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CRIMINOLOGIA

COM ÊNFASE EM CONCURSOS PÚBLICOS

APOSTILA

CRIMINOLOGIA
COM ÊNFASE EM CONCURSOS PÚBLICOS

APOSTILA
Professor: André Giamerardino
Defensor Público do Estado do Paraná, Professor da UFPR e da UP, doutor em Direito (UFPR) e
Mestre em Direito
Direito (UFPR) e Criminologi
Criminologia
a (Universit
(Universit di Padova)!
Padova)! Coautor com Massimo
Massimo Pavarini
Pavarini
do livro "#eoria
"#eoria da Pena e E$ecu%&o Penal ' Uma ntrodu%&o Crtica* (+umen uris)!

INTRO!U"#O

Esta a-ostila tem a finalidade de servir como es-.cie de "glossário* e ferramenta au$iliar na
-re-ara%&o -ara concursos -úblicos /uanto a temas de criminologia!
Embora a mat.ria se0a muito com-le$a, 1eterog2nea, diversificada, 1istorici3ada, seu tratamento
na formula%&o de /uest4es em "-rovas de concurso* . bastante sim-lificador e re-etitivo, sendo
fácil -erceber /ue n&o se re/uer /ual/uer a-rofundamento, mas sim o con1ecimento su-erficial
de determinados conceitos e do sentido das -rinci-ais teorias!
5inteti3ar tais conceitos, de forma confessadamente su-erficial, mas certo de /ue tal memori3a%&o . tudo
/uanto se -recisa saber -ara se -ontuar nesse ti-o de /uest4es, . o singelo -ro-6sito desta a-ostila!
AULA $: CARACTER%STICAS PRINCIPAIS E AS &'RIAS (CRIMINOLOGIAS(

5ugest&o de estudo7 memori3a%&o de conceitos e resolu%&o de /uest4es!


Dificuldade de defini%&o da criminologia /uanto a seu 89E#8, ME#8D8+8:;
ME#8D8+8:; e FU<=>87
a) Fre/uente
Fre/uentemente
mente,, o 89E#8
89E#8 de estudo da criminologia
criminologia . definido
definido como7 delito, delin/ue
delin/uente,
nte,
vtima e controle social ? os dois -rimeiros se referem  -ers-ectiva tradicional (-ositivista), o
estudo da vtima remete  vitimologia e o estudo do controle social -or si -r6-rio remete s
-ers-ectivas construtivista e crtica!
b) ME#8D8+8:;7
ME#8D8+8:;7 em-irismo ? saber fundado na observa%&o e na e$-eri2ncia,
e$-eri2ncia, remetendo, -or isso,
ao m.todo <DU#@8! Diferentemente do direito, trata?se de um con1ecimento "descritivo* (ligado ao
"ser*) e n&o "normativo* ("dever ser* ? m.todo DEDU#@8)! ;#E<=>8 P;R; ; CRA#C;7 Da a
dificu
dificulda
ldade
de de delimi
delimita%
ta%&o
&o de um ob0eto
ob0eto válido
válido,, 0á /ue "delito
"delito** ou "delin/
"delin/uen
uente*
te* s&o -rodut
-rodutos
os
normativos e definidos e$ternamente (-elo legislador, -ela seletividade do sistema -enal, etc)!
c) FU<=>87 oscila%&o
oscila%&o entre a conce-%&o -ositivista
-ositivista de au$iliar do -enalista
-enalista na elucida%&o
elucida%&o e -reven%&o de
crimesB entre a conce-%&o crtica -or.m reducionista de es-.cie de "ci2ncia crtica* do direito -enal
(confus&o com dogmática crtica)B e entre a sociologia
sociologia da viol2ncia e das institui%4es do sistema -enal!
 fundamental /ue se sistemati3e o estudo das teorias criminol6gicas dentro das duas grandes
-ers-ectivas identificadas como7

-ág! 
APOSTILA

- crimin
criminolo
ologia
gia tradic
tradicion
ional
al-os
-ositiv
itivist
istae
aetio
tiol6g
l6gica
ica,, de um lado
lado ? nos concur
concursos
sos -úblico
-úblicoss muito
muito
fre/uentemente c1amadas "#E8R;5 D8 C8<5E<58*B vs.
- criminologia construtivista ("da rea%&o social*)crtica, de outro lado ? nos concursos -úblicos
muito fre/uentemente c1amadas "#E8R;5 D8 C8<F+#8*!
C8<F+#8*!
Cada uma delas tem diferentes ob0etos de estudo7
- a -rimeira lin1a busca identificar C;U5;5 do crime e do com-ortamento criminoso (-or isso .
dita "etiol6gica*) e se divide em teorias <D@DU;5 e 58C8+:C;5B
- a segunda -ers-ectiva busca analisar
analisar como . a rea%&o social e institucional /ue define o /ue . crime e /uem
. criminoso, recaindo o foco na seletividade do sistema -enal e no desvelamento de fun%4es -olticas n&o
declarad
declaradas!
as! #amb.m a/ui
a/ui . -ossvel
-ossvel identifi
identificar
car teorias
teorias individu
individuais
ais ou "MCR8*s
"MCR8*socio
ociol6gi
l6gicas
cas (e$! teoria
teoria do
eti/uetamento)
eti/uetamento) e teorias "M;CR8*sociol6gicas
"M;CR8*sociol6gicas (e$! criminologias
criminologias crticas,
c rticas, criminologia radical)!
GUE5#HE5 DE RE@5>87

)Médi*o Le+is,a -.$/01 O mé,odo de es,2do da Crimino3o+ia re4ne as se+2in,es *ara*,er5s,i*as:

a0 Si3o+ismo6 7eda89o
7eda89o de
de in,erdis*i3inaridade6
in,erdis*i3inaridade6 7is9o ind2,i7a
ind2,i7a da
da rea3idade1
rea3idade1

0 Emirismo6 7eda89o
7eda89o de in,erdis*i3inaridade6
in,erdis*i3inaridade6 7is9o ind2,i7a da rea3idade1

*0 Ra*iona3
Ra*iona3ismo6
ismo6 in,erdis*i
in,erdis*i3inar
3inaridade
idade66 7is9o ind2,i7a
ind2,i7a da rea3idade
rea3idade11

d0 Emirismo6 in,erdis*i3inaridade6
in,erdis*i3inaridade6 7is9o
7is9o ind2,i7a
ind2,i7a da rea3idade1

e0 Ra*iona3
Ra*iona3ismo6
ismo6 in,erdis*i
in,erdis*i3inar
3inaridade
idade66 7is9o ded2,i7a
ded2,i7a da rea3idad
rea3idade1
e1

)A+en,e Po3i*ia3 -.$-01 ; *orre,o afirmar <2e a Crimino3o+ia:

a0 ; 2ma
2ma *i=n*i
*i=n*iaa do
do de7er
de7er>ser
>ser11

0 N9o é 2ma *i=n*i


*i=n*ia
a in,erdis*
in,erdis*i3in
i3inar1
ar1

*0 N9o é 2ma *i=n*ia


*i=n*ia m23,idis
m23,idis*i3in
*i3inar1
ar1

d0 ; 2ma *i=n
*i=n*ia
*ia norm
norma,i
a,i7a
7a11

e0 ; 2ma
2ma *i=n*
*i=n*ia
ia em5
em5ri*
ri*a1
a1

)In7es,i+ador de Po35*ia -.$/01 Pode>se afirmar <2e o ensamen,o *rimino3?+i*o moderno é


inf32en*iado or 2ma 7is9o de *2n@o f2n*iona3is,a e 2ma de *2n@o ar+2men,a,i7o <2e oss2em

-ág! I
APOSTILA

*omo eem3os a Es*o3a de C@i*a+o e a Teoria Cr5,i*a rese*,i7amen,e1 Essas 7ises


,amém s9o *on@e*idas *omo ,eorias:

a0 !a e*o3o+ia *rimina3 e do ,rans,orno1

0 !o *onsenso e do *onf3i,o1

*0 !o *on@e*imen,o e da es<2isa1

d0 !a forma89o e da ded289o1

e0 !o es,2do e da *on*32s9o1

(E3i<2e a diferen8a dos *on*ei,os de Crimino3o+ia nos aradi+mas e,io3?+i*o e da


rea89o so*ia3D )em no mimo -. 3in@as0 )MPF -.$0
AULA -: ESCOLA POSITI&A ITALIANA E SUA RECEP"#O NO BRASIL

? Conte$to7 Euro-a, s.culo JJ! Movimentos de migra%&o do cam-o  cidade! Crticas ao


iluminismo -enal e ao "direito -enal clássico*, tido como e$cessivamente abstrato e insuficiente
-ara "enfrentar a criminalidade*!
8 -ositivismo criminol6gico fe3 -arte da tentativa de aplicar os métodos e o paradigma das
ciências naturais ao estudo da sociedade , su-ondo?se /ue a su-erioridade cientfica de seus
m.todos seria mais efica3 -ara a -rote%&o da sociedade da criminalidade!
@e0a o /ue escreveu Enrico Ferri em KLL sobre a su-erioridade do m.todo "cientfico* sobre o
direito -enal clássico e seu m.todo dedutivo7
“Nós falamos duas diferentes linguagens: para nós, o experimental indutivo é a chave de todo o
conhecimento; para eles, tudo deriva de deduções lógicas e de opiniões tradicionais. ara eles, os

fatos devem lugar ao silogismo !premissa maior ", premissa menor # , conclus$o% &. ara nós,
nenhuma ra'$o pode ser sem partir de fatos. ara eles, a ciência necessita apenas de papel, pena
e tinta, e o resto vem de um cére(ro cheio de mais ou menos a(undante leitura de livros feitos dos
mesmos ingredientes. ara nós a ciência demanda a longa e demorada an)lise dos fatos, um por 
um, redu'indo a um fato comum. ara eles um silogismo ou uma anedota é suficiente para aca(ar 
com anos de an)lise e experimentaç$o. ara nós, é o contr)rio.

Princi-ais caractersticas (sobre o tema, sugest&o de leitura7 CR<8 D85 5;<#85, !  * criminologia da

K 8 1omicida deve receber -ena de  a N

 o&o . 1omicida!

I o&o deve receber -ena de  a N!

-ág! O
APOSTILA

repress$o, KQ)7

a) Em-irismo e m.todo indutivo7 cren%a de /ue a ci2ncia seria ca-a3 de diagnosticar as causas
do crime e reali3ar -rogn6sticos -ara -olticas de -reven%&o!
b) Cren%a no determinismo do com-ortamento, re0eitando a ideia de livre arbtrio dos su0eitos! ; conduta
desviante como sintoma  de causas ligadas ao indivduo! Re0ei%&o do conceito de "cul-abilidade* (direito
-enal do fato) e valori3a%&o do conceito de "-ericulosidade* (direito -enal do autor)!
c) Mensura%&o e /uantifica%&o dos dados ? busca da mensura%&o da criminalidade como se
fosse um dado ob0etivo, atrav.s das estatsticas criminais!
d) Pretens&o de neutralidade do cientistaobservador! ;-lica%&o de -remissas -r6-rias das
ci2ncias naturais s ci2ncias sociais!
CESAR LOMBROSO $H/>$.J (+-omo elin/uente, $HK) e mais7 (+a donna delin/uente, la prostituta e la
donna normale, $HB 0enio e degenera'ione, $.HB 1rime: its causes and remedies, $$/)!

nflu2ncia do darinismo7 +ombroso ada-ta a "teoria do atavismo* de C1arles Darin 


criminologia! Com tal base, defenderia a ideia de /ue o "1omem delin/uente* ou "criminoso nato*
seria um ser atávico, -ortanto mais atrasado /ue os demais na evolu%&o da es-.cie 1umana!
Como m.dico do e$.rcito, reali3ou medi%4es antro-om.tricas de INNN soldados, observando as diferen%as
fsicas e$istentes entre os 1abitantes das várias regi4es da tália /ue -assava, ent&o, -or conflitos civis!
Durante sua carreira, +ombroso e$aminou ILI crSnios de criminosos e TNQ delin/uentes vivos!
Com base em tais observa%4es, defendeu a ideia de /ue o criminoso seria um ti-o antro-ol6gico distinto,
-ro-enso a cometer crimes e /ue -oderia ser identificado mediante caractersticas fsicas (como a
assimetria crSnio?facial, testa inclinada -ara trás, c.rebro 1i-o ou 1i-er desenvolvido, malares salientes,
sobrancel1as -roeminentes, orel1as grandes, etc! e at. uma "inclina%&o -ara a tatuagem*)!
CRA#C;5 DE #P8 <#ER<87 Mau uso das no%4es de atavismo e 1ereditariedade (-or e$em-lo, ao
inserir o uso da tatuagem como sinal da -ersonalidade criminosa)! Crticas oriundas da Escola de +on!
CRA#C;5 DE #P8 EJ#ER<87 ob0eto de estudo -r.?delimitado -or -arSmetros normativos, -ois os -resos
analisados -or +ombroso 0á configuravam uma amostra selecionada -ela -r6-ria lei -enal e suas ag2ncias de
controle! ;mostra tamb.m -oliti3ada, -ois sua descri%&o dos ti-os fsicos "criminais* corres-ondia  descri%&o
dos trabal1adores bra%ais do 5ul da tália, ignorando os conflitos civis e materiais e$istentes!
<F+UV<C; DE +8M9R858 <8 9R;5+7 rela%&o com o racismo cientfico de final do s.culo
JJ e a transi%&o do escravismo ao ca-italismo industrial! E$em-lo7 o m.dico baiano Raimundo
<ina Rodrigues "coletivi3ou* o conceito originariamente individual de "criminoso nato*, associando
a 1eran%a crimin6gena de +ombroso  mesti%agem do -ovo brasileiro
ENRICO FERRI $H>$-J (2ociologia criminale, $HH$)

-ág! T
APOSTILA

 ; obra de KLLK ' 2ociologia 1riminale ' . um tratado com-leto de criminologia, no sentido /ue
contem-la criminologia teórica e outra aplicada7
a) ; criminologia teórica de Ferri era MU+#F;#8R;+7 negava o livre arbtrio, e$-licando o crime
como determinado -or uma s.rie de fatores crimin6genos os /uais, combinados entre si, -ro-iciam
uma  classificaç$o dos delin/uentes! Uma novidade em seu -ensamento era a inser%&o de fatores
e$6genos (ligados ao meio fsico e social) como e$-lica%&o do com-ortamento criminal! Classificou
os criminosos em "ti-os de autor*7 natos, alienados, 1abituais, de ocasi&o e -assionais!
b)  ; criminologia aplicada de FERR era fundada na ideia de -ericulosidade, -revendo "medidas
de defesa social* corres-ondentes a cada ti-o de autor! Fala em substitutivos -enais (medidas
alternativas  -ris&o) e na necessidade de se individuali3ar a a-lica%&o de todas as medidas!
MP8R#W<C;7 Ferri influenciou a formula%&o do sistema "du-lo binário* no Codice Rocco (tália,
KIN), /ue -revia a cumula%&o de -enas e medidas de seguran%aB sistema este adotado -elo
C6digo Penal brasileiro de KON at. a Reforma da Parte :eral em KLO! nfluenciou, ainda, na
formula%&o de diversos -rocedimentos t-icos da e$ecu%&o -enal, tais como a "classifica%&o*, o
"e$ame* e a l6gica da -ericulosidade -er-assando todo o sistema de 0usti%a!
GUE5#HE5 DE RE@5>87

)CEI0 No <2e *on*erne ao *on*ei,o de eri*23osidade e  inf32=n*ia da Es*o3a Posi,i7a


i,a3iana no direi,o ena3 rasi3eiro assina3e a a3,erna,i7a *orre,a:

a0 !e a*ordo *om Enri*o Ferri refer=n*ia 2r5di*a do osi,i7ismo *rimino3?+i*o i,a3iano o


*on*ei,o de eri*23osidade es,aria dire,amen,e 3i+ado  in,ensidade do do3o do a+en,e no
momen,o do fa,o rod2indo 2m maior 25o de rero7ai3idade na an3ise da *23ai3idade1

0 Para a Es*o3a Posi,i7a i,a3iana o *rime é res23,ado de 2ma defi*i=n*ia mora3 e de


*ar,er do s2ei,o o <2a3 o,a or 7io3ar a norma <2ando oss57e3 n9o fa=>3o1

*0 As roosi8es r,i*as de Enri*o Ferri na dis*2ss9o de 2m no7o C?di+o Pena3


ara a I,3ia na dé*ada de /. a*aaram or n9o ,er <2a3<2er inf32=n*ia na e3aora89o
do ,e,o fina3 da 3ei i,a3iana n9o ,endo reer*2ss9o or,an,o sore o C?di+o Pena3
rasi3eiro de $.1

d0 Enri*o Ferri defende2 no Qmi,o da Es*o3a Posi,i7a a 2,i3ia89o de medidas


a3,erna,i7as  ris9o e o *on*ei,o de (s2s,i,2,i7os enaisD *om ase em 7a3ora8es
sore o a2,or e *3assifi*a89o dos *ondenados se+2ndo s2a eri*23osidade1

e0 O *on*ei,o de (*riminoso na,oD de Cesare Lomroso foi re*e*ionado e3a *rimino3o+ia


rasi3eira de forma *r5,i*a ,endo sido des*ar,ado e3a *om2nidade a*ad=mi*a e *ien,ifi*a

-ág! 
APOSTILA

e n9o ,ido inf32=n*ia na o35,i*a *rimina3 e so*ia3 do er5odo1

)In7es,i+ador de Po35*ia -.$/01 Médi*o 3e+is,a si<2ia,ra e an,ro?3o+o rasi3eiro


*onsiderado o Lomroso dos Tr?i*os1 A ersona3idade men*ionada refere>se a:

a0 L25s da CQmara Cas*2do1

0 Raim2ndo Nina Rodri+2es1

*0 Mrio de Andrade1

d0 Osa3do Cr21

e0 Fernando Or,i1

)Pai3os*ois,a Po3i*ia3 -.$/01 Pode>se afirmar <2e es,9o en,re os rin*5ios f2ndamen,ais
da es*o3a *3ssi*a da *rimino3o+ia:

a0 O *rime na es*o3a *3ssi*a é 2m en,e 2r5di*o n9o é 2ma a89o mas sim 2ma
infra89o6 a 2nii3idade de7e ser aseada no 3i7re>ar5,rio6 ado,a>se o mé,odo e
ra*io*5nio 3?+i*o>ded2,i7o1

0 A ena <2e é 2m ins,r2men,o de defesa so*ia36 a es*o3a *3ssi*a <2e se 2,i3ia do


mé,odo ind2,i7o>eerimen,a36 os oe,os de es,2do da *i=n*ia ena3 <2e s9o o
*rime o *riminoso a ena e o ro*esso1

*0 O *rime é 7is,o *omo 2m fenmeno so*ia3 e indi7id2a3 na es*o3a *3ssi*a6 a ena


,em *ar,er af3i,i7o *2a fina3idade é a defesa so*ia31

d0 O direi,o ena3 <2e é 2ma ora @2mana6 a resonsai3idade so*ia3 <2e de*orre do
de,erminismo so*ia36 o de3i,o <2e é 2m fenmeno na,2ra3 e so*ia31

e0 A dis,in89o en,re im2,7eis e inim2,7eis eis,en,e na es*o3a *3ssi*a6 a


resonsai3idade mora3 aseada no de,erminismo )<2em n9o ,i7er a *aa*idade de
se 3e7ar e3os mo,i7os de7er re*eer 2ma medida de se+2ran8a01
AULA /: INTRO!U"#O  SOCIOLOGIA CRIMINAL

 ;inda no Smbito da Escola Positiva italiana7


RAFFAELLE GARFALO XKLT?KIOY (1riminologia, $HH)
Foi 0urista e magistrado e, diferentemente de E! Ferri, -oliticamente conservador! Fundamental em sua

-ág! Q
APOSTILA

teoria foi seu conceito de delito natural , o /ual seria a "viola%&o dos sentimentos m.dios de
-iedade e -robidade*, estas como Zsubstrato moral[ a 0ustificarem a re-ress&o s condutas
desviadas, relativos  re-ugnSncia -or a%4es cru.is, ao res-eito -elo outro, e assim -or diante!
Fortemente influenciado -or C! Darin e \! 5-encer, indica uma conce-%&o evolucionista de
senso moral, o /ual seria transmitido 1ereditariamente, associando as no%4es de ra%a e
civili3a%&o! Pensamento fortemente racista e ligado ao colonialismo!
? \á outras teorias etiol6gicas individuais desenvolvidas ao longo do s.culo JJ! Mencionado
como e$em-lo a "teoria dos ti-os de autor* de ER<5# ]RE#5C\MER (KK)! 5egundo sua
1i-6tese, a constitui%&o cor-oral da -essoa condicionava seu caráter! De acordo com cada ti-o
fsico, -oder?se?ia?se observar uma certa tend2ncia -ara certos crimes!
INTRO!U"#O  SOCIOLOGIA CRIMINAL: TEORIAS !O CONSENSO E !O CONFLITO
 bastante comum a divis&o das teorias criminol6gicas entre "teorias do consenso* e "teorias do conflito*!
Embora 1a0a -roblemas e sim-lifica%4es graves nessa divis&o, . comum /ue as teorias do consenso
se0am identificadas com a etiologia social norte?americana (-ers-ectiva tradicional -ositivista), e as teorias
do conflito se0am identificadas com as várias teorias crticas (-ers-ectiva crtica)!
Em outros termos, -ode?se di3er /ue o crime, -ara as teorias do consenso, . um "-roblema
social*B e -ara as teorias do conflito, . um "-roblema sociol6gico*!
5eriam teorias do consenso, abordadas neste mini?curso, nesse sentido7
a)mile Dur^1eim,
b) Escola de C1icago (seriam teorias do consenso, no caso, as teorias ecol6gicas),
c) #eoria da associa%&o diferencial (da a-rendi3agem),
d) #eoria da anomia de Robert Merton (funcionalista),
e) #eorias das subculturas criminais!
 ; seu turno, seriam teorias do conflito as denomina%4es relativas  dita "nova criminologia*7 ? ;o
interacionismo simb6lico,  teoria do eti/uetamento,  teoria da rotula%&o, etc!B ? _ criminologia
crtica, criminologia radical, etc!
ASPECTOS !O PENSAMENTO !E ;MILE !URVWEIM )$HH>$$K0 SOBRE O CRIME E A PENA

a) Fato social7 e$ternalidade em rela%&o ao indivduo, coercitividade (-ois sua inobservSncia


gerará san%4es e resist2ncias) e generalidade (-or/ue se cr2 re-resentar um consenso social) ?
a serem "tratados como coisas* ( *s regras do método sociológico, KLT)!
b) Crime como fato social normal, e n&o -atol6gico! 8 delito como fator regulador e estabili3ador da
coes&o social ? e nesse sentido, funcional ! 5eria Znegativo[ a-enas /uando Zan`mico[, ou se0a, oriundo de

-ág! L
APOSTILA

um estado de anomia e desorgani3a%&o social!


c) Pena como res-osta e estabili3a%&o da "consci2ncia moral coletiva*7 Dur^1eim descreve, -or.m, as
distintas necessidades de res-osta conforme se ten1a uma sociedade de solidariedade mecSnica ou
orgSnica ( * divis$o do tra(alho social , KLI)! m-eraria um direito repressivo  (de caráter retributivo) onde
a solidariedade . mecSnica, -ois a avers&o coletiva ao desvio . mais forte! Com o desenvolvimento da
comunidade, e a -assagem -ara uma solidariedade orgSnica, o direito tenderia a ser mais restitutivo!
GUE5#HE5 DE RE@5>87

)Es*ri79o de Po35*ia -.$/01 S9o ,eorias do *onsenso as ,eorias:

a0 !a desor+ania89o so*ia36 da iden,ifi*a89o diferen*ia36 da *rimino3o+ia *r5,i*a1

0 !o e,i<2e,amen,o6 da asso*ia89o diferen*ia36 do *onf3i,o *23,2ra31

*0 !a *rimino3o+ia *r5,i*a6 da s2*23,2ra6 do es,r2,2ra3>f2n*iona3ismo1

d0 !a *rimino3o+ia radi*a36 da asso*ia89o diferen*ia36 da iden,ifi*a89o diferen*ia31

e0 !a desor+ania89o so*ia36 da ne2,ra3ia89o6 da asso*ia89o

diferen*ia31 )In7es,i+ador de Po35*ia -.$-01 S9o ,eorias do *onf3i,o as ,eorias:

f0 !as reas *riminais da iden,ifi*a89o diferen*ia3 e da *rimino3o+ia *r5,i*a1

+0 !a desor+ania89o so*ia3 da ne2,ra3ia89o e das reas *riminais1

@0 !o *onf3i,o *23,2ra3 do e,i<2e,amen,o e da asso*ia89o diferen*ia31

i0 !a asso*ia89o diferen*ia3 da s2*23,2ra e do es,r2,2ra3>f2n*iona3ismo1

 0 !a *rimino3o+ia *r5,i*a da ro,23a89o e da *rimino3o+ia radi*a31

ITENS X' COBRA!OS EM PRO&AS CESPEYUNB

) & 0 A ,eoria f2n*iona3is,a da anomia e da *rimina3idade in,rod2ida or Emi3e !2rZ@eim


no sé*23o [I[ *on,ra2n@a  ideia da roens9o ao *rime *omo a,o3o+ia a no89o da
norma3idade do des7io *omo fenmeno so*ia3 odendo ser si,2ada no *on,e,o da
+2inada so*io3?+i*a da *rimino3o+ia em <2e se ori+ina 2ma *on*e89o a3,erna,i7a s
,eorias de orien,a89o io3?+i*a e *ara*,ero3?+i*a do de3in<2en,e1

-ág! 
APOSTILA

AULA : ESCOLA !E CWIGA!O )TEORIAS ECOLGICAS0 E TEORIA !A ASSOCIA>


"#O !IFERENCIAL )!A APREN!I\AGEM0
1$1 ESCOLA !E CWICAGO )TEORIAS ECOLGICAS Y !A !ESORGANI\A"#O SOCIAL0
 ;s teorias ecol6gicas s&o fundadas na ideia de vincula%&o entre a criminalidade e a degrada%&o e
desorgani3a%&o urbana ? a cidade está doente e seria a causa da criminalidade (v! 3he 1it4 , Robert Par^)!
Desse modo, a criminalidade seria uma caracterstica mais do am(iente e n&o tanto do indiv5duo!
 ; teoria denominada ecológica se fundou na id.ia de /ue o ti-o de com-ortamento -revalente,
dentro de um gru-o social, seria determinado -elo ambiente socio?cultural no /ual tal gru-o .
colocado! ;s caractersticas do ambiente, -or sua ve3, seriam cone$as a fatores
simultaneamente socio?econ`micos e de ordem 1ist6rico?cultural!
Robert Par^ . o decano da Escola, sendo seu -ersonagem mais re-resentativo!
Para afrontar o tema da degradaç$o ur(ana  na cidade, toma?se um modelo ecol6gico7 de
e/uilbrio entre a comunidade 1umana e o ambiente natural! ; cidade . tomada como ob0eto
es-ecfico de investiga%&o! 5&o teorias c1amadas ecológicas -or/ue analisam a influ2ncia do
meio sobre a criminalidade! ; cidade . vista como um organismo dividido em 3onas, de trabal1o,
de resid2ncia, etc!, cada 3ona com um diferente nvel de condutas desviadas e delitivas! ;s
'onas de transiç$o ou 'onas de ninguém  seriam altamente deterioradas, com infraestrutura
deficiente! \averia um  processo de osmose  atrav.s do /ual a -o-ula%&o imigrante invade a
segunda área removendo e -ressionando os 1abitantes originais a irem morar nas -eriferias!
 ; tese central . a de /ue o delito . causado -ela desorgani'aç$o social , /ue -or sua ve3 . causada -elo
"afrou$amento das regras* .
Clifford 51a e \enr Mc]a, -rinci-almente, trabal1am com a id.ia de /ue as formas de Z-atologia
social[ n&o derivariam tanto de /ualidades -r6-rias dos indivduos, mas sim das 3onas socio?culturais
nas /uais eles vivem! 51a e Mc]a elaboraram a teoria do gradiente, segundo a /ual /uanto mais
se distancia do centro da cidade, o nvel socio?econ`mico da -o-ula%&o residente se eleva e a ta$a
de criminalidade diminui! Essas s&o as conclus4es e$tradas do famoso mapa da cidade de 1hicago !
M;5 ;#E<=>87 \á uma outra dimens&o da Escola de C1icago /ue, muito diferente de ser mais uma
teoria etiol6gica social, . a base te6rica da criminologia da rea%&o social /ue viria a se consolidar d.cadas
de-ois7 identificando um conceito mais democrático ? 1ori3ontali3ado ? de "controle social*, fundado mais
na -ersuas&o e no convencimento /ue no temor  autoridade, diversas -ortas foram abertas com m.todos
de -es/uisa como a observa%&o -artici-ante7 v! -or e$em-lo o trabal1o de ti-o etnográfico em 3onas
urbanas intitulado " 3he 6o(o: the sociolog4 of the homeless man * (KI), de <els ;nderson!
Para :E8R:E \ER9ER# ME;D, -ara /uem o controle social -rimário ou i nformal seria e$ercido
-elas intera%4es face a face, tornando?se, estas, tamb.m um ob0eto de estudo!

-ág! KN
APOSTILA

CRA#C;5 P855A@E5 _5 #E8R;5 EC8+:C;57


a) Estas teorias se situam em uma -ers-ectiva -ositivista, -ois fundadas na cren%a de uma
rela%&o de causalidade entre os fatores ecol6gicos e a delin/2ncia!
b) Parte?se da delin/2ncia oficial, desconsiderando a cifra negra da criminalidade!
c) <&o e$-lica a criminalidade "-6s?moderna*7 crimes financeiros, ambientais, narcotráfico em
grande escala, /ue s&o incom-atveis com crit.rios ecol6gicos, -ois "n&o se locali3am* nesta ou
na/uela 3ona da cidade!
]UEST^ES !E RE&IS#O:

)Médi*o Le+is,a -.$/01 S9o roos,as da Es*o3a de C@i*a+o )(e*o3o+ia *rimina3D0 ara o
*on,ro3e da *rimina3idade:

a0 Po35,i*a de ,o3erQn*ia ero6 *ria89o de ro+ramas *om2ni,rios *om in,ensifi*a89o


das a,i7idades re*rea,i7as6 a2men,o das reas 7erdes1

0 Pre7a3=n*ia do *on,ro3e so*ia3 forma3 sore o informa36 *ria89o de *omi,=s de


aoios de ais e m9es ara a ed2*a89o das *rian8as6 me3@oria das *ondi8es das
resid=n*ias e *onser7a89o f5si*a dos rédios1

*0 A2men,o das enas ara o *ome,imen,o de de3i,os sim3es6 *ria89o de onas de


e*32s9o ara iso3amen,o das reas mais eri+osas6 dissemina89o de a,i7idades
re*rea,i7as *omo es*o,ismo e 7ia+ens *23,2rais1

d0 M2dan8a efe,i7a nas *ondi8es e*onmi*as e so*iais das *rian8as6 re*ons,r289o da


_so3idariedade so*ia3` or meio do for,a3e*imen,o das for8as *ons,r2,i7as da so*iedade
)i+reas es*o3as asso*ia8es de airros06 aoio es,a,a3 ara red289o e dimin2i89o da
orea e desemre+o1

e0 Con,ro3e indi7id2a3iado o2 sea *on,ro3e ese*5fi*o e r5+ido sore *ada


indi75d2o6 o35,i*as 2niformes em ,oda a *idade dian,e do fra*asso das es,ra,é+ias
or 7iin@an8a6 im3an,a89o de es*o3as e os,os de sa4de1

)!e3e+ado de Po35*ia -.$$01 O efei,o *rimin?+eno da +rande *idade 7a3endo>se dos *on*ei,os
de desor+ania89o e *on,+io ineren,es aos modernos n4*3eos 2ranos é e3i*ado e3a:

a0 Teoria do *riminoso na,o1

0 Teoria da asso*ia89o diferen*ia31

-ág! KK
APOSTILA

*0 Teoria da anomia1

d0 Teoria do (3ae33in+ aroa*@D1

e) Teoria e*o3?+i*a1

)Pro*2rador -.$/01 A a7a3ia89o do esa8o 2rano é ese*ia3men,e imor,an,e ara


*omreens9o das ondas de dis,ri2i89o +eo+rfi*a e da *orresonden,e rod289o das
*ond2,as des7ian,es1 Es,e os,23ado é f2ndamen,a3 ara *omreens9o da *orren,e de
ensamen,o *on@e*ida na 3i,era,2ra *rimino3?+i*a *omo:

a0 Teoria da anomia1

0 Es*o3a de C@i*a+o1

*0 Teoria da asso*ia89o diferen*ia31

d0 Crimino3o+ia *r5,i*a1

e0 Lae33in+ aroa*@1
1-1 TEORIA !A ASSOCIA"#O !IFERENCIAL )!A APREN!I\AGEM0
 ;utor7 Edin 5ut1erland (KLLI?KTN)
 ; teoria da associa%&o diferencial ou do contato diferencial -arte do -onto de vista do indivduo
(";*) /ue se encontra sob a influ2ncia de vários gru-os ? sua fidelidade será diferencial -ara cada
gru-o de refer2nciaB de-enderá se -revalecem mensagens deste ou da/uele gru-o, de-enderá
enfim, da associa%&o diferencial /ue fa3 o indivduo!
Para 5U#\ER+;<D, uma pessoa se torna delin/uente /uando, aos seus olhos, prevalecem
definições favor)veis 7 violaç$o da lei so(re a/uelas desfavor)veis.

5U#\ER+;<D negou /ue a -obre3a fosse causa da delin/u2ncia e buscou construir uma teoria
U<F;#8R;+, a -artir dos -rocessos de a-rendi3agem!
MP8R#;<#E7 o com-ortamento criminoso como -roduto de um -rocesso de a-rendi3agem
indica um -risma des-rovido de re-rova%&o moral, diferente das teorias anteriores!
89E#8 ("8 GUE 5E ;PRE<DE*)
(a)t.cnicas (1abilidades) (v! " 3he professional thief * XKIQY)
(b) as-ectos morais (motivos, inclina%4es, racionali3a%4es)
P;RWME#R857

-ág! K
APOSTILA

(K)Fre/u2ncia

()Dura%&o
(I)Prioridade
(O)ntensidade
<ove teses /ue sinteti3am a teoria7
(K); conduta delitiva . a-rendida7 n&o . 1erdada nem inventadaB

(); conduta delitiva á a-rendida em intera%&o com outras -essoas no curso de um


-rocesso de comunica%&oB
(I) ; conduta criminal . a-rendida -rinci-almente em gru-os -essoais ntimos, ou se0a, os
meios de comunica%&o n&o teriam -a-el muito relevante (vale observar /ue a teoria . da
d.cada de N?IN[ no s.culo JJ)B
(O) ; a-rendi3agem do delito com-reende7 (a) t.cnicas de comiss&o do delitoB (b)
orienta%&o es-ecfica dos motivos, inclina%4es, racionali3a%4es e atitudesB
(T) Estas orienta%4es es-ecficas s&o a-rendidas e valoradas -ositiva ou negativamente -elas leisB

()Uma -essoa se converte em delin/uente em conse/u2ncia do /ue -redomina no seu


entorno7 se -redominam as -osi%4es favoráveis  infra%&o sobre as /ue valoram
negativamente a infra%&o da normaB
(Q) 8s contatos diferenciais variam segundo a fre/u2ncia, -recocidade e intensidade da
rea%&o emocional e os contatos sociaisB
(L)#al -rocesso de a-rendi3agem . similar a /ual/uer outro -rocesso de a-rendi3agem em
/ue se a-rende outros ti-os de condutasB
() ; conduta delitiva e$-ressa os mesmos valores e necessidades das condutas n&o delitivas7
gan1ar din1eiro . uma as-ira%&o comum tanto ao /ue rouba como ao /ue trabal1a!
"C8+;R<\8 9R;<C8* E CFR; D8UR;D;7
Conceito e temática tamb.m ligados a 5ut1erland, -or meio de artigo (KON) e livro (KO)
intitulados "8hite collar crime9 ! <egando as Zteorias do d.ficit[, ele buscava uma teoria ca-a3 de
e$-licar a criminalidade de todas as classes sociais!
Descoberta da "cifra dourada*7 os crimes "de colarin1o branco*, cometidos -or membros de setores
detentores de -oder, e /ue -ermaneciam na obscuridade, n&o sendo includos nas estatsticas oficiais!
Conceito de "colarin1o branco* (5ut1erland)7 “um crime cometido por uma pessoa dotada de alto
status social, no curso de suas ocupações9 

-ág! KI
APOSTILA

]UEST^ES !E RE&IS#O:

)CEI0 Assina3e a a3,erna,i7a INCORRETA sore a ,eoria da asso*ia89o diferen*ia3 e o


*on*ei,o de *o3arin@o ran*o a ar,ir da ora de E1 S2,@er3and:

a0 A ,eoria da asso*ia89o diferen*ia3 e3i*a o *rime de (*o3arin@o ran*oD *omo


r?rio de 2ma s2*23,2ra de3in<2en,e no Qmi,o emresaria3 *ara*,eriada e3o
des7a3or mora3 em ro3 da maimia89o do 32*ro1

0 O *on*ei,o de (*o3arin@o ran*oD de S2,@er3and aar*a *rimes *ome,idos or essoas


do,adas de a3,o s,a,2s so*ia3 no *2rso e no *on,e,o de s2as o*2a8es rofissionais1

*0 A ,eoria da asso*ia89o diferen*ia3 é 2ma das mais imor,an,es den,re as (,eorias da


arendia+emD sendo o (*rimeD e3i*ado *omo 2m *omor,amen,o arendido a ar,ir da
re7a3=n*ia na 7ida do s2ei,o de asso*ia8es e in,era8es fa7or7eis  7io3a89o da 3ei1

d0 !e a*ordo *om S2,@er3and o ro*esso de arendia+em de <2a3<2er ,io de


*omor,amen,o in*32indo a<2e3e *onsiderado (*rimina3D aran+e ,an,o 2ma
dimens9o ,é*ni*a *omo 2ma dimens9o s2e,i7a es,a referen,e s mo,i7a8es e
ra*iona3ia8es <2e 2s,ifi*ariam o a,o1

e0 A ,eoria da asso*ia89o diferen*ia3 n9o es,ae3e*e re3a8es dire,as de *a2sa3idade


en,re a *rimina3idade e a orea o2 fenmenos a es,a re3a*ionados1

)A+en,e de Po35*ia -.$-01 Os (*rimes de *o3arin@o ran*oD s9o de3i,os *on@e*idos na


Crimino3o+ia or:

a0 Crimes *on,ra a di+nidade so*ia31

0 Crimes de menor o,en*ia3 ofensi7o1

*0 Cifras *ina1

d0 Cifras amare3as1

e0 Cifras do2radas1

AULA : TEORIA !A ANOMIA !E ROBERT MERTON E AS TEORIAS !AS SUBCUL >


TURAS CRIMINAIS

1$1 TEORIA !A ANOMIA !E ROBERT MERTON

-ág! KO
APOSTILA

nflu2ncia7 funcionalismo estrutural (#alcott Parsons), contra-onde?se, assim,  Escola de


C1icago! Conce-%&o de sociedade como con0unto de -a-.is e fun%4es ' sistema /ue garante a
-r6-ria sobreviv2ncia garantindo determinado nvel de coes&o ' o desvio como d.ficit sub0etivo
nos -rocessos de sociali'aç$o! +ogo, no%&o Ztera-2utica[ de controle social -erante o desvio!
Robert Merton -ublicou, em KIL, o te$to " *nomie and social structure*! 5egundo Merton, nossa
sociedade im-ulsiona o indivduo  busca, sem limites, do sucesso -essoal ' em busca da reali3a%&o do
 *merican dream! \á, -or isso, uma -rofunda -ress&o  anmica sofrida es-ecialmente -or a/ueles "-iores
colocados* na estrutura social! \á tr2s id.ias -rinci-ais ' fatores /ue geram esta -ress&o an`mica7 )a0 1á
um dese/uilbrio entre os fins culturais alme0ados e os meios institucionais dis-onibili3ados -ara o su0eitoB
)0 1á uma no%&o de universalidade dos fins, sendo estes estendidos a todos os cidad&os (-or isso . uma
"teoria de consenso*B )*0 a desigualdade de o-ortunidades, de acesso a bens culturais, etc!

5eu -onto de -artida te6rico, ent&o, . a distin%&o entre estrutura cultural  e estrutura social  e
análise dos efeitos /ue ambas -ro0etam sobre os indivduos!
Estrutura cultural7 con0unto de metas e fins 1istoricamente construdos, como -or e$em-lo7 a
ascens&o social, o 2$ito econ`mico, etc! <a nossa sociedade ocidental trata?se sem dúvida do
êxito econmico e do (em estar material ! 5ociedade de consumo!
Estrutura social7 con0unto de meios e maneiras de se alcan%ar as metas culturais! Entre os leg5timos, est&o -or 
e$em-lo o trabal1o ou a 1eran%a! Uma sociedade em /ue ambas as estruturas est&o bem aco-ladas e em
1armonia . uma sociedade em /ue 1á meios legtimos suficientes -ara se alcan%ar o /ue se /uer!
 ; conduta desviada decorre e$atamente da falta dessa 1armonia! Por.m, aten%&o7 a
des-ro-or%&o entre metas culturais e meios legtimos n&o . -or si s6 um fenmeno patológico.
5erá -atol6gico /uando essa situa%&o for e$trema, /uando ent&o se terá uma situa%&o de
anomia, -rodu3ida -ela e$agerada discre-Sncia entre estrutura cultural e estrutura social!

@e0amos o /uadro de MER#8< sobre as diferentes atitudes /ue -odem tomar os indivduos,
-rinci-almente diante de uma situa%&o an`mica7
) a*ei,a89o6 > reei89o0

Me,as C23,2rais )Es,r2,2ra Meios ins,i,2*ionais


Ti:o de Ada:,a89o
C23,2ra30 )Es,r2,2ra So*ia30
Conformista  
nova%&o  >
RenúnciaEvas&o (;-atia) > >
Ritualista > 
Rebeli&oRebelde Y> Y>
a) Conformista7 se contenta com as metas culturais e os meios dis-onveisB -ortanto, trata?se de uma

-ág! KT
APOSTILA

ada-ta%&o n&o desviante e /ue, -or isso mesmo, segundo Merton, deve ser ma0oritária -ara o
e/uilbrio social!
b) nova%&o7 atitude t-ica de -essoas /ue cometem crimes, -ois mant.m as metas culturais e n&o
aceitam os meios institucionais oferecidos! Merton identifica uma corres-ond2ncia -ro-orcional entre a
condi%&o de -obre3a e a -ress&o an`mica! ;/ui o conceito de  privaç$o relativa, /ue de-ois retorna com o
"realismo de es/uerda*7 o indivduo . -ro0etado culturalmente conforme as metas, mas n&o tem os meios!
c) Renúncia  Evasiva7 -essoas /ue negam tanto as metas culturais como os meios institucionais!
5&o, -or e$em-lo, -essoas /ue levam a vida de um modo a-ático ou em -osi%&o Zde retiro[!
d) Ritualista7 aceita%&o de condi%4es inferiores de vida, aceitando?se os meios dis-onveis e
abrindo m&os de atingirem metas mais ousadas!
e) Rebeli&oRebelde7 nega e re0eita tanto as metas culturais como os meios institucionais,
buscando, ao mesmo tem-o, restabelecer valores, reali3ar uma mudan%a!
1-1 TEORIAS !AS SUBCULTURAS CRIMINAIS
 ;s teorias culturalistas, em criminologia, tem -or ob0eto e tema a forma%&o da -ersonalidade -or 
meio de -rocessos de sociali3a%&o e internali3a%&o das regras culturais! Uma "subcultura* seria
um con0unto de valores e normas es-ecficos, de conteúdo divergente em rela%&o  "cultura
1egem`nica*! 8 com-ortamento como "a-rendido* (influ2ncia de 5ut1erland) e im-ulsionado -ela
frustra%&o (influ2ncia de Merton)!
Conte$to7 -reocu-a%&o com a "delin/u2ncia 0uvenil* e as "gangues* nos EU; -6s?5egunda :uerra!

Pode?se falar em duas -rinci-ais varia%4es das teorias das subculturas7


)a0 !e3in<2=n*ia eressi7a e n9o ins,r2men,a3 )A3er, Co@en1 Delinquent Boys: the
culture of the gang )$00

5egundo tal vertente, as gangues 0uvenis n&o teriam, afinal, as tais metas a/uisitivas, de 2$ito
econ`mico, a /ue se referida Robert Merton! 5eriam Zdelin/u2ncia e$-ressiva[, como modalidade
de autoafirma%&o identitária! Por si mesma, seria uma atividade /ue -rodu3 -ra3er (sentimento
de -ertencimento a um gru-o, afirma%&o da masculinidade, busca de status no gru-o, etc!)!
5egundo C8\E<, estas subculturas se originam a -artir de grupos de referência  como . o caso dos
 0ovens da classe m.dia, -ara os 0ovens da classe -obre, gerando frustraç$o. 8 /ue leva os 0ovens (fil1os
da classe trabal1adora) a delin/ir, segundo C8\E<, . a frustraç$o em n&o se -oder alcan%ar o 2$ito
social ao se com-arar com os fil1os da classe m.dia! ;l.m da ades&o  subcultura delin/uente, C8\E<
ainda trata de outras alternativas7 1averiam os corner (o4s, de um lado ? os resignados, /ue aceitam os
limites im-ostos a sua classe, renunciam s metas valori3adas -ela cultura dominanteB e os college (o4s,
de outro ? a minoria de 0ovens da classe trabal1adora /ue se sacrifica -ara rom-er com a .tica de sua
classe de origem e atingir as metas de sucesso da cultura dominante, ascendendo socialmente!

-ág! K
APOSTILA

5ntese das caractersticas da vertente e$-ressiva e n&o instrumental7


)a0 <&o utilitarismoB

)0 8b0etivo de causar dano ' delin/2ncia maliciosaB

)*0 8-osi%&o s normas dominantesB

)d0 @ersatilidade das atividades ' n&o 1á es-eciali3a%&o atrav.s de um fimB

)e0 \edonismo7 9usca de -ra3er em curto -ra3oB

)f0 Vnfase na autonomia do gru-o -erante o resto da sociedade, gru-o este com-osto -or rela%4es
afetivas (de -rote%&o) e cognitivas (de a-rendi3ado e de-end2ncia moral) entre seus membros!
)0 !e3in<2=n*ia ins,r2men,a3 )C3oard e O@3in1 Delinquency and Opportunity 0:
 ;/ui se trata de uma delin/2ncia instrumental, /ue visa 2$ito econ`mico! <em todos os
adolescentes de classe bai$a t2m as mesmas o-ortunidades de alcan%ar suas metas! ;
desigualdade de o-ortunidades determina /ue 1a0a uma desigual res-osta  mesma -ress&o
an`mica! <esse sentido, delin/ente n$o seria apenas a/uele a /uem foi negado o acesso 7s
metas culturais, mas tam(ém a/uele /ue teve a oportunidade de ser delin/ente. 5egundo tal
lin1a de -ensamento, uma subcultura e$-ressiva s6 se torna instrumental caso encontre uma
estrutura de o-ortunidades ilcitas no ambiente onde vive o 0ovem (influ2ncia de 5ut1erland)!
]UEST^ES PARA RE&IS#O

)In7es,i+ador de Po35*ia -.$/01 !o on,o de 7is,a *rimino3?+i*o a *ond2,a dos memros de


fa*8es *riminosas das +an+2es 2ranas e das ,rios de i*@adores s9o eem3os da
,eoria so*io3o+i*a da)o0:

a0 Ao3i*ionismo ena31

0 S2*23,2ra de3in<2en,e1

*0 Iden,idade essoa31

d0 Minima3ismo ena31

e0 Predisosi89o na,a  *rimina3idade1

)Médi*o Le+is,a -.$/01 Es*o3a Crimino3?+i*a <2e ,em *omo eoen,e A3er, Co@en e <2e
ro*2ra e<2a*ionar or meio de resos,as n9o *riminais e n9o 2ni,i7as o
*omor,amen,o +era3men,e 27eni3 <2e desafia os mode3os da rod289o *ons2mis,a:

-ág! KQ
APOSTILA

a0 Es*o3a da Con,ra*23,2ra Con,emorQnea1

0 Teoria da s2*23,2ra de3in<2en,e1

*0 Es*o3a So*ia3is,a C23,2ra31

d0 Teoria do Com2nismo Cons*ien,e1

e0 Teoria do So*ia3men,e Rao7e31

ITENS X' COBRA!OS EM PRO&AS CESPEYUNB

) F 0 As ideias so*io3?+i*as <2e f2ndamen,am as *ons,r28es ,e?ri*as de Mer,on e


Parsons oede*em ao mode3o da denominada so*io3o+ia do *onf3i,o1

)CEI0 No <2e *on*erne  so*io3o+ia *rimina3 da rimeira me,ade do sé*23o [[ assina3e a a3,erna,i7a
INCORRETA:

a0 Para a Es*o3a de C@i*a+o o *on*ei,o de (*on,ro3e so*ia3D é menos 7o3,ado  ideia


de ,emor e medo da a2,oridade do Es,ado e mais  ideia de *on7en*imen,o e
ers2as9o a ar,ir de ins,Qn*ias n9o>es,a,ais de *on,ro3e1

0 As ,eorias e*o3?+i*as da *rimina3idade 7in*23aram a *rimina3idade 2rana 


desor+ania89o so*ia3 e  de+rada89o de esa8os 43i*os1

*0 Para a ,eoria da anomia de Roer, Mer,on o *omor,amen,o de ino7a89o é a<2e3e


<2e ass2me as me,as *23,2rais mas n9o os meios dison57eis ara a,in+5>3as1

d0 Tan,o a ,eoria da anomia de Roer, Mer,on *omo a Es*o3a de C@i*a+o ass2miram


2ma os,2ra de reei89o do f2n*iona3ismo odendo ser *ara*,eriadas *omo ,eorias
f2ndadas sore o *onf3i,o e n9o sore o *onsenso1

e0 A Es*o3a de C@i*a+o ,e7e +rande imor,Qn*ia e inf32=n*ia sore o in,era*ionismo


sim?3i*o e a ,eoria do e,i<2e,amen,o1
AULA : CRIMINOLOGIA !A REA"#O SOCIAL E CRIMINOLOGIA CR%TICA

 ; -artir desse -onto, dei$a?se a -ers-ectiva tradicional (-ositivistaetiol6gica) -ara se adentrar na


c1amada "nova criminologia* a /ual, como afirmado, tem outro ob0eto de estudo7 o -r6-rio
controle social e o sistema de 0usti%a criminal!
 ;) E<F8GUE MCR858C8+:C87 interacionismo simb6lico, teoria do eti/uetamento ou da
rotula%&o ("labelling a--roac1*)!

-ág! KL
APOSTILA

9) E<F8GUE M;CR858C8+:C87 criminologias crticas, incluindo a criminologia radical (mar$ista)!

A0 TEORIAS !O ETI]UETAMENTO Y !A ROTULA"#O


E#GUE#;R ou R8#U+;R . um ttulo -ara uma s.rie de descri%4es do fen`meno das
negativa%4es morais de com-ortamento, em es-ecial as criminais, assumindo /ue o ato de
"eti/uetar* tem conse/u2ncias em rela%&o ao -r6-rio com-ortamento do eti/uetado!
illian ! #1omas (KLI?KOQ) afirmou, ainda no Smbito da Escola de C1icago, /ue "situa%4es
definidas como reais ser&o reais em suas conse/u2ncias*!
 ; grande novidade, a/ui, . a mudança das perguntas: n&o mais "-or /ue o criminoso comete
crimes*, mas "-or /ue tais -essoas s&o tratadas como criminosos e outras n&o*B n&o mais os
motivos do crime, mas os critérios ' mecanismos de sele%&o ' das ag2ncias de controle!

\á, -ortanto, uma ruptura metodológica e epistemológica com a criminologia tradicional7


abandono do -aradigma etiol6gico (sobretudo no -lano individual)!
Do -onto de vista sociol6gico, abandona?se o -ressu-osto do consenso  ' monismo cultural ' em
-rol do conflito, colocando em /uest&o os interesses dominantes de um gru-o ou classe!
 ;utores im-ortantes citados7
Woard Be*Zer )$-H>0: bastante con1ecido -elo livro Z <utsiders[!
? Demonstrou a relatividade do conceito de "crime*, definido -or ele n&o como uma /ualidade do
ato, mas como um "ato /ualificado*! <&o e$istiria, ent&o, um conceito naturalstico ou
essencialista de crime, sendo sua defini%&o sem-re uma /uest&o de defini%&o! 8 desviante, -or 
sua ve3, seria a/uele a /uem tal eti/ueta . a-licada com sucesso!
Edin Lemer, )$$->$0
? Em KTK -ublicou " 2ocial atholog49, -ro-ondo um modelo geral c1amado "res-osta societal*7
esvio prim)rio ' diversidade no com-ortamento ainda n&o recebida -ositiva ou negativamenteB
a rea%&o -ode ser7
(a)de normali'aç$o Xde ti-o inovativoY7 recebimento com naturalidade
(b) de censura7 desde a moral at. a -unitiva! Pode ter  conse/u2ncias7
i! normali'aç$o Xde ti-o re-ressivoY7 o su0eito aceita a censura e muda
ii! reforço do desvio prim)rio7 /ue se torna -arte da identidade!
8 refor%o do desvio prim)rio constituiria o desvio secund)rio ' incor-orando o desvio -rimário
como -arte de sua identidade!

-ág! K
APOSTILA

Desse modo, a res-osta do ambiente . fundamental! Em outros termos, "um dos elementos /ue
estabili3am e determinam o diagn6stico . o -r6-rio diagn6stico 9 
= Re0ei%&o do conceito meramente  reativo de controle social de #alcott Parsons, criando a no%&o
de controle social ativo, relacionado ao conceito de desvio secund)rio!
Er7in Goffman )$-->$H-0
- Conceitos im-ortantes oriundos de sua obra7 institui%4es totais, estigmas, -rocessos de
descultura%&o e acultura%&o, entre outros!
- Fundamental -ara a deslegitima%&o da crtica da -reven%&o es-ecial -ositiva, demonstrando
/ue a e$-eri2ncia de -riva%&o da liberdade em institui%4es totais im-lica na -erda da -r6-ria
identidade (descultura%&o), substituida -or outra (acultura%&o) ? conceito similar ao de "-rocesso
de -risioni3a%&o* (Donald Clemmer, KON)!
Crtica /ue abriu camin1o -ara a Zcriminologia crtica[7 ? ;cusa%&o de /ue n&o 1ouve -reocu-a%&o
com as rela%4es de -oder -recedendo as defini%4es de "crime*, "desvio*, etc!7 a teoria do
eti/uetamento n&o seria, assim, suficientemente -oliti3ada, 1avendo /ue se recu-erar como
central a tomada em conta da estrutura econ`mica e das rela%4es de -rodu%&o!
B0 CRIMINOLOGIA CR%TICA
Conte$to7 a -artir das d.cadas de NQN! Politi3a%&o e e$ig2ncia de se tomar um lado, do -onto
de vista dos conflitos -olticos e sociais do -erodo ? da a crtica ao interacionismo e  teoria do
eti/uetamento como "des-oliti3ados*, n&o sendo ca-a3es de oferecer uma inter-reta%&o global e
com-leta do fen`meno criminal!
Foco de estudo da criminologia crtica7
- a seletividade do sistema de 0usti%a criminal, com-reendida como uma caracterstica fisiol6gica,
e n&o -atol6gica!
- uma criminologia com-rometida com a transforma%&o social e com a defesa de direitos 1umanos!

De acordo com ;lessandro 9;R;##;, a criminologia crtica se -reocu-a em di3er como . distribudo
o  poder de definiç$o das condutas e dos su0eitos como criminosos, denunciando como a distribui%&o
desse -oder de defini%&o reflete a desigualdade nas rela%4es de -oder e -ro-riedade!
? Processos de criminali3a%&o (conceito?c1ave)7
"Criminali3a%&o -rimária . o ato e o efeito de sancionar uma lei -enal material, /ue incrimina ou -ermite a
-uni%&o de certas -essoas (!!!) a criminali3a%&o secundária . a a%&o -unitiva e$ercida sobre -essoas
concretas, /ue ocorre /uando as ag2ncias -oliciais detectam uma -essoa, atribuem?l1e a reali3a%&o de
certo ato criminali3ado -rimariamente, investigam?na, em alguns casos -rivam?na de sua liberdade de
locomo%&o, submetem?na  ag2ncia 0udicial, a /ual legitima a atua%&o -ret.rita, admite um -rocesso

-ág! N
APOSTILA

(ou se0a, o -rosseguimento de uma s.rie de atos secretos ou -úblicos -ara estabelecer se essa -essoa
realmente reali3ou a a%&o criminali3ada), discute?se -ublicamente se a reali3ou e, em caso afirmativo,
admite a im-osi%&o de uma -ena de determinada magnitude /ue, se -rivar uma -essoa de sua liberdade
de locomo%&o, e$ecuta?se em uma ag2ncia -enitenciária (-risionali3a%&o)!* (#rad! +ivre! ;FF;R8<,
Eugenio Raul et alli! erecho enal  -! Q)!
-  ; seletividade dos -rocessos de criminali3a%&o secundária secundária se vincula ao conceito de CFR;
8CU+#;<E:R; da criminalidade7 a diferen%a enorme entre criminalidade "real* e criminalidade
"registradaa-arente*!
- En/uetes de vitimi3a%&o7 -es/uisas -or amostragem visando detectar a cifra oculta e obter 
dados mais com-letos em rela%&o s estatsticas criminais oficiais!
GUE5#HE5 P;R; RE@5>8

)Peri,o Crimina3 -.$/01 A ,eoria do la(elling approach a <2a3 e3i*a <2e a *rimina3idade n9o
é 2ma <2a3idade da *ond2,a @2mana mas a *onse<2=n*ia de 2m ro*esso em <2e se
a,ri2i ,a3 es,i+ma,ia89o ,amém é denominada ,eoria

a0 !a desor+ania89o so*ia3

0 !a ro,23a89o o2 do e,i<2e,amen,o

*0 !a ne2,ra3ia89o

d0 !a iden,ifi*a89o diferen*ia3

e0 !a anomia

)!e3e+ado de Po35*ia -.$$01 Assina3e a a3,erna,i7a in*orre,a1 A ,eoria do e,i<2e,amen,o:

a0 ; *onsiderada 2m dos mar*os das ,eorias de *onsenso1

0 ; *on@e*ida *omo ,eoria do (3ae33in+ aroa*@D1

*0 Tem *omo 2m de se2s eoen,es Er7in Goffman1

d0 Tem *omo 2m de se2s eoen,es Woard Be*Zer1

e0 S2r+i2 nos Es,ados Unidos1

)CEI0 Considerando a ,eoria do e,i<2e,amen,o e as erse*,i7as in,era*ionis,as em


*rimino3o+ia assina3e a asser,i7a <2e *orresonde *orre,amen,e a essa erse*,i7a:

-ág! K
APOSTILA

a0 A san89o ena3 é definida *omo a *onse<2=n*ia 2r5di*a do de3i,o na medida em


<2e a ,oda a89o *orresonde 2ma rea89o1

0 O *omor,amen,o des7ian,e e *rimina3 ode ser e3i*ado *omo *onse<2=n*ia da


orea e da desi+2a3dade so*ia31

*0 O des7io se*2ndrio é de,erminado e3a rea89o so*ia3 ao des7io rimrio1

d0 A *rimino3o+ia *r5,i*a ode ser 7is,a *omo 2m *omonen,e o2 dimens9o in,erna 


,eoria do e,i<2e,amen,o1

e0 Uma das *ara*,er5s,i*as dos ,e?ri*os do e,i<2e,amen,o semre foi se2 for,e en+aamen,o
e mi3i,Qn*ia o35,i*a ,endo or f23*ro a *r5,i*a ao modo de rod289o *ai,a3is,a1

ITENS X' COBRA!OS EM PRO&AS CESPEYUNB

) F 0 !e a*ordo *om o in,era*ionismo sim?3i*o o2 sim3esmen,e in,era*ionismo *2a erse*,i7a


é ma*rosso*io3?+i*a de7e>se inda+ar *omo se define o *riminoso e n9o <2em é o *riminoso1

)Médi*o Le+is,a -.$/01 A eress9o (*ifra ne+raD em Crimino3o+ia *orresonde ao n4mero de:

a0 Erros 2di*iais )de*ises 2di*iais in*oma,57eis *om a rea3idade dos fa,os01

0 Crimes o*orridos e n9o reor,ados  a2,oridade1

*0 Criminosos rein*iden,es1

d0 Prises efe,2adas in2s,amen,e1

e0 Crimes o*orridos em amien,es 43i*os mas *2a a2,oria ermane*e i+norada1

)Es*ri79o de Po35*ia -.$.01 Conso3idada na dé*ada de $K. e insirada nas ideias


maris,as a38o2 a so*iedade *ai,a3is,a  *a,e+oria de rin*ia3 desen*adeador da
*rimina3idade1 O ,e,o se refere :

a0 Teoria e*o3?+i*a1

0 Teoria da asso*ia89o diferen*ia31

*0 Teoria da anomia1

d0 Teoria da s2*23,2ra1

-ág! 
APOSTILA

e0 Teoria *r5,i*a1

)CEI0 !e a*ordo *om as ref3ees das *rimino3o+ias *r5,i*as assina3e a a3,erna,i7a *orre,a
sore o *on*ei,o de (*ifra ne+ra o2 o*23,aD da *rimina3idade:

a0 Tra,a>se da diferen8a en,re a (*rimina3idade rea3D e a (*rimina3idade aaren,eD sendo


*onsiderada 2ma *ara*,er5s,i*a a,o3?+i*a e ro3em,i*a do sis,ema de 2s,i8a *rimina31

0 Tra,a>se da diferen8a en,re a (*rimina3idade rea3D e a (*rimina3idade aaren,eD sendo


*onsiderada 2ma *ara*,er5s,i*a fisio3?+i*a e es,r2,2ra3 do sis,ema de 2s,i8a *rimina31

*0 O *on*ei,o de (*ifra ne+ra o2 o*23,aD for,a3e*e a os,2ra o35,i*o>*rimina3 <2e 32,a


or 2m sis,ema ena3 i+2a3 ara ,odos1

d0 O *on*ei,o de (*ifra ne+ra o2 o*23,aD é 3e7ado em *on,a na or+ania89o e


aresen,a89o das es,a,5s,i*as ofi*iais e3os ?r+9os do Es,ado1

e0 !ian,e do *on*ei,o de (*ifra ne+ra o2 o*23,aD nen@2m no7o ins,r2men,o de


es<2isa foi e3aorado na ,en,a,i7a de s2erar as fa3@as das es,a,5s,i*as ofi*iais1

) F 0 Na ,ermino3o+ia *rimino3?+i*a *rimina3ia89o rimria e<2i7a3e  *@amada re7en89o


rimria1
AULA K: &ITIMOLOGIA E PRE&EN"#O

&ITIMOLOGIA
a) @itimologia tradicional-ositivista7 sob influ2ncia das teorias da o-ortunidade como 1i-6tese
e$-licativa do crime, seu foco originário foi -reci-uamente -oltico?criminal, demarcando uma es-.cie
de res-onsabilidade com-artil1ada -ela ocorr2ncia do delito! Em outros termos, o ob0etivo da
vitimologia tradicional, referenciada nas obras de 9en0amin ME<DE+58\< e \ans @8< \E<#:, foi
e . identificar a -arcela de res-onsabilidade da vtima na ocorr2ncia do crime, o /ue -ode tanto servir 
a -olticas de -reven%&o como at. mesmo ser al%ado a crit.rio de valora%&o sobre a conduta do
autor, -odendo ter a re-rova%&o redu3ida (nesse sentido o art! T do CP) Pode?se falar, nesse
sentido, em uma dimens&o etiol6gica da vitimologia tradicional /ue acaba revitimi3ando as -r6-rias
vtimas atrav.s dos estere6ti-os /ue im-4em, -roblema es-ecialmente a-ontado -elas crticas
feministas das 1i-6teses e$-licativas dos crimes se$uais e da viol2ncia dom.stica /ue -rodu3em uma
es-.cie de res-onsabili3a%&o das mul1eres violentadas -ela viol2ncia sofrida!
b) @itimologia crtica ? trabal1a com os conceitos de "-rocessos de vitimi3a%&o*7
? vitimi3a%&o -rimária7 refere?se ao fato?crime e aos danos diretamente decorrentes,
-rinci-almente -sicol6gicos e emocionaisB

-ág! I
APOSTILA

- vitimi3a%&o secundária ou sobrevitimi3a%&o7 remete ao contato com o sistema de 0usti%a


criminal e a inevitável viola%&o de direitos /ue dele segueB
- vitimi3a%&o terciária7 -rocessos de estigmati3a%&o -or -arte da -r6-ria comunidade em rela%&o  vtima!

PRE&EN"#O
 ; prevenç$o fora do Smbito do sistema -enal -ode ser de ti-o situacional ou social! 5erá situacional 
/uando o ob0etivo for tornar mais difcil o cometimento do ato desviante, atrav.s do desincentivo ao
autor e o refor%o da -rote%&o das -otenciais vtimasB e será de ti-o social  /uando buscar modificar as
causas (sociais, culturais, econ`micas) dos -rocessos de criminali3a%&o e vitimi3a%&o! ; -reven%&o
integrada, -or fim, . constituda com a combina%&o de elementos de ambas!

(a) revenç$o situacional 

 ;s -olticas de -reven%&o situacional visam retirar do foco a -reocu-a%&o tradicional com as "causas
do crime* como com-ortamento individual, defendendo, em seu lugar, a atua%&o sobre as situa%4es
tidas como determinantes -ara /ue o crime -ossa ocorrer! Formulada e -revalente no Reino Unido,
es-ecialmente -or -ro-osta dos setores -olticos mais conservadores, tais -olticas se difundiram -or 
todo o mundo visando, -or um lado, redu'ir oportunidades -ara o cometimento de atos "de
incivilidade*, este0am ti-ificados como crimes ou n&o, e -or outro, aumentar os riscos  -ara /uem os
comete, tomando -or -ressu-osto, como se v2, um modelo fundado na "escol1a racional* O!
#ra%o caracterstico . a centralidade atribuda  vtima e aos -rocessos de vitimi3a%&o,
reconstruindo?se cada um de nós como vtimas em -otencial!
<a modalidade tecnológica, busca?se elevar a seguran%a de uma determinada regi&o atrav.s do
incremento de dis-ositivos de vigilSncia, -or e$em-lo com a -resen%a ostensiva da -olcia, com a
instala%&o de mecanismos de vigilSncia eletr`nica e alarme ou sim-lesmente com a ilumina%&o ade/uada
de uma rua! 8 -rimeiro -roblema a-ontado . a im-ossibilidade material de sua reali3a%&o -lena, visto /ue
. -ossvel a-enas em uma determinada regi&o e em determinado -erodo de tem-o! Em segundo lugar,
tendo em vista a necessidade de sele%&o de recursos, . comum /ue se acabe -rivilegiando uma área ou
classe social, vindo a se aumentar a seguran%a de alguns atrav.s da diminui%&o da seguran%a de outros!
á em sua conce-%&o  participativa, integra?se as -essoas atrav.s de Consel1os de 5eguran%a nos bairros, ou
mesmo gru-os de vtimas reais ou -otenciais /ue se unem contra determinado ti-o de criminalidade .
<&o obstante a -artici-a%&o comunitária se0a saudável e necessária em todos os Smbitos, n&o se
-ode dei$ar de notar /ue muitas ve3es se ocultam em tais movimentos indese0adas
manifesta%4es de dese0o de vingan%a -rivada!
(b) revenç$o social 

O C+;R]E, Ronald @! :! "[5ituational[ Crime Prevention7 #1eor and Practice*! >ritish ?ournal of 1riminolog4 , v! N, n!
, -! KI e ss!

-ág! O
APOSTILA

 ; -reven%&o atrav.s de ações sociais, tamb.m c1amadas de ti-o social?comunitário, . um t-ico


-roduto do Estado de 9em?Estar 5ocial! #rata?se, afinal, de investir no atendimento s
necessidades básicas da -o-ula%&o e na garantia dos direitos fundamentais!
8 -rinci-al -roblema a-ontado . /ue tais a%4es, -or sua -r6-ria nature3a, n&o t2m destinatários
individuali3ados e n&o s&o -assveis de verifica%&o /uanto aos resultados, acabando -or serem
inevitavelmente deslegitimadas como insuficientes, e$atamente -or n&o serem ca-a3es de
-rodu3ir, sub0etivamente, mais seguran%a!
(c) revenç$o integrada

 ; id.ia da "-reven%&o integrada* sugere, a -artir da combina%&o de elementos da -reven%&o


situacional e social, a elabora%&o de uma s.rie de modalidades de -reven%&o com base em dois
gru-os de crit.rios ou duas diferentes dimens4es /ue se intercru3am!
 ; -rimeira dimens&o recu-eraria uma distin%&o 0á utili3ada em medicina entre -reven%&o (a)  prim)ria,
(b) secund)ria e (c) terci)ria, referentes  es-ecificidade dos destinatários e indicando
res-ectivamente -olticas dirigidas (a)  generalidade dos cidad&os ou situa%4es, (b) aos gru-os
ou áreas considerados mais -ro-riamente "de risco* e su0eitos  incid2ncia da criminalidadeB e (c)
/ueles 0á incursos em uma se/u2ncia de com-ortamentos desviantes ou de vitimi3a%&o!
á o segundo gru-o de crit.rios diferencia a -reven%&o conforme orientada es-ecificamente (a)
aos autores de comportamentos desviantes , (b) 7s situações)reas de risco e (c) 7s v5timas em
 potencial ou concretas! Combinando?se as duas -ers-ectivas, tem?se   nove combina%4es /ue
com-4em o /ue se c1ama de -olticas de  prevenç$o integrada!
Polticas orientadas aos autores  -odem ser  prim)rias, /uando a-licadas de forma gen.rica a toda a
-o-ula%&o ' atrav.s de cam-an1as educativas e -ela -a3, -or e$em-lo 'B secund)rias  /uando
focadas em um determinado gru-o considerado como "de risco*, -or e$em-lo atrav.s da recu-era%&o
de to$ico?de-endentesB ou terci)rias, se voltadas diretamente  reada-ta%&o de egressos do sistema
-risional, -rogramas com menores infratores, reincidentes em geral, e assim -or diante!
Polticas de -reven%&o orientadas 7s situações ou )reas de risco tamb.m -odem ser  prim)rias,
secund)rias ou terci)rias conforme se refiram, res-ectivamente, a uma área gen.rica, a regi4es de
risco ou a 3onas es-ecficas nas /uais 0á se ten1a a i ncid2ncia de uma alta ta$a de criminalidade!
Por fim, a -reven%&o orientada 7s v5timas .  prim)ria /uando se tem -or destinatário toda a -o-ula%&o
tomada como vtima em -otencial ' e$em-lo recorrente neste -onto . a cartil1a -ara "evitar assaltos* ', .
secund)ria   /uando considera gru-os de -essoas sob risco concreto de vitimi3a%&o ' -or e$em-lo,
mul1eres so3in1as  noite, e . terci)ria /uando trabal1a com a/ueles /ue 0á -assaram -or tal e$-eri2ncia!
ME!O !O CRIME
#ema dos mais atuais no Smbito da criminologia crtica, trata?se de desconstruir o "medo do crime* como

-ág! T
APOSTILA

sentimento e  percepç$o eminentemente individual! #rata?se da dimens&o   su(@etiva da


inseguran%a e /ue a define em sua ess2ncia7 como sentimento!
 ; inseguran%a o(@etiva seria o risco "real* de vitimi3a%&o, en/uanto a su(@etiva seria tal
-erce-%&o individual de riscos, n&o necessariamente corres-ondendo  -rimeira!
8 a-orte crtico demonstra n&o 1aver /ual/uer linearidade entre a -robabilidade "ob0etiva* de
vitimi3a%&o em determinado conte$to e o sentimento maior ou menor de inseguran%a ' a
-erce-%&o individual dos riscos ' da -o-ula%&o do mesmo local! Em outras -alavras, n&o 1á
rela%&o direta entre as altera%4es nas ta$as de criminalidade e a -erce-%&o sub0etiva de
inseguran%a, sendo esta o -roduto de uma constru%&o social bastante com-le$a dentro da /ual o
risco real de vitimi3a%&o, se0a /ual for, ocu-a um -a-el relativamente marginal!
]UEST^ES PARA RE&IS#O

)Peri,o Crimina3 -.$/01 En,ende>se or 7i,imia89o se*2ndria o2 sore7i,imia89o a<2e3a:

a0 Pro7o*ada e3o *ome,imen,o do *rime e e3a *ond2,a 7io3adora dos direi,os da


75,ima roor*ionando danos ma,eriais e morais or o*asi9o do de3i,o1

0 ]2e n9o *on*orre2 de forma a3+2ma ara a o*orr=n*ia do *rime1

*0 ]2e de modo 7o32n,rio o2 imr2den,e *o3aora *om o Qnimo *riminoso do a+en,e1

d0 ]2e o*orre no meio so*ia3 em <2e 7i7e a 75,ima e é *a2sada e3a fam53ia or 
+r2o de ami+os e,*1

e0 Ca2sada e3os ?r+9os formais de *on,ro3e so*ia3 ao 3on+o do ro*esso de


re+is,ro e a2ra89o do de3i,o median,e o sofrimen,o adi*iona3 +erado e3o
f2n*ionamen,o do sis,ema de erse*289o *rimina31

)In7es,i+ador de Po35*ia -.$/01 ]2ando o*orre a fa3,a de amaro da fam53ia dos *o3e+as de ,raa3@o
e dos ami+os e a r?ria so*iedade n9o a*o3@e a 75,ima in*en,i7ando>a a n9o den2n*iar o de3i,o
s a2,oridades o*orrendo o <2e se *@ama de *ifra ne+ra es,>se dian,e da 7i,imia89o:

a0 *ara*,eriada

0 des*ara*,eriada

*0 se*2ndria

d0 rimria

-ág! 
APOSTILA

e0 ,er*iria

)!e3e+ado de Po35*ia -.$/01 A re7en89o *rimina3 <2e es, 7o3,ada  se+2ran8a e <2a3idade
de 7ida a,2ando na rea da ed2*a89o emre+o sa4de e moradia *on@e*ida
2ni7ersa3men,e *omo direi,os so*iais e <2e se manifes,a a médio e 3on+o raos é
*@amada e3a *rimino3o+ia de re7en89o:

a0 rimria

0 indi7id2a3

*0 se*2ndria

d0 es,r2,2ra3

e0 ,er*iria

)A,enden,e de Ne*ro,ério -.$/01 A re7en89o ,er*iria *onsis,e em:

a0 Pro+ramas des,inados a *rian8as e ado3es*en,es de resis,=n*ia ao *ons2mo de dro+as e


 7io3=n*ia domés,i*a1

0 A,2a89o or meio de a8es o3i*iais sore os +r2os <2e aresen,am maior 
ris*o de sofrer o2 de ra,i*ar de3i,os1

*0 A,2a89o or meio de 2ni89o eem3ar do de3in<2en,e em 43i*o *omo meio de


in,imida89o aos demais *riminosos1

d0 Pro+ramas des,inados a re7enir a rein*id=n*ia ,endo or 43i*o>a37o o reso e


o e+resso do sis,ema risiona31

e0 Pro+ramas des,inados a *riar os ress2os,os a,os a ne2,ra3iar e iniir as


*a2sas da *rimina3idade1

)CEI0 No <2e *on*erne  7i,imo3o+ia e  2s,i8a res,a2ra,i7a assina3e a a3,erna,i7a INCORRETA:

a0 A 7i,imo3o+ia ,radi*iona3 2s*o2 ori+inariamen,e iden,ifi*ar de,erminada ar*e3a


de resonsai3idade da r?ria 75,ima ara a o*orr=n*ia do *rime o <2e emasa as
,eorias *rimino3?+i*as da oor,2nidade1

0 !en,re os mo7imen,os <2e defendem o res+a,e da imor,Qn*ia da 75,ima es, o da 2s,i8a


res,a2ra,i7a <2e 7isa o,er o erd9o da 75,ima e faer *om <2e o a2,or se arreenda de se2

a,o1

-ág! Q
*0 &i,imia89o se*2ndria o2 sore7i,imia89o s9o *on*ei,os <2e referem ao *on,a,o
da 75,ima *om o sis,ema de 2s,i8a *rimina31

d0 A 7i,imo3o+ia *r5,i*a *ara*,eria>se or in7es,i+ar a *ons,r289o so*ia3 de es,ere?,ios


e aeis em *omo or den2n*iar a se3e,i7idade dos ro*essos de 7i,imia89o1

e0 Por 7i,imia89o ,er*iria en,ende>se o ro*esso de 7i,imia89o de*orren,e da


es,i+ma,ia89o or ar,e da *om2nidade em re3a89o  75,ima1

)CEI0 Sore <2es,es *on*ernen,es  7i,imo3o+ia e aos ro*essos de 7i,imia89o assina3e


a asser,i7a CORRETA:

a0 A 7i,imo3o+ia ,radi*iona3 ,em or *ara*,er5s,i*a o es,2do dos ro*essos de


7i,imia89o rimria se*2ndria e ,er*iria1

0 A dis*rimina89o sofrida e3a 75,ima e3a s2a r?ria *om2nidade se insere *omo
*omonen,e dos ro*essos de 7i,imia89o se*2ndria1

*0 !e a*ordo *om a 7i,imo3o+ia *r5,i*a o res+a,e do ae3 das 75,imas de *rime na


reso3289o de *onf3i,os de7e ser reei,ado or ser 2m es,5m23o  7in+an8a ri7ada1

d0 O ,ra,amen,o 2r5di*o>ena3 dado e3a Lei $$1/.Y. )Lei Maria da Pen@a0 s


75,imas e aos a+ressores em *on,e,o de 7io3=n*ia domés,i*a *on,ra a m23@er se
ade<2a s remissas e rin*5ios da 2s,i8a res,a2ra,i7a1

e0 A 7i,imo3o+ia osi,i7is,a é *ri,i*ada or *on,a da *ons,r289o e rerod289o de


es,ere?,ios <2e resonsai3iam as r?rias 75,imas e3os danos sofridos1

)!e3e+ado de Po35*ia -.$$01 O mo7imen,o (3ei e ordemD e a ,eoria das (ane3as <2eradasD
)(roZen indosD0 defendem <2e e<2enas infra8es <2ando ,o3eradas odem 3e7ar 
r,i*a de de3i,os mais +ra7es1 O ,e,o se refere :

a0 Crimino3o+ia radi*a31

0 !efesa so*ia31

*0 To3erQn*ia ero1

d0 Es*o3a re,ri2*ionis,a1

-ág! L
APOSTILA

e0 Lei de sa,2ra89o *rimina31

)MPSC -..H01 Asser,i7as ara an3ise se s9o 7erdadeiras o2 fa3sas:

) F 0 En,ende>se or *ifra ne+ra da *rimina3idade o *on2n,o de *rimes *2a 7io3=n*ia


rod2 e3e7ada reer*2ss9o so*ia31

) & 0 Se+2idor da an,roo3o+ia *rimina3 Lomroso en,endia <2e @a7ia 2m ,io


@2mano irresis,i7e3men,e 3e7ado ao *rime or s2a r?ria *ons,i,2i89o de 2m
7erdadeiro *riminoso na,o1

) F 0 O ao3i*ionismo ena3 *onsis,e em mo7imen,o eressi7o no *amo da *rimino3o+ia


*2a form23a89o ,e?ri*a e o35,i*a reside no en*o3@imen,o da 3e+is3a89o ena31

) & 0 O mo7imen,o da (3ei e ordemD *2a ideo3o+ia é es,ae3e*ida e3a reress9o


f23*rada no 7e3@o re+ime 2ni,i7o>re,ri2,i7o orien,a *omo so3289o ara o *on,ro3e
da *rimina3idade a *ria89o de ro+ramas do ,io (,o3erQn*ia eroD1

) & 0 Pro+ramas do ,io (,o3erQn*ia eroD s9o es,im23ados e3o fra*asso das o35,i*as
43i*as de resso*ia3ia89o dos aenados 2ma 7e <2e os 5ndi*es de rein*id=n*ia a
*ada dia es,9o mais a3,os1

)CEI0 Sore *rimino3o+ia assina3e a a3,erna,i7a *orre,a:

a0 A ,eoria da asso*ia89o diferen*ia3 era ,amém *on@e*ida *omo ,eoria da


arendia+em re*oniando <2e o *omor,amen,o *riminoso é de*orren,e da
desor+ania89o so*ia3 r?ria do meio 2rano1

0 Se+2ndo o osi,i7ismo *rimino3?+i*o o ser @2mano é do,ado de 3i7re ar5,rio e o *rime


é *omreendido *omo 2ma 7io3a89o do *on,ra,o so*ia31

*0 A *rimino3o+ia *r5,i*a e radi*a3 defende a ideia de <2e a ris9o ode ser 


imedia,amen,e ao3ida em fa*e de s2a desne*essidade *onsiderando <2e  @oe 2m
+rande er*en,2a3 de de3i,os n9o *@e+a se<2er a ser oe,o de re+is,ro ofi*ia31

d0 A *rimino3o+ia *r5,i*a fi*o2 @is,ori*amen,e *on@e*ida ,amém *omo ,eoria do


e,i<2e,amen,o o2 da ro,23a89o so*ia31

e0 O *on*ei,o de ro*esso de *rimina3ia89o é 2m dos rin*iais oe,os de es,2do


da *rimino3o+ia *r5,i*a1

)CEI0 Assina3e a asser,i7a <2e asso*ia CORRETAMENTE a ,eoria *rimino3?+i*a indi*ada *om 2ma

-ág! 

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