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Resumo
Questiona as políticas de ações afirmativas por cotas para ingresso
no ensino superior e debate a questão social, considerando nossa
formação como povo e as condições de desenvolvimento do País. Aborda
a origem do problema a partir da história da colonização brasileira e
analisa a situação da pobreza e as condições de exclusão do pobre diante
dos direitos sociais, especialmente o direito à educação de qualidade,
independentemente de raça ou gênero. Por fim, analisa a escola básica
e seus resultados, evidenciando a educação básica de qualidade como
verdadeira ação afirmativa.
R. bras. Est. pedag., Brasília, v. 92, n. 232, p. 493-515, set./dez. 2011. 493
Sueli Menezes Pereira
Clarice Zientarski
Abstract
Affirmative policies and poverty in Brazil
Introdução
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Políticas de ações afirmativas e pobreza no Brasil
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(ONU). Isso não diz respeito somente ao setor industrial privado, mas aos
próprios governos estaduais, que remuneram mal seu pessoal, girando
em torno de um a meio salário mínimo legal, quando o mínimo estipulado
pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese) é três vezes o mínimo oficial.
No período estudado pelos autores, evidencia-se uma redução maior
da pobreza na década de 1960 a 1970. Contudo, observou-se que isso só
ocorreu devido à implantação das horas trabalhadas pelo operário envol-
vido e, até mesmo, à participação da mulher no mundo do trabalho, o que
significa dizer que essa pequena redução no nível de pobreza, constatada
pelos pesquisadores, não significa uma diminuição da pobreza, mas maior
exploração do trabalhador, com o objetivo de a espoliação ser maior. A
jornada de trabalho aumentou consideravelmente, assim como o exército
industrial de reservas, com a participação das mulheres, independen
temente de raça, que se sujeitaram a salários de miséria para incrementar
o rendimento familiar.
No Brasil, a pobreza é maior nas regiões mais periféricas, como é
o caso do Nordeste, Norte e outras regiões dessa mesma estrutura, que
não foram beneficiadas pelos investimentos diretos injetados na Nação
naquele período, além das condições históricas presentes desde o processo
de colonização.
As fontes principais da pobreza nacional estão principalmente na má
distribuição de renda, tendo em vista que o afunilamento na posse da renda
nacional é visível. A década de 1980 foi pródiga nos arrochos salariais
pelos quais passou a classe trabalhadora do País, impostos especialmente
por decretos governamentais que tinham um único objetivo: o de tornar
a classe produtiva mais pobre, em favor da classe improdutiva, tendo
como consequência os direitos sociais reduzidos e, nestes, uma redução
da quantidade e da qualidade no processo educacional brasileiro, entre
outros serviços sociais.
Dizem os autores:
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[...] sabemos que alunos de alta posição social, em média, têm melhor
rendimento escolar e vão a escolas que oferecem bom ensino. Quando
encontramos uma escola com alto desempenho, não sabemos se
esse desempenho é alto porque seus alunos já eram bons antes ou
porque a escola oferece, de fato, um bom ensino. Da mesma forma, a
superioridade de um aluno deve-se a fatores socioeconômicos ou ao seu
desempenho escolar prévio? (Soares; Alves, 2003, p. 7, grifo nosso).
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Referências bibliográficas
BORÓN, Atílio. Epílogo: ¿Una teoría social para el siglo XXI? Ponencia
presentada em el XIV Congreso Mundial de la Asociación Internacional
de Sociología. Montreal, Canadá, 1998. Disponível em: <http://campus.
clacso.edu.ar>. Acesso em: 10 mar. 2010.
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