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Diversas plataformas comuns no dia a dia, – redes sociais, sites de busca, lojas
online – assim como empresas que oferecem streaming, contam com um
sistema de recomendação para seus usuários que mapeia seus gostos e
constrói um mecanismo de sugestões. Esses dados não servem apenas para
sugerir produtos que já existam em algum catálogo, mas também para auxiliar
na criação de novos conteúdos que estejam de acordo com o perfil dos
consumidores. Todo um universo cultural é criado por esses algoritmos, e tudo
(séries, filmes, músicas, artistas) é adequado dentro dos padrões de
comportamento traçados por essa espécie de cérebro artificial. A grande
problemática acerca disso surge quando esse sistema se limita a um padrão
vicioso de recomendação.
Toda pessoa que usa redes sociais está sujeita a esse “feito de bolha” que as
deixa isoladas pela informação que o algoritmo deduz ser adequada de acordo
com os hábitos desse usuário enquanto está online. Uma questão pertinente
que se relaciona a esse efeito é a possibilidade de que a tendência entre
canais do youtube, de se construir parcerias ou patrocínios com marcas, migrar
para o mundo digital do algoritmo. O poder de influência desses produtores de
conteúdos não se limita apenas ao YouTube, mas alcança usuários de quase
todas – senão todas as redes sociais; por isso são alvos de empresas que
pretendem adequar sua publicidade para a era digital. Justamente por essa
prática ter se mostrado eficiente com o passar do tempo, poderia vir a ser
incorporada pelos sistemas totalmente digitais.
JULIANA ALVES
1061630
2018