma pequena vela votiva.

O anfitrião avançou, puxando minha cadeira. Eu me sentei. Ele sacudiu


o guardanapo branco puro e o colocou no meu colo, em seguida, estendeu a mão.

— Se você quiser, eu vou colocar sua bolsa na prateleira contra a


parede.

Muda, eu a entreguei, e ele a colocou em uma prateleira pequena que


eu não havia notado.

— O serviço será executado pela Glória. Ela estará aqui em apenas um


momento para lhe trazer algo para beber. Tenho certeza que seu acompanhante
estará aqui logo. Se você precisar de algo mais, há um botão de serviço sobre a
mesa.

Eu balancei a cabeça, olhando para o pequeno dispositivo remoto ao


lado da vela. — Obrigada.

Ele sorriu novamente e saiu.

Olhei em volta e engoli em seco. Com o que eu tinha concordado?


Capítulo Dois

Ela estava linda à luz das velas. Seu cabelo escapou e enrolou em volta
do pescoço com uma graça que eu não via em muito tempo. Mulheres antiquadas
eram difíceis de encontrar nesses dias.

Eu fiz uma careta, quando a sobrancelha dela franziu com preocupação.


Eu estava no canto da sala, encostado na única parede sólida.

Invisibilidade era uma vantagem injusta. Eu tinha prometido ao meu


irmão, Callum, que não usaria. Eu menti, claro. Ele tinha que saber que eu não
entraria em qualquer situação, sem verificar primeiro.

Especialmente desde que esta noite inteira fosse um desperdício de


dinheiro. Se eu não consegui encontrar minha alma gêmea em quatrocentos
anos, duvidava que Madame Eva pudesse fazer isso em poucas semanas. Não
importa o quão boa ela fosse.

Balancei a cabeça e meu encontro enrijeceu. Ela virou, um mão


escovando os cachos de cabelos em seu pescoço. Minha curiosidade, algo que eu
pensava estar morta há muito tempo, se animou. Eu não tinha mexido uma brisa.
Não o suficiente para ela sentir isso. Será que ela percebeu minha presença?
Estendi a mão com a minha mente, roçando através de seus pensamentos. Mas
suas barreiras eram fortes, e eu tive apenas a impressão de energia nervosa e
uma intensa autoconsciência.

Dei dois passos para frente em silêncio, até que eu poderia estender um
braço e tocar seu cabelo, se eu quisesse. Ela cheirava a algo floral, rosas e
lavanda, e mulher, e abaixo disso, o perfume sempre sedutor de sangue.

Foi bom eu ter me alimentado antes de vir.

Caso contrário, as coisas não poderiam ir tão bem. Mesmo assim,


minhas gengivas doíam com a necessidade de liberar minhas presas. Todos os
anos, tornou-se mais difícil controlar esse impulso. E o cheiro dela me intoxicava.

Dei mais um passo mais perto e ela pulou, estreitando seus olhos. Ela
girou em sua cadeira, olhando na escuridão, como se pudesse realmente ver
alguma coisa.

— Acalme-se. Não há nada lá. Você está imaginando coisas novamente,


— ela murmurou.

A porta abriu e a garçonete entrou, carregando uma garrafa de algo em


um refrigerador de prata. Eu deslizei para fora da porta quando fechou e fiz meu
caminho, invisível ao pódio do anfitrião. Se eu faria isso, eu teria que seguir as
regras. Que foram amplamente esclarecidas por Madame Eva, que usou palavras
educadas para explicá-las. Meu irmão me disse que iria me sangrar até secar se
eu estragasse isto.

Era hora de fazer uma entrada.


Quando o anfitrião me conduziu para a sala, meu encontro estava
bebendo algo borbulhante e dourado. Um vinho espumante italiano, pelo cheiro
dele. Embora, não pareceu a ter relaxado.

Ela levantou, colocou o copo para baixo e estendeu a mão. — Oi. Você
é... Angus? — Sua mão tremia um pouco.

— Eu sou. Você deve ser Nora.

Ela tentou um sorriso nervoso. — E um prazer conhecê-lo.

No momento em que meus dedos roçaram os dela, fogo viajou até meu
braço. Eu mal segurei uma maldição. Ela conseguiu manter a sua reação contida
a um suspiro, soprado rapidamente. Agarrei a sua mão com mais firmeza e rocei
meus lábios nela.

Endireitei-me, tentando resolver o motim de emoções estranhas que ela


causou. Mas eu ainda peguei o riso em suas palavras.

Sentamos e a garçonete me ofereceu um copo de vinho. Aceitei-o,


distraidamente bebendo o líquido doce, mas eu mal provei. Era impossível que
Madame Eva tivesse conseguido encontrar a mulher certa.

Impossível.

— Você fala como se o meu nome fosse uma surpresa. — Eu disse,


aceitando um cardápio.

Nora olhou para cima, com um pequeno sorriso puxando o canto da


boca. — Não é o seu nome. Eu só não imagino Angus MacInnes parecendo muito
com... você sabe.
Inclinei-me para frente. — Não, eu não. O que você quer dizer?

— Por favor. — Ela revirou os olhos. — Um cara tão quente como você
sabe exatamente o que parece.

Uma risada escapou. Ela bateu a mão na boca, depois abaixou a cabeça
quando ficou vermelha. — Eu sinto muito. Tenho certeza de que isso violou
algum tipo de regra do encontro às cegas.

— Não, não. Você está certa.

A garçonete saiu e no momento em que ela fez, o comportamento todo


de Nora mudou. Eu podia ouvir o seu batimento cardíaco acelerar. Lentamente,
como se eu fosse reconfortar um animal assustado, peguei uma de suas mãos de
seu cardápio. Em parte porque eu queria sentir sua pele contra a minha e em
parte para ver o que ela faria.

— Nora. — Eu apertei os dedos levemente. — Por favor, não fique


nervosa.

Ela limpou a garganta. — Eu não sou exatamente o tipo de garota que


faz isso.

— Encontros?

— Bem... — Meus olhos moveram-se para a sua boca, onde seus


dentes atormentavam o lábio. Uma fantasia breve sobre aqueles lábios fez-me
mexer na minha cadeira. — Sim, isso. E a atmosfera. Você deve saber que eu
não sou rica. Uma amiga pagou por isso como um presente de aniversário.
Eu rasguei meus olhos longe de sua boca com um esforço considerável.
— Eu não estou preocupada com o seu dinheiro, ou a falta dele. E eu, também,
recebi isso como um presente.

Um pouco da tensão pareceu deixá-la com essas palavras. —


Realmente?

Eu assenti com a cabeça. — Meu irmão decidiu que eu preciso me


estabelecer. — Ou ele vai ter que me prender.

— Minha melhor amiga tem a mesma ideia.

— E o que você acha? Você está procurando o felizes para sempre? —


As palavras saíram um pouco irreverentes. Mas eu queria ouvir a resposta. Algo
dentro de mim, em uma parte de mim que eu não quero olhar muito de perto,
queria que fosse. Senti algo afável e carinho por esta mulher que eu mal
conhecia.

Sua postura endureceu um pouco. Essa conversa tomou um rumo sério


que eu não tinha a intenção.

Seus olhos se moveram para as janelas. — Felizes para sempre é bom,


mas eu não sei se ele existe. — A garçonete voltou e Nora sorriu. — Isso é
muito pesado para uma conversa em um encontro às cegas. O que você vai
querer?
Capítulo Três

Eu não tinha certeza de quanto tempo poderia ficar lá. A temperatura na


sala parecia ter aumentado vinte graus no momento em que a mão de Angus
tocou a minha. Toda vez que ele se mexeu, eu estava intensamente ciente disso.
Quando a garçonete se aproximou e anotou nossos pedidos, meu coração
desacelerou ao normal. No momento em que ela recolheu os cardápios e saiu,
subiu novamente.

Ele era muito bonito. Cabelo curto preto, o início de uma sombra de
barba de cinco horas, e um queixo que poderia cortar vidro. Seus olhos... Eles
pareciam ver através de mim. Dentro de mim. Eles viram coisas que ninguém viu,
e isso me fez sentir estranha. Ligada a ele. Como se mágica dançou entre nós.

Isso não era para acontecer. Eu não acredito nesse tipo de coisa.

Amor à primeira vista.

Almas gêmeas.

Sonhos impossíveis.

E então, outro pensamento me ocorreu seriamente.

Magia.
— Você conhece Anna Halifax? — Eu perguntei, abruptamente.

Angus inclinou a cabeça. — Todo mundo conhece dela.

— Nem todo mundo.

Seu olhar deslizou para longe do meu. — Bem, em certos círculos, ela é
bastante popular.

Eu estava de pé, jogando o guardanapo na mesa, lágrimas queimando


meus olhos. — Eu estou indo estrangulá-la.

— O que está acontecendo?

Eu não o vi se mover, mas, de repente, ele estava lá, colocando suas


mãos quentes em meus cotovelos. Olhei para a gravata de seda. O padrão de
redemoinhos turvos.

— Por favor. Me solta. Eu gostaria de morrer de vergonha em particular.

Ele moveu uma mão em copo para o meu queixo. — Não até que você
me diga o que está errado. Eu fiz algo para que você se aborrecesse? Eu sei que
posso ser um pouco intimidante, às vezes.

Eu sacudi minha cabeça. — Não. Não é você. Eu acho que minha amiga
está tentando um pouco demais, é tudo.

Sua testa franziu. — Eu não entendo.

Lágrimas e humilhação entupiram minha garganta, como eu gostava da


sensação de seus dedos contra o meu rosto. Eu não podia acreditar que Anna
desceria tão baixo a ponto de usar magia. Eu me afastei, indo para minha bolsa.
— Espera! — Sua mão puxou a minha. — Você acha que Anna Halifax
me enfeitiçou?

Girei-me, meu coração batendo. Se ele tivesse ouvido o que eu estava


pensando?

— Sim. — Um grito escapou e eu afundei na cadeira da qual tinha


levantado. Angus relutantemente soltou a minha mão. — Como você pode saber
disso? E como é que você sabe que Anna é uma bruxa?

Ele voltou para o seu lugar, levantando seu ombro. — Eu te disse. Em


certos círculos, Anna é bastante conhecida. E eu posso lhe assegurar, ela não
poderia ter me enfeitiçado.

Esperança surgiu em meu peito, mas eu tentava ignorá-la. — Como


você pode ter certeza?

— Porque a sua magia não tem efeito sobre a minha espécie.

— A sua espécie?

Ele suspirou e seus ombros pareciam cair um pouco. — Porque o feitiço


de nenhum bruxo, nem mesmo de Anna, pode afetar as emoções de um vampiro.

Vampiro.

Bom. Isso explica muita coisa. Alguns anos atrás teria me feito gritar.
Depois de passar um tempo com Anna, era tão chocante quanto descobrir que ele
era vegetariano. — Eu não entendo.

— Você não entende... Estou surpreso que você ainda está aqui de pé.
Mas se Anna é sua amiga, então você está bem familiarizado com o meu mundo.
— Ele se inclinou para frente novamente. — Mas como eu me pergunto? Você
não é fada ou uma bruxa.

Eu bati o lado da minha cabeça. — Psíquica. Algumas vezes.


Principalmente com fantasmas e tarô. Mas nunca é consistente. Anna está
tentando me ajudar a controlá-lo por algum tempo.

Angus sorriu e olhou para mim novamente. Como se ele me visse pela
primeira vez. — Bem. Eu vou ser condenado.

Antes que eu pudesse perguntar o que ele quis dizer, a garçonete voltou
com a refeição. Ele mudou a conversa para conversa fiada. O tempo. Empregos.
Aparentemente, a empresa para a qual trabalhava possuía vários negócios
diferentes e ele viajou a lugares que me fizeram água na boca.

Assistindo ele, também, pode ter contribuído para isso. Quanto mais
falamos, mais vezes ele passou os dedos contra os meus. Quando ele procurou
desculpas para me tocar. E eu encontrei maneiras de ajudá-lo. Cada vez que ele
me tocou, era como uma droga. Eu ansiava por ele.

Minha mente continuava vagando à boca e aos músculos de seus braços


grossos conforme eles se moviam sob a camisa feita sob medida. Fiquei
imaginando qual seria a sensação de senti-los em torno de mim. Agora que eu
tinha conseguido uma pré-visualização quando tentei sair, eu não conseguia tirar
a imagem da minha mente.

Eu estava em um caminho sobre a minha cabeça.


Capítulo Quatro

Eu achava que a refeição jamais terminaria. Desejo e excitação


correram através de mim, fazendo-me sentir como um adolescente novamente. E
que foi á muito, muito tempo atrás. Pelos próximos cinquenta anos eu comeria
minhas palavras sobre a Madame Eva e suas habilidades.

Callum veria isso, eu suportaria com grande prazer. Porque esta fêmea,
magra e atraente diante de mim era ela.

Minha alma gêmea.

Os fios que nos conectavam cresciam mais espessos a cada minuto.

A julgar pelas fantasias que dançavam em sua mente quando ela


abaixou a guarda, ela estaria disposta. Por favor, Deus, deixe-a estar disposta. Eu
a encontrei. Um feito por conta própria. Mas se ela me recusasse, seria o fim. Eu
já cheguei ao fim de minhas forças. Um vampiro sem um companheiro de alma
transforma-se em um sem alma. Um sucubus na melhor das hipóteses. Na pior...
Bem, eu não quero pensar nisso. Callum prometeu acabar com a minha miséria
antes que isso acontecesse.

— Você parece muito sério de repente. — Nervosismo fez vibrar sua


voz, e ela torceu os dedos no colo.

— Eu tenho que perguntar uma coisa importante Nora, — eu disse.

— Ok.

— Você sabe o que eu sou. Você gosta de mim. Sente uma conexão
entre nós?

Ela fez uma pausa, em seguida, acenou com a cabeça, um suspiro


escapando. Como se ela revelasse um segredo pesado.

Esperança chamejando em meu peito, tão brilhante que doía. — Você


é... importante para mim. Eu gostaria de levá-la para o meu quarto e fazer amor
com você.

Seus olhos arregalaram, mas havia desejo em seu olhar. E na pulsação


vibrando em sua garganta. — Eu não sei. Você está um pouco fora do meu
alcance.

— Absurdo! Não pense tão difícil. Pense no que você quer. Realmente
quer. O que quer agora. — Eu queria falar sobre a ideia de almas gêmeas. Falar
sobre para sempre. Mas eu podia ver que não seria uma boa ideia. Ainda não. Eu
estava de pé, abrindo minha mão para ela e esperando.

Por alguns angustiantes momentos, eu pensei que ela recusaria. Mas


então ela deu um aceno afiado e colocou a mão na minha. De alguma forma, a
decisão dela mudou alguma coisa. Tocá-la não foi apenas morno. Era como tocar
uma chama acesa. Quente, cheia de vida e promessa.

Ela engasgou, mas em vez de se afastar, ela se aproximou, seus dedos


apertando os meus mais fortemente.

— O que foi isso?

A tentação de explicar tudo quase me deixou cair de joelhos. Mas em


vez disso, eu rocei um cacho solto de sua bochecha, deleitando-me com a
sensação sedosa de seu cabelo. Seus olhos, que eu só pensava ser verdes antes,
eram como esmeraldas e eu queria me perder neles.

— Os vampiros têm a capacidade única de saber quando alguém é seu


par perfeito. Isso é o que você sentiu.

Um sorriso curvou em seus lábios e eu a puxei mais perto, minhas mãos


deslizando em torno de sua cintura. Ela não desviou o olhar. — Ah. Isso acontece
muitas vezes?

Eu abafei um riso desesperado. Ela não tinha ideia. — Não. Não muitas
vezes.

Seu olhar moveu para os meus lábios, suas mãos alisando o meu peito.
Ela encaixava em todos os lugares, como se suas curvas suaves fossem feitas
para a minha. E eu acreditava que fossem.

— Vou levar isso como um sinal então.

— Um sinal de que? — Era difícil me concentrar com ela tão perto. Meu
pau agitando quando eu pensava sobre explorar as curvas no conforto do meu
quarto de hotel.
Ela riu. — Que esta é uma boa escolha.

A garçonete abriu a porta atrás de nós e Nora saltou para trás, as


bochechas corando.

— Com licença. Eu não queria me interromper.

Acenei com uma mão. — Certifique-se de colocar na minha conta. Eu


vou ficar na suíte Skyline. E, por favor, adicione vinte por cento para si mesma.

— Obrigado senhor. — Ela assentiu. — Algo mais?

Nora me permitiu colocar meu braço em volta de sua cintura


novamente. Eu sorri para a outra mulher. — Não, obrigado. Nós estávamos indo
embora.

Nora agarrou sua bolsa e abaixou a cabeça, escorregando do meu


abraço quando saímos da sala. Eu podia sentir seu desconforto como se fosse o
meu próprio. Impressionante como rapidamente o vínculo entre nós cresceu.

Dei dois passos longos e enfiei os dedos com os dela. — Você é uma
graça quando está corando, — eu sussurrei.

Ela riu e acenou para o anfitrião quando fomos para o elevador. — Bem,
isso é bom, porque eu faço muito isso.

Eu mantive a minha mão sobre a dela enquanto a puxava para longe do


elevador.

— Onde estamos indo? — Ela apontou para as portas abertas do


elevador. — Esse é o caminho.
Eu sacudi minha cabeça. — Não. O elevador para a minha suíte é por
aqui.

Nós viramos uma esquina e eu puxei meu cartão do bolso, empurrando-


o para dentro do slot ao lado da porta. Ele abriu e entramos. Ao meu lado, eu
podia ouvir o coração de Nora bater pesadamente.

— Calma, amor. Nós não faremos nada que não queira.

Nós diminuímos e paramos, e a porta se abriu.

Capítulo Cinco

Nós entramos em um corredor minúsculo e Angus usou sua chave para


abrir a porta na nossa frente. Ele me deixou entrar primeiro, e eu mal consegui
impedir meu queixo de arrastar no chão.

Toda suíte pareceu assumir a parte superior do hotel, com paredes de


vidro sólido, exceto por uma porta que dava para o que parecia ser um quarto.
Meus olhos distanciaram de lá. A ideia de usar a cama fez pulsar calor entre as
minhas pernas, mas eu ainda estava me sentindo como um peixe fora d'água.

— Você deve ser rico como Croesus.

Angus tirou o casaco e o jogou em toda a volta de uma poltrona de


grandes dimensões. Ele ligou uma lâmpada pequena. Para meu benefício, eu
tenho certeza. Não dele. De acordo com Anna, um vampiro não precisa de luz
para enxergar no escuro.

Seus dedos trabalharam em sua gravata.

— Você faz com que isso soe como uma coisa ruim. — Ele arrancou a
arrancou e suspirou, esfregando o pescoço. — Eu tenho que admitir, eu não sou
o tipo de homem engravatado.

— Eu achei que você teria se acostumado com isso agora. — Eu disse.

Ele deu de ombros. — Eu sou um Enforcer. Ninguém realmente se


importa se eu estou usando uma gravata.

Eu pensei ter pegado um sopro de auto-aversão em suas palavras. A


desgraça do mundo dos vampiros, Enforcers fizeram todo o trabalho sujo e
mantiveram a ordem. Se o sangue teve que ser derramado, um Enforcer o fez,
mantendo todos os outros de mãos limpas. Não era um grupo popular de
pessoas. Então, ele passou um braço em volta da minha cintura e me segurou
contra o peito.

Ele deslizou um dedo sob o meu queixo. — Enquanto o assunto de


gravatas é emocionante, eu estava morrendo por provar sua boca durante toda a
noite.
Meu sangue bombeava como se eu tivesse acabado de correr uma
milha. Desejo ardia em seus olhos escuros, e eu senti uma chama respondendo
em meu âmago. Eu queria este homem... Bem, vampiro... E ele me queria. Minha
mente se estendeu, roçando a sua e eu sorri.

Ele se abaixou, fechando os últimos centímetros e pressionou sua boca


contra a minha, primeiro suavemente. Suas mãos acariciaram círculos lentos nas
minhas costas. Eu relaxei contra ele, desfrutando de seu corpo contra o meu. Um
milhão de fantasias diferentes jogadas pela minha cabeça, algumas minhas,
algumas peguei quando alcancei os seus pensamentos. Embora eu provavelmente
nunca chegasse a realizar qualquer uma delas, porque morreria de insuficiência
cardíaca quando ele tirasse a camisa.

Ele riu e soltou minha boca. — Não, você não vai.

Eu puxei uma mecha de cabelo onde enrolei meus dedos. — Pare de ler
minha mente.

Suas mãos uniram na parte inferior das minhas costas. — Você fica
deixando cair a guarda. Eu não posso impedir. — Ele colocou um beijo em meu
ombro. — Além disso, você tem algumas ideias muito interessantes.

Inclinei a cabeça, calor pulsava líquido em meu núcleo cada vez que sua
boca encontrou a minha carne. — E você também.

— Você não está ficando um pouco quente em todas essas roupas?

Eu não poderia impedir os risos que escaparam. Ele me soltou e deu um


passo para trás. — O que?
— Wow! Eu assumi que um vampiro poderia pensar em alguma coisa
um pouquinho menos cafona.

Suas bochechas escurecidas. — Eu perdi essas lições no acampamento


vampiro.

Meus nervos fizeram meu riso morrer e eu mordi meu lábio. — Eu vou
fazer um acordo.

Ele esperou.

— Você não olha muito de perto meus quatro quilos e meio extras, e eu
vou ignorar as observações cafonas. Embora elas sejam bonitas.

Seus olhos percorreram meu corpo depois sustentaram meu olhar. —


Não me diga que você é uma daquelas mulheres que acham que os homens só
gostam de palitos bem-vestidos?

Eu encolhi os ombros. Pensando sobre meus defeitos não era o que eu


esperava que estivéssemos fazendo no momento.

— Por que é que as mulheres sempre acham que estão muito gordas?
Uma mulher magra.... — Ele chegou mais perto, suas mãos fixaram em meus
quadris, os dedos alisando-os e voltando a puxar o zíper na parte de trás do meu
vestido. — Não tem curvas como as suas.

Seus dedos como penas por toda a minha pele, deixando um rastro de
arrepios quando ele puxou o vestido para baixo os meus braços, revelando o sutiã
e a calcinha de renda preta. Eu estava tão feliz por ter comprado algo especial
para essa noite. Por via das dúvidas...
Deixando ir, o vestido caiu no chão e eu pisei fora do círculo de seda,
retirando meus saltos também.

— Você vê qualquer coisa como repulsa nos meus olhos? Na minha


mente?

Eu não tinha necessidade de retirar as barreiras mentais com ele. Ele


parecia dominá-las completamente. Somente desejo e algo suave encontrou meu
olhar. Suas mãos traçaram a alça do meu sutiã que segurava meu decote
abundante em destaque, movendo-se para apertar meus mamilos através do
tecido. Mordi o lábio inferior.

Ele piscou e olhou por um momento. — Eu acho que é hora de levarmos


isso para outro lugar, não é?

As palavras não se formaram na minha língua, então eu assenti.

Ele manteve a preensão de uma mão e me puxou para o quarto. A luz


suave da cidade fora da outra parede de vidro fez suas características ainda mais
robustas, e seus olhos brilharam. Angus me manteve no comprimento dos braços
por um momento, seu olhar movendo sobre a minha pele como suas mãos
anteriormente.

— Você é linda. — Sua voz era rouca e quente com luxúria.

Com um gemido, ele me puxou contra ele. Suas roupas eram ásperas
contra a minha pele e eu estremeci. Eu já fui tão consciente sobre o meu próprio
corpo antes? Suas mãos brincavam com a parte de trás do meu sutiã, até que ele
o puxou para baixo pelos meus braços, liberando meus seios. Meus mamilos
enrugaram quando senti que ele os acariciou.
— Eu gosto muito dessas curvas, — ele disse, jogando o sutiã de lado
e espalmando meus seios, os calos nas mãos arranhando a carne e
desencadeando explosões na minha vagina. Sua boca moveu ao longo da minha
mandíbula, deixando um rastro de calor no meu pescoço até que ele beijou cada
mamilo e então puxou um em sua boca.

Eu choraminguei com a sensação. Ele não demorou, suas mãos me


liberaram para alisar meu estômago e a minha bunda. Seus dedos traçaram a
linha da minha calcinha, em seguida, mergulhando abaixo da cintura e empurrou-
a pelos meus quadris.

Suas mãos mergulharam novamente, desta vez arrastando um dedo


através da minha vagina molhada. Eu empurrei como se ele tivesse me
surpreendido. A força do meu desejo quase me trouxe de joelhos. Eu queria
sentir seu pênis dentro de mim tão mal que meu núcleo apertava com o desejo. E
eu queria vê-lo nu. Parada ali com ele totalmente vestido foi excitante, mas
também me deixou frustrada.

— Você vai me matar, — eu balbuciei. Meus dedos cravaram em seus


ombros. — Eu vou explodir em uma pilha de mulher muito excitada, e não
haverá ninguém para culpar além de você.
Capítulo Seis

Ri de seu comentário. — Como posso ajudar com isso?

— Bem, um começo seria... — Os dedos de Nora voaram sobre os


botões da minha camisa. — Ficarmos em pé de igualdade.

Levou um grande esforço para não apenas alcançar e rasgar a camisa.


Mas eu podia ver que ela queria fazê-lo. Ela queria se sentir no controle. Ela
empurrou a camisa fora. Suas mãos viajaram sobre meu peito e braços, como se
ela mapeasse as curvas com as pontas dos dedos. Tirei minha camiseta, incapaz
de esperar por ela por mais tempo. Eu podia sentir sua excitação e eu queria
desesperadamente banhar-me em sua suavidade.

Ela olhou para mim, e eu peguei o eco de uma pergunta em sua mente.

Por que diabos ele me escolheu?

— Porque você é perfeita, — eu sussurrei. — E eu não quis ninguém


na Terra tanto quanto quero você.

Ela corou, mas eu sentia o prazer dela com as minhas palavras. Ela
colocou um beijo no meu queixo enquanto seus dedos se atrapalharam com o
meu cinto. Quando ele não cooperou, ela caiu de joelhos, determinada a fazer
esta parte. Com um grito, ela jogou-o de lado. Seus olhos desviaram para o
contorno do meu pênis lutando contra minhas calças. Apenas seu olhar o fez
piorar.

Quando ela desabotoou minha braguilha e puxou para baixo o zíper,


seus dedos tocaram em todo o bojo deliberadamente. Eu quase engoli a minha
língua.

Minha ereção saltou livre e Nora a estudou com uma mistura de


expectativa e incerteza. O pensamento dela inclinando-se e envolvendo seus
lábios inchados de beijos em torno dele me fez apertar as mãos em punhos.

Um lampejo de dúvida e medo atravessou suas feições.

— Pare de pensar mal de si mesma. Eu posso ver em seu rosto e em


sua mente. Você não vai me decepcionar, — eu disse.

Ela sentou sobre os calcanhares.

— Vamos ser honestos aqui por um momento. Você tem o que, um


milhão de anos de idade? Eu tenho trinta e eu dormi com um homem anos atrás.

Eu rosnei e a puxei até que nossos corpos estavam pressionados juntos.


Tudo pulsava. Incluindo o meu surto de ciúmes do seu namorado anterior. —
Primeiro de tudo, eu estou tentando muito duro não pensar em rasgar a garganta
do outro cara fora, para o seu bem. Segundo, eu tenho quatrocentos. E eu estive
esperando uma vida por você.

Eu mordiscava seu ombro, acalmando as marcas com a minha língua.


Ela estremeceu, tentando agarrar o fio da conversa e perdendo. Eu não quero que
ela pense. Ela precisava sentir. Para parar de analisar as coisas.
Minhas mãos mergulharam na parte inferior, acariciando fundo até que
eu poderia arrastar um dedo através de sua vagina. Seu corpo tremia de prazer e
ela gemeu, os dedos cavando no meu bíceps.

Com um movimento, eu a peguei e coloquei na cama. Ela me olhou, sua


respiração ofegante e sua mente girando com mil ideias. Todas elas pareciam
boas para mim.

Deitei-me ao lado dela, acariciando sua pele macia, arrastando os dedos


sobre os seus seios, sua barriga e para baixo no tapete de cachos entre suas
pernas. Ela mexeu inquieta, e eu coloquei uma mão em sua vagina.

— O que lhe falta em linhas suaves, você compensa com prática, — ela
sussurrou com a voz entrecortada.

Eu ri, movendo minha mão e acariciando o interior de sua coxa.

— Vou tomar isso como um elogio.

Eu tomei um mamilo em minha boca, raspando meus dentes em todo o


broto, enquanto meu dedo se moveu em seu núcleo liso. Ela arqueou as costas,
gemendo baixinho e me dando melhor acesso.

Meus dentes explodiram pelas minhas gengivas e eu me virei, ofegante.


Seu perfume em minhas mãos e no ar era como uma droga. Puxando-me mais à
beira de alguma coisa. Ela era minha companheira. A vontade de morder sua
carne macia e sentir o gosto de seu sangue corroeu-me. Isso nos uniria, de forma
irrevogável. Ela iria seria como eu e eu queria isso. Queria mais do que poderia
suportar.

Senti seu estremecimento e ela fez um pequeno ruído.


— Ignore esse pensamento.

— Eu não tenho certeza se peguei tudo. Mas foi um pouco... Intenso. —


Sua mão esfregou o meu ombro, preocupação misturada com desejo e confusão
em seu olhar. — Você está bem?

— Eu vou ficar. Eu só preciso de um momento.

Devo ter mostrado

Devo ter mostrado um pouco uma presa, porque ela inclinou a cabeça e
puxou o meu ombro com mais força. — É sobre o sangue?

— É sobre muito mais do que isso, — sussurrei.

Ela passou por minha mente, seu toque como seda suave e eu me
encolhi. Eu nem sequer tive a decência de esconder a verdade dela.

— Angus, eu...

Balançando a cabeça, virei-me para ela. — Está tudo bem. Você não
precisa dizer nada. Eu estou bem. Você é apenas mais do que eu estava
preparado. — Eu esmaguei impiedosamente meu desespero, empurrando a
necessidade de reclamá-la. Esta noite era para agradar um ao outro. O amanhã
cuidaria de si mesmo.

Um sorriso malicioso se espalhou pelo seu rosto e ela olhou para a


ereção em meu colo. — Eu não sei nada sobre isso.

Eu sorri e a empurrei de volta para a cama. — Provocadora.


Capítulo Sete

Se Angus poderia afastar o que eu tinha visto em sua mente, eu não iria
questioná-lo. Para ser honesta, a minha própria reação à ideia de ser sua para a
eternidade me assustou. Em vez de entrar em pânico, eu estava quente.
Satisfeita.

Suas mãos se moviam sobre meu corpo, sua boca cobrindo a minha e
conduzindo os pensamentos em minha cabeça. Ele deslizou sua língua em minha
boca ao mesmo tempo em que seus dedos empurram dentro do meu canal, e eu
pulei embaixo dele. Ele continuou a pressionar em mim, encontrando o ponto que
me fez levantar da cama. Ele levou-me à beira do clímax e então parou.

Eu me contorci na cama, a respiração ofegante. — Eu preciso de você.


Por favor, Angus.

Ele se afastou rapidamente e eu ouvi a gaveta do criado-mudo abrir e o


rasgar de um pacote de preservativos. Com velocidade sobrenatural, ele voltou a
pressionar-se entre as minhas pernas, a cabeça de seu pênis empurrando as
dobras escorregadias do meu sexo. Meus quadris o conduziram, tentando
convencê-lo a entrar. Meu núcleo apertou com a necessidade de senti-lo se
movendo dentro de mim e eu choraminguei. Ele era grosso e longo o suficiente
para que eu soubesse que seria um ajuste apertado. Mas, oh, eu queria. Queria
que ele me reclamasse.

— Você é minha Nora. De ninguém mais. — Ele empurrou para dentro,


lentamente, esticando-me até que o prazer e a dor se tornaram um e a mesma
coisa. — Para sempre.

Eu soluçava. — Sim. Sua. Para sempre.

Seus lábios encontraram os meus novamente e eu abri meus olhos,


minhas unhas arranhando suas costas. Seus olhos estavam bem fechados e gotas
de suor apareceram em sua testa.

— Bom Deus, você é gostosa como o céu.

Com um gemido, ele se afastou e minhas unhas cravaram em seus


ombros. Ele empurrou mais duro, seu quadril moendo contra o meu quando
pegou velocidade. Sua boca se moveu desde a minha para meu pescoço até que
eu senti seus dentes afiados rasparem meu ponto de pulsação.

A sensação foi direto para o meu núcleo e apertei ainda mais em torno
dele. Ele murmurou uma maldição, em seguida, empurrou seus quadris. Eu
estava perto. Tão perto. Cada impulso de seu eixo espesso tocou meu corpo e
alma e nos amarrou mais perto, até que eu não conseguia me concentrar em
nada, exceto o prazer.

— Para sempre Angus, — sussurrei e ele afundou suas presas


profundamente em meu pescoço. Eu não protestei, a sensação da boca sugando
contra meu pescoço fez tudo parecer muito mais intenso. Eu queria lhe dar tudo
de mim, e assim inclinei a cabeça desfrutando da sensação.

Seu corpo se movia contra o meu em um ritmo forte e seu pênis


pareceu crescer ainda mais espesso. Cada sugada de sua boca no meu pescoço
combinava com o prazer cego de nossos corpos, até que meu mundo explodiu na
sensação e eu gritava seu nome. Minha boceta agarrou seu pênis e ele tirou sua
boca, seus impulsos ficaram mais curtos até que ele inclinou a cabeça para trás e
gritou meu nome, encontrando sua própria liberação.

Exausto, ele rolou para longe, puxando-me contra seu peito. Fiquei ali,
tentando recuperar o fôlego.

— Você falou sério? — Minha voz era suave e parecia frágil.


Exatamente como eu me sentia. Ele disse que nós éramos almas gêmeas, mas
um casal que permaneceu exclusivamente acasalado e fiel era outra questão
inteiramente diferente. Nas poucas horas que tínhamos estado juntos, eu me
permiti a fantasia de que poderíamos nos tornar um casal. Mas a realidade, agora
que o amanhecer estava começando a colorir o carpete com tons rosados,
mostrou as coisas por uma luz mais áspera.

— Sobre o que? Que você é possivelmente a amante mais fantástica de


sempre?

Eu não poderia impedir um sorriso, e bati no seu peito levemente. —


Além disso. Você quis dizer o que disse sobre ser acasalado a mim?

Ele passou a mão pelo meu braço, na minha bochecha e virou meu rosto
para ele. Não existiu riso ou brincadeira em sua expressão. Só emoção crua que
trouxe lágrimas aos meus olhos.
— Cada palavra. Você é minha ligação. E eu serei fiel a você para
sempre. Você não tem ideia de quanto tempo eu esperei por você. Ou como foi
bem cronometrada sua aparição.

Algo escuro moveu através da conexão entre nós e meu coração batia
forte. Sentei-me, ignorando o modo como seus olhos se moveram para os meus
seios. — O que você quer dizer?

Ele olhou para longe. — Foi feito agora. Está acabado. Não importa.

— Como o inferno. Você vai me dizer por que o tempo era tão crucial.

— Isso não foi apenas um encontro para mim. Foi a última chance.

Minha testa franzida. — Última chance para quê?

— Estou com quatrocentos anos de idade. Mas eu fui um Enforcer para


meu irmão no clã a maior parte do tempo. Isso... toma seu preço de um vampiro.

Eu ainda não vi onde isso estava acontecendo. Eu sabia que o Enforcer


era uma pessoa temida em todo o clã de vampiros. Eles foram a mão da justiça,
os que entregaram punições, maiores e menores. Os que mataram.

— Você vai ter que explicar.

— A certo ponto, um vampiro deve ser acasalado. O vínculo entre


companheiros o mantém aterrado. Se o amor vem com ele, tanto melhor. Mas
para os vampiros, o amor raramente é sentido. É mais como uma compaixão
mútua.
Ele fez rodeios. E quanto mais o fazia, mais o medo construía em meu
peito. Eu cutuquei o seu ombro. — Isso não era compaixão entre nós
companheiro.

Ele riu, a mão que estava acariciando meu braço se movendo para baixo
para apertar a minha bunda. — Estou muito consciente disso.

Eu me movi para baixo em seu corpo, distraída por sua ereção


crescente. Enquanto eu não deveria estar novamente pronta tão rápido, eu
estava. Era como se eu ansiava por ele de corpo e alma.

— Pare com isso!

— O que? — Eu disse, olhando para o seu rosto. Os músculos de seu


peito pularam quando cerrou os punhos. Ele definitivamente gostou do ponto de
vista de que eu estava certa. Para ser honesta, eu estava gostando da ideia de
levá-lo na minha boca. Algo que eu nunca pensei que eu sentiria.

— Olhar para mim desse jeito.

Asas de borboletas voaram dentro do meu estômago.

— Como o quê? — Eu arqueei uma sobrancelha e olhei para cima. Eu


estendi a mão, com a minha língua lambi a coroa de seu pênis.

Seu corpo inteiro sacudiu. — Enquanto eu realmente, realmente não


quero parar você de fazer o que estava fazendo, eu preciso ouvi-la dizer isso. Eu
preciso que você me diga que quer isso. — Ele moeu as palavras como se tivesse
a boca cheia de bolas de gude.

— Eu quero você Angus. Eu quero isso.


— Em uma base permanente?

Eu ri, apertando os dedos em suas coxas. — Sim. É uma loucura, mas é


certo.

— Graças a Deus, — ele gemeu, os dedos cavando em meu cabelo.

Sem mais delongas eu o levei na minha boca, minha língua rodando em


torno da cabeça enquanto eu chupava suavemente. Ele era grande o suficiente
para que eu não pudesse ter todo ele e apertei o resto suavemente em uma mão,
criando um ritmo que ele pareceu aproveitar. A outra mão segurou suas bolas. Ele
gemeu, seus quadris empurrando. Eu continuava a mover minha língua em torno
dos sulcos e contornos da sua carne, deleitando-me com a sensação de poder que
me deu.

Ele ficou ainda mais duro e depois seus dedos flexionaram e ele fez um
barulho ilegível. Quando eu não parei, ele puxou de volta, com as mãos me
puxando para cima de seu corpo.

— Você é incrível, mas eu quero mais do que a sua boca absolutamente


fantástica.

Ele rolou, seus braços amortecendo o movimento muito rápido. Seus


lábios pressionados contra os meus, sua língua varrendo dentro de minha boca e
imitando o que ele pretendia fazer.

Ele nos deslizou para o final da cama, e ficou entre as minhas pernas,
me puxando para a borda do colchão e depois colocando as minhas pernas sobre
os ombros enquanto seus dedos acariciavam meu clitóris.
Minha cabeça caiu para trás e foi a minha vez de gemer. Em seguida, os
dedos se foram e ele colocou um preservativo antes de empurrar dentro de mim
tão rápido quanto o meu fôlego. Ele se inclinou para frente, empurrando seu
corpo no meu forte o suficiente para que eu pudesse ouvir o som de sua carne
batendo contra a minha. Cada impulso de seu corpo enviou prazer rolando mais e
mais por meu corpo até que eu queria gritar.

Com um grunhido exausto ele empurrou profundamente, pressionando-


nos juntos, quando ele gozou, me mandando para as estrelas, com o seu nome
em meus lábios.

Capítulo Oito

Pela primeira vez em minha vida muito longa, o nervosismo fez a minha
pele pegajosa e minhas mãos tremerem. Se Nora me recusou, estava acabado.
Meu estômago agitou. Ela disse que sim antes, mas no calor do momento as
pessoas diziam um monte de coisas que poderiam se arrepender de manhã. Eu
tinha que ter certeza. Para ter certeza de que ela queria dizer o que disse.
Engraçado, mas eu estava com mais medo de suas palavras do que com a
perspectiva de morrer. Se ela escolheu ir embora, morrer seria um alívio.

A luz do sol entrando pelas janelas lavou o seu rosto em ouro e âmbar,
seus cílios escuros crescentes em seu rosto. Seu cabelo estava em toda parte,
pego em minha barba por fazer no meu queixo e debaixo de nós na cama. Como
se estivéssemos cercados por seda.

Esta criatura, pequena e delicada me fez perceber que eu tinha um


coração. Algo que eu pensei ter perdido há anos.

— Nora?

Ela chegou mais perto de mim, uma coxa deslizando na minha em seu
sono. Meu pênis se contorceu e eu cerrei os dentes. Nada disso até nós
conversamos.

— Bebê? Eu preciso que você abra seus olhos.

Deslizei a mão sobre a sua pele sedosa e suavemente balancei seu


ombro. Ela franziu a testa e piscou, franzindo os olhos na luz da manhã.

— Eu estava muito confortável, você sabe.

— Você não é uma pessoa matutina, não é?

Ela grunhiu e atirou um braço em volta de mim, esfregando o rosto na


curva do meu pescoço. Eu não poderia impedir o meu sorriso. Ela fez isso por
mim.

— Por favor, eu tenho algo importante a dizer para você.


Com um suspiro ela rolou, muito sonolenta para perceber que estava
nua sob o sol. Como uma deusa estendida sob o sol.

Eu balancei a cabeça e me sentei. Desde quando eu fui poético sobre


alguma coisa? Se eu não me cuidasse, ela me faria muito gentil para fazer o meu
trabalho.

— Tudo bem. — Ela sentou, puxando o lençol até seu corpo envolvendo
os ombros. Lágrimas brilhavam nos cantos de seus olhos. — Você pode dizer isso
agora.

— Dizer o que? — Eu ergui minha cabeça pela vergonha em sua voz.

— A desculpa qualquer que você vai usar para me tirar daqui. Eu vi


esse olhar.

Eu puxei sua mão, a persuadindo para o meu colo. — Você me


entendeu mal.

— Então por que a carranca? Você parecia tão irritado....

— Porque você dirige todo pensamento sensato da minha cabeça Nora.


— Ela inclinou a cabeça para trás, seu olhar amolecendo. — Porque eu só acabei
de conhecer você e vou lhe fazer uma pergunta muito importante.

— Ok...

Limpei a garganta, procurando as palavras. — Eu disse a você sobre a


ligação que a alma de um vampiro precisa. Eu já disse que estou perto do fim da
linha.

Ela assentiu com a cabeça tranquila, seu olhar indecifrável.


— Você é isso para mim Nora. Se você concorda em ser minha
companheira, eu vou fazer o meu melhor para te fazer feliz para sempre. Eu te
amo. Eu sei que parece impossível, mas eu não posso... — Seu dedo pressionou
sobre os meus lábios.

— Eu também te amo. — Ela se moveu, dando um beijo em minha


bochecha. — Eu lhe disse antes, eu aceito.

Eu embalava seu rosto em minhas mãos, beijando-a e entregando tudo


nesse beijo. Suas mãos enrolaram no meu cabelo e quando eu finalmente
busquei ar, ela riu.

— Bem, então, a primeira coisa que tenho que fazer, — eu disse,


estendendo a mão para o meu celular ao lado da cama. — É ligar para Callum,
admitir que ele ganhou e perguntar quando eu posso levá-la para conhecê-lo e ao
clã. E podemos escolher uma data para concluir todo o ritual.

Nora sorriu, sua mão deslizando para envolver meu pênis. — Ah, eu
não sei se essa é a primeira coisa...

FIM

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